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Brasil : EXPANSÃO
Enviado por alexandre em 13/12/2016 10:23:55


Nova classe média brasileira já movimenta R$ 1 trilhão por ano

Foto: Reprodução / Internet

Os números fazem parte de uma pesquisa sobre o mercado consumidor

Em franca expansão no país, a nova classe média brasileira já movimenta anualmente cerca de R$ 1 trilhão, dos quais R$ 56 bilhões são de moradores de comunidades, que engloba um total de 12 milhões de pessoas residentes em periferias.

Os números fazem parte de uma pesquisa sobre o mercado consumidor representado por moradores de comunidades que, apesar da crise, encontra-se em franca expansão. O levantamento feito pela empresa Outdoor Social, que funciona como uma ferramenta de marketing com o objetivo de inserir os moradores das comunidades das periferias de todo o Brasil na economia formal.

“Esta é uma das razões que faz com que o Outdoor Social passe a integrar estratégias de negócios de empresas de diferentes setores. O projeto está presente em 10.249 pontos do Brasil, em 23 estados e no Distrito Federal” ressalta Emília Rabello, jornalista e sócia da Minas de Ideias Comunicação Integrada e idealizadora da Outdoor.

“Ao longo de quatros anos de atuação, nós constatamos os benefícios do projeto para moradores e empresas. Para se ter uma ideia do alcance e do potencial do projeto, 25% das pessoas disseram optar por consumir os produtos de uso diário adquiridos em lojas da comunidade onde moram. No caso de eletrônicos e eletroportáteis, os números são ainda melhores, 34% compram em lojas nas comunidades ou no entorno”, explicou.

A pesquisa constatou, entre outras coisas, que o percentual de pessoas que moram em comunidades das grandes cidades em todo o país varia de 8% relativos à cidade de Vitória (ES) aos 54% da cidade de Belém, capital do Pará, na região norte do país.

São ocupantes de morros, terras devolutas, margens de rodovias e rios, terrenos privados e cujo população é atendida parcialmente pelos serviços públicos básicos – água, luz e esgoto - , mas que, independente das condições de moradia, é um contingente considerável de pessoas que integram o mercado de consumo no Brasil.

Nestas comunidades, segundo a pesquisa, 65% dos moradores pertencem à classe C, 32% às classes D e E e apenas 3% estão nas classes A e B. Apesar da crise, no entanto, o mercado consumidor integrado por moradores dessas comunidades encontra-se em franca expansão, refletindo um fenômeno que acontece em escala mundial.

A previsão, segundo a pesquisa, é que até 2030, 40% das pessoas viverão em comunidades, principalmente nos países em desenvolvimento como o próprio Brasil, Índia, China e África do Sul.

“Pela diversidade de características sóciocultural é uma parcela das comunidades com códigos próprios de convivência, visão de mundo e escala de sonhos diferentes, da população das áreas urbanas e rurais em ocupações tradicionais,” disse Emília Rabello.

EBC

Brasil : APREDENDO
Enviado por alexandre em 12/12/2016 09:38:24


BRASILEIROS ESTÃO ABANDONANDO HÁBITO DE USAR MAIS DE UM CHIP NO CELULAR
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com preços menores para chamadas entre operadoras diferentes, o mercado de múltiplos chips perdeu espaço



Para pagar mais barato nas ligações de celular, muitos brasileiros costumam ter mais de um chip no mesmo aparelho, ou usar vários aparelhos. Assim, é possível ligar para o número de uma mesma operadora pagando menos e, às vezes até de graça. Mas esse hábito está mudando no país, porque o preço das ligações entre operadoras diferentes vem sendo reduzido nos últimos anos.

“Isso reduziu o fenômeno do 'consumidor com todos os chips'. O motivo principal para ter os chips de todas as operadoras era economizar. Com preços menores de ligações para operadoras distintas, o consumidor percebeu que poderia ter somente um chip. Com isso, temos a redução do número de linhas, pois muitos planos pré-pagos estão sendo desativados”, explicou o pesquisador em telecomunicações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Rafael Zanatta.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com preços menores para chamadas entre operadoras diferentes, o mercado de múltiplos chips perdeu espaço, gerando cancelamentos dos consumidores que possuíam linhas móveis de diferentes prestadores. Entre outubro de 2015 e outubro deste ano, foram desligadas 26,3 milhões de linhas de celulares no país, uma queda de 9,62%. Só entre setembro e outubro de 2016, a queda foi de 3,5 milhões de linhas. Atualmente, o país tem 247,4 milhões de linhas de celulares ativas.

