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Brasil : CARNE MOÍDA
Enviado por alexandre em 08/10/2021 01:38:57

Regras não se aplicam a açougues e supermercados, diz governo

As novas regras para produção e venda de carne moída, colocadas em consulta pública pelo Ministério da Agricultura na última segunda-feira (4), não se aplicam aos açougues e supermercados.

A proposta de um novo regulamento vale apenas para os frigoríficos que fornecem pacotes prontos do produto para o varejo, disse o Ministério da Agricultura ao g1.

Ela foca em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério. Entre as exigências propostas estão que as embalagens tenham no máximo 1 kg, que não incluam glândulas, cartilagens nem ossos e que seja informado no rótulo o percentual de gordura da carne.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) disse ao g1 que ainda não tem uma posição a respeito do assunto e que avalia a portaria junto aos seus associados.

Entenda alguns pontos da proposta a seguir:

Pode osso na carne moída?

Uma das exigências propostas à fabricação da carne é que o produto deve estar livre de aponeuroses (membranas semelhantes a tendões), glândulas, cartilagens, ossos, grandes vasos, coágulos, tendões e demais tecidos não considerados aptos ao consumo humano.

A carne também não pode conter linfonodos, que são gânglios linfáticos que constituem o sistema de defesa do organismo do animal e que carregam substâncias nocivas.

Pela legislação, a carne moída é um produto obtido da moagem da massa muscular de bois e búfalos. Portanto, materiais considerados não comestíveis, como os citados na proposta, já não fazem parte de sua definição.

Ossos e cartilagens, por exemplo, ao serem consumidos, podem causar indigestão em algumas pessoas ou problemas gastrointestinais, aponta a nutricionista e doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Neiva Souza.

Ela afirma que isso acontece porque o trato gastrointestinal não é tão preparado para digerir essas partes da mesma forma que é para as carnes ou outros alimentos de origem vegetal.

Além disso, esses tecidos, como os linfonodos, são mais suscetíveis a transmitir doenças como a salmonela, explica Alice Mendes, nutricionista da UBS Paranapanema, gerenciada pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”).

Ainda que existam métodos de inspeção realizados pelo governo, não dá para ter certeza de que não há contaminação e é impossível analisar cada animal abatido, afirma a nutricionista.

A proposta prevê ainda a proibição do uso de miúdos e de carne industrial, que é feita a partir da cabeça e tratada na sala de sangria, explica a veterinária Ana Cristina Marquez.

Segundo a veterinária, ela tem uma grande quantidade de sangue e pode conter vísceras e ossos. Assim, ela não é boa por causa da alta quantidade de resíduos, ossos que vão junto na moagem e, também, devido à quantidade alta de sangue, que aumenta a proliferação de bactérias e patógenos, diz.

Rapidez para embalar

Segundo a proposta, a carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moagem. Isso porque este tipo de produto tem uma superfície de contato alta em relação ao ambiente em que sofre a manipulação, o que acaba aumentando a probabilidade de desenvolver patógenos, explica a veterinária Ana Cristina.

Além disso, por ser processada, esta carne tem um risco contaminação muito maior e se deteriora mais rapidamente por causa das fibras musculares serem rompidas e da alta oxidação. Assim, é importante que ela seja embalada imediatamente.

De olho na balança

Outra proposta determina que cada pacote do produto ter peso máximo de 1 kg. A veterinária relata que essa limitação permite um resfriamento e congelamento mais rápido, protegendo o produto e mantendo a sua qualidade.

De modo geral, para a Ana Cristina, na prática as novas propostas alteram pouco as normativas em vigência.

Restrição de gordura

Quanto de gordura pode na carne moída? A proposta não determina uma quantidade exata de modo geral, apenas que é permitido o uso “inerente ao corte utilizado para a produção da carne moída” e que essa informação deve constar na embalagem.

A nutricionista Alice afirma que existe Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco), feita pelo Ministério da Saúde e por universidades. Nela há uma lista com diferentes tipos de carnes, informando a partir de 100 g a quantidade permitida para alguns itens de sua composição, como a gordura.

Então, a carne moída segue o mesmo nível de gordura do corte que a compõe.

