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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 24/02/2021 14:30:00

RESENHA POLÍTICA 

ROBSON OLIVEIRA 

 

PANDEMIA 

Todas as previsões dos pesquisadores sobre o coronavírus apontam Rondônia como preocupante nos próximos meses. Hoje todo o sistema de saúde está em colapso e o número de óbitos aumenta assustadoramente. As ações governamentais são insuficientes para conter o caos, visto que a área de saúde estadual, além das municipais, não consegue planejar as ações e nem atender a população a contento.  

 

IRRESPONSABILIDADE 

Embora seja da responsabilidade das autoridades políticas ações efetivas para evitar que a pandemia continue ceivando vidas de forma avassaladora, a irresponsabilidade das pessoas em insistir levar a vida dentro da “normalidade” com aglomerações contribui de forma crucial para ampliar a crise sanitária que Rondônia está imersa. Falta em parte considerável da população empatia, respeito à vida e responsabilidade. Não adianta apenas as autoridades emitirem decretos restritivos caso a população não tome consciência em cumprir as medidas preventivas que são indispensáveis no enfrentamento ao COVID.  

 

VACINA JÁ!  

É ínfima ainda a quantidade de pessoas imunizadas com a vacina distribuída pelo Ministério da Saúde, em todo o Brasil. Em Rondônia, caso não haja aquisição de mais vacinas, chegaremos ao final de 2021 com aumento apenas dos óbitos. Ano passado, o prognóstico feito por uma comissão de especialistas indicando colapso com a Covid, foi ironizado por vários segmentos rondonienses, inclusive de profissionais da imprensa engajados neste insano debate ideológico. Hoje, a realidade, é próxima ao prognóstico feito sob encomenda de uma autarquia médica local. É preciso que nossos governantes façam um esforço e comprem vacinas para imunizar a população, com urgência.  O STF deu sinal verde para governadores e prefeitos providenciarem o imunizador. Apesar de alguns "juristas" falastrões de plantão terem feitos previsões jurisprudenciais diversas sobre a regra. 

 

PRECIPÍCIO 

É uma lástima a orientação dada por uma comissão supostamente de especialistas que produziram uma nota técnica sugerindo o retorno das aulas presenciais em Rondônia. Lendo o que foi produzido revela-se  que tais “especialistas” não observaram os estudos científicos e as previsões de dias tenebrosos, haja vista que não há concretamente um cenário sanitário favorável ao retorno à vida “normal”. Pelo contrário, as previsões são catastróficas e sem perspectiva de imunização em massa. Reabrir as escolas nos próximos dias, sem que haja vacinas suficientes nem para os profissionais de saúde, é jogar os trabalhadores da educação e os alunos e familiares ao precipício. A nota técnica que avaliza a reabertura é passível de questionamento. Com a palavra a comunidade científica.  

 

INDIGNIDADE 

Uma profissional da saúde, lotada no Hospital de Base, divulgou pelo Facebook uma foto da alimentação servida aos profissionais que labutam nos plantões daquela unidade, o que revolta qualquer pessoa que teve acesso à imagem (embora este colunista tivesse pedido mais detalhes, o que ocorreu, a imagem foi bloqueada hoje, o que, para a coluna, deve ter sido para evitar retaliação). Percebe-se a indignidade com que valorosos profissionais da saúde são tratados pelo Governo de Rondônia. Profissionais que deveriam ser condecorados pela coragem e denodo são tratados indignamente. Uma vergonha.  

 

MANOBRA 

A nomeação da ex-prefeita de Cacoal Glaucione Rodrigues no gabinete do deputado estadual Cirone Deiró (PODEMOS), em razão das medidas judiciais a que está submetida, é semelhante ao caso da filha de Roberto Jeferson, Cristiane Brasil, que foi obrigada a desistir de uma assessoria na Assembleia Legislativa de São Paulo, pelo mesmo impedimento que em tese a ex-prefeita é alcançada. A manobra não colou no poder legislativo paulista e tem tudo para também não vingar no rondoniense, após questionamento judicial.  

 

MORALISTA 

O PODEMOS, em Rondônia, tem se firmado com um discurso moralista prometendo fazer da política uma atividade limpa. O ato do parlamentar Deiró, até o momento, não recebeu nenhuma censura da direção partidária. Aguardemos!  

