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Educação Em Foco : Prouni: prazo para comprovar dados termina nesta terça-feira
Enviado por alexandre em 20/02/2024 00:36:29

Pré-selecionados devem confirmar dados informados no ato de inscrição.

Pré-selecionados na primeira chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni) do primeiro semestre de 2024 têm até esta terça-feira (20) para comprovar os dados informados no ato da inscrição.

 

O prazo para a entrega dos documentos começou no dia 6 de fevereiro. O processo deve ser feito na própria instituição de ensino superior para a qual o candidato foi pré-selecionado.

 

A primeira edição do Prouni 2024 ofertou 406.428 bolsas, sendo 308.977 integrais e 97.451?parciais?(50%), distribuídas em 15.482?cursos?de 1.028 instituições participantes.

 

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O Prouni oferta bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. O público-alvo são estudantes sem diploma de nível superior.

 

Para se inscrever, é preciso ter realizado pelo menos uma das duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas das cinco provas do exame.

 

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Além disso, o estudante não pode ter tirado zero na prova de redação do Enem e nem ter participado do exame na condição de treineiro. O?processo seletivo tem duas chamadas sucessivas.?A lista dos?candidatos?pré-selecionados?na segunda chamada deve ser publicada no Portal?Único de?Acesso ao Ensino Superior em 27 de fevereiro.

 

Fonte:Agência Brasil

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Educação Em Foco : Quase 1,3 milhão de candidatos ainda não pagaram as inscrições para o 'Enem dos Concursos'
Enviado por alexandre em 12/02/2024 10:42:33

Prazo final para que o pagamento seja feito é no dia 16 de fevereiro; provas acontecem no dia 5 de maio

O CNU (Concurso Público Nacional) encerrou o período de inscrições com 2,65 milhões de candidatos, número recorde. Os inscritos vão concorrer a 6.640 vagas para 21 órgãos, com provas realizadas simultaneamente em todo o país no dia 5 de maio. Porém, 1,28 milhão de pessoas que se inscreveram ainda não pagaram a GRU (Guia de Recolhimento da União), a taxa de inscrição para realizar as provas.

 

O prazo final para o pagamento ser feito é no dia 16 de fevereiro (confira mais sobre o calendário abaixo).

 

Para os cargos de nível superior, a taxa de inscrição é de R$ 90, enquanto para o bloco de cargos de nível médio o valor é de R$ 60. O pagamento da taxa deve ser feito apenas por meio da GRU, que pode ser paga no banco, ou via PIX, com o respectivo QR Code.

 

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Alexandre Retamal, coordenador-geral de logística do CPNU, afirmou que somente com o pagamento, a inscrição do participante será válida. “É importante que todos os que fizeram as inscrições paguem a GRU até a data final de vencimento, para terem as suas inscrições concluídas e, assim, poderem então se dedicar a estudar e fazer o seu melhor.

 

 Foto: Reprodução

 

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O objetivo é promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos; padronizar procedimentos na aplicação das provas; aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público; e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame.

 

Fonte:R7 

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Educação Em Foco : Institutos federais são promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demanda da população
Enviado por alexandre em 09/02/2024 10:04:25

Em dois dias no Rio, Lula anuncia construção de três campi no estado

Acompanhado de ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu, terça e quarta-feira (6 e 7), uma série de agendas na área de educação no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. Entre os principais anúncios feitos pelo presidente estão a construção de três campi do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

 

Os institutos são promessa do presidente e demanda antiga das comunidades, que apostam no investimento em educação para capacitar os jovens e contribuir para o crescimento local. A expectativa é que as obras, que receberão, cada uma, R$ 15 milhões do governo federal, estejam concluídas até 2025.

 

Os campi serão em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, que ganhará uma nova sede para substituir a atual estrutura provisória; o campus Parque Olímpico/Cidade de Deus do Instituto Federal do Rio de Janeiro, que funcionará no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, onde as arenas esportivas serão transformadas em unidades de ensino, e o campus Complexo do Alemão, localizado em um dos maiores conjuntos de favelas da zona norte da capital.

 

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As obras fazem parte da promessa de Lula de inaugurar mais 100 campi dos institutos federais até o final do mandato, em 2026. Os institutos são também demanda que vem pelo menos desde 2018, lembra a educadora Elisabete Aparecida, que administra o Centro Cultural Oca dos Curumins, também conhecida como Escolinha da Tia Bete, que há quase 50 anos atua na educação no Complexo do Alemão.“O que precisamos é que aumente o número de escolas, de professores.

