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Resenha Política : Resenha Política por Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 28/11/2014 16:55:57

Resenha política

Robson Oliveira

 

Expectativa

Alguns parlamentares estaduais, em particular os que não conseguiram a reeleição, vivem a expectativa real de serem alvos de uma operação policial perto do Natal com a decretação de confinamentos. Desde que o Ministério Público estadual interferiu por recomendação para que o estado abstivesse de liberar emendas destinadas à farra de shows no estado, deputados envolvidos na tramoia para sangrar o erário sabem que há uma investigação em curso que pode estourar a qualquer momento.

 

 Desdobramento

Na entrevista concedida pelos dirigentes das instituições responsáveis em desarticular a suposta quadrilha encravada nas entranhas da administração do atual governo e que culminou com a operação policial denominada ‘Plateias’, é possível avaliar que a economia das palavras e das informações dos investigadores significa novos desdobramentos dos fatos apurados.

 

 Prisões

Quem criticou o número enorme de policiais utilizados na operação “Plateias” para poucas prisões, a exemplo das críticas feitas por Gilvan Ramos em emissoras de rádios da capital, coloque a barba de molho porque tudo indica que novas prisões estão para ocorrer antes do recesso do judiciário. A coluna ouviu algumas fontes e está em condições de deduzir que o pior ainda estar por vir.  

 

 Pauta

Entram na pauta do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, nos próximos dias, os primeiros processos que pedem a cassação da chapa ao Governo de Rondônia encabeçada por Confúcio Moura (PMDB). Dos quatro processos conclusos para julgamento, um deles, envolvendo abuso de poder político no âmbito da Secretaria Estadual de Educação, pode passar a fio a reeleição governador. Embora os demais não sejam menos problemáticos. Confúcio Moura já foi avisado por assessores do risco da cassação.

 

 Sufocando

O governador agiu rápido para evitar que a Assembleia Legislativa colocasse em votação seu afastamento investigando a suposta quadrilha que operava no governo e desbaratada pela operação “Plateias”. Para evitar o afastamento, o governador contou com a preciosa colaboração de Ana da 8, Flávio Lemos, Luisinho Goebel, Maurão de Carvalho, Lebrão, Epifânia Barbosa, Edvaldo Soares, Jean Oliveira, Kaká Mendonça, Adriano Boiadeiro, Tucura, Zequinha Araújo, entre outros, envolvidos com algum suposto malfeito ou investigados.

 

Fraude

Na investigação ficou constatado que o Governo do Estado criou 800 cargos comissionados com o objetivo de destiná-los aos deputados estaduais que formam a base de sustentação política do governador Confúcio Moura. Documento no poder da polícia faz constar uma lista de pessoas contratadas com a identificação ao lado das iniciais do parlamentar que indicou o contratado e a fraude foi confirmada na delação premiada feita por José Batista, sabidamente então homem de confiança de Confúcio e Assis. O que comprova que tinham certeza da impunidade.

 

Colaboradores

Não passou despercebido aos jornalistas o número enorme de cabos-eleitorais (denominados pelo candidato a reeleição Confúcio Moura de colaboradores) que vestiam camisetas amarelas (de marcas caras) para acompanhar o candidato peemedebista sob um sol escaldante, pelas ruas empoeiradas e esburacadas da capital. Revendo fotografias é possível identificar que a maioria ocupa cargos de livre nomeação e muitos são os mesmos identificados como apaniguados de deputados estaduais. Todos retratados no facebook e multiplicados nas páginas. Basta verificar.

 

 Cabos-eleitorais

Na época alguns órgãos de imprensa revelavam que muitos dos “cabos-eleitorais” eram ocupantes de cargos comissionados. O vice de Confúcio, o Pereirinha, chegou a ser gravado em flagrante defendendo a exoneração daquele servidor de confiança que resistisse em se engajar na campanha do 15. Está explicado, em parte, o uso indevido da máquina, caso seja comprovado que esses oitocentos cargos foram utilizados de forma indevida. Entretanto, a gravação do vice cobrando as demissões e as fotos postadas nas redes sociais falam por si.