 

DOSE DUPLA 

A partir no próximo mês esta coluna vai circular duas vezes por semana: terças e sextas. As sequelas da Covid afetaram a saúde do escriba, mas o juízo para traçar essas linhas meio tortas não sucumbiu ao vírus. A dose agora é dupla.  


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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 03/02/2021 09:20:22

RESENHA POLÍTICA 

ROBSON OLIVEIRA 

 

BAMBURROU  

Na última sexta-feira (29), através de um decreto mal escrito, o governador Marcos Rocha liberou geral a garimpagem nos rios de Rondônia. Pelo decreto não fica claro se a exploração da atividade aurífera no estado exigirá do garimpeiro estudos sérios sobre impactos ambientais, embora conste entre as exigências para a autorização do funcionamento das dragas alguns cuidados na área, numa redação dúbia e despreocupada com o meio ambiente, visto que o objetivo era mesmo regularizar uma atividade que em Rondônia tem histórico predatório.  

 

MAZELAS  

No final da década de oitenta e início de noventa, Porto Velho virou uma grande fofoca (termo usado pelos garimpeiros para designar multidão no garimpo) de garimpeiros. Época em que muita gente ganhou dinheiro com o metal vil com dragas gigantescas que pareciam pequenas pousadas. A indústria da construção de dragas crescia a todo vapor, na mesma proporção que cresciam os números da violência, prostituição, tráfico de droga, entre outras mazelas que a atividade atrai. 

 

ASSOREAMENTO 

 Poucos ganhavam dinheiro e para o estado e municípios os tributos oriundos da exploração aurífera quase nada. É uma atividade que opta por sobrevir informalmente e marginalmente. Foram anos que a quantidade de dragas no Madeira era tão grande que provocou impactos na navegação devido ao assoreamento, além dos impactos nefastos em razão dos elementos químicos jogados no Madeira pela garimpagem.  

 

CRITÉRIOS 

É possível compatibilizar a atividade aurífera com a preservação ambiental, mas é necessário que o estado estabeleça regras objetivas e claras de impactos ambientais. Indispensável também que sanções sejam instituídas e postas em prática para que a depredação seja coibida de forma exemplar. O que pelo decreto em vigor não resta claro. O desenvolvimento sustentável exige antes de tudo a consciência do explorador da atividade de que a preservação ambiental é importante inclusive para que sua atividade seja longeva, consciência esta que em regra o garimpeiro dá de ombros. 

 

NEGACIONISTA 

Não é segredo pra ninguém que o atual governo rondoniense segue cegamente os mesmos erros na área ambiental que o federal. Ambos não compreendem que desenvolvimento requer tecnologia e preservação para que a produção e as atividades exploradas não se esgotem com a depredação. Marcos Rocha, inclusive, chegou a gravar um áudio para os madeireiros de Espigão do Oeste avisando que não reprimiria a exploração da madeira na região que, naquele momento, estava paralisada em razão de uma decisão da justiça federal. É um negacionista assumido o que tem provocado estragos indeléveis aos rondonienses, a exemplo da área de saúde. A questão ambiental ainda vai dar muita dor de cabeça a Rocha. Questão de tempo.  

 

PREFEITURA 

Foi uma excelente mudança que o prefeito Hildon Chaves fez colocando na chefia de gabinete da prefeitura da capital o advogado Fabrício Jurado. Embora não possua experiência suficiente em negociações políticas, particularmente com o legislativo, Jurado é uma pessoa simpática, inteligente e extremamente humilde, bem diferente do antecessor que tratava as pessoas no coturno. Vai precisar de ajuda no campo político, área que o próprio prefeito tira de letra.  

 

MERCADO 

O toma lá, da cá que voltou a imperar na eleição da Câmara Federal como moeda de troca que levou o deputado federal alagoano Arthur Lira ao comanda da casa, revela que nossa política continua contaminada com o que tem de mais raso e desnuda o discurso moralista e falso daqueles que se elegeram prometendo austeridade e ética da política. Como diria o poeta Tom Jobim: “o Brasil não é para principiantes”. O eleitor deveria verificar o voto de cada um dos parlamentares para avaliar quais os motivos de votar em Lira, certamente concluirá que a maioria votou por razões inconfessáveis.  

