Joer: Seduc divulga calendário até a próxima terça-feira

O coordenador de Esportes e Cultura da Secretaria de Estado da Educação, professor Adailton Noleto deve anunciar até a próxima terça-feira (19) o novo calendário para os Jogos Escolares de Rondônia (Joer). Previstos inicialmente para começar em maio, os jogos foram suspensos em decorrência de uma decisão do Tribunal de Contas, que recomendou a anulação da licitação para contratação dos ônibus que fariam o transporte dos alunos atletas.

Feitos os reparos recomendados pelo Tribunal de Contas, a licitação foi autorizada na última segunda-feira (11), pela procuradora do Ministério Público de Contas, Yvonete de Melo. De acordo com Adailton Noleto, os jogos serão realizados em agosto e setembro. As finais regionais serão realizadas em Ji-Paraná e em Porto Velho e são classificatórias para os Jogos Olímpicos Escolares que acontecem em João Pessoa (PB), para a categoria infantil, e em Joinvile (SC), para os juvenis.

Escola Esportiva

De acordo com o coordenador de Esportes e Cultura da Seduc, para evitar que se invista nos jogos escolares apenas esporadicamente, sem qualquer base para formação dos atletas, salvo raras exceções em uma ou outra escola, o governo pretende adotar como política de governo a formação do atleta. E, para isso, vai investir num projeto audacioso.

A Coordenadoria de Adailton Noleto está elaborando um projeto em parceria com a Universidade Federal de Rondônia (Unir), por enquanto denominado de Escola Esportiva, que prevê a contratação de cinco renomados professores da Universidade de Matanzas Camilo Cienfuegos, de Cuba, todos doutores, inclusive um médico esportivo e outros com experiência em comitês olímpicos internacionais, para ministrar aulas a professores de educação física, em iniciação esportiva.

O programa é parte de um projeto mais amplo, que prevê a construção de um complexo esportivo escolar de educação integral, no qual num turno os alunos têm aulas pedagógicas normais e no outro somente atividade esportiva, onde serão oferecidas vinte modalidades olímpicas.

O complexo, cujo projeto no valor de R$ 15 milhões já está nas mãos do ministro dos Esportes, Orlando Silva, prevê em sua estrutura campo de futebol, ginásio poliesportivo, piscina olímpica, ambiente multicultural, vestiários, serviço e fisioterapia, etc. Deve ser construído na zona leste de Porto Velho, vez que uma das propostas é levar o projeto a áreas de maior risco social.

Segundo Adailton Noleto, não será preciso esperar a construção do complexo esportivo para que o projeto Escola Esportiva tenha início. Assim que o convênio com a Unir e a universidade cubana for firmado, serão utilizadas as estruturas existentes, como das escolas João Bento, Araújo Lima, Carmela Dutra e outras da iniciativa privada que podem ser cedidas ou conveniadas.

Recentemente o governo federal lançou o projeto Talento Esportivo, por meio do qual, segundo Adailton Noleto, será possível também firmar convênios diretamente com o projeto Escola Esportiva. Os primeiros entendimentos neste sentido, Noleto tratou com o ministro Orlando Silva.

Ronaldinho promoveu "surubada" em suíte de hotel dois antes do Fla x Flu, diz jornal carioca

Dois dias antes do clássico entre Flamengo e Fluminense, Ronaldinho Gaúcho alugou a suíte presidencial do Hotel Vips, no Rio de Janeiro, para uma festa privada, informa o jornal Extra. De acordo com a publicação, entre os convidados estavam amigos do futevôlei, outros jogadores e diversas mulheres .

O jornal diz que a festa começou por volta das 23h e se estendeu até cerca de 5h30. O craque do Flamengo pagou R$ 5.000 para alugar o espaço por uma noite. Além disso, ele também teve gastos com bebida, comida e som.

A suíte tem 280 metros quadrados, churrasqueira, piscina, pista de dança, quatro banheiros e oito vagas na garagem. De acordo com a publicação, alguns jogadores chegaram a dizer que a concentração havia sido antecipada só para poder comparecer à festa do camisa 10.