A queda maior foi na modalidade pré-paga. Em outubro do ano passado, 73,5% do total de clientes de celulares tinham linhas pré-pagas e, em outubro deste ano o percentual passou para 68,75%. A Anatel também aponta a desaceleração da economia como um dos motivos do encolhimento da base de acessos móveis.

Mudança de hábito

Outro fator apontado para a queda no número de celulares no país é a mudança na forma de comunicação dos brasileiros, que estão deixando de usar o telefone para falar e usando mais aplicativos de troca de mensagens. “As pessoas estão escrevendo mais do que falando. Preferem aplicações como WhatsApp e Telegram, pois são práticas e permitem uma comunicação mais fluida”, diz Zanatta.

Segundo ele, os consumidores perceberam que precisam de apenas um telefone celular com um bom pacote de dados de conexão. “Todo usuário de WhatsApp precisa da internet como suporte. As pessoas querem conexão a todo momento”, diz.

Impostos

As operadoras de telefonia apontam ainda outro motivo para a queda no número de linhas de celulares ativas no último ano: o aumento de impostos sobre o setor de telecomunicações em alguns estados. Segundo o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, 12 estados aumentaram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a telefonia em 2016.

“Na medida em que você aumenta o imposto sobre a voz, você vai empurrando a população para os serviços de texto que não pagam imposto nenhum. É um contrassenso o que os estados estão fazendo”, reclama Levy.

ASCOM

Brasil : APOSENTADORIA
Enviado por alexandre em 11/12/2016 20:15:45


Reforma da Previdência já tramita no Congresso. Confira tudo o que pode mudar

Foto: Reprodução / Internet

Mudanças serão implementadas após promulgação da PEC

A proposta de reforma da Previdência chegou ao Congresso Nacional na semana passada e, com isso, surgiram inúmeras dúvidas de trabalhadores em relação ao que mudará na concessão de aposentadorias e pensões.

Entre as principais mudanças, está a ideia de que, para se aposentar com benefício integral, o trabalhador brasileiro precisará contribuir por 49 anos.

Ou seja, para pendurar as chuteiras com a idade mínima de 65 anos (que passará a ser a exigência comum para homens e mulheres), recebendo o valor máximo a que teria direito, será preciso entrar no mercado na adolescência, ou seja, aos 16.

Além disso, o texto estabelece um tempo mínimo de contribuição ao INSS será de 25 anos, além da idade mínima de 65. Mas, neste caso, o segurado terá direito a apenas 76% da aposentadoria. Esse percentual, porém, aumentará gradualmente com o passar dos anos, caso continue na ativa e contribuindo.

As novas regras, se forem aprovadas pelo Congresso Nacional, atingirão trabalhadores dos setores público e privado. Pela proposta, a única categoria que não será afetada pelas novas normas previdenciárias é a dos militares, que terá as regras de aposentadoria modificadas por meio de um projeto de lei à parte, que possivelmente será apresentado ainda em 2017.


Além disso, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 (que trata da reforma) institui uma regra de transição para pessoas que estão há mais tempo no mercado de trabalho. Assim, homens com 50 anos de idade ou mais e mulheres com 45 ou mais poderão se aposentar com regras diferentes (menos duras). Estes deverão cumprir um período adicional de contribuição (pedágio) equivalente a 50% do tempo que faltar para a aposentadoria, a contar da data em que a reforma for promulgada.


Para esclarecer os principais pontos da reforma da Previdência, o Extra preparou um especial sobre o tema. Confira.

Qual será a idade mínima para aposentadoria?


Será de 65 anos, igual para homens e mulheres, exigindo, no mínimo, 25 anos de contribuição.


Haverá regra de transição para os atuais trabalhadores da iniciativa privada?


Sim. Homens com 50 anos de idade ou mais e mulheres com 45 anos ou mais poderão se aposentar com regras diferentes. Para não serem muito prejudicados, por já estarem há tempos no mercado, eles deverão cumprir um período adicional de contribuição (pedágio) equivalente a 50% do tempo que faltar para a aposentadoria na data da promulgação da reforma.


A regra de transição também será aplicada ao professor e ao segurado especial (rural)?


Sim. Tanto o professor quanto o segurado especial (rural) que tiverem 50 anos de idade ou mais (homem) ou 45 anos ou mais (mulher) também deverão cumprir um período adicional de contribuição (pedágio) equivalente a 50% do tempo que faltar para a aposentadoria na data da reforma.


Como ficará o valor da aposentadoria?