 

BANCADA  

A bancada federal rondoniense se dividiu entre os candidatos da Câmara Federal Baleia Rossi e Arthur Lira. Coronel Crisostomo (PSL), Jaqueline Cassol (PP), Mariana Carvalho (PSDB), Silvia Cristina (PDT), Expedito Neto (PSD) e Léo Moraes (PODEMOS) votam no rolo compressor de Lira. Apenas Lúcio Mosquini (MDB), optou por Baleia. Mauro Nazif (PSB) não compareceu à votação em razão de saúde. Agora aguardar e observar para verificar qual deles ganharam mimos em troca do voto que transformou a casa baixa em um mercado persa da baixaria. 

 

GARGANTA PROFUNDA  

 O Centrão, base que elegeu Lira, é conhecido nos corredores do Congresso Nacional pela voracidade com que age na calada da noite para devorar os atrativos que a  “viúva” oferece. Um corrente política que durante a campanha nacional passada o general Heleno entoou uma paródia com a letra e melodia da música de Bezerra da Silva, ‘Reunião de Bacana’. 

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 27/01/2021 09:13:06

RESENHA POLÍTICA 

ROBSON OLIVEIRA 

 

RETORNANDO 

Depois de um mês longe dos teclados e sem atualizar a coluna em razão de uma Covid grave que exigiu minha internação por vinte dias em São Paulo, graças a Deus, eis me aqui renovado e um pouco cansado para voltar ao batente. Agradeço às palavras generosas de cada amigo no momento mais crítico. Agradeço, em especial, aos amigos Diego Vasconcelos, Dimis Braga, Magno Guedes, Hiram Marques, Ayres Amaral, Valdir Raupp, Heverton Aguiar, Rubens Coutinho, Expedito Junior e Andrea Farias. Vida que segue! Embora muito triste com a partida precoce de vários colegas, inclusive da imprensa.  

 

DEBOCHE  

Uma propaganda que está sendo criticada nas mídias sociais, do governador Marcos Rocha ao lado do presidente fazendo propaganda (enganosa) de combate à Covid 19, é um deboche à situação real e concreta por que passa o colapso do sistema público de saúde, compelido a enviar pacientes para outros estados. Nossas autoridades, num momento tão triste e fora de controle, deveriam submergir e evitar exploração política em respeito às vítimas do vírus e aos familiares que perderam seus entes queridos. Debochar neste momento é criminoso. Rocha deveria mandar retirar esta empulhação.  

 

CALENDÁRIO 

Em março, possivelmente quando é esperado a crise pandêmica arrefecer com mais vacinação, o calendário eleitoral volta às manchetes. Já há movimentos nos bastidores dos partidos políticos visando filiações com objetivo de candidatura majoritária própria. É quase certo que o governador, após conseguir um partido com o seu perfil conservador, seja candidato à reeleição. Sua entourage acompanhou as eleições municipais e deve ter percebido que em 2022 a lorota discursiva que embalou as eleições de 2018 dificilmente colará nas próximas eleições.  

 

REVELAÇÃO 

A população revelou recentemente nas urnas que não vai deixar ser engalobada por discurso moralista e falso, e quem mostrar serviço tem tudo para sair na frente. O DEM,  PSDB, MDB, PODEMOS, PT e PP estão de olho na cadeira do coronel. Lorota não engana mais ninguém, exceto a entourage. Vai ser uma campanha onde os serviços públicos terão prioridade sobre aquele discurso privativista que os pseudos liberais vinham enrolando.  

 

INOPERÂNCIA  

Nunca a população necessitou tanto do apoio estatal que arrecada uma fortuna com nossos impostos. Os programas sociais e o SUS foram os únicos pilares de salvação dos mais necessitados. Os gestores do sistema de saúde, por exemplo, terão muito o que explicar à população. Isto na hipótese de existir explicação para inoperância. Aqueles que acusam a imprensa por revelar os fatos da forma mais real, são os mesmos que não precisam do SUS nem dos programas para sobreviverem. É fácil tripudiar na política quando os familiares estão protegidos. Falta empatia.  

 

FÚRIA  

O prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, tem que conter sua iracunda para não meter os pés pelas mãos e virar mais um párea que passa pelo paço municipal sem deixar um legado político alvissareiro. É perceptível a fúria inconsequente e juvenil com que o prefeito assumiu suas funções em tão pouco tempo. Ele que se cuide que no executivo o andor é de barro. Não pode tudo, mesmo achando que sim. Em razão disto que há uma proteção social de freios e contrapesos para conter a fúria dos inconsequentes.  