 

Tartaruga

Apesar de quase dois anos perdidos com um mandato travado e inoperante, o prefeito da capital, Mauro Nazif, decidiu mexer na equipe e tentar impulsionar a administração para reverter a imagem de incompetente. É um começo, visto que Dr. Mauro é criticado por todas as camadas da população. São dois anos sem uma obra que marcasse a administração municipal. O pior é que até as mudanças prometidas no primeiro escalão estão a passo de tartaruga. As trocas de auxiliares atingirão a SEMOB, SEPLAN, CULTURA, SEMUSP, entre outras.

 

Esclarecimento do SEBRAE assinado por Cléris Jean Kussler:

 

 “A propósito das informações veiculadas por este site na data de 25/11/2014, na coluna “Resenha Política” de autoria de Robson Oliveira; solicitamos que seja esclarecida/retificada a informação quanto à vinculação profissional do senhor Francisco de Assis ao SEBRAE/RO. Francisco de Assis deixou de fazer parte do quadro funcional da instituição desde a data de 12/06/2014”. Registro devidamente feito. Porém...

 

Tréplica

O SEBRAE não nega a informação dada na coluna de que Francisco de Assis, cunhado de Confúcio Moura e preso sob as suspeitas de operar uma quadrilha nas entranhas do governo para desviar recursos públicos, serviu como assessor ao órgão até pouco tempo atrás. Por coincidência, dias antes da convenção do PMDB que homologou a candidatura a reeleição de Confúcio Moura.

 

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Resenha Política : Resenha Política por Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 25/11/2014 21:11:22

Resenha Política

Robson Oliveira


Patuleia

Depois das operações policiais em andamento no país, envolvendo agentes políticos e empresários bem aquinhoados por contratos com a ‘”viúva”, dificilmente as unidades prisionais continuarão a receber apenas a patuleia. A fina flor do PIB e da política nacional começa a se juntar para uma temporada ao lado dos confinados do andar de baixo.

Bico solto

Como não foram renovadas as prisões temporárias e nem decretada às preventivas de Francisco Assis, cunhado do governador, Vagner Sousa, ex-secretário-adjunto de Fazenda, Gilvan Ramos, Secretário Estadual de Finanças, deduzimos que abriram o bico e revelaram os malfeitos supostamente ocorridos nos porões da administração de Confúcio Moura. Do contrário, dificilmente teriam conseguido a liberdade com tanta rapidez.

Ameaça

Em conversa semanas atrás com um ex-deputado estadual, reservadamente, Vagner "Bocão" ameaçou que, na hipótese de ser preso, não seguraria pepino de ninguém e relataria todos os acordos firmados em nome do governador. Portanto, possivelmente cumpriu com a ameaça.

Ataque
O titular da Sefin, Gilvan Ramos, solto nesta terça-feira, foi ao programa do jornalista Arimar de As, na emissora radiofônica da FM Cultura, atacar a operação policial de espetaculosa e defender o governador das acusações feitas pelo Ministério Publico Estadual. Mas, na entrevista, deixou escapar que algum dos investigados pode estar enrolado com os malfeitos. O que não isenta a responsabilidade da administração.


Função

Ainda não há informação oficial se o cunhado de Confucio Moura permanecerá assessorando o SEBRAE, cargo que conseguiu pelas ligações parentais com o mandatário estadual. Como ninguém conhece quais as funções exercidas por Francisco de Assis no órgão, o retorno ate ontem era incerto. Embora a remuneração percebida seja acima da média paga ao primeiro escalão do Governo de Rondônia. Por mera coincidência, o SEBRAE também foi alvo de uma operação policial. A coluna ligou para saber como fica a situação funcional do assessor, mas não consegue falar com a direção.

Lobistas

Ainda não apareceu na mídia o nome de um ex-parlamentar paranaense nos malfeitos revelados pela "Operação Plateias”. É um personagem que teria ligações próximas com familiares do governador e atuado de forma intensa como lobista de laboratórios, entre outras atividades. No entanto, na delação feita por Batista, tanto este paranaense quanto um lobista carioca fizeram negócio$ com gente graúda do governo.

