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Jesus : Os perigos do fundamentalismo
Enviado por alexandre em 02/03/2014 02:16:37

O que caracteriza um fundamentalista religioso? Como entender indivíduos como o fundamentalista árabe? É de fato uma pessoa, ou uma figura criada para abrigar sentimentos não racionais, exclusivistas, de um segmento religioso fanático? Sentimentos reprimidos por uma experiência não racional, ou não bíblica, mas por uma aversão completa e total à sociedade, ao “inimigo” criado ou exacerbado em seus devaneios, em seus delírios de “complô”, de “conspiração”, de “guerra total”. Trava uma guerra não bíblica, não messiânica, ao despreciar expressões evangélicas que claramente condenam à luta contra a carne e o sangue, de que o “meu reino não é neste mundo”.

O fundamentalista religioso acredita possuir uma missão que é a de “combater” o inimigo onde quer que ele esteja, seja fora ou dentro da religião que ele professa. Há sempre uma “trama” ou “complô” contra sua missão “salvadora”, contra sua iniciativa de restauração do “Reino”, do modelo religioso de sociedade, de família. Onde todos vêem azul e verde, o fundamentalista vê apenas preto e branco. Sua visão, deturpada por seus devaneios e delírios diários, é duramente atingida, prejudicada, na medida em que desenrola sua missão, seu objetivo central e fundamental de vida.

“O inimigo está no Estado, na Escola”, acredita o fundamentalista. Entende ser necessário tirar do professor a função de educação de seus filhos (a educação é vista como antirreligiosa e pagã). Igualmente a sociedade está impregnada de ímpios, de pecadores que merecem não menos que o inferno, a condenação eterna. Evita-se o convívio social, o relacionamento do banco de praça, das organizações sociais. Isola-se. Busca-se uma alternativa não social, não dependente do Estado. Vê o campo, o interior como viável para cuidar de seus filhos e travar uma batalha à distância.

À distância, mas perto o suficiente para vasculhar perfis, sites, blogs, desenrola sua “luta” contra o “inimigo”, contra o “opositor” que agora não somente atua na sociedade, mas dentro das igrejas. Nesta guerra a ética muda de configuração, de aspecto, de princípios. É preciso ganhar aliados (acredita o fundamentalista). Não importa seu passado, seus projetos pessoais, conquanto esteja alinhado com suas ideias (Maquiável?). Cria uma imagem de “super-homem”, de “messias” capaz de captar a atenção de aliados, de indivíduos que igualmente enxergam preto e branco em tudo.

Cria-se uma ou várias centúrias de “guerreiros”, de “soldados” para atuar nas trincheiras, na defesa do fundamentalista, que poucos conhecem pessoalmente, sabem de sua história. Mas ele está aí, à espreita de novos inimigos, de opositores, à espera de novos indícios da presença do “mal” que possa usar em benefício próprio, mesmo que mudando o rótulo, o sentido da mensagem deste novo inimigo. O importante é usá-lo para alcançar novos aliados para sua causa, sua “guerra” santa, que não é de Alá, nem de Jeová, mas sua própria guerra. Posicionados, seus soldados entram em ação para defendê-lo, mesmo em zonas onde o fundamentalista lá não está, não seja permitido atuar.

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef. 6.12).

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef. 6.12).

Jim Jones, David Koresch, Francisco Herman Pevoc, David Berg, Joseph di Mambro, Luc Jouret, Charles Manson, igualmente acreditavam possuir uma “missão”, um “inimigo” a ser combatido. Eram carismáticos, tinham capacidade de atração. Alcançaram discípulos, defensores de suas ideias “revolucionárias”, de sua “causa”. Primeiro, deu-lhes o que acreditar. Segundo, mostrou-lhes o inimigo. Terceiro, os isolou da sociedade, da família, dos filhos ou parentes que estavam “sob maldição”, da escola e principalmente: da mão onipresente e onisciente do Estado, do Poder.

