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Brasil : SEM CONTROLE
Enviado por alexandre em 14/04/2020 09:01:57

Desmatamento na Amazônia bate recorde neste primeiro semestre

Os alertas de desmatamento na floresta amazônica bateram recorde no primeiro trimestre de 2020, comparados ao registrado nos últimos quatro anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

Entre janeiro e março, foram registrados alertas em uma área de 796,08 km², um aumento de 51,4% em relação a 2019 (525,63%). Em 2018, o território sob ameaça abrangia 685,48 km²; em 2017, 233,64 km² e, em 2016, 643,83 km².

 

Os alertas de devastação da floresta feitos pelo Inpe são realizados pelo sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), municiando operações de órgãos como o Ibama. A taxa de desmatamento é calculada por outro índice, o Prodes, divulgado anualmente.

 

Veja também

 

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Brasil ultrapassa 500 mil casos de dengue neste início de ano

Desde o ano passado, a queda de operações do Ibama preocupa especialistas e contribui para a tomada de áreas da floresta para atividades ilegais, ligadas principalmente a mineração , especulação de terras e indústria madeireira.

 

A apuração dos dados do Deter chegou a ser questionada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e pelo presidente Jair Bolsonaro.

 

Em março, mesmo com o início da pandemia da Covid-19, as atividades ilegais continuaram ganhando força na mata. Neste mês, os alertas sobre o desmatamento aumentaram 29,9%.

 

Em entrevista à Época, o cientista sênior do Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia, Paulo Moutinho, afirmou que o coronavírus não impediria o crescimento de investidas contra o meio ambiente:

 

— Grileiros e especuladores de terra acham que o risco à saúde vale à pena — disse. — É, para eles, um bom momento para se aproveitar do patrimônio público. Eles colocam algumas cabeças de gado em um terreno, como se dissessem que ali há uma atividade produtiva, e vendem terras que são do poder público. É um lucro fácil.

 

Os madeireiros levaram a Covid-19 às aldeias. Um jovem yanomani de 15 anos morreu com em decorrência da doença. Outros dois indígenas também foram vítimas, mas ambos viviam em áreas urbanas – uma mulher da etnia kokama, de 44 anos, e um indígena tikuna, de 78.

 

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As áreas de preservação mais afetadas no primeiro trimestre de 2020 são a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará; a área de proteção ambiental do Tapajós, também no Pará; e a reserva extrativista Chico Mendes, no Acre.

 

iG

 

Brasil : NOTA DE PESAR
Enviado por alexandre em 13/04/2020 14:55:55

Vereador Celso Coelho emite nota de pesar pelo falecimento do ex-deputado estadual Aurindo Vieira Coelho

“Combati o bom combate” (2 Timóteo. 4:7)

 

O vereador Celso Coelho consternado e confiante na Fé em Cristo Jesus emitiu uma nota de pesar pelo falecimento do seu primo o ex-deputado estadual Aurindo Vieira Coelho, fato ocorrido na madrugada do domingo (12), na cidade de Belo Horizonte. O engenheiro civil aposentado do quadro do DER/RO, que iria fazer no dia 4 de julho, 68 anos de idade, estava em tratamento de saúde na capital mineira. Baiano de Cabralia, Aurindo Vieira jovem ainda migrou para o Estado de Espirito Santos, posteriormente veio para o Mato Grosso onde cursou engenharia civil e no início dos anos 80 chegou em Ouro Preto do Oeste, ingressando no quadro do governo do Estado, elegeu deputado estadual em 1990, foi secretário estadual de Obras no governo de Osvaldo Pianna, foi secretário municipal de Obras da prefeitura de Ouro Preto do Oeste deixa um legado de bons serviços prestados a Rondônia.

Velório

A previsão para a chegada do corpo do ex-parlamentar é para a manhã da.proxima terça-feira 14/04. O velório será na linha 101, na altura do km 5, em Ouro Preto.  Aurindo deixa mulher, a contabilista Julinda, três filhos  e 4 netos. O enterro será em Ouro Preto do Oeste.

Veja a nota do vereador Celso Coelho

Com muita tristeza recebemos o anúncio do falecimento do meu primo o ex-deputado estadual Aurindo Vieira Coelho. Um senhor honrado e ilustre cidadão de Ouro Preto do Oeste. Homem de muitas virtudes e múltiplos valores nos deixa um legado de fé, de uma vida dedicada a servir ao próximo, a amar seu povo e a defender o nosso município, estado e País.