Prisões

Nos autos do inquérito constam os nomes das empresas investigadas e a lista de dez empresários que tiveram as prisões requeridas pela Polícia Federal. A ministra deixou de decretar por não haver necessidade e optou em aguardar os desdobramentos das investigações. Isso não significa que todos estejam imunes a uma eventual decretação, caso os confinados tenham realmente falado tudo o que sabem. No entanto, a decisão evitou a execração de fornecedores que podem ser vitimas e não cúmplices de uma administração investigada por supostas extorsões.

Tisgo
Embora tenha vencido o pleito com o uso desavergonhado da maquina estatal, Confúcio Moura ainda corre um sério risco de ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral na hipótese de que sejam acatadas as representações bem fundamentadas e oferecidas a corte pela Procuradoria Regional Eleitoral. Após a operação policial o governador percorreu os veículos de comunicação para tentar minimizar os estragos a imagem e salvar o mandato vindouro. Confúcio anda nervoso, tisgo e pálido por noites aparentemente mal dormidas.

Personal

De acordo com a coluna do jornalista Cláudio Humberto, da Capital Federal, uma autoridade rondoniense conduzida sob vara foi encontrado nas primeiras horas da manhã em casa acompanhado de um jovem personal. O curioso nesse flagrante foram os exercícios praticados pelos dois.

Vórtice

O ex-secretário de administração de Porto Velho, da gestão de Roberto Sobrinho (PT), Joelcimar Sampaio, conseguiu através do advogado Romilton Marinho, desbloquear os bens e revogar as medidas cautelares impostas durante a prisão na ‘Operação Vórtice’. A decisão foi do juízo da 1ª Vara Criminal de Porto Velho que, acertadamente, seguiu a linha majoritária jurisprudencial das cortes superiores em liberar o patrimônio quando o processo se arrasta por muito tempo. Uma decisão incomum em se tratando de primeira instância. Particularmente em Rondônia.

Emendas

Em tramitação e discussão na Assembleia Legislativa, o orçamento do estado para o exercício fiscal de 2015, começa a atiçar a atenção dos órgãos fiscalizadores em relação as emendas dos parlamentares destinadas as bases eleitorais.

Cobiça

No exercício orçamentário deste ano (14), emendas parlamentares carimbadas foram utilizadas indevidamente para saciar a cobiça pessoal de alguns signatários. Uma investigação em andamento e bem adiantada identificou as digitais de cada parlamentar enrolado. Pelo que foi apurado até o momento, muita gente vai ser obrigada a orar bastante para evitar problemas judiciais.

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Resenha Política : Resenha Política por Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 21/11/2014 16:55:06

Resenha política

Robson Oliveira

 

Escândalo

Embora alguns setores rondonienses tenham ficado surpreendidos com a operação policial denominada de ‘Plateias’ – desdobramento da operação ‘Termópilas’ -, ocorrida ontem, a ação policial era aguarda há meses nos bastidores políticos. Os principais sites da capital haviam antecipado os fatos que culminaram com a prisão do cunhado do governador, Assis Oliveira, e dois ex-secretários da Saúde, além da condução coercitiva de Confúcio Moura e empresários à PF para prestarem depoimentos. Foi um escândalo amplamente anunciado. E aguardado.

 

Antecipando

Esta coluna havia alertado duas semanas atrás que a delação feita por José Batista, entre outros presos da operação ‘Termópilas’, daria sérias dores de cabeça ao governador reeleito. Este cabeça chata leu atentamente as declarações dada no inquérito por Batista e Rômulo (afilhado preso na própria residência oficial do governo) ao confessarem os malfeitos. Os delatores declararam que toda a tramoia era de conhecimento do governador e apontaram o cunhado, Assis Oliveira, como o suposto responsável pelas estripulias.