Os destruiu psicologicamente. Os usou para o cumprimento de sua “missão”. Resultado: indicou que a única forma de escapar do inimigo seria via “suicídio”. Dos ranchos, vilarejos, mansões, carregaram-se diversos sacos de mortos. A sociedade foi impactada. Califórnia, Guiana, França, Canadá, Áustria, Japão. Centenas de sacos. Mas não “morreram em vão” – cumpriram o desejo maior de seu mestre, de seu líder. Foi o resultado. Estava feito. Hoje, nos EUA, na Europa Oriental, no Mundo Árabe, na Rússia, extremistas os mais diversos comentem atos isolados ou em conjunto contra nacionais e estrangeiros, motivados por promessas de triunfo. É o fundamentalismo.

M. Alvares, psicanalista com especialização no tratamento de adeptos de seitas fundamentalistas, chama a atenção para algumas características do perfil de um fundamentalista religioso. Segundo ele, o Outro aparenta acreditar ser um soldado. Procura se identificar com os líderes primitivos. Sua ética é questionável. Quer ser visto, aplaudido, seguido por soldados igualmente hostis ao inimigo. Ao procurar, vasculhar perfis pela internet, aparenta estar em busca de um novo alvo que justifique sua existência. Ao encontrar elabora um projeto de ataque. Escolhe cuidadosamente as ideias, as palavras, as expressões. Modifica algumas. Mostra para seus discípulos onde está o inimigo. Onde combatê-lo. Como combatê-lo. Nesta luta contra inimigos virtuais e materiais percebe a necessidade de se cercar de amigos, de esconderijos, de locais seguros. Afinal está em guerra. Sua vida é caracterizada por uma constante preocupação com “quem pode nos ver aqui”. Conclui Alvares: “é um forte candidato à líder destrutivo, como os jihadistas islâmicos ou os fundamentalistas sectários”.

 

"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."

Por

é pesquisador, jornalista, colaborador de diversos meios de comunicação e licenciando em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de dez anos dedica-se ao estudo de religiões e crenças, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e movimentos destrutivos. Contato: pesquisasreligiosas@gmail.com

Jesus : O conflito e a fé
Enviado por alexandre em 26/02/2014 02:05:45


A definição de nós mesmos se estende como agua corrente que se esbarra em diversos obstáculos a procura de um caminho, como a agua livre de um temporal, todas as correntes elétricas, químicas e hormonais trilham um caminho de conflitos entre as diversas tempestades em nosso ser. Como o atrito que gera a energia, nossa existência psíquica emocional interage em uma intensa gradação na arena do nosso físico, gerando a energia de conflito que nos impulsiona para estarmos na ação construtiva de cada dia ou no ócio passivo e silencioso construtores de ideias e conflitos mentais.

Viver é preciso mais do que existir! Pois inconscientemente somos cobrados a interagir com um dia após o outro, vivendo em um caminho onde a esperança é o maior sinalizador da fé. Pois em cada universo das milhões de cabeças pensantes em seus limites de percepção ou de interação consigo mesmo e com o universo externo das aparências que sempre constrói a ideia de que tudo é igual, ficará sempre oculto, universo psíquico emocional de todos que contemplam do seu ponto de conflito interior a vida que se desenha em uma aquarela abstrata onde a vida de cada um é um universo inatingível, por mais externado e revelado.

Ao longo desta caminhada nós somos à base de um longo aprendizado, pois os conflitos que sentimos esteve na vida de gênios  que deixaram um legado na história pela materialização de suas ideias, como também na vida de anônimos mortais que trilharam as ruas despertando em cada dia com a necessidade de ter fé, para acreditar que em meio a corda bamba que buscam equilíbrio existe algo, que torne sua vida direcionada por uma razão, e assim trilhamos como a agua da chuva de um temporal a caminhada através de obstáculos internos e externos rumo ao curso para se encontrar consigo mesmo, este encontro acredito ser a maior conquista, talvez o maior legado que a fé aponta para algo que não possamos ver, mas que acreditamos sem nenhuma dúvida. Acredito que ai está à fé tão minúscula como um grão de mostarda, e com um poder de fazer a montanha dos nossos conflitos mover-se de lugar, e até mesmo nos tornamos semelhantes a um semideus capazes de realizar obras inacreditáveis que sem a fé seria impossível.