Pai de família e trabalhador em causas nobres de nosso Município, Aurindo Coelho esteve presente na história política de Ouro Preto do Oeste. Um dos homens mais aguerridos, mais apaixonados por nossos valores culturais, religiosos e materiais.

Um entusiasmado e incansável guerreiro. Empreendeu batalhas e nos encheu de orgulho. Em nome da minha esposa e filho abraçamos fraternalmente aos demais membros família enlutada, assim com os incontáveis amigos que o Aurindo deixou, compartilhando, com nosso abraço a dor aguda desta partida. Ao mesmo tempo em que lamentamos a despedida, somos agradecidos a Deus por ter nos dado a oportunidade de conviver com alma tão iluminada. Que seu exemplo possa ser seguido pelos que aqui ficam e que o Pai Infinito o acolha em seus domínios e o saiba recompensar por seus muitos méritos.


Celso Coelho - vereador de Ouro Preto do Oeste


 Engenheiro civil Aurindo Vieira Coelho deixa um legado de bons serviços prestados à Rondônia

Brasil : AMPLIANDO
Enviado por alexandre em 12/04/2020 00:38:46

Saúde quer realizar 50 mil testes de Covid-19 por dia
Por Estadão Conteúdo

O Ministério da Saúde pretende espalhar “centros de coleta de emergência” por todo o País, para acelerar a realização de testes de coronavírus para casos leves, ou seja, pessoas que apresentaram alguns sintomas menos graves da doença e que precisam fazer o exame para checar a situação de sua saúde. A ideia é fazer até 50 mil testes por dia. Hoje, o volume que o País tem feito é de apenas 4.200 testes diários, em média.

A informação foi dada neste sábado, 11, pelo secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira. “Não é verdade que estamos testando pouco no Brasil. O que nós vamos fazer é testar mais, baseado numa estratégia de centros de coleta de emergência, com postos volantes para os casos leves”, disse.

O plano do Ministério da Saúde prevê que um atendente ou até mesmo uma gravação entre em contato com a população, por telefone, para checar a situação da saúde, sintomas e eventual necessidade de fazer o teste. “A partir daí, seja por meio do robô ou de profissionais, pelo aplicativo ou na unidade de saúde, a pessoa vai ser orientada a procurar uma dessas unidades de coleta, a partir de seus sintomas”, comentou Wanderson.

“Na unidade, vai ser coletada a amostra da pessoa. O resultado vai chegar para ela em até 36 horas depois, pelo celular. Queremos que esse prazo seja até menor, de até 24 horas”, disse.

Segundo o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, o teste de casos leves ainda não está funcionando porque depende da instalação de máquinas e do “parceiro privado que ganhar a concorrência pública” lançada para o serviço.

Há previsão de que um piloto do serviço seja realizado nos próximos dias com a população da região de Curitiba (PR) e do Rio de Janeiro, com utilização de máquinas da Fundação Oswaldo Cruz. “Estamos em parceria com o Instituto Butantã e o Estado de São Paulo, que vai concentrar a maior rede de testagem. A gente vai chegar ao ponto de testar entre 30 mil e 50 mil amostras por dia. Hoje nós fazemos em média 4.200 amostras por dia”, disse Wanderson.

A promessa de testes em massa não prevê, porém, que toda a população do país será testada. “Estamos fazendo o máximo possível de acordo com o que é possível. Pode ter certeza que teremos teste em quantidade suficiente para realizar a avaliação do cenário epidemiológico”, disse Wanderson. “O que eu posso garantir para vocês é que nós não teremos testes para todas as pessoas. Os testes são para conhecer a epidemia e para algumas regiões do País, para que a gente possa tomar a decisão baseado na evidência mais robusta possível.”


Profissionais reclamam da falta de materiais de proteção

Por Jornal Nacional

Profissionais da saúde de vários lugares do país reclamam da falta de equipamentos de proteção individual, essenciais para o combate à pandemia do novo coronavírus.

As luzes das ambulâncias e o silêncio são uma homenagem dos colegas do hospital do Campo Limpo, em São Paulo. “Esse vídeo vai em homenagem à nossa querida colega Luzanira, que nos deixou hoje”.

