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Amor e Sexo : De motel a menage: simule em casa fetiches ‘proibidos’ durante o isolamento
Enviado por alexandre em 07/05/2020 08:47:29


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Passar a madrugada curtindo as delícias e o conforto de um bom motel, trazer outra pessoa para as brincadeiras de casal, deixar a imaginação correr solta observando o público da casa de swing, de um clube fetichista ou de uma balada liberal… Saudade, né, minha filha?

Com o isolamento social, quem gosta de colocar as mais loucas fantasias sexuais em prática tem passado vontade. Alguns motéis continuam em pleno funcionando, mas com o coronavírus correndo à solta por aí, muita gente não se atreve a frequentar.

O jeito é apelar para a BFF do sexo: a imaginação. Com um pouco de criatividade e certos recursos, é possível simular em casa algumas experiências.

Em vez de curtirem uma balada liberal…

… façam uma festinha dentro de casa. Vocês podem começar combinando, por exemplo, um jantarzinho antes da balada. Arrumem a mesa de jantar, preparem uma comidinha diferente ou peçam algo inusitado no restaurante preferido de vocês. Depois, coloquem uma música ambiente, tomem uma bebidinha especial e selecionem músicas que criem uma atmosfera erótica para dançarem de um jeito bem picante. O figurino ajuda muito a entrar na brincadeira também. Terminem a noite fazendo de conta que estão se pegando num cantinho da boate transando em pé, no banheiro ou na lavanderia.

Em vez de se deliciarem no motel…

… criem um clima no banheiro e no quarto. Decore esses ambientes com elementos que lembrem os motéis preferidos ou invente sua própria decoração. Vale uma meia-luz, cheirinhos, óleos, velas, sais de banho, lençóis especiais e até acessórios mais quentes. Vocês podem até fazer uma cesta de quitutes e colocar um vídeo pornô rolando na TV ou na tela do computador, como encontrariam no motel, por exemplo. O que importa é usar a imaginação para criar cenários diferentes dentro de casa.

Em vez de transarem num lugar arriscado…

usem a imaginação guiada. A ideia é substituir a visita a algum lugar em que gostariam de estar juntos: uma praia paradisíaca e deserta, por exemplo. Um assume o papel de “guia” e o outro vai usando a imaginação – depois e só trocar as funções. Iniciem fazendo uma respiração calma e profunda juntos. Depois, comece o roteiro. Diga ao par: “imagine que estamos de férias em uma linda praia, pode ser aquela praia que a gente gosta. Estou vindo de biquíni caminhando na areia…” E assim você vai guiando a fantasia do outro. Para incrementar a brincadeira, é possível usar roupas e acessórios que têm em casa e buscar aplicativos que simulem sons – como o do mar e o do vento.

Em vez de irem ao clube fetichista…

… inventem juntos um conto erótico. Lembrem-se: o ser humano é capaz de criar um mundo erótico na mente e se excitar apenas com pensamentos, fantasias e imaginação. Escrever cenas picantes é uma atividade que, diferente da prática, não precisa sequer ter limites: vocês são livres para colocar no papel as mais loucas ideias sobre o universo BDSM (sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) com as palavras que quiserem e o fetiche que desejarem. Criem uma história a dois ou brinquem de completar a frase um do outro. Com certeza, terminada a tarefa, o desejo estará a mil.

Em vez de compartilharem a cama com outras pessoas…

… aproveitem para explorar os recursos digitais. Entrem em um sites de encontros de casais e experimentem trocar informações e fantasias pela webcam. Se tiverem medo da exposição, mostrem apenas o que se sentirem confortáveis. Para os casais mais “tímidos”, essa é a oportunidade perfeita de colocar fantasias de ménage, sexo casual ou suruba em prática sem ter que se comprometer com a ideia na prática.

Fontes consultadas: Gabriela P. Daltro, psicóloga e sexóloga da Plataforma Sexo Sem Dúvida; Paula Napolitano, psicóloga e terapeuta sexual, de São Paulo (SP), e Priscila Junqueira, psicóloga, sexóloga e cofundadora do IPSER (Instituto de Psicologia e Sexologia Essência Rara), em Campinas (SP)

Amor e Sexo : Confira 3 dicas práticas para fazer sexo seguro durante a pandemia de coronavírus
Enviado por alexandre em 03/05/2020 18:31:25


Se você e seu parceiro estão isolados juntos pode aproveitar o sexo, mas devem seguir alguns cuidados

Já estamos há mais de um mês vivendo o distanciamento social por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

 

E quem está em casa, isolado com a família, já sente alguns efeitos. Alguns casais sofrem com a convivência intensa e há quem ainda tem dúvidas: como fazer sexo seguro nesse momento e não se contaminar?