Como congelar e descongelar a carne moída?

A proposta determina que a carne moída deverá sair do equipamento de moagem com temperatura nunca superior a 7 graus Celsius e ser submetida, imediatamente, ao resfriamento, ao congelamento rápido ou ultrarrápido.

Em casa, é importante que o consumidor também mantenha alguns cuidados com o produto. Ainda cru, é fundamental que ele permaneça congelado. Segundo a nutricionista Neiva Souza, a recomendação é a seguinte:

0 a – 5°C: até 10 dias

– 6 a -10°C: até 20 dias

-11 a -18°C: até 30 dias

Menor que -18°C: até 90 dias

O freezer doméstico alcança até -20ºC, já a maioria dos congeladores acoplados à geladeira chegam até -6 ºC, detalha a nutricionista Alice.

Já a carne cozida deve sofrer um resfriamento imediato, indo de 60°C a 10°C dentro do período de 2 horas. Este resfriamento rápido pode acontecer na geladeira, e, em seguida, o prato pode ir para congelamento.

Depois, para consumi-lo, o descongelamento pode ser feito pelo micro-ondas ou em temperatura inferior a 5°C ou em um forno de convecção, que permite a circulação do calor de forma uniforme, fazendo com que a comida também seja cozida.

Após este processo, ele não pode ser congelado novamente, pois o processo de descongelar a carne pode favorecer bactérias que estavam congeladas e não causaria danos no consumo imediato, mas se passarem pelo processo de refrigeração novamente, começam a se proliferar podendo até mesmo causar uma infecção alimentar, pontua Aline.


AC24HORAS

Brasil : MALÁRIA VACINA
Enviado por alexandre em 06/10/2021 23:23:21

Vacina contra malária é conquista histórica mas provavelmente não será usada no Brasil

Com 229 milhões de casos e 409 mil mortes apenas em 2019, a malária é uma das doenças infecciosas que mais afetou a humanidade ao longo da história. E, após décadas de pesquisa, finalmente temos uma vacina disponível contra ela.

Numa coletiva de imprensa realizada nesta quarta (06/10) em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou oficialmente o uso do imunizante RTS,S nas regiões do planeta com alta taxa de transmissão do Plasmodium falciparum, um dos protozoários por trás da enfermidade.

O local que mais deve se beneficiar da medida é a África Subsaariana, que concentra a vasta maioria dos casos e das mortes pela moléstia: todos os anos, mais de 260 mil crianças com menos de cinco anos que moram ali morrem de malária.

"Essa é uma conquista histórica. A tão esperada vacina contra malária é um avanço para a ciência, para a saúde infantil e para o controle desta doença", comemorou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Porém, apesar de representar uma ótima notícia para todo o mundo, a vacina provavelmente não será utilizada no Brasil, que registrou cerca de 130 mil casos e menos de 30 óbitos pela enfermidade em 2020.

Isso porque o agente causador da maioria das infecções por aqui é o Plasmodium vivax, protozoário sobre o qual o novo produto aprovado não tem efeito.

O que é a malária?

Essa doença infecciosa é transmitida a partir da picada de mosquitos da família Anopheles, que são muito comuns em regiões tropicais e úmidas. Em algumas partes do Brasil, eles são conhecidos como mosquito prego.

Como explicamos acima, o agente causador é protozoário Plasmodium e há cinco tipos diferentes dele. Os mais comuns são o falciparum, o vivax e o malariae.

"O parasita causador da malária é diverso e tem uma capacidade de mutação muito grande. E isso faz com que seja quase impossível desenvolver imunidade após a infecção", explica o infectologista André Siqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Rio de Janeiro.

Mosquito Anopheles

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Os mosquitos Anopheles são os transmissores do protozoário causador da malária

Em lugares com muita circulação do micro-organismo, não é raro encontrar pessoas que tiveram a doença dezenas de vezes.

Após entrar no organismo humano, esse parasita viaja pela corrente sanguínea e se instala nas células do fígado. Após um tempo de maturação, ele volta ao sangue e invade as células vermelhas (também conhecidas como hemácias).