 

Ocultação

Um dos negócios investigados é a empresa credenciada pelo Governo de Rondônia para intermediação dos empréstimos consignados. Algo tão lucrativo que, segundo Batista, rendeu de propina cerca de novecentos mil reais. Revelou, no entanto, que a empresa, em nome de um familiar seu, teria como sócio oculto o próprio Assis. Confessou também que por mais de uma vez entregou dinheiro em mãos ao cunhado do governador.

 

UPA

Nem a grana da obra destinada à construção das UPA’s teria escapado da manipulação do bando. Um negócio ainda obscuro que envolve um lobista do Rio de Janeiro com ligações fortes com autoridades cariocas. Até o hospital campana instalado emergencialmente para desafogar o João Paulo II, de acordo com o depoimento de Batista, entrou no rolo.

 

Badeco

As empresas de segurança armada e de alimentação estão sendo investigadas sob suspeita de favorecimento de licitação. As marmitas servidas aos presos, segundo a delação, engordavam também o patrimônio de agentes públicos. Nos autos, pelo que a coluna apurou, existem inclusive cópias de cheques. A secretária da pasta de Justiça, na época, está tão encalacrada quanto os colegas recolhidos ao cárcere nesta primeira fase das investigações. Dependendo dos desdobramentos, uma nova fase poderá aumentar o número de autoridades confinadas.  

 

Esclarecimentos

Embora a Rocha, empresa pertencente a núcleo familiar do ex-candidato ao Governo pelo PSDB, Expedito Junior, tenha sido vencedora do certame licitatório por meio de pregão eletrônico, o tucano compareceu a uma delegacia da Polícia Federal em Ji-Paraná para esclarecer eventual favorecimento.

 

Debate

Apesar da menção de Batista que teria havido acerto, em contato com a coluna, Junior negou qualquer ato ilegal no processo licitatório e lembrou que esses fatos foram usados por ele ao questionar o então candidato Confúcio Moura (PMDB) no último debate de TV. “Eu mesmo denunciei esses fatos na campanha, razão pela qual não tenho nada a esconder”, reagiu o tucano. A ver!

 

Salvação

Não passou despercebida a ausência de parlamentares envolvidos nas tramoias investigadas, visto que em operações policiais anteriores deputados estaduais constavam no rol dos presos. Mas há uma investigação paralela a esta, bem adiantada, envolvendo alguns deputados estaduais em manipulações supostamente indevidas de emendas que foram liberadas para shows, mas parte delas terminou sendo desviada. Salvaram-se dessa. Não dá ainda para saber o que está por vir...

 

Arriscado

Além das suspeitas que pesam sobre o governo, Confúcio Moura ainda será obrigado a se explicar na Justiça Eleitoral sobre acusações de crime eleitorais. Vencedor das eleições estaduais, a Procuradoria Eleitoral investiga o governador por abuso de poder econômico e político. Restando comprovada a investigação, tanto o governador reeleito quanto o vice correm o risco de não assumir. Poucos acreditam nessa possibilidade, mas um risco é sempre arriscado.

 

Leniência

Depois de passar horas depondo na PF o governador foi até o palácio para comunicar a imprensa que está a disposição da justiça, que vai ser mais severo com os auxiliares e não tolerará mais (sic) leniência. Visivelmente abatido, Confúcio Moura evitou responder as perguntas dos jornalistas sobre o teor das declarações que prestou na PF.  Foram 50 perguntas feitas pelos policiais ao governador.

 

Topo

Os deputados estaduais suspenderam as atividades no interior do estado e retornaram emergencialmente hoje para a capital para avaliar a situação de crise instalada no executivo estadual depois das acusações de envolvimento do governador e do cunhado com os fatos da operação "Plateias". É uma crise sem precedentes que atinge o âmago da administração estadual e tende a chegar ao topo da pirâmide política na medida em que os envolvidos começarem a abrir o bico e as provas confirmadas.   

 

Serelepe

O deputado federal e ex-candidato a governador pelo PT, Padre Ton, estava todo serelepe ontem nas mídias sociais compartilhando a operação policial que investiga o peemedebista Confúcio Moura. Menos de um mês atrás o petista aparecia todo faceiro na TV pedindo votos para o aliado do PMDB que agora tripudia. Já os dirigentes do PSOL optaram em ignorar a crise, embora sejam adeptos também das ferramentas eletrônica.