 

O assunto já foi tema de reportagem aqui no Delas e, segundo o urologista e sexólogo Danilo Galante, se ambos estão juntos no isolamento e estão saudáveis, não há motivo para não fazer sexo . Entretanto, o sexo casual e entre casais que estão separados deve ser evitado.

 

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Na quarentena, trabalhadores do sexo adotam home office

 

Além disso, há algumas dicas práticas para conseguir tornar o sexo seguro nesse momento até para aqueles que estão juntos na quarentena. Quem nos dá as sugestões é Ana Carolina Lúcio Pereira, ginecologista membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

 

Sexo seguro em tempos de pandemia O primeiro ponto é ressaltar que não há estudos que indiquem a contaminação pelo novo coronavírus por meio sexual. “A medida em que o surto de Covid-19 progride, tornando-se uma pandemia, fica claro que o principal modo de transmissão se dá por meio de gotículas respiratórias ou ao tocar uma superfície infectada e depois tocar nos olhos, nariz ou boca", relembra a médica. Ainda assim, Ana Carolina afirma que é preciso seguir alguns cuidados na prática sexual.

 

1. Tempo de isolamento sem sintomas + proteção ao sair de casa Segundo a ginecologista, vale se atentar para o tempo que o casal está isolado e como eles se comportam quando precisam sair de casa. Esses fatores ajudarão a determinar se o sexo e ou o contato entre o casal será seguro. "Se você e seu parceiro estão em isolamento social há mais de duas semanas [geralmente o tempo que o vírus se manifesta], tomam o máximo de cuidado ao sair de casa apenas para as ocasiões mais necessárias, como ir ao mercado ou à farmácia, usando máscaras, não há problema na prática sexual", afirma Ana Carolina

 

2. Higiene antes e depois do sexo A médica ainda indica que o casal tome banho antes e também depois da relação sexual. Já uma recomendação que, caso precise sair, tire as roupas "da rua" e tome um banho assim que chegar em casa, para evitar levar o vírus para o ambiente doméstico. O banho aqui tem a mesma função, não levar nenhuma contaminação para a cama e para o parceiro (a).

 

3. E os beijos? De acordo com Ana Carolina, é melhor evitá-los. "Vale lembrar que a orofaringe é um sítio do Covid-19 podendo, então, ser transmitido pelo beijo", diz a ginecologista. "A masturbação, carícias no corpo, masturbação a dois (hétero ou homo) e relação sexual pênis-vagina apresentam menor risco, com camisinha e sem beijos”, resume a médica sobre sexo seguro neste momento.

 

IG

 

Amor e Sexo : Governo da Argentina recomenda masturbação durante a quarentena
Enviado por alexandre em 19/04/2020 21:28:03




masturbação quarentena 1 - Governo da Argentina recomenda masturbação durante a quarentena

Os governos pelo mundo estão tomando atitudes bem inusitadas para tentar manter seus cidadãos em casa durante a pandemia do Coronavírus.

Na última sexta-feira (17), em mais um dos seus pronunciamentos diários, o Ministério da Saúde argentino convidou o infectologista José Barletta para falar com a população sobre sexo na quarentena.

O profissional recomendou que as pessoas tenham relações sexuais apenas com seus parceiros estáveis e evitem transar com desconhecidos. Mesmo com o uso de preservativos, o divertimento pode ser uma armadilha, pois a saliva é o principal meio de transmissão do vírus.

O médico recomenda a masturbação para as pessoas solteiras, ou até o sexo virtual, por videochamada.

“É PRECISO LAVAR AS MÃOS E OS ÓRGÃOS GENITAIS ANTES E DEPOIS, ASSIM COMO DESINFETAR AS TELAS DE COMPUTADOR OU BRINQUEDOS SEXUAIS USADOS DURANTE O ATO”

Pois é caro leitor, fique avisado.