Ao longo desse processo, as células hepáticas e sanguíneas são destruídas, o que provoca sintomas como febre alta, dor de cabeça, calafrios, dor no corpo e perda de apetite.

"E vale destacar que o parasita assume diferentes formas em cada uma dessas fases, o que acarreta uma dificuldade para desenvolver vacinas com boa eficácia em todas as etapas", observa o médico.

Na sequência, o mosquito Anopheles pica a pessoa com malária e suga o sangue infectado, criando novas cadeias de transmissão na comunidade.

A boa notícia é que a doença tem diagnóstico rápido e o tratamento é curativo, quando dado no momento correto. Ela costuma ser mais perigosa para indivíduos com o sistema imune comprometido, idosos e, principalmente, crianças, que são as principais vítimas fatais da infecção.

Ilustração malária

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

O parasita costuma invadir e destruir as células vermelhas do sangue. Na ilustração, é possível ver uma unidade infectada ao centro

Como a nova vacina funciona?

A RTS,S é desenvolvida desde 1987 pela farmacêutica britânica GSK. Após os testes preliminares, o imunizante foi avaliado em ensaios clínicos envolvendo seres humanos a partir do ano 2000, com o apoio da ONG Path e da Fundação Bill e Melinda Gates.

Feito a partir de uma proteína do Plasmodium falciparum e algumas outras substâncias, a vacina atua no chamado "esporozoíto" do protozoário, que é uma forma que ele assume entre a picada do mosquito e a "viagem" até o fígado.

A título de curiosidade, esse trajeto do parasita da nossa pele até o tecido hepático costuma levar ao redor de 30 minutos.

A última etapa de estudos foi concluída em 2015. O trabalho final, publicado no periódico científico The Lancet, envolveu quase 15 mil crianças da África Subsaariana e comprovou que o produto era seguro e eficaz.

Mesmo com os resultados favoráveis, a OMS ainda tinha algumas reservas sobre a efetividade da RTS,S em larga escala. O primeiro problema tinha a ver com o esquema vacinal: para surtir efeito, é preciso aplicar quatro doses em cada indivíduo. As primeiras três são dadas no quinto, no sexto e no sétimo mês de vida. A quarta (e última) é ofertada quando o bebê completa 18 meses.

A entidade temia que esse número de aplicações poderia prejudicar o uso de outros imunizantes, dados de rotina contra outras doenças, e até traria uma falsa sensação de segurança às famílias que, sentindo-se mais protegidas, abandonariam outros métodos de prevenção da malária, como a instalação de mosquiteiros nas camas e nos berços ou a aplicação de repelentes.

Para acabar com essas dúvidas, a OMS criou em 2019 um projeto piloto em que as quatro doses da nova vacina foram aplicadas em cerca de 800 mil crianças que moram em Gana, Quênia e Malauí.

Profissional da saúde aplica vacina contra a malária em recém-nascido

Crédito, Getty Images

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Experiência de 2019 feita em Gana, Quênia e Malauí comprovou a efetividade da vacina contra a malária

Os resultados da experiência foram considerados positivos: além de ter um bom perfil de segurança, a nova vacina preveniu 40% dos casos de malária e, ainda mais importante, reduziu em 30% as infecções mais severas, que estão relacionadas à hospitalização e morte.

"Se considerarmos que são 260 mil mortes anuais de crianças menores de cinco anos, uma redução de 30% é algo considerável", calcula Siqueira.

É claro que essa taxa de 30 ou 40% ainda não é a ideal, mas ela significa um avanço importante e abre a possibilidade para que novos produtos, ainda mais eficazes, sejam desenvolvidos a partir de agora.

"Essa aprovação pode servir de impulso para novos financiamentos e esforços de pesquisa para soluções ainda melhores", concorda o infectologista.

A OMS destaca outras duas observações importantes a partir da experiência de vida real nas três nações africanas: não houve um relaxamento das outras medidas preventivas (como o uso de telas na cama) e a aplicação das doses mostrou-se custo-efetiva.