Por esta razão, e por tantas outras razões, se permita ver o próximo dia, mesmo que os conflitos de hoje sejam o maior temporal de sua vida.

  • Carlos Reis Agni
  • Escritor Romancista e ativista sócio cultural, presidente da Associação Filarmônica Carlos Gomes- ASFICAG.
  • Contato: www.carlosreisagni.com.br, 75-88342889

Jesus : “Ainda existe Machismo”, declaram Pastoras Batistas Nacionais
Enviado por alexandre em 16/02/2014 21:01:28

Rubenia, Myrian, Sueli e Maria das Dores tem algumas coisas em comum. São mulheres, mães, esposas e exercem ativamente o ministério pastoral feminino. Algumas delas declaram já terem sofrido com preconceito e machismo, mas todas concordam numa coisa: não se importam com o que pensam, pois são felizes cuidando de vidas.

Elas são apenas 4 exemplos de um universo que é cada vez maior no Brasil: o pastorado feminino. Negar que ele exista não vai mudar em nada o fato de que Deus tem feito muito através da vida destas e outras mulheres. Para muitos, a discussão chegou tarde nos arraiais batistas. Para outros, chega em bom tempo: em tempos de mudança.

Leia o breve relato destes testemunhos.

“Jesus veio libertar a mulher” – Pra. Sueli Ligabo

Meu nome é Sueli Veras Ligabo, tenho 50 anos de idade, pastoreio há 20 anos na Igreja Batista da Convenção Batista Nacional em São Carlos, interior de SP. Sou pastora juntamente com meu esposo Pr. Luís Henrique Ligabo. Fui ordenada pela ordem de Ministros Batistas Nacionais de Minas Gerais em 2004, em Belo Horizonte. Junto comigo foram ordenadas mais 10 pastoras ao ministério da Palavra. Atuo em minha Igreja juntamente com meu esposo pastor, exerço livremente o ministério de ensino em todas as faixas etárias, inclusive pregação. Ministro a ceia junto com meu marido e na sua ausência também. Já ministrei em outros estados e países como Itália e Chile. Existem ainda alguns pastores que não reconhecem a mulher como pastora, mas se a mulher exerce atividade pastoral ele é sim uma pastora. Deve dar bom testemunho como todo pastor e fazer jus ao chamado pastoral. Jesus veio para libertar a mulher. Acho difícil a mulher solteira, ou que tenha um marido que não é pastor, exercer o ministério. Mas também não é impossível. Há muitas mulheres que o fazem, por exemplo, a Apóstola Valnice.

“As pessoas entendem o ser pastor ou pastora como um título, um sinal de status e não como um chamado vindo da parte do Senhor” – Pra. Myrian Rosário