No clássico de domingo, o Flamengo venceu o Fluminense por 1 a 0 e Ronaldinho participou da jogada que deu origem ao gol rubro-negro.

Pai-de-santo descreve em livro "trabalhos" que fez para grandes clubes brasileiros
Mauricio Stycer
Em São Paulo

Quatro de dezembro de 1976, 22h. Numa suíte do Hotel Nacional, em São Conrado, no Rio, o pai-de-santo Roberto Barros, mais conhecido como Pai Guarantã, promove uma “reunião espiritual” com a presença de Vicente Matheus, presidente do Corinthians, Davi Ferreira, o Duque, técnico do time, e todos os jogadores escalados para a partida do dia seguinte, pelas semifinais do Campeonato Brasileiro, contra o Fluminense, no Maracanã.

Durante o encontro, relata Pai Guarantã, o atacante Geraldão é “tomado” por uma “entidade” e pede uma garrafa de cachaça. O pai-de-santo também “incorpora” um exu e diz a Duque que o Corinthians iria ganhar a partida nos pênaltis.

Ao final da sessão, o médico do Corinthians observa que o atacante da equipe está alcoolizado. “Não se preocupe, doutor. O efeito passará e o Geraldão estará bom para o jogo de domingo”. Em seguida, o pai-de-santo vai à praia, onde acende, com a ajuda de assistentes, seis mil velas.

O jogo, como se sabe, terminou 1 a 1 e foi vencido pelo Corinthians nos pênaltis. Uma semana depois, a despeito do esforço de Pai Guarantã, a equipe paulista perdeu a final do Brasileiro para o Internacional.

O “trabalho” em favor do Corinthians é um dos muitos que Pai Guarantã, hoje com 81 anos, descreve em “Magias do Futebol” (Ícone editora, 152 págs. R$ 24), livro recém-lançado. Segundo contou ao UOL Esporte, decidiu fixar seus feitos porque se deu conta que “muita gente não sabia do ocorrido”.

“Se macumba ganhasse jogo...”

A presença de pais-de-santo no ambiente do futebol sempre alimentou especulações e fofocas. O seu efeito real é contestado numa frase famosa, atribuída a Neném Prancha, mas na realidade de autoria do jornalista e técnico João Saldanha (1917-1990): “Se macumba ganhasse jogo, o Campeonato Baiano terminava empatado”.


Capa do livro "Magias no Futebol", assinado por Pai Guarantã

Pai Guarantã sorri ao ouvir a frase de Saldanha. Em seu livro, o pai-de-santo relata, sem reservas, situações em que atuou por times sem conseguir bons resultados. Foi o caso, por exemplo, da final da Libertadores de 1974, entre São Paulo e Independiente, vencida pelos argentinos numa melhor de três.

No último jogo, em Santiago (Chile), o jogo estava 1 a 0 para o Independiente quando o São Paulo teve um pênalti a seu favor. Poy mandou Zé Carlos bater. “Senti que ele não estava bem espiritualmente”, escreve Pai Guarantã. “E gritei para o Poy deixar o Forlan bater, mas acho que ele não me ouviu e o inevitável aconteceu”. O jogo terminou 2 a 0 para os argentinos.

Como provar se esta e outras histórias contadas pelo pai-de-santo são verdadeiras? É muito difícil. Não há registros da maioria. Pai Guarantã desafia os protagonistas a desmenti-lo. “Todo mundo sabe o que fiz. Todos os jogadores sabem”, diz, por exemplo, sobre o elenco do Guarani, campeão do Brasileiro de 1978.

O pai-de-santo acompanhou a equipe de Zenon, Careca & Cia por quase todo o campeonato. Fez sempre, assegura, apenas trabalhos “positivos”, de apoio, e nunca de “magia negra”, contra os adversários. “Formava uma auto-defesa. Eu positivava o time. É um segredo meu”, diz.