 

Precisamos fazer com que os alunos sintam prazer de ir para a escola, a escola tem que ser atrativa para eles”, diz Aparecida, que participou da cerimônia no Complexo do Alemão. “Só com educação é que se consegue transformação tanto da favela quanto do bairro e do Brasil”, acrescenta.

 

 

A demanda por educação de qualidade está no Plano de Ação Popular do CPX (complexo), elaborado coletivamente por moradores e organizações que atuam no local. Lúcia Cabral, da organização não governamental (ONG) comunitária Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap), que atua no Complexo do Alemão e fez parte da construção do plano.

 

Lúcia ressalta a importância dos institutos para tornar o ensino médio mais atrativo e oferecer formação técnica aos estudantes. “O ensino médio está muito fragilizado. São poucas escolas. Às vezes, faltam vagas; às vezes, as escolas são distantes. O ensino médio é a base para o jovem ingressar na universidade. Então, nada mais justo do que ter esse espaço aqui”, diz Lúcia, que acrescenta: “Precisamos desse espaço para o Alemão, que dr respeite a população que está aqui no Complexo do Alemão, na Penha e adjacências.”

 

Em Belford Roxo, as aulas são dadas em uma espécie de contêineres provisórios. A construção de uma sede é uma demanda local e vai permitir que se amplie a atuação do instituto. "Não é apenas a construção de uma sede, é o reconhecimento que o IF [instituto federal] é da Baixada Fluminense, é da população que mais precisa", disse em discurso na cidade o reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Rafael Almada. "Os institutos emancipam a nossa população", ressaltou.

 

 

“O que precisamos é que aumente o número de escolas, de professores. Precisamos fazer com que os alunos sintam prazer de ir para a escola, a escola tem que ser atrativa para eles”, diz Aparecida, que participou da cerimônia no Complexo do Alemão. “Só com educação é que se consegue transformação tanto da favela quanto do bairro e do Brasil”, acrescenta.

 

A demanda por educação de qualidade está no Plano de Ação Popular do CPX (complexo), elaborado coletivamente por moradores e organizações que atuam no local. Lúcia Cabral, da organização não governamental (ONG) comunitária Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap), que atua no Complexo do Alemão e fez parte da construção do plano.

 

Lúcia ressalta a importância dos institutos para tornar o ensino médio mais atrativo e oferecer formação técnica aos estudantes. “O ensino médio está muito fragilizado. São poucas escolas. Às vezes, faltam vagas; às vezes, as escolas são distantes. O ensino médio é a base para o jovem ingressar na universidade. Então, nada mais justo do que ter esse espaço aqui”, diz Lúcia, que acrescenta: “Precisamos desse espaço para o Alemão, que dr respeite a população que está aqui no Complexo do Alemão, na Penha e adjacências.”

 

Em Belford Roxo, as aulas são dadas em uma espécie de contêineres provisórios. A construção de uma sede é uma demanda local e vai permitir que se amplie a atuação do instituto. "Não é apenas a construção de uma sede, é o reconhecimento que o IF [instituto federal] é da Baixada Fluminense, é da população que mais precisa", disse em discurso na cidade o reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Rafael Almada. "Os institutos emancipam a nossa população", ressaltou.

 

Fotos: Reprodução

 

Os institutos federais são instituições especializadas na educação profissional e tecnológica, oferecendo também educação básica e superior. Os cursos são gratuitos. Os IFs constituem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, criada em 2008. Esses institutos têm como obrigatoriedade legal garantir um mínimo de 50% de vagas para a oferta de cursos técnicos de nível médio, prioritariamente na forma integrada, ou seja, junto ao ensino médio. Atualmente, existem 682 institutos federais, com mais de 1,5 milhão de matrículas.

 

Um dos estudantes matriculados é Victo Hugo Antunes da Silva, de 18 anos, que cursa biotecnologia no campus localizado no bairro do Maracanã, zona norte do Rio. “Os institutos federais são de uma importância enorme. Depois que comecei a estudar no IF, tenho conseguido me desenvolver e aprender melhor, não só pelos estudos, mas pelos projetos coletivos”, diz Victo, que também assistiu ao anúncio do novo campus no Complexo do Alemão.