Meu nome é Myrian Rosário e pertenço à Igreja Batista Quatro de Julho (da Convenção Batista Brasileira) no Rio de Janeiro. Tenho nove anos de consagração ao ministério pastoral, mas trabalho na liderança desde 1996, quando ainda era solteira. Casei-me em 2001, graduei-me no Seminário ainda solteira (1999), e bem antes do meu marido (2003). Já tinha um ministério consolidado antes de me casar. Não sou pastora porque sou a esposa do pastor! Na igreja já atuei como professora e superintendente de EBD, líder de jovens, líder de adolescentes e há 10 anos ministro, com o meu marido, o Curso Casados Para Sempre. Também ministro o Curso Mulher Única – da Universidade da Família. Liderei células, fiz discipulado com jovens e adolescentes por anos, trabalhei com aconselhamento de jovens, adolescentes, mulheres e também de namorados e noivos, ministrando um preparo para o casamento e acompanhando namoros desde o início. Prego a Palavra mas ainda não ministrei ceia ou batismo. No exercício do meu ministério como pastora, nunca encontrei muita “dificuldade”. Alguns entraves talvez. Por exemplo, quando sai da Igreja Batista Nacional de Jardim Guançã, onde fui consagrada juntamente com o meu marido, e fomos para uma outra igreja da CBN, a primeira providência do pastor de lá foi ir até a minha casa dizendo que tinha ouvido excelentes referências do meu ex-pastor sobre o meu trabalho na igreja, mas que, na igreja dele, “pastora não!”. Perguntei se ele me permitiria trabalhar e que não me importava com o título que dessem (esposa de pastor, obreira, missionária, líder, irmã voluntária ou tarefeira). Para a Glória do Senhor, fizemos um excelente trabalho naquela igreja e muito membros reconheceram o meu chamado reconhecendo-me como pastora, mesmo contra a vontade do titular. Em outra ocasião, em uma igreja bem maior, deixei de liderar uma célula na zona norte de São Paulo para assumir outra célula (futura igreja), em Mairiporã, mas sem deixar de frequentar a primeira. Eu mesma escolhi o futuro líder, um pastor. Quando dei minha opinião, solicitada por ele, a todos os membros, sobre o horário de início da célula, ele me disse: o seu marido é o supervisor das células e pode falar o que quiser, você, não! Detalhe, meu marido ainda trabalha secularmente e todo trabalho de supervisão das células era feito, basicamente, por mim. Nessa mesma igreja, o pastor titular reconhece o trabalho das pastoras – há algumas lá – mas não o título. Desde que trabalhei num site gospel, passei a utilizar como assinatura no meu E-mail: Myrian Rosário – pastora e jornalista. Colaborava no jornal da igreja e me comunicava com muitas pessoas da igreja por e-mail. Motivado por isso ou não, o pastor titular soltou uma circular proibindo qualquer pessoa que se apresentasse ou se intitulasse pastora, mesmo em assinatura de e-mails. Não entendi bem, mas exclui a palavra pastora da minha assinatura sem questionar. Afinal, a obra de Deus é mais importante do que esses detalhes. A ordenação feminina é um assunto polêmico. Até o Pr. Enéas Tognini já reconhece algumas pastoras como pastoras e os mais jovens continuam na Idade da Pedra. As pessoas entendem o ser pastor ou pastora como um título, um sinal de status e não como um chamado vindo da parte do Senhor, como um encargo, uma responsabilidade nessa terra. Mulheres têm capacidade para liderar no mundo corporativo, no governo, mas não na igreja. Esses dias li o comentário de um pastor que dizia que os que são contra a ordenação de pastoras deveriam recusar os dízimos das executivas, já que mulher no comando é antibíblico (ignorando as questões culturais da época em que os textos foram escritos). O Seminário Batista Nacional, em São Paulo, onde me formei, forma dezenas de mulheres todos os anos, mas na hora do juramento (compromisso), essas alunas não podem declarar que exercerão o ministério pastoral. Por incrível que pareça, me sinto muito mais acolhida entre os tradicionais do que no meio dos renovados. Sou editora-chefe do Jornal da Convenção Batista do Estado de São Paulo e, apesar dos contrários, existem muitos que aceitam o fato de eu ser pastora e jornalista melhor do que os batistas nacionais. Não tive nenhum problema com o meu pastor atual, que é da CBB que, aliás, acaba de deliberar favoravelmente sobre a ordenação de mulheres. Às vezes me sinto triste, mas tento não me deter muito a esse detalhe.