Amor e Sexo : Quer brincar? Confira 9 jogos eróticos caseiros para animar a quarentena
Enviado por alexandre em 14/04/2020 08:59:56


Para os casais que estão em isolamento juntos, a Pouca Vergonha dá dicas de brincadeiras fáceis e pra lá de picantes

Há quase um mês em quarentena, as pessoas começam a sentir a necessidade de serem criativas. Há aquelas que deram sorte de ficar em isolamento social junto com o(a) parceiro(a) e podem usar o sexo como divertimento no período.

 

Além dos diversos aplicativos com passatempos eróticos prontos, existem, também, os jogos que podem ser improvisados com o que se tem em casa.

 

Então, se vocês já fizeram de tudo, tentaram todas as posições e estão ficando entediados, a Pouca Vergonha traz nove ideias de jogos eróticos fáceis e deliciosos para movimentar a relação. Confira:

 

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Coronavírus: Perguntas e respostas sobre o sexo durante a quarentena

 

O que é Voyeurismo? Na língua francesa a palavra significa “quem percebe através da visão”. Ou seja, aquele gosta de observar

 

Jogo de tabuleiro


Quem nunca brincou de Jogo da Vida? E por que não se inspirar nos clássicos jogos de tabuleiro para se divertir? Você vai precisar de um dado, algo que possa ser usado como os pinos, e uma base que sirva de caminho a ser percorrido durante o jogo.

 

Além das rotas prontas, que são encontradas na internet, o casal pode montar o seu próprio roteiro, colocando prendas quentes em cada uma das casinhas. Vale soltar a imaginação: posições, carícias, peças de roupa a serem tiradas, “castigos”, etc.

 

 

Papeizinhos sortidos


Nada mais simples e fácil do que essa brincadeira. Escreva seus fetiches em pedaços de papel e coloque-os, dobrados, dentro de um pote. Para jogar, é só escolher um papel, abri-lo, e, se os dois toparem o desafio, partir para o abraço. O pote pode, inclusive, ser mantido em casa para quando o casal quiser uma brincadeira diferente para fazer.

 

Quiz erótico


Neste jogo cada um faz uma lista com perguntas sobre si mesmo. Um vai fazendo as perguntas para o outro e quem errar paga uma prenda, que tem de ser bem gostosa. Vale lembrar: nada de perguntas como “qual a minha cor favorita?”. Aproveite o momento para estreitar a intimidade e saber mais sobre os desejos do outro.

 

Dados eróticos


Sem dúvidas, uma das mais clássicas brincadeiras eróticas. Existem dados vendidos em lojas especializadas que já vêm com situações definidas, mas o jogo pode ser adaptado para os dados comuns. Basta que o casal faça uma “legendinha” do que significa cada número dos dados, jogar e se divertir. Cada número pode ser uma ação, uma parte do corpo, uma posição, e por aí vai….

 

 

Adivinha o que


Este jogo pode funcionar como uma ótima preliminar, e tudo o que o casal precisa é ter criatividade e uma faixa de pano. Tape os olhos do(a) parceiro(a) e faça carícias que despertem sensações diferentes no outro. Vale usar gelo, tecidos, e, caso tenham, géis e brinquedinhos sensuais.

 

Sempre que fizer uma carícia, após um tempo, faça com que a pessoa descubra o que foi usado para causar a sensação. Caso acerte, terá o direito de escolher um prêmio. Caso erre, quem fez a carícia escolhe um “castigo” e a provocação continua. Se os envolvidos gostarem de uma pegada mais BDSM, vale também amarrar as mãos (tudo sempre consensual e com muito bom senso. Importante).

 

Interpretar papéis


Já que estão isolados há tantos dias, que tal fingir que são outras pessoas? É uma tática muito usada por casais mundo afora e que pode esquentar bastante as coisas. Nessa hora é essencial soltar a imaginação: inventar nome, profissão, hobbies, e, até mesmo (por que não?), sotaque. A intenção é fingir que são dois estranhos que acabaram de se conhecer e desenrolar uma história excitante de um primeiro encontro a partir daí. O roteiro pode até ser combinado, mas vale tentar o improviso para deixar tudo mais espontâneo.

 

 

Provocar sem penetrar


Quase um teste para cardíaco. Neste jogo de resistência, mesmo quem perde, acaba ganhando. O casal estipula um tempo específico (5 , 10 minutos, importante que não seja muito longo) e prepara o timer do celular. Cada um terá esse tempo para provocar a pessoa com beijos, carinhos, linguadas e tudo o que tem direito – menos penetração. Quando o tempo acabar, é a vez do outro. A intenção é permanecer se provocando pelo maior tempo possível sem partir para os finalmentes (e nem chegar ao orgasmo, viu?!).