 

Nos discursos feitos nos dois dias, ao ressaltar a importância da educação, o presidente Lula chegou a convocar as famílias para não deixarem os jovens desistirem da escola: “Não permita que o filho de vocês deixe de estudar; a consagração dele está em ele estudar”, afirmou, ao discursar em Belford Roxo. O presidente compartilhou a própria história e disse que também teve formação técnica, o que fez diferença na própria trajetória profissional.

 

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O presidente também aproveitou para divulgar o programa Pé-de-Meia, que entra em vigor em março. O Pé-de-Meia oferece recursos a estudantes de baixa renda para incentivá-los a concluir o ensino médio. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, que acompanhou o presidente nos compromissos no Rio de Janeiro, mais de 400 mil estudantes deixam o ensino médio todos os anos no Brasil.

 

Fonte:Agência Brasil

 

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Educação Em Foco : Pesquisadora destaca que variação linguística do Norte é vista com preconceito por outras regiões
Enviado por alexandre em 08/02/2024 10:56:46


A variação linguística regional falada pelo povo do Norte, especificamente no Amazonas, foi construída a partir do contato linguístico com as línguas indígenas da região. Tanto a língua portuguesa sofreu e sofre influência das línguas indígenas quanto às línguas indígenas receberam e ainda recebem a interferência do português. 

A professora Hellen Cristina Picanço Simas, docente do curso de Comunicação Social/Jornalismo do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ/Ufam), em Parintins, divulgou um artigo no qual define como preconceituosa a forma com que algumas pessoas comentam as expressões faladas pela população da Região Norte.

Palavras como cunhantã, curumim, pitiú, tuíra, dentre outras são exemplos da contribuição de origem indígena ao léxico do português falado pelos amazonenses. A língua frente ao contato linguístico sofre mudanças, pois é viva.

"A língua que falamos, não importando a sociedade a que pertencemos, a época, e o lugar, será sempre heterogênea, diversificada, instável, sujeita a transformações. Seria estranho se nossa língua permanecesse estável", afirmou o linguista Marcos Bagno. 

A fala amazonense, portanto, guarda, nas suas estruturas fonética, fonológica, morfológica, semântica e lexical, por exemplo, marcas deste contato linguístico. Esta fala marca a identidade amazonense.

Foto: Reprodução/ICSEZ UFAM

Segundo a pesquisadora do Estudo da Linguagem, a fala do amazonense é vista por alguns brasileiros com preconceito devido a estereótipos e juízos de valor negativos associados a essa variante linguística. O preconceito linguístico ocorre quando as pessoas fazem uma classificação convencional do que é certo e errado na língua, associando a situação social do falante à variante que ele utiliza. No caso da fala amazonense, há um estereótipo de que as pessoas do Norte são selvagens, vivem no mato e não têm acesso às tecnologias, o que leva a uma associação negativa com a variante linguística.

Tal riqueza, no entanto, é vista por parte dos brasileiros com preconceito, ou seja, fazem um juízo de valor negativo sobre aquele que fala o dialeto também chamado "amazonês", como no livro do escritor e professor da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Amazonas, Sérgio Freire, 'Amazonês: expressões e termos usados no Amazonas', chegando a terem atitudes de deboche, risos e, até mesmo, chegam a pensar que aquele que fala aquela variante é menos inteligente de quem fala outra variante prestigiada pela sociedade.

Foto: Hellen Cristina Picanço Simas/Acervo pessoal

Isso é um equívoco, pois uma variante é um modo de usar a língua dentre vários outros, não significa que é errado ou uma forma inferior do uso da língua, simplesmente é um uso diferente. "A classificação meramente convencional do que é certo e er­rado na língua serve para classificar os indivíduos como competentes ou incapazes, e é assim que se plasma o preconceito linguístico", afirmou o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Dante Lucchesi Ramacciotti.

Todas as variantes faladas no Brasil permitem a comunicação e são iguais, não existe uma superior a outra, o que leva as pessoas a considerarem uma melhor que a outra é a associação que fazem entre a situação social do falante e a variante que fala, ou seja, há um estereótipo de que as pessoas do Norte são selvagens, vivem no mato, não tem acesso às tecnologias. Logo, a fala dos amazonenses carrega consigo também está representação equivocada e estereótipos sobre seu povo. Estas atitudes negativas em relação à fala do amazonense se configuram como preconceito linguístico.