Muitas pessoas “fazem careta” quando uma mulher sobe ao púlpito pra pregar, muitos dão demonstrações explícitas de machismo, mas o Senhor é a minha força. Foi Ele quem me chamou, que tem me capacitado, me sustentado e me dado graça para pregar as boas novas da salvação aos perdidos, cuidar e ensinar os novos convertidos, levar edificação aos salvos e trabalhar na restauração de famílias. Gostaria muito que pastoras como eu recebessem o mesmo tratamento dispensado aos pastores, mas isso não altera em nada a convicção que tenho do meu chamado. Ai dos pastores se não fosse o ministério feminino nas igrejas! Os ministérios de ensino, infantil, intercessão, visitação são basicamente desenvolvidos pelas mulheres. Mulheres são líderes de departamentos, líderes de células, conselheiras, intercessoras, professoras de EBD, evangelistas, missionárias, mas o púlpito ainda é um lugar restrito às pessoas do sexo masculino. Se aceitam o nosso trabalho porque se negam a reconhecer o nosso chamado?

“Não encontro dificuldades pois atualmente minha igreja me aceita como pastora” – Pra. Rubenia Diniz Vieira de Souza Siqueira

Meu nome é Rubenia Diniz Vieira de Sousa Siqueira, tenho 46 anos e sou pastora na Igreja Batista Nacional Geração Eleita. Exerço o ministério pastoral há 10 anos, pregando, ensinando aos jovens, mulheres, ministrando a ceia entre outras atividades. Não encontro dificuldades, pois atualmente a igreja me aceita como pastora. No passado, algumas mulheres não aceitavam o meu ministério, mas hoje já não congregam conosco. Para a Glória de Deus, em minha igreja há muitos jovens e novos convertidos. Em nosso meio não existe preconceito mas no meio Batista Nacional há sim. No entanto, sinto-me bem, pois não preciso que os homens me reconheçam. O importante é que Deus me chamou e me capacitou para exercer o meu chamado. Amo ser pastora, pois amo cuidar de pessoas. Se eu pudesse mandar um recado aos pastores batistas nacionais eu diria:

Deixem de preconceitos e ouçam a voz de Deus, pois as mulheres sábias e virtuosas são instrumentos valiosos nas mãos de Deus.  

“Sinto-em desvalorizada pelo fato de ser mulher” – Pra. Maria das Dores

Meu nome é Maria das Dores Oliveira Dias, tenho 49 anos e sou pastora na Igreja Batista Tocha Acesa em Espinosa, Minas Gerais. Estou no ministério pastoral há 27 anos. Atuo em todas as áreas, só não faço batismo e nem ministro a ceia. Infelizmente sinto que ainda existe preconceito pelo fato de ser mulher – Machismo por parte dos homens que são pastores e desconfiança, ou seja, muitos deles não confiam no nosso ministério porque acham que somos frágeis e sentimentais. Não digo que o preconceito exista por parte da denominação, porque se assim eu fizesse, estaria colocando todos os líderes com a mesma postura. Acho que muitos líderes são preconceituosos, não confiam no ministério feminino. São machistas e acham que só os homens podem ser ordenados a pastores. Por isso, às vezes me sinto desvalorizada pelo fato de ser mulher. Se eu pudesse mandar um recado aos colegas, eu diria:

Amados pastores, eu, Maria das Dores Oliveira Dias, quero lhes dizer que eu amo o Senhor Jesus, como vocês amam. Reconheço que não posso viver um minuto, ou para ser mais precisa, um segundo, sem Ele, porque Ele é o fôlego da minha vida. Não posso e nem consigo imaginar a minha vida sem a presença do meu amado Espírito Santo. Por isso, acho que a mesma essência ministerial que existe e traz o ardor do seu ministério, e a coragem, e a força, e o vigor que tem dentro de vocês, que são homens, existe também dentro de mim, que sou mulher.

Isaías 41:10.

Jesus : O Grande Dilema: Fé na Fé ou em Deus?
Enviado por alexandre em 16/02/2014 20:59:21

Em algumas igrejas anuncia-se a fé na fé e não a fé em Deus.