 

 

Rastro

Outra investigação em andamento, dessa vez sem envolvimento de políticos, começa a desvendar uma quadrilha perigosa que pode estar por traz do assassinato de um jovem que foi encontrado carbonizado dentro do próprio automóvel. Uma fonte confidenciou que tem figuras conhecidas envolvidas. A

 investigação já teria conseguido identificar o rastro dos autores do homicídio, a ramificação e os cabeças do bando.

 


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Resenha Política : Resenha Política por Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 18/11/2014 15:48:40

Alvo

Depois de cumprir dois anos de mandato na Câmara Municipal de Porto Velho, com atuação reconhecidamente produtiva e conduta parlamentar irrepreensível, o vereador Léo Moraes (PTB) se lançou candidato a deputado estadual nas últimas eleições e conseguiu uma votação expressiva capaz de lhe garantir uma vaga na Assembleia Legislativa para o próximo biênio. Em todas as pesquisas divulgadas o jovem edil aparecia bem colocado, razão pela qual passou a ser alvo dos concorrentes e dos caciques. A eleição não foi uma surpresa nos meios políticos.

Caminhos

Quem acompanhou os bastidores da campanha de forma mais privilegiada sabia que havia setores interessados em impedir a ascensão rápida do jovem candidato ao estrelato político, especialmente em Porto Velho onde são raras lideranças emergentes. Léo não é um político acima do bem ou do mal, ao contrário, possui defeitos e virtudes. A passagem pela Câmara Municipal da capital revelou o hábito em trilhar os caminhos do bem comum, embora nem todo parlamentar trilhe hoje pelos caminhos da ética. Mas fez uma campanha leve e pautada em compromissos com os diversos segmentos, em particular com a polícia civil. 

Aparelhamento

Não é novidade no país categorias se organizarem para eleger pessoas ligadas às teses e posições assumidas pelas entidades de classe. A Força Sindical e a CUT, por exemplo, elegem parlamentares ligados as suas bases. Paulinho da Força e Vicentinho da CUT são exemplos clássicos. Da mesma força os setores empresariais e rurais. Em Rondônia, por exemplo, os sindicatos assumem publicamente candidaturas. Os religiosos do meio evangélico, idem. Há casos em que entidades são literalmente aparelhadas para servir de trampolim aos seus ungidos.
 

Crime

A lei veda expressamente que entidades sindicais façam doações a candidatos e partidos políticos. Apesar da vedação os registros de desrespeitos à regra são fartos. No entanto, a manifestação de apoio individual de sindicalizados a um ou outro candidato não se constitui em si crime. Numa democracia é lícito e justo que as categorias apontem e apoiem os candidatos que se propõem a defender nos parlamentos as propostas das mais variadas categorias profissionais ou empresariais. Há uma distância incomensurável em abrir as postas das entidades para que os candidatos debatam e acolham dos associados ás propostas do aparelhamento da estrutura física e financeira. Como se comitê fosse.
 
Doações

Léo Moraes assumiu junto aos membros do Sindicato dos delegados de Rondônia ser a voz da categoria na Assembleia Legislativa o que lhe rendeu o apoio público da maioria dos associados ao sindicato. Alguns delegados decidiram doar legalmente recursos financeiros para a campanha e o presidente do sindicato dos delegados ficou responsável em recolher tais recursos.
 
Recibo

As doações foram feitas de forma espontânea e cada um doador recebeu a comprovação legal. Como no período eleitoral houve uma greve bancária (amplamente divulgada na mídia), os recursos foram entregues em espécie ao presidente do sindicato mediante recibo. Uma denúncia anônima (característica de fogo amigo) a Justiça Eleitoral desencadeou num suposto flagrante de abuso do poder econômico e capitação ilícita de recursos. Após a constatação dos recursos e o uso das dependências sindical para reunião o Ministério Público Eleitoral moveu ação de investigação em face de Leo Moraes.
 