Este pensamento não se sustenta, porque cada língua representa a identidade de um povo, elas registram como cada povo vê e se relaciona com o mundo. "Os seres humanos adotam relacionamentos diferentes com seu meio em razão de sua sensibilidade, ou de seus respectivos modos de ver e perceber as coisas. Seu pensamento e linguagem os orientam em direção ao mundo em que vivem, e não de acordo com normas cognitivas a priori. E as variações linguísticas, portanto, também são um reflexo das diferenças nas coisas que os seres humanos percebem", disse o linguista, antropólogo e filósofo, Ulric Ricken.

Por isso, sugere a pesquisadora, o amazonense deve se orgulhar da forma como fala o português, porque as expressões como "olha já", "purrudo", "pávulo", dentre outras, são únicas e traduzem o jeito amazonense de se relacionar com as pessoas e com tudo que lhe cerca. 

"Não se pode traduzir com a mesma exatidão os sentimentos nestas palavras registrados para outras expressões de outro dialeto. Elas são únicas e fazem parte da identidade do povo do Amazonas. Por isso, devemos respeitar cada modo de falar o português e, principalmente, nos orgulhar do nosso jeito amazônico de ser, viver e falar".

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Ufam, disponível aqui

Educação Em Foco : Sisu: MEC divulgou lista errada de aprovados porque não havia terminado de analisar todas as categorias de cotas
Enviado por alexandre em 05/02/2024 09:58:02

Sisu: MEC divulgou lista errada de aprovados porque não havia terminado de analisar todas as categorias de cotas

Foto: Reprodução

Classificações erradas foram divulgadas na terça-feira (30), antes de o site do Sisu sair do ar. MEC alegou falha técnica e adiou a publicação. No dia seguinte, alunos que achavam que tinham passado ficaram de fora da lista final.

Fontes ligadas ao Ministério da Educação (MEC) afirmaram ao g1, neste sábado (3), que as primeiras listas de aprovados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), divulgadas em 30 de janeiro, estavam erradas porque não haviam sido finalizadas pela pasta. Os resultados ainda estavam "rodando" internamente, para que todas as regras de cotas fossem aplicadas, quando o site do Sisu passou a exibir as classificações precocemente (veja mais abaixo).

 

Depois de cerca de 25 minutos, a página com as informações equivocadas foi tirada do ar. No dia seguinte, os resultados definitivos e corretos foram divulgados, e alunos que já haviam comemorado a aprovação na universidade descobriram que estavam fora da lista de classificados.


Publicamente, o MEC admitiu apenas que houve "uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados". Segundo a pasta, o episódio está sendo rigorosamente investigado.

 

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Maria Eduarda perdeu a vaga em engenharia ambiental e sanitária — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/MEC

 

A seguir, entenda os detalhes do erro, que explicam também por que algumas pessoas foram "mudadas de modalidade de cota" entre a inscrição e os resultados:

 

Em 2024, pela primeira vez, o Sisu passou a seguir um novo critério na distribuição de vagas:

 

Todos os candidatos concorreram, primeiramente, às vagas de ampla concorrência (mesmo aqueles inscritos como cotistas). Se a universidade X ofereceu 10 vagas nessa modalidade, os 10 alunos com notas mais altas já foram selecionados aqui.

 

Os cotistas que não conseguiram se classificar na ampla concorrência passaram, aí sim, a ser considerados para as vagas de políticas afirmativas.

 

Entra aqui uma "escadinha" de tipos de cotas: primeiro, todos os inscritos (sejam cotistas por renda, por raça ou por escola pública) foram avaliados para as vagas de "alunos que estudaram integralmente em escola pública, independentemente da renda".

 

Eram 10 vagas? Então, os dez candidatos com notas mais altas já ficaram garantidos aqui, mesmo que tivessem se inscrito na modalidade de quilombolas, de indígenas ou de pessoas com renda menor do que 1 salário mínimo, por exemplo.

 

Quem ficou de fora desse primeiro "degrau" passa para o segundo: pessoas que tenham estudado "integralmente em escola pública, independentemente de renda, e que tenha uma deficiência". O candidato se encaixa nesse critério? Sua nota está entre as mais altas? Ele já é classificado aqui.

 

Depois, o terceiro degrau: vêm os alunos que estudaram "integralmente em escola pública, independentemente de renda, e que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas". Eram 5 vagas? Ficam as 5 maiores notas aqui, mesmo que os alunos tivessem se inscrito em modalidades mais específicas de cota, como pretos, pardos e indígenas E de baixa renda.