Na Carta aos Hebreus, nas doutrinas rudimentares é mencionada a fé em Deus, Hb 6:2.

A fé na fé consiste na auto sugestão e não no poder de Deus. O homem natural é dotado de capacidades físicas, intelectuais
e emocionais. Recordo-me de que quando eu era militar estava sujeito a provas físicas que julgava ser incapaz de as alcançar.
Também, certas missões, requeriam de mim uma conscientização de as poder ultrapassar . Sem dúvida, que o nosso corpo me-
diante exercícios físicos, está habilitado a maiores esforços do que se pode imaginar.  De igual modo, sempre podemos ir além
dos nossos medos e as impossibilidades convertem-se em êxitos.

Há umas décadas atrás, Dale Carnegie desenvolveu a arte de habilitar vendedores fracassados e tímidos políticos, em habilido-
sos homens de sucesso.

Não pretendo, nesta breve reflexão, desconsiderar factos comprovados.

O Próprio Cristo ensinou os discípulos para que tivessem bom ânimo nas suas aflições. Há pois a considerar que toda a pessoa está capacitada a ultrapassar obstáculos, mediante aprendizagem e ousadia.

Encontramos, nas Escrituras, sentenças em que basta ter fé para alcançar o favor de Deus, como por exemplo: ”quem crer será
salvo”. Numa outra ocasião, está registado: “crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa.”

O que é distinto nestes dois exemplos, é o objeto da nossa fé. A fé salvadora é acreditar no Salvador, porque ninguém se pode
salvar pelos seus próprios méritos. “Pode o etíope mudar a côr da sua pele?”

Uma teologia popular, pretende habilitar o homem ao impossível ensinando que tudo o que o homem confessar alcançará. É
“a right confession” ou a “confissão positiva”. Sabemos que o coração do homem é enganoso e tem apetites que não se com-
formam com a vontade de Deus. Ora, o que as Escrituras afirmam é que todo aquele que se agrada de Deus, o Senhor concede-
rá o que o coração do homem desejar, Sl 37:4.

Um dos textos citados para promover a teologia da prosperidade, é que “a morte e a vida estão no poder da língua ”. Se assim
fosse todo o gabarola alcançaria o que a fantasia da sua vaidade almejasse.

A razão porque os jogos de azar são muito populares é porque a esperança inspira a troco de  nada uma fortuna.

Algumas igrejas, procuram alcançar multidões promovendo milagres pela auto-sugestão de uma fé na fé. Há dias ouvi que se pro-
metia a libertação de todo o mal e para isto bastaria passar por uma passadeira vermelha iluminada pois significava andar na luz.
Lá iam as pessoas acreditando nessa proposta de fé. Ora, o que a Escritura nos propõe é que se andarmos na luz como Ele na luz

está, temos comunhão uns com os outros e o Sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado, Teologia Joanina.

Crer em Deus, e alcançar, pela Sua divina graça o Seu favor, consiste em conhecer as Escrituras:

“Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creias no nome do Filho de Deus. E esta é confiança
que temos nele, que se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que
pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos I Jo 13:15“.

Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amílcar e Isabel Rodrigues

"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."

Por

Amilcar Rodrigues foi ordenado pastor em 1978 na "Apostolic Faith Mission" na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão "Broadcast" pela "Geoffrey Connway Broadcast Academy" Toronto, Canadá, é filiado do "Crossroads Christian Comunication". Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro "Deus da Aliança" , Evangelho dos Sinais aos Hebreus" e "Contos do Apocalipse". Foi convidado pelo Gospel+ para participar como colunista em Maio de 2012.

Jesus : Os juízes da igreja também erram feio! Conheça 4 erros grassos que cometem.
Enviado por alexandre em 10/02/2014 01:23:28

Queridos, este artigo é a continuação do anterior; “As igrejas evangélicas são mais ordem que caos“. Se você ainda não leu, o poderá fazê-lo neste link.