Defesa

O MPE atuou corretamente no caso e fez sua parte, conforme a ótica ministerial. Caberá a defesa de o vereador fazer a sua parte para cumprir a relação dialética que o caso concreto requer. Entretanto, até o que a situação jurídica tenha seu desfecho final, é perceptível uma manobra política engendrada na mídia pelos desafetos para desgastar a imagem do deputado eleito e transformá-lo em mais um político aético capaz de fazer qualquer ilegalidade para alcançar as vitórias.
 
Cassação

Além de colocar o Léo Moraes na vala comum dos malfeitores da política baixa, parte dos membros da Câmara dos Vereadores da Capital se movimenta para abreviar o mandato de vereador e torná-lo impossibilitado para a diplomação de deputado estadual. O problema da cassação imediata se esbarra no tempo. Por esta e outras razões, a tática principal é fazê-lo sangrar perante a opinião pública e criar uma situação constrangedora até o julgamento. 

Dos fatos

O Ministério Público Federal em sua atribuição eleitoral sustenta em sua peça acusatória a prática de abuso do poder econômico e captação ilícita de recursos na campanha de Léo. A primeira acusação se reporta a um suposto uso da máquina sindical e da estrutura do sindicato e o uso de recursos acima do limite legal. Quanto à segunda, trata-se da suposta doação sindical em favor do mesmo. A suposta doação do sindicato não ocorreu porque não houve repasses dos recursos da entidade à campanha. A denúncia é mera dedução equivocada de fácil comprovação já que não existem os saques na conta do sindicato.
 
E-mails

Ademais, nos autos constam cópias de emails e mensagens em grupo de whatsapp demonstrando que os delegados da polícia civil chegaram a se reunir para doar individualmente dinheiro ao então candidato. Doação na própria conta da campanha, legalmente na importância de quatro mil reais. Não há nenhuma contribuição feita à campanha de Léo Moraes pelo sindicato. A utilização dos meios eletrônicos (whatsapp e email) não configura abuso econômico, haja vista serem gratuitos. Apesar de o MPE sustentar existir.

 Compromisso

 Agenda política de interesses dos delegados estaduais passa pela reestruturação da carreira e pela reorganização da própria estrutura policial como carreira de estado. Por esta razão o segmento decidiu apoiar alguém que assume tais bandeiras no legislativo estadual. Como não há novidade algumas categorias organizadas manifestarem predileção por candidatos. Confúcio Moura, por exemplo, recebeu apoio público de várias. Não configura irregularidade estas manifestações nem doações individuais e pessoais dos associados a candidatos.

Santo

Léo Moraes não é nenhum São Francisco de Assis imune às críticas ou acusações, mas não é o belzebu que estão tentando impingir. Restará a Justiça Eleitoral avaliar os fatos com a lupa de isenção que sempre atuou. Assim como analisar a prestação das contas apresentadas pelo comitê de campanha para verificar eventuais distorções ou irregularidades.
 
DNA

O que não é admissível é aceitar passivamente que um mandato seja garfado pela mão grande inconfessável sem que haja configurado os crimes apontados. Mesmo que os antecedentes genéticos do acusado contenham restrições. Na Justiça Eleitoral existem casos envolvendo outros candidatos para serem julgados em situação jurídica piores e não há registro de que tenha recebido o mesmo tratamento que uma emissora de TV concedeu ao Léo. Quanto às movimentações na Câmara Municipal da capital visando à cassação do vereador petebista, merecem outra coluna. Em outra oportunidade.

Caixa preta

Órgão que chegou a ser referência na prestação de serviços públicos o DETRAN é hoje uma moeda de troca política com acordos nada republicanos. Amontoam-se, no pátrio, milhares de motocicletas porque os proprietários não conseguem quitar com impostos e taxas extorsivas. O mesmo problema se repete com veículos automotores. Enquanto isto os serviços vão piorando e o atraso tecnológico travando a vida dos usuários. Isto sem falar nas denúncias que partiram no Poder Legislativo Estadual de suposto favorecimento a uma empresa que fornece placas. É hora de recuperar o DETRAN para que preste serviço digno e pare de ser apenas um arrecadador voraz.
 
