
Maior felino das Américas, ótima nadadora e de família? Descubra 6 curiosidades sobre a onça-pintada
Data 07/05/2025 00:40:46 | Tóopico: Brasil
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A onça-pintada (Panthera onca) é um ícone da biodiversidade sul-americana e uma das grandes representantes da fauna brasileira.
Ela é conhecida por muitos nomes: jaguar, onça-preta, jaguaretê, yaguareté. Mas, independentemente do título, a onça-pintada (Panthera onca) é um ícone da biodiversidade sul-americana e uma das grandes representantes da fauna brasileira. Presente na Amazônia, ela também habita outros biomas como o Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
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Para entender mais sobre esse felino enigmático, o Portal Amazônia conversou com o biólogo Rogério Fonseca, que revelou curiosidades surpreendentes sobre a vida e os hábitos dessa verdadeira diva da floresta.
Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), cerca de 50% da população mundial de onças-pintadas vive no Brasil. No entanto, a destruição do habitat e a caça ilegal colocam a espécie em risco. “Ela é encontrada em diversos biomas brasileiros, mas está especialmente ameaçada na Mata Atlântica e na Caatinga”, explica Rogério.
Na Amazônia, seu habitat mais preservado, a onça-pintada desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico, atuando como predador de topo na cadeia alimentar.
A onça-pintada é o maior carnívoro da América do Sul e o terceiro maior felino do mundo, atrás apenas do tigre e do leão. Ela é também o único representante do gênero Panthera nas Américas — o mesmo dos leões, leopardos e tigres.
Desde os tempos pré-colombianos, a onça é símbolo de força e poder para diversas culturas indígenas. “Ela exerce uma função ecológica importantíssima, controlando populações de outras espécies e mantendo o equilíbrio dos ecossistemas”, destaca o biólogo.
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Apesar da fama de solitária, a onça-pintada possui vínculos sociais, especialmente entre mães e filhotes. “A fêmea cuida intensamente da cria por até dois anos. Durante esse tempo, ensina o filhote a caçar, reconhecer o território e identificar ameaças — como machos dominantes que podem representar perigo”, explica Rogério.
A ninhada geralmente tem um ou dois filhotes, e a reprodução pode ocorrer ao longo de todo o ano, desde que as condições ambientais e hormonais da fêmea estejam favoráveis.
Leia também: Portal Amazônia responde: como as onças ensinam seus filhotes a sobreviver? A onça-pintada possui vínculos sociais, especialmente entre mães e filhotes. Foto: Rubens Fraulini/Divulgação/Refúgio Bela Vista Mordida imbatível
A onça-pintada possui a mordida mais forte entre todos os felinos do planeta. Essa força extraordinária permite que ela perfure o crânio de suas presas — como os jacarés, comuns na Amazônia. “Ela ataca a parte de trás do pescoço e faz uma compressão cervical poderosa. Isso permite quebrar a base do crânio ou a espinha dorsal da presa com um único golpe”, explica o especialista.
Essa técnica de caça mostra como a onça é altamente adaptada a seu ambiente e às presas disponíveis. https://www.youtube.com/watch?v=D1PicodlH0o Nadadora de elite
Se o apelido de “diva” não bastasse, a onça-pintada também poderia ser chamada de “Michael Phelps da Amazônia”. Isso porque é uma exímia nadadora, sendo frequentemente avistada atravessando rios, igarapés e áreas alagadas. Essa habilidade ajuda na caça, na locomoção e até na regulação da temperatura corporal.
Caçadora da noite
A onça-pintada é predominantemente noturna, com maior atividade ao entardecer e à noite. No entanto, pode mudar seu comportamento de acordo com o padrão das presas. Entre seus alvos principais estão queixadas, catetos, antas e capivaras.
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