 

TRANQUILIDADE  

Já a prefeita de Ariquemes, Carla Redano, mostrou como deve ser sóbrio e delicado o início de uma administração. Sem movimentos bruscos e nem arroubos, começa uma gestão com muita tranquilidade e parcimônia. Tem futuro no mandato, caso mantenha este perfil.   

 

COMPRAS 

Os órgãos de controle não vão deixar barato as compras feitas por autoridades durante a decretação de calamidade pública. Muitos gestores aproveitaram lamentavelmente a pandemia e as exceções jurídicas para aquisição de insumos no enfrentamento da Covid para meter literalmente a mão grande nos parcos recursos públicos. Não demora para que venham à tona em efeito cascata as tramoias destes mal gestores. Os órgãos estão bem treinados e equipados para fiscalizar e impor sanções duras.  

 

ROLANDO LERO 

Quem assiste às entrevistas do Secretário de Saúde de RO com as evasivas sobre o colapso do sistema estadual de saúde percebe que o jovem médico não entende absolutamente de gestão pública. Resta evidente a sucessão de contradições e atos administrativos questionáveis. É culpado pelo que esta ocorrendo e cada fala dita confirma que perdeu o controle. Máximo é bom de papo, um rolando lero” autêntico sem nada para dizer. Exceto justificativas vazias.  

 

LETARGIA  

É impressionante o estágio letárgico pelo qual passa nossa representação senatorial. Infelizmente não vemos nesta legislatura um senador de Rondônia preocupado em discutir os problemas mais graves do estado nem propor nada de novo em relação à obras estruturantes. Parasitam na própria letargia. Nada, absolutamente nada de concreto propõem pelos interesses de quem os elegeram.  

 

ATENTO 

Estamos de volta com a coluna. O céu emite sinais de trovoadas...

Resenha Política : RESENHA POLÍTICA ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 16/11/2020 18:00:18

RESENHA POLÍTICA  

ROBSON OLIVEIRA 

 

FINALISTA 

Conforme detectado nas pesquisas divulgadas para prefeito na capital, a segunda vaga para enfrentar Hildon Chaves (PSDB) seria bem disputada entre Vinícius Miguel (Cidadania) e a vereadora Cristiane Lopes (PP), e a diferença entre eles ficou abaixo de um ponto percentual. Um resultado que não surpreendeu já que as pesquisas haviam captado a tendência de subida da vereadora na reta final das eleições. Agora ela terá a árdua missão de alcançar e passar o atual prefeito que, concluída a votação, obteve um resultado expressivo acima da soma dos votos do segundo e terceiro colocados.  

 

REJEIÇÃO 

Já há projeções publicadas por aí, algumas avexadas já que não há ainda nenhuma sondagem sobre a migração dos votos dos candidatos derrotados. Projeções que traduzem mais a vontade de quem a faz do que a realidade a ser mensurada. Rejeição sempre é um dado complicador em qualquer campanha, mas é preciso ponderar que a rejeição que vale daqui pra frente é a que será pesquisada. Como a abstenção foi enorme, a tendência é que aumente no segundo turno. É uma eleição plebiscitária: quem aprova o que está sendo feito e quem quer mudar. O resto é lorota.  

 

SUJEIRA 

É óbvio que a entrada do deputado federal Léo Moraes (Podemos) na campanha da capital nos últimos dias ajudou a vereadora Cristiane Lopes (PP), mas é um equívoco avaliar que tenha sido este em si o fato concreto que catapultou a vereadora para o segundo turno. O principal obstáculo que Vinicius Miguel enfrentou e preponderante para que afetasse sua ascensão e que impedisse chegar ao segundo turno foi o jogo sujo na mentira contida num panfleto amplamente espalhado na cidade e replicado nas mídias socais. De longe a mentira e o fake foram as variáveis mais robustas que atrapalharam a campanha do jovem professor. Sem esta prática perversa, covarde e criminosa, dificilmente a vereadora teria suplantado o professor. Léo Moraes é um parlamentar bem avaliado, mas não é dono da vontade das pessoas.  