Alvará

Embora sem alvará de funcionamento como manda a lei, a agenda de espetáculos no Palácio das Artes para os próximos dias continua sendo anunciada. O teatro inaugurado durante o calendário eleitoral é bacana, bem confortável e aprovado por quem visita. Contudo, precisa se legalizar.
 
Desabrigados

A quantidade de chuvas que caem em geral sobre Rondônia, em particular em Porto Velho, deveria preocupar as autoridades municipais e estaduais porque há a risco de elevação do nível do madeira. Todos os desabrigados da última cheia ainda não receberam as casas prometidas e a situação pode piorar caso as autoridades não tomem as medidas preventivas que o problema requer. Enquanto o governo do estado diz que repassou ao municipal o terreno para o assentamento das famílias sem que nada seja efetivamente resolvido, novos desabrigados podem surgir por ai. O inverno rigoroso é o prenúncio do tamanho da encrenca.
 
Entrevista

De forma sóbria e cautelosa o candidato derrotado ao Governo de Rondônia pelo PSDB, Expedito Junior, concedeu anteontem a primeira entrevista após as eleições, feita pelo jornalista Maurício Calixtro, na rádio Rondônia. O tucano não tentou justificar os eventuais erros de campanha nem partiu para retaliação ao vencedor, mas destacou o uso abusivo da máquina governamental e lembrou dos gastos excessivos do adversário. Jr prometeu uma oposição pontual e racional. Concluiu desejando que o candidato eleito cumpra as promessas feitas na campanha e conclua todas as obras em andamento. Com uma votação individual acima dos 360 mil votos, adiantou que vai se preparar para os embates futuros e ampliar o número de diretórios do PSDB.

Fonte: Robson Oliveira

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Resenha Política : Resenha Política por Robson Oliveira
Enviado por alexandre em 14/11/2014 21:55:34

Resenha política

Robson Oliveira

 

Intocáveis

As autoridades encalacradas com malfeitos na administração pública e que possuem foro privilegiado (prerrogativa) no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) precisam colocar as barbas de molho porque os ministros decidiram priorizar os julgamentos das ações de improbidade e ações penais que tramitam naquela corte. A orientação é colocar em pauta os processos dos dirigentes de poderes, a exemplo de governadores e membros dos Tribunais de Contas. Hoje, no país, não há mais autoridade intocável.

 

Formalidades

Para acelerar os processos, o STJ conversa com o Ministério Público para reduzir as formalidades. De acordo com o presidente do STJ, ministro Francisco Falcão, tramitam no tribunal 80 ações penais, 240 inquéritos e 80 sindicâncias, além de cinco ações por improbidade administrativa com competência originária do STJ. A coluna apurou que, em relação às autoridades rondonienses, tramitam algumas que podem causar estragos irremediáveis, particularmente aos nossos políticos.

 

Encrencado

Edwilson Negreiros conseguiu reformar no TSE a decisão do TRE-RO para assumir a vaga de vereador na capital. Acusado de praticar crime eleitoral durante a última campanha municipal, provou no TSE que a denúncia que culminou com sua condenação no TRE-RO foi motivada por um flagrante forjado. Razão pela qual, com os votos computados, assume a vaga atualmente ocupada pelo jornalista Everaldo Fogaça.  Embora empossado, a vida política de Negreiros tem data de vencimento, visto que responde na esfera criminal por outros delitos supostamente cometidos ainda mais complicados.

 

Insegurança

Em conversa amistosa com um colaborador próximo ao governador, ficamos sabendo do clima de insegurança que acometeu os auxiliares do governo com o silêncio de Confúcio Moura em relação à formação da equipe para o segundo mandato. A expectativa é de que somente estão aparentemente seguros nos cargos os titulares da Sefaz, Seplan, Sesau e Seas. Ainda assim aparentemente, pois em se tratando de Confúcio, tudo é possível. Tem gente amarelando de medo de perder a boca.

