O vírus já vem no contrato

Data 27/11/2011 13:00:16 | Tóopico: Mais Notícias


Uma das maiores ocupações de políticos em Brasília é procurar maneiras de levar recursos do governo federal a suas regiões. Cada um dos 594 parlamentares tem o direito de sugerir onde o governo deveria investir R$ 15 milhões anuais do Orçamento da União. Entre os ritos obrigatórios para quem busca recursos está a presença em reuniões promovidas pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI), da Presidência da República, com técnicos dos ministérios. Eles explicam o que cada pasta tem para investir. Em uma dessas reuniões, no 3º andar do Palácio do Planalto, o chefe de gabinete da Secretaria Executiva do Ministério da Educação, José Luís Balalaica, foi um dos convidados. Ele explicou a deputados e assessores os programas federais na área de Educação. Em tempos em que o governo federal aperta os cintos, Balalaica cantou uma melodia agradável aos ouvidos dos participantes: disse que a Educação não sofre os problemas de contingenciamentos de gastos.

Segundo a sedutora fala de Balalaica, há recursos a destinar a prefeituras e Estados interessados em adquirir uniformes escolares, bicicletas escolares e laptops. No caso dos computadores, Balalaica apontou o caminho. Mencionou a existência de uma Ata de Registro de Preços no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A ata é um atalho burocrático que facilita a compra dos equipamentos com o patrocínio das emendas. Ao “aderir a uma ata”, como diz o jargão, prefeituras, governos estaduais ou qualquer órgão federal não precisam fazer uma concorrência pública para comprar algo. Abre-se, então, a oportunidade para o aparecimento do vírus que ataca os cofres públicos.





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