 

MÁGOA  

Com as justificativas dadas por Léo Moraes para anunciar apoio ainda no primeiro turno a Cristiane Lopes, restou claro que guarda mágoa do professor Vinicius Miguel (Cidadania) em razão da publicação de uma reunião entre os dois que vazou dias antes das convenções. Embora não tenha sido Vini a fonte do vazamento, o parlamentar colocou para fora todo o rancor acumulado e aproveitou para fazer ilações de que o candidato do Cidadania seria uma espécie de plano B do grupo ligado ao atual prefeito. Uma justificativa no mínimo desrespeitosa e equivocada. A política é feita de consensos, apesar de existirem nesse meio aqueles adeptos à beligerância.  

 

PERDEDOR 

O grande perdedor nestas eleições é o governador Marcos Rocha que não conseguiu ajudar a eleger nenhuma aliado na maioria dos colégios eleitorais do estado. Foi o principal garoto propaganda de Breno Medes, quarto colocado na capital, que a despeito da estrutura governamental colocada pelo governador na sua campanha, não obteve o êxito que julgava conquistar. Autodenominado “fiscal do povo”, com um discurso monocórdico que prometia expulsar de Rondônia a Energisa, Mendes e o governador não conseguiram convencer o eleitor portovelhense. Perderam feio.  

 

PRÊMIO 

Já há quem diga que o “fiscal do povo” deverá ser convidado para assumir um cargo de confiança no Governo do Estado como prêmio de consolação pela derrota. Pelo discurso entabulado na campanha, é fácil deduzir que o próximo diretor do Procon de Rondônia será Breno Mendes, local onde ele pode cumprir a promessa de fiscalizar as empresas em nome do povo. Mesmo sabendo que a promessa de expulsar a Energisa ele não tem como cumprir, nem que tivesse vencido o pleito municipal no primeiro turno. 

 

SURPRESA 

Apesar dos modestos sete por cento dos votos na capital, o resultado obtido pelo coronel Ronaldo Flores foi expressivo para quem nunca disputou um cargo político. Esta campanha não repetiu a onda de militarização da política ocorrida nas eleições nacionais passadas no espectro bolsonarista. Em Rondônia, por exemplo, a maioria dos policiais concorrentes foi derrotada nas urnas, mas o coronel Flores fez uma campanha sem alusão à caserna e com proposta exequíveis para a administração municipal. Saiu da eleição muito maior que entrou e passa a ser um quadro importante para futuras disputas.  

 

NULIDADE 

Em Ariquemes, berço político do senador Confúcio Moura (MDB), o candidato emedebista obteve uma votação pífia. Observadores alegam que esta votação inexpressiva ao MDB é uma aviso de insatisfação do ariquemense com o senador que, após eleito, sumiu.  Em Porto Velho, o candidato a prefeito imposto ao MDB pelo senador, Williames Pimentel, repetiu a votação inexpressiva do colega de partido de Ariquemes.  

 

IRONIA 

Como esta coluna havia antecipado, a eleição de Ariquemes seria disputada voto a voto com vantagem da vereadora Carla Redano (Patriota). Não deu outra, Carla venceu com uma diferença pequena em relação ao segundo colocado. Por ironia do destino, o segundo colocado nestas eleições foi exatamente Tiziu Jedalias que, de forma açodada, excluiu da sua chapa exatamente a prefeita eleita. A defenestrada defenestrou o sonho cultivado por Tiziu em administrar o município.  

 

TRANSFERÊNCIA 

São pouquíssimos os políticos que conseguem transferir votos para terceiros, entre este grupo seleto está o prefeito de Ariquemes, Thiago Flores. Com a administração bem avaliada no município, o prefeito optou em não disputar a reeleição por razões pessoais e, durante a campanha, declarou apoio a Carla Redano o que ajudou a impulsionar a candidatura da eleita. É perceptível que o prestígio de Thiago foi capaz de interferir no resultado final da eleição e ajudou na eleição de Carla Redano. Houve transferência de votos. E a cidade terá na sua condução a beleza de uma cara nova. 

 

MEMES 

Carla Redano, incialmente subestimada pelos adversários, também foi vítima de memes e fakes no decorrer da campanha. Por diversas vezes ela compareceu às plataformas virtuais para comentar e responder os detratores. Para surpresa  geral, a vereadora comparecia nas mídias de forma natural, sem uso da maquiagem que tanto envaidesse as mulheres, sem filtro. Ela, despojada e ostentando uma capacidade incomum de comunicação fácil, enfrentava as maledicências com muita competência e profissionalismo. Os memes que a vitimavam terminaram ajudando a campanha em razão da empatia com que respondia cada um deles. Em particular num município altamente machista que uma das principais atividades econômicas é o boi.   

