A BR-364, principal eixo rodoviário de Rondônia, se transformou num símbolo da negligência federal. Em pleno 2025, motoristas ainda enfrentam buracos, desvios improvisados e longas filas na operação “pare e siga”, como ocorre no trecho do município de Candeias do Jamari. A situação é crítica e se arrasta há anos, sem solução efetiva à vista.

Enquanto o problema se agrava, os senadores da República, que têm o dever constitucional de fiscalizar e cobrar o governo federal, seguem em silêncio sepulcral. Mais grave ainda é constatar que o senador Marcos Rogério, filiado ao PL e nome frequente nos palanques de obras que não saem do papel, recebeu mais de R$ 184 milhões em emendas RP9 entre 2020 e 2021, conforme mostram dados públicos divulgados recentemente.

As perguntas que não querem calar são: onde foram aplicados esses recursos?
Por que, mesmo com cifras tão altas, a BR-364 continua uma estrada de sofrimento, prejuízos e risco à vida?
A responsabilidade pela manutenção das rodovias federais é da União, por meio do DNIT e do Ministério dos Transportes. No entanto, a atuação política — ou a ausência dela — influencia diretamente na liberação de recursos e na priorização de obras. É justamente aí que a omissão se evidencia: falta cobrança firme, articulação técnica e, sobretudo, vontade política de quem deveria lutar pelos interesses do povo rondoniense em Brasília.
Enquanto isso, os cidadãos continuam arcando com o custo do abandono: veículos danificados, prejuízo ao escoamento da produção, acidentes e até vidas perdidas.
Transparência na destinação das emendas parlamentares e responsabilidade política não são favores — são obrigações.
Se Marcos Rogério e outros parlamentares não conseguem entregar resultados concretos para problemas tão visíveis e urgentes como a situação da BR-364, talvez seja hora de rever o real compromisso que têm com o povo que os elegeu.
Na verdade, é de total responsabilidade dos senadores a reparação da BR-364. Pega mal usar os acidentes com duas ambulâncias, alegando que as mortes acontecem por causa do governo do estado ter que movimentar pacientes para cirurgias, já que todos os dias há acidentes fatais nessa estrada, e não são com ambulâncias.
Marcos Rogério está há 18 anos no Congresso Nacional e ainda não mostrou seu papel, além de andar de relógio caro e barba escondendo o queixo.