 

Baralho erótico


Sabe aquele baralho que está encostado na gaveta há tempos? Chegou a hora de usá-lo. Mesmo sem cartas eróticas específicas, é possível brincar com o prazer. Uma das opções mais simples é estipular ao que equivale cada uma das cartas (carícias, posições, fantasias, etc.), depois é escolher e se divertir.

 

Outra opção é usar qualquer jogo comum de baralho, com o qual o casal esteja acostumado e, a cada rodada, quem perder paga uma prenda quente, como tirar uma peça de roupa.

 

 

Verdade ou consequência

 


Para quem gosta do clássico, uma possibilidade é adaptar a boa e velha verdade ou consequência para o modo erótico. Além das prendas e das consequências, é um bom jogo para descobrir mais sobre os desejos e fetiches do crush. Mas lembre-se de não usar o jogo como tentativa de “fuçar” ou descobrir coisas sobre o outro e estragar a brincadeira.

 

Metrópoles

Amor e Sexo : Virtual, mas bem real, sexo online mexe com cotidiano das quarentenas
Enviado por alexandre em 13/04/2020 09:09:35


 

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Quando a quarentena acabar, o roteirista P.N., 28, que pede para não ser identificado por motivos que serão conhecidos a seguir, terá que
bloquear alguns contatos de sua lista no WhatsApp. “Acho que uns 40”, diz ele, brincando com a situação. “É tanta gente que combinei de fazer sexo que é melhor nem ver depois.”
Lá se vai quase um mês desde que ele transou com alguém, “apesar de não ter sido exatamente… bom”. A não ser, claro, que sexo virtual também conte. E, para ele, contou.
Desde 15 de março, ele passou a trabalhar em casa e só sai esporadicamentepara ir ao supermercado. Foi ali, nos primeiros dias, que as coisas pareciam que seriam mais fáceis e prazerosas no resguardo. “Estava excitado, não só no sentido sexual, mas com a situação nova”, diz.
Tanta excitação culminou em dias intensos de prazer bem real, apesar da O mesmo não pode dizer o barista Rafael Facury, 25. Apesar das regras e
recomendações, ele saiu nesta semana com uma moça que conheceu no
aplicativo Tinder.
Solteiro há pouco, a pandemia estaria atrapalhando sua vida sexual, não
fossem os “avançados recursos de telecomunicação”. “Tem o lado do ego, é
legal a pessoa querer te ver ou querer receber um nude, mas o negócio do
sexo virtual rola mesmo”, diz.
No app de paquera, Rafael conheceu algumas mulheres durante a
quarentena. Com umas saiu, com outras fez sexo virtual. “Conheci uma,
começamos a ‘trocar ideia’ e ela já me passou o WhatsApp.
No dia seguinte me chamou para ir na casa dela e já mandou uma foto
pelada. Meu Deus, coisa linda!”, diz. “Mas por enquanto foi só via celular.”
Até aí tudo bem, para Rafael e para o roteirista lá do início desta reportagem.
Acontece, porém, que aos poucos algumas coisas foram ficando mais claras
—o que está longe de significar que as conclusões deles sejam uma regra.
O ímpeto e o interesse de P.N. pelas relações sexuais online, hoje, após quase
um mês de quarentena, já não é o mesmo. “No começo fiz bastante, mas
agora não ando com saco para mais nada disso”, afirma. “Estou me
masturbando normalmente, mas só isso.”
Importante dizer que todos com quem ele transou pela internet ou pelo
celular eram de alguma forma conhecidos. “São caras que ou eu conheço ou
pelo menos sei quem são, tenho atração. Tem uma questão de segurança,
porque tem muita gente louca por aí”, diz.
A queda de interesse por esse tipo de sexo não se deve a uma lista de
conhecidos restrita, mas ao fato de que, em um determinado instante, para
ele, o esforço estava sendo maior do que o prazer obtido.