 

DERROTA 

Com uma votação pequena e insuficiente para levar umas das vagas da edilidade de Ji-Paraná, não passou despercebida a derrota do irmão (Wesley Brito) do senador Marcos Rogério (DEM). É um sinal amarelo que acende no caminho do senador que almeja disputar em 22 o Governo de Rondônia. Um dos obstáculos que a coluna apurou e que contribuiu para a derrota do irmão do senador é a forma arrogante que ele (Marcos Rogério) assumiu depois de alcançar a eleição senatorial. Além da palavra que nem sempre cumpre.  

 

VITÓRIA  

Poucos sabem que o jovem Raí Ferreira, eleito vereador em Porto Velho, é sobrinho do ex-senador Expedito Junior. O guri entrou na campanha sem muito alarde e conseguiu uma vitória numa campanha altamente pulverizada. É o segundo membro da família Ferreira a vencer consecutivamente um pleito no legislativo, já que Neto é deputado federal. 

 

RETORNO 

Quem retorna à Câmara Municipal da capital é o jornalista Everaldo Fogaça. Rubens Coutinho, entusiasta da candidatura de Fogaça, não economizou saliva para pedir aos amigos apoio, o que consagrou o retorno a edilidade do jornalista. Parabéns, a ambos!  

 

SANDUBAS 

Pela segunda vez Alison Sandubas não consegue se eleger para uma cadeira na Câmara Municipal da capital mesmo com uma campanha visivelmente abastarda e com o beneplácito dos principais bicudos do PSDB. O pai, dado a falar pelos cotovelos, cantava vitória do rebento antes das urnas revelaram os votos. Como candidato, o rapaz é muito ruim de votos, enquanto na área comercial é um bom vendedor sanduiche.  

Resenha Política : Resenha Política
Enviado por alexandre em 10/11/2020 22:38:21

RESENHA POLÍTICA 

ROBSON OLIVEIRA 

 

DÚVIDAS 

Estamos nos últimos dias da eleição municipal com o quadro começando a tomar forma com as candidaturas se consolidando. Esta semana devem aparecer novos números de pesquisas, especialmente na capital. Embora todos aguardem com expectativas esses números, quando são anunciados, começam as justificativas na tentativa de desqualificar. Faz parte do processo, principalmente o “mimimi” daqueles que não se consolam com a realidade. O Ibope – uma nova rodada deve sair amanhã -  pode não acertar fechado o resultado de domingo, mas sua última pesquisa sempre dá uma pista certeira (para quem sabe interpretar números) do que pode vir a ocorrer. Acredite se quiser! 

 

OSCILAÇÃO 

É possível que haja alguma oscilação entre os candidatos por ser a semana de definição. Em Ji-Paraná, segundo colégio eleitoral do estado, as apostas são de que o emedebista Isaú Fonseca e o candidato da coligação “Resgatando valores”, Jhony Paixão, devem fazer uma das eleições mais disputadas do estado. Cada cenário um deles se reveza na ponta. Igualmente está ocorrendo em Ariquemes entre os candidatos Lucas Follador (DEM) e a vereadora Carla Redano (Patriotas).  

 

PREVISIBILIDADE 

Na capital sempre há oscilação nos últimos dias que antecedem à votação, embora os favoritos ainda sejam os mais cotados para o segundo turno. O atual governador Marcos Rocha, os ex-governadores Confúcio Moura e Daniel Pereira mostraram a fuça na TV defendendo os seus pupilos ao paço municipal. Uma aparição que tende a revelar o tamanho eleitoral que cada um hoje possui junto ao eleitorado de Porto Velho. O resultado no domingo comprovará se esses reforços foram vexame retumbante ou a gloriosa consagração. O resto é lorota das pessoas engajadas nas candidaturas. 

 

FENIX 

Em Jaru não deverá acontecer nenhuma surpresa já que o atual mandatário é o mais bem avaliado entre os alcaides que concorrem à reeleição. Em Vilhena, o prefeito que tenta a reeleição vinha nadando em céu de brigadeiro, ao que tudo indica, o vento começa a mudar de lugar com a biruta apontando em sentido contrário. Significa dizer que a família Donadon pode renascer das cinzas já que Rosani Donadon (PSC) e Eduardo Japonês (PV) fazem um final de campanha acalorado e é imprevisível o que vai se revelar nas urnas domingo.  