 

São, ao todo, 8 "degraus" considerados (veja mais abaixo a lista completa).

 

A cada vez que o sistema analisa uma nova categoria de cotas, a lista de aprovados é modificada, e os candidatos são remanejados. O que aconteceu: o MEC divulgou a relação de classificados no meio do processo, antes de chegar ao último degrau.
 

Um exemplo real: em Camaçari (BA), Emanuely Varjão, de 21 anos, havia se inscrito na modalidade de alunos pretos, pardos e indígenas com renda menor do que 1 salário mínimo. Só que ela foi aprovada em medicina, na categoria de "integralmente em escola pública, independentemente de renda, e que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas".

 

"Eu fiquei sem entender nada. Na cota em que me inscrevi, de baixa renda, eu passaria em 1º lugar. Mas me aprovaram em 19º na modalidade de independentemente da renda'".


Por quê? É que o desempenho dela já era suficiente para esse "terceiro degrau". Se ela não tivesse nota capaz de entrar na categoria de "independentemente da renda", continuaria "descendo a escada" para o:

 

Emanuely foi aprovada em medicina, mas o sistema mudou sua categoria de cota — Foto: Arquivo pessoal

 

4º degrau: integralmente em escola pública, independentemente de renda, que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas;


5º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita;


6º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita, que sejam pessoas com deficiência;


7º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita, que se autodeclarem quilombolas; e


8º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita, que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas."

 

Até 2023, os candidatos só eram considerados para a categoria de cotas no qual haviam se inscrito, sem esse remanejamento.

 

A ideia da nova política de ações afirmativas, definida pela portaria nº 2.027, de 16 de novembro de 2023, é possibilitar o acesso à universidade a mais cotistas.

 

Uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, que tirar uma nota mais alta do que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo.

 

Emanuely, citada mais acima, ao ser deslocada para uma cota de ex-alunos de escola pública, abriu espaço para que outro candidato, também de escola pública e de baixa renda, mas com nota menor, pudesse ser aprovado.

 

Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados'


O resultado do Sisu, segundo o edital, estava marcado para sair em 30 de janeiro. Alguns estudantes conseguiram visualizar a lista de aprovados na manhã daquele dia, até que a página ficou instável e saiu do ar.


Às 20h da mesma data, sem dar detalhes, o MEC informou que "identificou problemas técnicos no sistema e reiniciou os protocolos de homologação", adiando a divulgação dos resultados para quarta-feira (31).


Quando, na quarta, as listas definitivas finalmente foram divulgadas, a classificação estava diferente da exibida no dia 30.


Estudantes aprovados na véspera — e que chegaram a pintar o rosto com tinta, em comemoração, e a dividir a notícia com os amigos e familiares — caíram posições e descobriram que não haviam conquistado a vaga na universidade.

 

Khauany chegou a postar no Instagram que havia sido aprovada. No dia seguinte, seu nome saiu da lista de classificados. — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/MEC

 

"O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada", disse o MEC.


A pasta não respondeu se algo será feito para reparar a frustração desses alunos -- declarou apenas que eles, como todos os que não foram aprovados, podem manifestar interesse em participar da lista de espera até 7 de fevereiro.


"O sistema é seguro, e os resultados oficiais não serão modificados", afirmou a pasta.

 

Veja, abaixo, histórias de quem se frustrou com a mudança de resultados e perdeu a vaga na universidade:

 

Na manhã de terça-feira (30), Khauany Freitas, de 18 anos, entrou no site do Sisu e viu a mensagem com que tanto sonhava: "Parabéns, você foi selecionada na chamada regular".

 

Ela postou no Instagram: "Caloura da UFF [Universidade Federal Fluminense]!!!! Obrigada a Deus e a todas as pessoas que me ajudaram!". Nos braços, escreveu "ciências biológicas" com tinta (nome do curso em que havia sido aprovada na modalidade de cotas).


Até que houve uma reviravolta: assim como outros candidatos, por um erro do MEC, Khauany "perdeu" a vaga no dia seguinte.


"O site mostrou que eu não tinha passado na faculdade. Fiquei muito frustrada, tive uma crise de ansiedade e só consegui controlar por meio de remédios", conta.