 

Revelação

No segundo turno das eleições, a deputada federal eleita pelo PSDB, Mariana Carvalho, optou por percorrer as calçadas de Copacabana (RJ), fazendo campanha para Aécio Neves, ao invés de se engajar na campanha em Rondônia. A atitude da jovem intrigou os coordenadores da campanha de Expedito Junior (PSDB) que esperavam seu empenho na campanha ao governo do tucano, em particular na capital. O curioso é a revelação hoje de que Mariana, um dia após o primeiro turno, recebeu em casa para uma reunião o adversário Confúcio Moura (PMDB). Depois do encontro, ela inesperadamente voou para o eixo Rio e São Paulo, retornando a Rondônia poucos dias do segundo turno.  Foi exatamente em Porto Velho a diferença de votos que pavimentou a derrota do tucano para o peemedebista.  

 

 MTE  

É uma verdadeira maratona para alguém que necessite de uma informação da Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego de Porto Velho. Este cabeça-chata tentou por três horas uma ‘miserável’ informação de como retirar a segunda via da carteira de trabalho e ninguém do órgão soube explicar. No site disponível para o cidadão, diante da complexidade, não é fácil chegar ao agendamento. Isto quando a internet funciona. Prova que é um órgão inoperante e que serve apenas para o aparelhamento pedetista. Recentemente andou frequentando as páginas policiais (voltarei a este assunto).

 

Agendamento

Desafio o burocrata que dirige essa Superintendência a ligar no número 3217-3712 e conseguir que algum funcionário (que deveria ser público) preste uma informação. Um estagiário, coitado, chamado Carlos, não sabia sequer o endereço, embora estivesse naquele momento, nele. Imagino um cidadão menos esclarecido, quanta humilhação e dificuldade vai encontrar para ser atendido por um órgão que deveria ser padrão em prestar o serviço que se dispõe a fazer. Até agora não conseguimos o agendamento. 

 

Violência

Os números registrados pela imprensa na violência urbana da capital são assustadores. Não adianta dizer que aumentaram por ser perto das festas natalinas, pois esses aumentos vêm sendo registrados há meses. Pior é que não vemos nenhuma ação concreta preventiva e ostensiva para o final de ano sendo anunciada. Exceto aquelas
arrecadadoras.
 
Cadafalso
Nos bastidores esquenta a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, marcada para fevereiro, com o deputado estadual Maurão de Carvalho articulando os nomes para compor a chapa liderada por ele. Maurão saiu na frente dos demais pretendentes, mas pode ser surpreendido por fatos inesperados. A coluna teve acesso a informações reservadas que podem frustrar as articulações do deputado para se tornar presidente do Legislativo Estadual. No palácio, a candidatura tem simpatia do governo. Há restrição apenas ao nome a vice que Maurão quer impor.  
 
Alvará
Parece piada ( mas não é)  a informação de que o Palácio das Artes - inaugurado com pompa durante a campanha eleitoral - não possui alvará nem autorização do corpo de bombeiros para funcionamento. Piada porque na inauguração autoridades estaduais e municipais, incluídas aí as do Corpo de Bombeiros, fizeram questão de comparecer ao evento pomposo e serem fotografadas ao lado do governador, sem que exigissem o cumprimento da lei para a inauguração. Também não sabemos quais são os atributos da pessoa que comanda a área. Aliás, é possível deduzir... 
 
Jaboti
Liderança jovem revelada no exercício da vereança em Porto Velho, eleita de forma espetacular deputado estadual, Léo Moraes (PTB) foi denunciado pelo MPE por supostamente cometer crime eleitoral. A coluna recebeu uma cópia da denúncia e ouviu as alegações dos advogados do deputado estadual eleito para abordar com mais profundidade o assunto na próxima coluna. Independente da motivação da denúncia, há nos meios políticos interesses inconfessáveis de caciques articulando um desgaste moral junto à mídia para tomar na mão grande o mandato do jovem promissor. Mais os fatos sobre este caso vamos abordar na próxima terça-feira.

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