O valor corresponderá a 51% da média dos salários de contribuição, acrescidos de um ponto percentual a cada ano recolhido, até o limite de 100%. O trabalhador com 65 anos de idade e 25 anos de tempo de contribuição (exigência mínima) terá a aposentadoria igual a 76% de seus salários de contribuição. Exemplo, 51% da média de seus salários + 25% (um ponto por ano de contribuição) = 76% de seus salários de contribuição. Caso o segurado resolva trabalhar por mais cinco anos, esse valor será de 81%.


O que acontecerá com o fator previdenciário e a Fórmula 85/95 do INSS?


A reforma acabará com as fórmulas usadas hoje para o cálculo das aposentadorias. Prevalecerá o cálculo que corresponde a 51% dos salários de contribuição, mais um ponto percentual por ano trabalhado.


A reforma criará um regime de previdência único para todos os trabalhadores?


Não. Continuarão coexistindo o Regime Geral de Previdência Social (INSS) e os Regimes Próprios dos servidores públicos da União, dos estados e dos municípios. Porém, as regras de acesso aos benefícios vão convergir.


Já tenho idade e tempo de contribuição para a aposentadoria. A reforma pode me afetar?


Não. Para quem já pode se aposentar, serão respeitados os direitos adquiridos. Nestes casos, para a aposentadoria por tempo de contribuição: 35 anos de recolhimento (homens) ou 30 (mulheres). Para a aposentadoria por idade urbana: 65 anos (homens) ou 60 (mulheres), com, no mínimo, 15 anos de recolhimento. Para a aposentadoria por idade rural: 60 anos (homens) ou 55 (mulheres), com, no mínimo, 15 anos de contribuição ou de atividade.


Como ficarão as regras de aposentadoria para a pessoa com deficiência e para o trabalhador cujas atividades prejudiquem a saúde?


O tratamento especial continuará existindo, mas a diferença em relação a outros trabalhadores não poderá ser maior do que dez anos no requisito de idade e cinco anos em relação ao tempo exigido de contribuição.


A idade da aposentadoria do trabalhador rural mudará?


Sim, os trabalhadores rurais também terão que cumprir a regra geral, que prevê idade mínima de aposentadoria de 65 anos. A exceção serão os que se enquadram na regra de transição — homens acima de 50 anos de idade e mulheres acima de 45.


Haverá aposentadoria com tempo reduzido para o docente que comprovar, exclusivamente, trabalho na educação infantil ou nos ensinos fundamental e médio?


Não. Os professores se aposentarão com as mesmas regras válidas para os demais. A regra de transição também valerá para os docentes acima de 50 anos de idade (homens) ou 45 (mulheres).


Como ficará a aposentadoria por incapacidade?


No caso de incapacidade permanente decorrente de acidente no trabalho, o valor corresponderá a 100% da média de contribuições.


Quais as mudanças na pensão por morte?


O valor pago à viúva ou ao viúvo passará a ser de 50% do valor do benefício recebido pelo(a) contribuinte que morreu, com um adicional de 10% por dependente (incluindo a viúva ou o viúvo, mas isso não ficou claro no texto da reforma). As pensões também não serão mais vinculadas ao salário mínimo, podendo ser menores. Por exemplo, uma viúva poderá receber 70% do benefício, se o casal tiver um filho (incluindo ela mesma). Isso terá que ser esclarecido.


O pagamento de pensão aos dependentes do segurado que morreu antes da reforma mudará?


Não. Será mantido o direito adquirido pelas regras vigentes. Apenas as pensões decorrentes de óbito ocorrido após a promulgação da reforma serão calculadas pelas novas regras.


Com a perda da qualidade de dependente (se o jovem atinge a maioridade, por exemplo), a cota individual será transferida a outros dependentes?
Não. A cota individual da pensão cessará.


Ainda será possível haver reversão de cotas entre beneficiários de pensão por morte do INSS?


As cotas continuarão a ser reversíveis apenas para as pensões já concedidas, se o óbito for anterior à promulgação da reforma.


Será possível acumular pensão e outro benefício?


Não será possível acumular mais de uma pensão por morte ou pensão por morte com aposentadoria. Mas será possível optar pelo benefício mais vantajoso.


As acumulações já existentes serão revertidas?


Não. Serão respeitadas as regras existentes antes.


O cônjuge ou o companheiro que trabalha poderá receber pensão do segurado morto tendo sua própria remuneração?


Sim. As vedações referem-se à acumulação de duas ou mais pensões por morte ou de pensão e aposentadoria. Não há restrição ao recebimento conjunto de salário e pensão.


Um menor de idade cujos pais eram segurados poderá receber duas pensões por morte?


Sim. A vedação ao recebimento de duas pensões por morte alcançará apenas o cônjuge ou o companheiro do falecido.


A duração da pensão por morte mudará?