 

SINCERIDADE 

O desembargador aposentado e candidato a vereador da capital pelo MDB, Walter Waltemberg, não logrou êxito em seu recurso contra a cassação da sua candidatura em razão da não desincompatibilização das funções de professor da Escola da Magistratura. Ele anunciou que vai recorrer ao TSE e mantém firme a candidatura até a decisão final. Em seu comunicado aos eleitores, Walter explicou que ao recorrer à corte superior pode ser que também não consiga refazer o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, embora esteja otimista, e avisou aos amigos e eleitores que seus votos podem ser que não sejam contados em razão do problema. Não é usual um candidato anunciar, da forma como anunciou, seus embaraços com o registro da candidatura nem tão pouco a franqueza e honestidade com que avisa aos eventuais eleitores de que seus votos possam ser inutilizados. Algo incomum no mundo político onde cada um tenta engalobar o outro. Mas Walter Waltemberg teve a dignidade de explicar os problemas sem manipular porque tem uma história na magistratura e no magistério digna de se admirar. Caso não logre êxito no TSE, quem perde é a municipalidade um grande edil.  

 

INEDITISMO  

A primeira decisão judicial impondo limites aos candidatos em virtude da pandemia saiu da 10ª Zona Eleitoral de Jaru, numa ação patrocina pelo advogado eleitoralista Cássio Vidal, de Porto Velho. A alegação foi de que o candidato a prefeito da coligação “O trabalho precisa continuar”, do candidato João Gonçalves, estaria fazendo caminhadas no município desrespeitando os protocolos expedidas pela AGESIVA em razão da pandemia do corona. Nas caminhadas o candidato não respeitou ao distanciamento social nem o uso de máscaras o que tem provocado aglomerações com o risco enorme de propagação do covid 19. O juiz Luís Marcelo Batista da Silva ao conceder a liminar também impôs multa caso as recomendações na nota técnica da AGEVISA continuem sendo desrespeitadas.  

 

LIDERANÇA 

Enfermeiros, técnicos e auxiliares foram às urnas no último domingo escolher os seus presidentes dos Corens em todo o país, com um resultado que consagrou o atual presidente do COFEN, o rondoniense Manuel Carlos Neri da Silva, visto que seus aliados venceram em 22 dos 27 estados. O que garantirá a permanência do grupo liderado por ele durante três anos na direção nacional da autarquia. Em Rondônia, a chapa conduzida por Neri, obteve mais de 80% dos votos válidos. Um percentual jamais alcançado por outro concorrente.  

 

GESTOR 

No Conselho Federal Neri implantou as mais modernas práticas de gestão com compliance e aproveitamento das plataformas digitais. Colocou a autarquia no topo dos conselhos de classe da aplicação da lei de transparência, no controle interno e na qualificação dos quadros profissionais. Investiu em mestrados, seminários e congressos para que as categorias pudessem melhor se qualificar. Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais pelas boas práticas de gestão. É o gestor mais bem preparado no sistema que redundou na façanha de manter um grupo político mais longevo no comando da instituição. É daqueles que sabe se reinventar.  

 

VISIONÁRIO 

Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anuncia que somente nestas eleições vai testar votação pela internet em três municípios brasileiros, o sistema Corens-Cofen, sob a presidência de Manoel Carlos, implantou o voto pela internet em todos os estados há mais de cinco anos, sendo fiscalizado  e aprovado pelos órgãos de controle, além dos votantes. Neri é daqueles visionários com a marca de Rondônia. A coluna não exagera em prever que ele pode ir mais longe. 

 

LUZ DO ALVORECER 

Sábado, às 17 horas, será inaugurada a Sede Social da Associação Luz do Alvorecer, em Porto Velho, na rua Jacy Paraná, 2496, Bairro Mato Grosso. A associação  sem fins lucrativos tem como finalidade desenvolver ações sociais voltadas a pessoas vulneráveis, por meio de acolhimento, cultura, educação, saúde e renda. As famílias previamente escolhidas pelos critérios de vulnerabilidade já começam a receber assistência odontológica, médica, psicológica, entre outros, a partir de segunda-feira. O evento é presencial somente para a imprensa, ainda assim seguindo os protocolos estabelecidos pelo poder público. Os interessados poderão acompanhar a inauguração pela página da associação.  

 

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