 

Para Rafael, a segurança também é um ponto a observar. “Às vezes, elas
pedem para a gente mandar [nudes], mas mando sem mostrar o rosto. Vai
saber onde a foto vai parar.”
A questão para ele recai mais sobre o afeto ou a falta dele. “Claro que é legal
ver uma pessoa diferente pelada, mas é muito melhor quando é alguém que
você conhece e tem uma relação, carinho.”
É exatamente o caso da estudante de psicologia M.A., 27. Após um namoro de
pouco mais de um ano, ela rompeu a relação há uma semana, bem no meio
da quarentena. Há poucos dias transou virtualmente com…seu agora exnamorado.
Ela conta que nunca foi muito entusiasta da prática, a não ser em ocasiões
em que a distância falou mais alto, como durante viagens dela ou do ex.
“Manter o contato é importante. Você não vai sentir o cheiro da pessoa, mas
vai compartilhar um momento íntimo”, afirma.
Entra nessa equação também a confiança no parceiro. Mas, mesmo assim,
ela diz, a mulher sempre está mais exposta às consequências de ter um nude
ou um vídeo vazado. “Um homem não perde o emprego quando isso
acontece. A mulher, sim”, diz.
Outro ex-namorado da jovem tem vídeos dela, feitos quando estavam juntos.
Apesar de conhcer e confiar no antigo companheiro, ela diz se sentir
insegura até hoje. “Não tem como ter confiança absoluta em um individuo
que faz parte de um problema estrutural maior: o machismo”, afirma.
Experiências como a dela mostram que o sexo pode até ser mais uma das
carências que saltam aos olhos durante um período de confinamento, mas é
o mais difícil de se lidar. “É a grande prova de fogo. Outras privações são mais
toleráveis, principalmente para os mais jovens”, diz o psicanalista Flávio
Carvalho Ferraz, professor do Instituto Sedes Sapientiae

Essa relação marcada pelo fator espaço embute em si algo que pode se
revelar um problema com o passar do tempo.
“Como há esse limite, podemos ver uma reação extrapolada após o final da
quarentena”, diz o psicanalista.
Para o psiquiatra e psicanalista Ricardo Biz, casos em que o sexo virtual é
uma forma de defesa podem causar problemas. “Toda defesa psicológica
chega uma hora que satura. E os sintomas podem vir das mais variadas
maneiras.”
Apesar das dificuldades, há quem consiga lidar com a abstinência e mesmo
assim começar um relacionamento em meio à quarentena. A administradora
de empresas, T.O., 23, conheceu seu “crush”, no Tinder, em meio à pandemia.
Desde então, há 15 dias, um faz parte da vida do outro. Até filmes assistem
juntos.
“Juntos” é força de expressão. Eles assistem separados, cada um em sua casa,
mas combinam de apertar o play no mesmo instante e não param de trocar
impressões sobre o filme no WhatsApp. O último foi, claro, um romântico:
“Como eu era antes de você” —sobre o relacionamento amoroso entre um
homem paraplégico e sua cuidadora.
“A gente tem se falado todos os dias. Como temos o gosto muito parecido,
sempre conversamos sobre músicas e filmes, um compartilha uma música
nova com o outro.”
A quarentena, para ela, que não gosta de fazer sexo virtual, impediu que
qualquer coisa mais quente acontecesse. Não por falta de vontade. “Com
certeza! Se a gente tivesse nessa intensidade ao vivo, já teria acontecido
alguma coisa.”

Sites de acompanhantes têm estampado anúncios citando os perigos da
pandemia do novo coronavírus e destacam profissionais disponíveis para
atendimento virtual.
Na última semana, o ministério lançou uma cartilha de prevenção ao novo
coronavírus voltada para a população LGBT. Uma das orientações do
material é que profissionais do sexo se adaptem para oferecer serviços
virtuais.
Programas que chegam a custar até R$ 500 a hora são oferecidos por R$ 200,
meia hora, em sua “versão digital”. Esses são os valores para quem se
interessar em fazer sexo com uma das acompanhante de um dos maiores
sites de São Paulo.
À Folha, uma mulher, de 28 anos, afirmou que o atendimento seria feito pelo
WhatsApp, mas ainda não tinha feito nenhum. Segundo ela, os programas
presenciais caíram mais de 80%, e essa foi a saída para tentar recuperar ao
menos parte de sua renda mensal, de cerca de R$ 15 mil.
No dia em que a reportagem entrou em contato, ela afirmou que havia feito
dois programas normais durante a semana e que virtualmente não havia
feito nenhum.
Desconfortável com o sexo online, ela prefere o sexo convencional e diz que,
apesar da pandemia, não iria parar com os atendimentos presenciais.
Se o sexo virtual parece levar vantagem em dias de pandemia, o pornógrafo e
produtor visual Jeffe Grochovs, 28, vê nisso uma oportunidade.

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