 

A mesma frustração de perder a vaga foi sentida por Maria Eduarda Xavier, de 19 anos, que, de um dia para o outro, viu seu nome "desaparecer" da lista de aprovados em engenharia ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).

 

"Eu era a 3ª colocada de 3 vagas de cota [para alunos de escola pública]. Saí para comemorar com a família, mandei mensagem para as minhas melhores amigas, minha mãe postou nas redes... Minha avó [a entrevistada chora ao lembrar] ficou muito feliz de ver a última neta na faculdade. Até que, no dia seguinte, vi que não tinha passado", diz Maria Eduarda. "Meu mundo caiu."
 

No município de Lagarto (SE), Kamilly Giovanna, de 19 anos, ainda não teve coragem de contar para a mãe que, na verdade, não foi aprovada em estatística na Universidade Federal de Sergipe (UFS).

 

No resultado de 30 de janeiro, o nome da jovem estava na 1ª colocação na modalidade de cotas. A página saiu do ar, mas Kamilly acreditou que estivesse tudo correto. No dia seguinte, no entanto, o site do Sisu passou a exibir a seguinte mensagem: "Você não foi selecionada na chamada regular".

 

"Acabou meu dia. Estou péssima, muito angustiada. Estou sem caminho, sem direcionamento, não sei se volto a estudar ou se acredito na chance da lista de espera", diz, chorando.

 

Em 30 de janeiro, Clara Letícia, de 18 anos, estava comemorando, no cursinho, a conquista da vaga em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foi nesse momento que descobriu que o site do Sisu estava fora do ar e que a lista de aprovados só voltaria a ser publicada no dia seguinte.

 

Quando, em 31 de janeiro, o MEC divulgou o resultado definitivo, Clara não estava mais classificada para sua 1ª opção — e nem tinha a possibilidade de tentar concorrer na lista de espera, porque havia sido selecionada na 2ª opção (relações internacionais).

 

Pelas regras do Sisu, só pode concorrer à lista de espera quem não for aprovado em nenhuma das duas opções de curso marcadas na inscrição.

 

"Eu me senti impotente e iludida. Não quis acreditar que aquilo estava acontecendo comigo", conta ao g1.


Nas redes sociais, ela escreveu: "Obrigada por ser um lixo, SISU, obrigada pelo sonho estragado! Sonhei com minha aprovação À TOA. Tô devastada!".


Duas candidatas preferiram não ser identificadas na reportagem.

 

"Não quero falar que sou eu. Eu já tinha postado e comemorado minha aprovação", diz uma das jovens, que ocupava, no dia 30, a última vaga de medicina de uma universidade federal.

 

Em 31 de janeiro, o site do Sisu passou a mostrar que ela só terá chance se for convocada na lista de espera (ou seja, se algum dos classificados na 1ª chamada não fizer a matrícula).

 

"Sempre participei do Sisu, e isso nunca tinha acontecido", conta.

 

A outra estudante, de 17 anos, estava feliz com a aprovação em um curso de ciência e tecnologia no Rio Grande do Norte. Quando o MEC informou que os resultados "definitivos" sairiam só no dia seguinte, ela nem cogitou a possibilidade de ficar de fora.

 

"Minha nota estava alta. Não me preocupei. Postei no Instagram e comecei a planejar minha mudança de cidade", diz. "Até que descobri, em 31 de janeiro, que meu nome não estava mais entre os aprovados. Chorei a noite toda. Agora, vou focar no Enem de novo."

 

Em Macaé (RJ), Pedro Lora, de 19 anos, passou a manhã do dia 30 de janeiro atualizando a página do Sisu. Quando o resultado apareceu, ele descobriu que estava em primeiro lugar na reclassificação (ou seja, se alguém desistisse, ele seria o primeiro a ser chamado pela universidade).

 

Chegou até a enviar uma mensagem para o pai: "Sou o 21º de 20. Uma única unidade de pessoa [na minha frente]".

 

Só que, quando Pedro entrou novamente no site no dia seguinte, sua posição havia caído para 27º lugar.

 

"Minhas chances diminuíram exponencialmente. A lista de engenharia elétrica não costuma 'rodar' tanto. Dá um sentimento de frustração: recebi uma injeção de expectativa e depois perdi tudo", afirma.
 

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Kamilly pensou que tivesse passado em estatística na UFS — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/MEC

Fotos: Reprodução

 

Fonte: G1

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