Enquanto algumas cidades ainda não têm registro de casos, em outras já há baixas na batalha contra a Covid-19. Uma batalha intensa em hospitais como o municipal do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Os leitos da UTI estão ocupados e a sala de observação do pronto-socorro virou uma unidade semi-intensiva improvisada com 14 pacientes.

Um dos profissionais de saúde gravou as imagens e um outro, que não quer ser identificado, fala da falta de equipamentos de proteção no hospital: “Até está sendo disponibilizado o avental impermeável, porém além dele você tem que usar o descartável por cima porque você não pode sair de um paciente e atender o outro com o mesmo. Porém, não está tendo esse descartável. A máscara cirúrgica também não está tendo.”

O perigo para quem está na linha de frente é enorme porque ao trabalhar diretamente com os doentes os profissionais de saúde recebem uma carga de vírus e podem, por isso, desenvolver as formas graves da doença. As queixas se multiplicam no país. O Conselho Federal de Enfermagem já recebeu quase 3,6 mil denúncias de falta, escassez ou má qualidade dos equipamentos de proteção individual como máscaras, luvas e aventais.

“Por exemplo, no estado do Amapá, nós recebemos denúncias de pacientes com diagnóstico positivo de Covid-19 e os profissionais atendendo sem equipamento de proteção individual adequado”, diz o presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Manoel Neri.

Os pedidos de ajuda chegam também por e-mail. Um deles, de São José do Xingu, em Mato Grosso, relata a falta de máscaras cirúrgicas, avental, protetor facial, óculos, luvas, propé e álcool gel.

Ou por mensagem de áudio: ‘Avental é aquele avental que a gente usa para dar banho, um avental de TNT bem fraquinho, não temos avental impermeável.”

Também tem relatos nas redes sociais, como o de um enfermeiro, no Rio. Ele disse que nas primeiras 12 horas de trabalho, cuidou de conseguir material para abastecer o setor. Não havia capote nem máscara para começar o plantão.

A Associação Médica Brasileira já acumula quase três mil denúncias em 611 municípios.

Na Santa Casa de São Paulo, os profissionais se queixam da capa de chuva fornecida como avental. “Não cobre o que tem que cobrir, que é a parte do braço, e no comprimento também ele é curto.”

O Jornal Nacional conversou com uma enfermeira do Hospital São Paulo, que é federal. Ela está afastada do trabalho por suspeita de Covid-19. A enfermeira conta que por causa da escassez de aventais, ela e os colegas evitam tomar água e urinar.

“Vou ao banheiro antes de entrar para trabalhar, não tomo água e passo o período de seis horas sem beber água e sem ir ao banheiro”, afirma.

Ela diz que o risco é grande também por falta de treinamento para lidar com pacientes e também para usar e retirar os equipamentos: “O que eu vejo é muita gente não fazendo de forma adequada, talvez por falta de treinamento.”

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, diz que o consumo explodiu: “Os nossos profissionais de saúde consumiam, até 30 dias atrás, 250 mil máscaras cirúrgicas por mês. Nós estamos consumindo 500 mil máscaras cirúrgicas por semana.”

O presidente do Conselho Nacional de Enfermagem pede ajuda da indústria nacional para não ficarmos dependentes dos produtos chineses. “É preciso que as empresas brasileiras, que a indústria brasileira seja incentivada a produzir esses equipamentos, principalmente os equipamentos de proteção individual, que têm uma linha de produção mais simples”, diz Manoel Neri.

As baixas já são muitas. O Conselho registra mais de mil enfermeiros e auxiliares de enfermagem afastados por suspeita de Covid-19. São 20 mortes notificadas e 11 já confirmadas por exame.

Entre os últimos, dois jovens: Paulo Henrique Lima, de 40 anos, que trabalhava no Rio, e André Augusto Cruz, de 37 anos, em São Paulo. Sofia da Silva tinha 64 anos e trabalhava em Manaus.

Um avião que aterrissou no Aeroporto Internacional de Guarulhos trouxe pouco mais de um milhão de máscaras e óculos. É parte de um lote de 15,8 milhões equipamentos que o governo vai receber em doação e distribuir pelo país.

Enquanto aguardam proteção, os profissionais de saúde falam do medo de adoecer. Uma enfermeira de um hospital estadual no Espírito Santo conta que, sem equipamentos, ela trabalha com medo e não só por ela.

“Eu penso todos os dias nos meus filhos. Eu não sei se vou chegar lá bem, se eu vou voltar contaminada”, diz.