Duelo de titãs: Pai Santana x Pai Guarantã

Em algumas situações, é verdade, se viu obrigado a “desmontar” trabalhos contra a equipe que protegia. Isso aconteceu, por exemplo, na semifinal de 1978, disputada contra o Vasco. “Um duelo de titãs”, escreve. De um lado, o célebre Pai Santana, vascaíno até a alma. Do outro, Pai Guarantã, trabalhando pelos bugrinos.

DUELO COM VASCAÍNO

Pai Guarantã enfrentou lendário Pai Santana em diversos clássicos místicos

Entre tantos feitos do pai-de-santo, um dos mais surpreendentes foi a “visão” que teve em 1990. Questionado, dois meses antes do final do Campeonato Paulista, sobre quem o venceria, Pai Guarantã afirma ter vaticinado que a final seria entre Bragantino e Novo Horizontino, o que de fato ocorreu.

Há, ainda, relatos de “trabalhos” de Pai Guarantã em favor do Flamengo (na final do Carioca de 1978, vencido contra o Vasco com gol de Rondineli), do Corinthians em diferentes momentos da história do time e, até, para o Atlético-PR campeão brasileiro em 2001. O pai-de-santo garante que nunca cobrou pelo trabalho, apenas aceitou doações ao seu terreiro.

“Tenho uma mão”, diz. “Não sei o que é, não sei de onde vem. Mas é meu”. Acredite se quiser.

Flamengo passa pelo Flu, vence a quarta seguida e segue como vice-líder
Do UOL Esporte
No Rio de Janeiro
O Flamengo não jogou uma grande partida, mas com um time mais entrosado passou pelo Fluminense por 1 a 0 neste domingo, no Engenhão, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. O gol foi marcado pelo volante Willians. Com a vitória, o rubro-negro alcançou o quarto triunfo consecutivo e segue na luta pela liderança da competição. Já o Tricolor, demonstra que não conseguiu se recuperar após a venda de Conca para o futebol chinês.

Na próxima rodada, o Fluminense visita o Coritiba, sábado, às 18h30, no Couto Pereira. O Flamengo também joga fora de casa, domingo, às 16h, diante do Palmeiras, no Pacaembu.

Desfalcado, o Fluminense surpreendeu nos primeiros minutos e tentou pressionar o Flamengo. Os passes precisos de Souza e a velocidade de Ciro eram as principais armas do tricolor. Já os rubro-negros iniciaram a partida mais recuados e apostavam principalmente nos contra-ataques. Thiago Neves era o jogador mais acionado.

Aos poucos, o jogo começou a ficar mais equilibrado e qualquer time poderia abrir o placar. Os passes errados, porém, impediam que as jogadas progredissem. Em um lance, aos 22, o Flamengo chegou a marcar. Ronaldinho Gaúcho, livre, lançou Deivid, que tocou para a rede

A arbitragem, porém, marcou acertadamente o impedimento. Em seguida, aos 24, Rafael Moura perdeu boa chance para fazer 1 a 0 para o Fluminense ao acertar a trave de Felipe, após cruzamento de Carlinhos.

No final do primeiro tempo, Marquinho reclamou de um pênalti, após Junior Cesar esticar o braço em uma saída de bola. A etapa caminhava para um empate em 0 a 0, mas em uma boa trama do ataque, o Flamengo acabou abrindo o placar. Thiago Neves recebeu de Junior Cesar e cruzou de primeira e Willians, sozinho, cabeceou para a rede.

O Fluminense começou o segundo tempo tentando empurrar a equipe do Flamengo em seu campo e buscar o empate. A equipe rubro-negra tinha o contra-ataque como principal arma e Ronaldinho aparecia livre com frequência pelo lado esquerdo.

Airton e Souza travaram um duelo à parte porque chegaram a trocar agressões em lances distintos. No último, volante do Flamengo deu um soco no meia do tricolor, mas o árbitro Rodrigo Nunes de Sá, de frente para a jogada, ignorou o que viu.

O árbitro também se equivocou ao ignorar o pênalti de Ronaldo Angelim, aos 26. A partida tinha poucos lances de grande emoção, mas era o Fluminense quem mais esteve próximo de marcar. A pressão, porém, não surtiu efeito e foi a torcida do Flamengo quem comemorou após o apito final.