Não. Serão mantidas as regras atuais. A duração da pensão e as condições de cessação de cada cota individual dependem da idade do beneficiário na data de óbito do segurado. Hoje, a duração da pensão varia conforme a idade do dependente. Um pensionista com menos de 21 anos tem pensão por três anos. De 30 a 40 anos recebe benefício por 15 anos. Se tem 44 anos ou mais, o pagamento é vitalício.


Como fica o Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC-Loas)?


Será mantido para a pessoa com deficiência ou para o idoso que atenda aos requisitos do programa (cuja renda mensal seja de até 25% do salário mínimo por pessoa da família). No caso do idoso, a idade para acesso ao benefício passará de 65 para 70 anos.


A alteração afetará quem já tem 65 anos?


Não. O critério etário não será alterado para os idosos que já tiverem 65 anos na data de promulgação da reforma.


Haverá regra de transição para o benefício assistencial ao idoso?


Sim. A progressão da idade de 65 para 70 anos será gradual, com o incremento de um ano de idade a cada dois anos.


As alterações trarão mudança para o servidor que já atingiu requisitos para a aposentadoria?


Não. Todos os direitos adquiridos serão preservados. O servidor público que já cumpriu os requisitos poderá se aposentar pelas regras antigas, quando achar conveniente.


Os políticos entrarão na reforma?


Os políticos futuramente eleitos seguirão as novas regras: idade mínima de 65 anos e, ao menos, 25 de contribuição para ter a aposentadoria. As regras de transição para os que já estão contribuindo serão diferentes. Cada estado estabelecerá regras de transição. Para deputados federais e senadores, serão propostas pelo Legislativo.


A reforma mudará os benefícios dos militares?


Não. O governo enviará um projeto de lei para mudar aposentadorias e pensões desta categoria posteriormente.


Vale a pena antecipar a aposentadoria?


Para os que já preenchem os requisitos para a aposentadoria, não há necessidade. O direito adquirido será preservado.


Extra

Brasil : EDUCAÇÃO
Enviado por alexandre em 09/12/2016 00:34:27


País amplia gasto por aluno, mas não consegue melhorar nível do ensino

Foto: GOVBA / Suami Dias

Educadores apontam causas para estagnação das notas brasileiras no Pisa

O aumento do investimento em educação é historicamente uma das principais reivindicações do setor. Nesse sentido, os dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgados nesta terça, são, em parte, positivos para o Brasil: houve aumento do gasto acumulado por aluno entre 6 e15 anos de US$ 26.765, em 2012, para US$ 38.190 em 2015.

A questão é que, apesar do crescimento dos recursos, o país não conseguiu converter o investimento em melhora no ensino, fazendo com que as notas dos estudantes na avaliação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estejam estagnadas e entre as piores do mundo.

Por trás da inércia das médias brasileiras, a OCDE indica a alta inclusão de alunos na rede de ensino do país, o que, segundo o órgão, deve ser encarado como uma boa notícia, embora ainda exista no Brasil 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola. Educadores ouvidos pelo Globo apontam que, além da inclusão, outro ponto que faz com que os investimentos brasileiros sejam ineficazes é a falta de políticas em questões-chave para a educação, como a formação de professores. Eles ressaltam também que, embora a dificuldade na gestão dos recursos seja uma realidade, o valor disponibilizado para cada aluno ainda precisa ser maior.

— Eu entendo a situação econômica, é um período difícil para o Brasil, mas a questão não é de dinheiro, é de prioridades — afirmou o diretor de educação da OCDE, Andreas Schleicher, em entrevista à Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), acrescentando: — Se o Brasil não aumentar o investimento, vai ser muito difícil melhorar o resultado educacional.

Atraso em relação a outros Países

O Pisa avalia a cada três anos o desempenho de alunos de 15 anos nas disciplinas de matemática, ciências e leitura. Nesta edição, a pesquisa analisou resultados de 70 países e economias e revelou que o Brasil segue como uma das nações com menor gasto acumulado por aluno, mas indicou também que a diferença vem sendo reduzida ao longo dos anos.

Em 2012, os US$ 26.765 investidos por aluno representavam 32% do valor gasto pelos países da OCDE. Agora, o montante de US$ 38.190 por estudante representa 42% do que é investido em média pelas nações do grupo (US$ 90. 294). Por outro lado, a média brasileira em ciências em 2012 era de 402 pontos e em 2015 foi 401.

Em matemática, o resultado chegou a baixar oito pontos, passando de 389 na edição anterior do Pisa para 377 este ano. O desempenho dos alunos em leitura também congelou em 407 pontos em ambas edições.