A prefeitura de São Paulo informou que já tomou todas as medidas para garantir a compra de 4,9 milhões de máscaras de proteção. Disse ainda que a China doou 100 mil máscaras e mil macacões.

A Santa Casa declarou que, além de doações recebidas, comprou novos aventais e que houve atraso na entrega por falta do produto no mercado, mas que a situação já foi regularizada.

O Hospital São Paulo afirmou que segue regras e protocolos dos órgãos de saúde e disponibiliza equipamentos para seus colaboradores. Mas ressalta que também tem encontrado dificuldades para encontrar os produtos no mercado.

A Secretaria da Saúde do Amapá admite a dificuldade em repor os equipamentos devido à escassez, ao alto preço e a logística de entrega, mas afirma que tem garantido a disponibilidade com aquisições e doações.

A Secretaria da Saúde do Espírito Santo declarou que atualmente não faltam equipamentos de proteção individual, mas que existem critérios para utilização. Disse também que tem processos de compra em andamento e que três milhões de máscaras devem ser entregues neste mês.

Brasil : OS RITOS DA IGREJA
Enviado por alexandre em 12/04/2020 00:31:18

Sacramentos estão suspensos durante a pandemia
Por Estadão Conteúdo

Mas se a questão das missas ficou "resolvida" nestes tempos de exceção, como ficam os demais sacramentos? De forma geral, tudo está suspenso. De acordo com o padre Denilson Geraldo, especialista em direito canônico e diretor do Instituto San Vincenzo Pallotti, de Roma, "depende de cada diocese as orientações para os sacramentos do Batismo, Crisma, Matrimônio e Ordem". "Todavia, podemos constatar que dificilmente serão celebrados durante a vigência da pandemia", afirma.

Um dos decretos recentes do Vaticano prevê que, durante esta situação - e com a permissão do bispo da circunscrição - "um sacerdote pode dar a absolvição geral aos penitentes, por exemplo, internados em um hospital por conta do coronavírus", explica Geraldo.

"Estão todos adiados", afirma o teólogo e filósofo Fernando Altemeyer Junior, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Batismo, crisma, matrimônios, ordenações podem esperar o fim da quarentena. Já os dois sacramentos de cura: penitência e unção dos enfermos estão sendo praticados a todo vapor nos lugares mais cruciais onde ocorre a pandemia. Até por isso muitos padres italianos morreram."

O teólogo afirma que, por conta disso, tem havido proposições de "confissão auricular por celular." "Mas será preciso verificar as condições de sigilo e de personificação para evitar fake-pecador, fake-pecados ou até mesmo um fake-padre."

Suspensões

"A orientação do meu bispo é para que não se marque novas celebrações de batizados e casamentos. Os que já estão marcados, que sejam celebrados sem a presença de convidados, apenas com pais e padrinhos, com noivos e testemunhas, podendo esses ser suspensos em comum acordo com os fiéis em questão", conta o padre Lucas Gobbo, reitor da Casa de Formação São Caetano e vigário da Paróquia de São Geraldo, em Guarulhos.

"Eu jamais me recusaria, por exemplo, ao saber que uma pessoa está necessitando da unção dos enfermos, a ir até o local para poder lhe conceder isto. É meu dever enquanto sacerdote. O que precisamos neste momento é nos colocar na consciência daquilo que é urgente e necessário."

Para ele, "sacramentos de emergência, de cura, são essenciais". "Não podemos fechar totalmente (a possibilidade de) que esses sacramentos aconteçam. E que não exigem participação pública", pontua.

"A unção dos enfermos está além de nossa capacidade de controlar. Mas a Igreja supre, pelo decreto recente, entendendo que, ao desejar receber este sacramento, na verdade, a pessoa já está recebendo, neste momento", defende o vaticanista Filipe Domingues, doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. "Casamentos, em último caso, podem ser celebrados em pequenos grupo. Ordenações sacerdotais podem ser feitas sem povo."

Caso emblemático é o da confissão. A Igreja não permite que seja feita de forma remota. Papa Francisco já orientou que, por conta da pandemia "as pessoas possam se confessar, em um primeiro momento, diretamente a Deus - mas que não se esqueça de, assim que possível, procurar um padre", lembra Gobbo.