Destaco com humildade a manifestação das derrapadas mais comuns e que se destacam nos comentários dos críticos à igreja evangélica. É importante esclarecer que não aceito todo o comportamento evangélico como sendo genuinamente cristão ou correto; mas nem por isso posso concluir que por erros pontuais, o cristianismo seja feito só de erros, injustiças, charlatanismo, desvios bíblicos e outros pecados.

O propósito desses dois artigos é duplo: 1) incentivá-los a continuarem a denunciar e a combater as impiedades de alguns que se passando por crentes envergonham a igreja e escandalizam os de fora dela. 2) Que ao expressarem vossa opinião, posição e indignação contra os tais, não incorram nos mesmos erros dos “críticos do meio” que ao invés de contribuir, projetam mais dúvidas, discórdias e porfias. Denigrem a imagem das igrejas evangélicas por meio de generalizações de comportamentos isolados e até discriminam grupos por adotarem credo diferente, ou por discordarem da própria confissão pessoal deles. Que não façamos acepção de entre os da fé evangélica por diferença doutrinária ou distinção teológica.

Sem delongas, vamos a apresentação dos quatro principais erros que formam a maioria dos argumentos contra as igrejas evangélicas deste país.

SUBJETIVAÇÃO NORMATIVA
Elias fez isso:Senhor, mataram os teus profetas e derrubaram os teus altares; sou o único que sobrou, e agora estão procurando matar-me” (Rm 11:2-3).

Nem sempre o que você sente ou percebe é o que a igreja precisa sentir e ver. Esse erro precede aos demais, pois a pessoa fala daquilo que sente e expõe o que crê intimamente. Um dos problemas teológicos da igreja brasileira é que muita gente se diplomou na “teologia do eu acho” – não interprete mal minha consideração, pois não reprimo opiniões, mesmo as divergentes. A questão é que simplesmente falar ou escrever com a sinceridade do coração ou com a lucidez da causa pessoal, nem sempre fundamenta ou ressalta uma verdade geral. O que eu descobri ou senti como resultado de uma experiência com Deus não traduz que é a vontade Dele para o outro, não pode ser dogmatizado ou sacralizado em mandamento de cunho bíblico. O que eu e você pensamos é maravilhoso na razão de nossa individualidade, na expressão dos seres pensantes e emotivos que somos, mas sem razão e fundamento bíblico para a igreja não serve em nada; pois igreja não é alicerçada em opiniões de A ou B e nem poderá ser a igreja de nossas vontades e sonhos. Paulo deixou claro que a subjetivação em assuntos de comportamento cristão, da vida da igreja, precisa ser entendida como instrução e não como mandamento (1 Co 7: 7, 12, 17).

GENERALIZAÇÃO DEPRECIATIVA
Jeremias agiu assim: Para mim são todos como Sodoma; o povo de Jerusalém é como Gomorra (Jr 23:14d)

Tem crente se achando o único atalaia para entregar mensagens exclusivas à uma igreja inteira desnorteada do caminho de Deus. O erro mais comum que se percebe em comentários acerca da igreja evangélica brasileira é o de generalizar comportamentos individuais como sendo o padrão geral de um grupo inteiro do segmento cristão. Nem o próprio Jesus tratou as igrejas da Ásia Menor como se fossem iguais – pois a umas dispensou repreensões (a outras não) e fez promessas distintas para todas – leia as 07 cartas do Apocalipse (Ap. 2 e 3). Dizer que a igreja evangélica brasileira é decadente é uma consideração do ponto de vista dimensional, absurdamente equivocada. Talvez uma igreja que você conheça seja decadente em alguns aspectos, principalmente se você considerar o se que vê na televisão – mas não é a vida unânime da igreja evangélica nacional. Satirizar os pentecostais por conta de sua descontrolada manifestação nos cultos, ou criticar tradicionais por exacerbada razão litúrgica, não prova nada acerca do Evangelho que esses grupos vivem. Se existe um erro a evitarmos quando pensarmos em falar sobre esse corpo nacional de crentes com suas igrejas diferentes é o de querer colocar todo mundo no mesmo nível, apenas por que soubemos ou vimos dois ou três fazendo ou dizendo determinada coisa.