A dificuldade do Brasil em converter recursos em melhorias de ensino fica ainda mais evidente quando observados os dados de outros países. A Colômbia, por exemplo, investiu menos, US$ 24,4 mil por aluno, e obteve nota 416 em ciências, 390 em matemática e 425 em leitura. O mesmo exemplo se aplica ao México, que com investimento de US$ 27,8 mil por estudante conseguiu obter 416 em ciências, 408 em matemática e 423 em leitura.

Educadores ressaltam que, ainda que não seja possível traçar uma comparação linear entre os países, o dado revela que o Brasil tem pontos a corrigir.

— Em educação há muitos fatores e variáveis que determinam o retorno desse investimento. É fundamental continuar investindo e é importante melhorar a gestão do recurso público em todas as esferas. É necessário fazer uma definição de prioridades educacionais para ter um resultado mais eficiente. É fundamental ter foco em políticas que tenham relação com o problema, como a formação e valorização de professores.

Precisamos da garantia de ter professores devidamente formados e que sejam capazes de dar respostas — afirmou o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, lembrando também que o país ainda não está em um patamar desejável de gasto por aluno.

A construção de um currículo único para todo o país, que está em andamento com a formulação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), também é vista como uma maneira de fazer com que os investimentos sejam aproveitados.

— Ainda precisamos de mais recursos para a área, mas não é possível ampliar quase em 30% o investimento e não conseguir melhorar o resultado. Precisamos organizar a educação nas escolas e a Base pode ser o grande momento para o Brasil fazer isso. O currículo será uma verdadeira bússola para elaboração de aulas, livros e formação de professores — opina Antonio Neto, diretor institucional do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

As explicações para os dados sobre o país não param por aí. Ao longo dos anos, o Brasil aumentou o acesso à escola, fazendo com que a taxa de jovens de 15 anos matriculados ao menos no 7º ano saltasse de 56% em 2003 para 71% nesta edição. A ampliação do acesso se reflete na amostragem de alunos brasileiros que foram submetidos ao Pisa. Em 2012, 19.204 estudantes fizeram a prova. Neste ano, foram 23.141.

“O fato de o país ter conseguido integrar os alunos recém matriculados, sem um declínio no desempenho global ao longo do tempo, é um desenvolvimento muito positivo”, diz a publicação do Pisa. Uma simulação da OCDE indicou que se a rede de ensino brasileira tivesse permanecido a mesma, o país teria avançado 25 pontos a cada edição do Pisa.

— Temos fatores extraclasse, como o nível socioeconômico dos alunos e escolaridade dos pais, que dificultam a garantia de equidade. O contexto no qual a criança nasce muitas vezes acaba determinando a trajetória escolar dela. O Brasil conseguiu incluir crianças que não estavam na escola, mesmo que de maneira tímida.

Esses alunos entraram tardiamente e esse atraso escolar precisa ser corrigido pelo sistema. Ao longo do tempo espera-se que esteja corrigido, mas, no curto prazo, essa entrada impacta o resultado geral — explica Olavo Nogueira, gerente de projetos do movimento Todos Pela Educação, comentando ainda o que considera ser um grande problema :

— O calcanhar de Aquiles no Brasil é a implementação. As políticas que traçamos não se concretizam na sala de aula.


O Globo

Brasil : PLANOS DE SAÚDE
Enviado por alexandre em 07/12/2016 01:15:34


ANS lança cartilha com orientações sobre prazos para atendimento


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou uma cartilha com informações sobre os prazos máximos de atendimento a serem respeitados pelos planos de saúde. De acordo com o material, por exemplo, consultas com especialistas como pediatra e ginecologista devem ser agendadas para, no máximo, uma semana depois da solicitação. O material deixa claro que este prazo é para o atendimento por qualquer especialista cadastrado no plano, ou seja, caso o beneficiário faça questão de ser atendido por um profissional específico, terá que se submeter à agenda deste profissional.

Segundo as regras da ANS, urgências e emergências devem ser atendidas imediatamente e os exames de análises clínicas, em até três dias. Serviços diagnósticos, de terapia e de sessões com psicólogo ou fonoaudiólogo, por exemplo, devem ser fornecidos em um prazo de até dez dias. Já algumas especialidades médicas podem ser feitas em duas semanas. A cartilha orienta o beneficiário que não conseguir agendar o serviço a ligar para a operadora, pedir indicações de profissionais e pedir o protocolo do atendimento. Caso ainda assim a os prazos não sejam respeitados, o cliente pode pedir ajuda à ANS para reolver o impasse. A cada três meses, a agência reguladora pune planos que não cumprem as regras com a suspenão de venda para novos clientes e multas.

Agência Brasil

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