"É o sacramento mais prejudicado neste momento", avalia Domingues. "Porque exige a presença. Não pode ser feito por redes sociais, por telefone, por Skype. Só o pecador e o padre, sem qualquer mediador ou qualquer interferência. E a Igreja nunca vai mudar isso, eu acho."

"Nesta época, por conta da quaresma, já é grande o número de pessoas que nos procuram para confissões. Depois da quarentena, acho que não vamos dar conta de tantos atendimentos", comenta o padre Eugênio Ferreira de Lima, da paróquia Cristo Rei, de Ipatinga. "Passado este tempo, alguns, que têm uma relação meio doentia com Deus, devem nos procurar por medo. E muitos virão nos procurar por amor ao sacramento."

"O decreto do Vaticano prevê seguir na vida da igreja e voltar a se confessar quando for possível", ressalta Domingues. "Não se confessa enquanto não for possível. Esse é o ponto."



Pandemia une movimentos de renovação política

Por Estadão Conteúdo

Em expansão nos últimos anos na busca de espaço e influência na política, movimentos de renovação como o RenovaBR, Acredito e Agora! têm atuado conjuntamente no "UniãoSP contra o coronavírus". A ação de solidariedade da sociedade civil, com a participação de megaempresários, já arrecadou em duas semanas mais de R$ 13 milhões em doações pela internet.

O movimento sem vínculos partidários tem a intenção de minimizar os efeitos da crise para pessoas em vulnerabilidade social no Estado. A cifra já arrecadada foi impulsionada por grandes doações de empresas como a XP Investimentos, que desembolsou R$ 500 mil, e o grupo JHSF, dos hotéis e restaurantes Fasano e de shoppings como o Cidade Jardim, que doou R$ 100 mil.

Membros da iniciativa defendem que, depois da crise, setor privado e setor público estejam mais próximos, com empresas e governo atuando para reconstruir o País. "Em momentos como este, setor privado e público precisam se unir", diz Eduardo Mufarej, criador do RenovaBR, um dos porta-vozes do UniãoSP. "Vírus não se importa com ideologias. É nosso papel, depois de tudo que isto passar, lutar para manter esta relação de apoio mútuo entre pessoas, empresas e poder público".

Moradores de quinze comunidades em São Paulo já receberam cerca de 43 mil cestas básicas e o movimento informa que distribuirá mais 51 mil nesta semana. O movimento repassa o valor arrecadado a órgãos públicos e do Terceiro Setor, que, então, fazem a entrega para a população. Já receberam recursos órgãos como o Fundo Social do Estado de São Paulo, o Fundo Social de Mauá, de São Bernardo do Campo, e a Prefeitura de São Paulo.

Todas as organizações que atuam no movimento trabalham voluntariamente. Além dos grupos de renovação, participam entidades e empresas como a Península, do empresário Abílio Diniz, o grupo JHSF, a Central Única das Favelas, o Grupo Tellus e o Educafro. A gestão financeira está sob a responsabilidade do RenovaBR, que informa não ter nenhuma margem de retenção.

Coordenador do movimento Acredito, Zé Fred afirma que a pandemia do coronavírus é o maior problema da atual geração. "Será como um pós-guerra. Um dos aprendizados é a relação setor público e sociedade. Grandes problemas públicos só são resolvidos quando governo e sociedade se juntam." Para Leandro Machado, do movimento Agora!, a união contra o coronavírus deve aproximar o poder público da sociedade. "A expectativa é essa integração entre o poder público, setor privado e sociedade prospere cada vez mais."

A distribuição é acompanhada pelo UniãoSP por meio de um sistema remoto de georreferenciamento. É uma forma de mapear as entregas e evitar fraudes. Tudo é feito por meio de aplicativo. No site da iniciativa, é possível doar de uma cesta básica (R$ 60) até a 200 (R$ 12 mil). Pouco mais de 2,6 mil doações já foram registradas, feitas por pessoas físicas e jurídicas. A meta do movimento é juntar o equivalente a 120 mil cestas em três meses. "Estamos passando por um momento muito grave de nossa história. A solidariedade e o cuidado com o outro é a única forma de enfrentarmos o medo e a desesperança e superarmos tudo construindo um futuro melhor", diz Ana Maria Diniz, da Península Participações.

Celebridades do mundo do esporte, como Neymar e Gabriel Medina, e influenciadores digitais como Nathália Arcuri gravaram vídeos incentivando doações. O apresentador Luciano Huck, ligado aos movimentos de renovação e apontado como possível candidato a presidente em 2022, também é "garoto propaganda" da iniciativa.