INEXPERIÊNCIA EVOCATIVA
O bom exemplo de Jesus: “Asseguro-lhe que nós falamos do que conhecemos e testemunhamos do que vimos (Jo 3:11ª).

Às vezes adotamos posturas apenas porque ouvimos de alguém que conhecemos ou porque lemos principalmente na internet que outros crentes ou determinadas igrejas não seguem o Evangelho e daí, estabelecemos uma posição de discriminação e condenação. Preconceito herdado é isso que acontece com muitos calvinistas acerca dos arminianos ou dos continuistas acerca dos cessacionistas. Julgamos e taxamos a fé e a conduta cristã das pessoas por conta de sua filiação a uma igreja adepta de alguma particular corrente teológica, ou experiências diferentes daquelas que comungamos. O pior é que em muitos casos nunca convivemos com essas pessoas, ou estivemos em seus cultos. Será inverídico dizer que os presbiterianos são “gelados”, sem nunca termos orado com eles, sem nunca tê-los acompanhado em suas visitas de evangelismo. Também é fácil afirmar que todo pentecostal é “fanático” sem conhecer seu conteúdo de escola dominical (um dos melhores do Brasil), seus seminários teológicos, seus Capeds, Elads e etc. O tratamento preconceituoso fincado na inexperiência é o mais louco dos erros, é o mais injustificável dos pontos de vista; pois falar ou escrever de coisas que nunca se conheceu ou vivenciou é semelhante a se arriscar em perigosas trilhas à boca de abismos. Como julgar algo que você nunca viveu, vai evocar o quê de um passado ou experiência inexistentes?

PERFEIÇÃO TOTALITATIVA
O mau exemplo dos fariseus. Ai de vocês também! porque sobrecarregam os homens com fardos que dificilmente eles podem carregar, e vocês mesmos não levantam nem um dedo para ajudá-los (Lc 11:46).

É interessante notar como aumentamos a medida quando avaliamos as pessoas; infelizmente desenvolvemos uma injusta mensuração da vida cristã dos outros, pois quase sempre laboramos não pelas virtudes, mas atuamos como um tipo de “judiciário do cristianismo”. Somos peritos em apontar pecados, condenar hábitos, contestar afirmações e apresentar refutações, pois queremos igreja, pastor e crentes perfeitos. O pior é que ignoramos as nossas próprias imperfeições e no conjunto da eclesiologia local, um ajuntamento de crentes terá sempre que melhorar a luz da bíblia e da vontade de Cristo para os tais – pois a imperfeição só será aniquilada no porvir. Esteja preparado para detectar falhas, perceber engodos e lutar pelas depurações, mas não se iluda: o joio estará misturado ao trigo até a separação final. Cobramos dos outros uma perfeição que jamais atingimos; uma vida cristã que nunca vivemos e com padrões que jamais alcançamos. Esse é o espírito do legalismo disfarçado de apologia e da hipocrisia com vestimentas do sincero cristianismo.

Esses foram os pontos que senti necessidade de abordá-los, a fim de propor um posicionamento cristão com maior equidade no trato das questões aplicadas a igreja evangélica de nosso país.

"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."
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Silvio se define como crente pela compaixão de Jesus, estudante de teologia por paixão e administrador de empresas por profissão. Mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; estudou teologia no Seminário SEET e na Faculdade FAIFA. Textos de sua autoria frequentemente são publicados em portais cristãos do país por focarem questões do cotidiano da igreja evangélica brasileira. Ele ainda mantém o blog Cristão Capixaba, iniciou o portal Litoral Gospel e está engajado numa campanha para conscientização cristã para as eleições de 2014 conheça e participe!

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