Brasil : NA ONDA
Enviado por alexandre em 08/04/2020 23:53:50

Lives superproduzidas divertem o público, mas geram polêmicas

Com tantos shows cancelados em decorrência da pandemia do novo coronavírus, os artistas tiveram que arrumar um jeito diferente de se conectarem com os fãs mesmo que a distância.


As transmissões ao vivo pelas redes sociais, que começaram de um jeito simples e despretensioso, se transformaram em superproduções nas mãos de figuras famosas da música brasileira. Se por um lado as lives grandiosas têm garantido o entretenimento do público em quarentena; por outro, sobram críticas aos formatos adotados por alguns.


A apresentação transmitida em tempo real pela dupla Jorge e Mateus, no último sábado (4), gerou uma grande repercussão. Os sertanejos atingiram 3,1 milhões de acessos simultâneos e 25 milhões de visualizações durante o show, que teve mais de quatro horas de duração.


Uma foto que circulou na internet, no entanto, revelou a aglomeração de pessoas trabalhando nos bastidores, incluindo um garçom, que vez ou outra aparecia no vídeo, servindo cerveja da marca patrocinadora.


Segundo a assessoria de imprensa dos cantores, a equipe contou com 18 pessoas, que se revezaram ao longo do processo de produção e utilizaram equipamento de proteção. O evento conseguiu arrecadar mais de 216 toneladas de alimentos, 10 mil frascos de álcool gel e 200 cursos para a área da saúde.


O cantor Gusttavo Lima foi o primeiro a ostentar na produção de uma live. No dia 28 de março, ele comandou uma apresentação dentro da sua própria mansão, com direito a quatro músicos de apoio, câmeras, garçons e equipe técnica.


A estrutura de luxo contrasta com as transmissões feitas por artistas internacionais, como Dave Grohl, Miley Cyrus e Chris Martin, que optaram por gravações simples, feitas por eles próprios. A fala do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante a live de Jorge e Mateus, reforça a necessidade do isolamento.


“É importante que a música chegue, mas é importante não aglomerar. O show não pode parar, mas a aglomeração tem que parar”, afirmou o ministro.


Outros artistas brasileiros já demonstraram opiniões contrárias às grandes produções. O ex-vocalista da banda O Rappa, Marcelo Falcão, utilizou as redes sociais para se manifestar, no domingo, um dia após fazer uma apresentação ao vivo simples, só com voz e violão, em sua casa.


“Essa parada de live é uma coisa para ser de coração, como se fosse uma roda de amigos numa vibe boa. Virou competição levar um som para alegrar esse momento difícil, é a parada. Música não é competição de quem ostenta mais. Música é sentimento. Deixar fluir”, escreveu.


Filipe Prohaska, médico infectologista da Universidade de Pernambuco (UPE), chama atenção para os riscos que envolve a aglutinação de diversos profissionais em um mesmo ambiente durante as gravações.


"Como as pessoas estão cantando, há a propensão de gotículas no ar. Nesse caso, assim como em outros, deve ser mantida a distância regulamentar mínima de um metro e meio entre uma pessoa e outra", alertou.


Também é preciso ter cuidado com os equipamentos utilizados. "Toda essa estrutura que você traz de fora passou pelas mãos de muita gente. Por isso, é essencial fazer a limpeza do material inteiro, assim que ele chegar ao local. Isso pode ser feito com água e sabão, álcool em gel ou álcool isopropílico, dependendo do tipo de material", explicou.


Menos é mais


O Festival Palco Em Casa vem reunindo vários nomes da música brasileira através do perfil da Secretaria de Turismo de Pernambuco no Instagram (@descubrapernambuco). O cantor André Rio, idealizador do projeto, defende o papel de entretenimento das lives, mas afirma que cuidados essenciais não podem ser deixados de lado.


“Nesse momento, menos é mais. A gente não pode querer o bem das pessoas fazendo música, mas indo na contramão de tudo aquilo que a OMS e o Ministério da Saúde estão propagando para que essa pandemia se espalhe ainda mais. Fazemos questão de que todos os artistas que participam do festival passem a imagem daquilo que estamos pregando”, comentou o músico, em entrevista à Folha de Pernambuco.


FONTE: FOLHAPE

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