"Por séculos, a malária afeta a África Subsaariana e causa um enorme sofrimento pessoal. Nós esperávamos por uma vacina efetiva e, pela primeira vez, podemos recomendar o uso de um imunizante em larga escala", discursou a médica Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África.

"Isso representa um vislumbre de esperança para o continente que carrega o fardo mais pesado da doença e esperamos que muitas crianças que serão protegidas a partir de agora se tornem adultos saudáveis", completou a representante.

E no Brasil?

A recomendação da OMS é que a nova vacina seja usada em regiões em que há transmissão "moderada ou alta" do Plasmodium falciparum.

No Brasil, esse não é o causador de malária mais frequente: de acordo com o Ministério da Saúde, o Plasmodium vivax representa 89% dos casos notificados no país, que se concentram especialmente na região amazônica.

"A RTS,S, portanto, não é uma vacina com aplicação no Brasil", concorda Siqueira.

A boa notícia é que os novos casos dessa enfermidade estão em queda em nosso país.

"Dados do PNCM (Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária) mostram que no ano de 2019, o Brasil notificou 157.454 casos de malária, uma redução de 19,1% em relação a 2018, quando foram registrados 194.572 casos da doença no país", informa um boletim publicado pelo ministério no final de 2020.

Gráfico de casos de malária no Brasil

Crédito, Ministério da Saúde

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Série histórica mostra como casos de malária caíram no Brasil ao longo dos anos

Para o infectologista da FioCruz, os casos de malária no Brasil são influenciados diretamente por dois fatores: a organização dos sistemas de saúde e as mudanças ambientais.

"Muitas vezes, uma cidade faz uma mobilização para diagnosticar e tratar a malária. Quando os casos caem, esses programas deixam de existir, o que provoca um novo aumento algum tempo depois", observa.

"E também vemos o crescimento ocorrer em áreas de desmatamento e garimpo na Amazônia", informa.

O Brasil possui, inclusive, um plano para acabar com a malária em território nacional. A meta é registrar menos de 14 mil casos e nenhum óbito até 2030 e eliminar completamente a transmissão do Plasmodium falciparum nos próximos nove anos.

Para alcançar isso, é preciso fortalecer os sistemas de vigilância da doença, adquirir testes rápidos de diagnóstico, ofertar tratamentos na rede pública e investir na pesquisa e no desenvolvimento de novas soluções para esse problema.

Mapa da malária no Brasil

Crédito, Ministério da Saúde

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No Brasil, a malária concentra-se principalmente na Amazônia

Uma saída interessante pode ser a utilização de um novo remédio chamado tafenoquina. Atualmente, a medicação precisa ser tomada por alguns dias, o que pode ser difícil para uma parcela de pacientes.

"Essa droga está sendo estudada em Manaus e em Porto Velho e, caso os resultados sejam positivos, ela pode se tornar mais ferramenta valiosa para mudar a história da malária", avalia Siqueira.

Embora existam estudos para a criação de uma vacina contra o Plasmodium vivax, o desafio é ainda mais complexo. Um artigo de 2013 assinado por especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Universidade de Zurique, na Suíça, destacam a resiliência desse parasita mais frequente em terras brasileiras.

"O Plasmodium vivax possui mecanismos sofisticados que permitem que ele fique dormente por meses ou até anos em pequenas estruturas do fígado, o que significa um enorme desafio para a erradicação da malária", escrevem os autores.

Siqueira também entende que há menos interesse no desenvolvimento de um imunizante para o Plasmodium vivax. "Até temos alguns grupos que trabalham nessa área, mas o financiamento é muito menor".

De acordo com o site ClinicalTrials.Gov, existem 10 testes clínicos concluídos ou em andamento com candidatos a imunizantes contra este parasita mais comum no Brasil. No caso do falciparum, mais frequente na África, são 130 registros de estudos do tipo.


Molnupiravir: antiviral contra Covid-19 será testado no Brasil

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Foto: Reprodução

Molnupiravir

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou, nesta quarta-feira (6/10), que participará dos testes clínicos de fase 3 do medicamento molnupiravir, fabricado pela farmacêutica Merck Sharp & Dohme (MSD). O antiviral é destinado ao tratamento imediato da Covid-19 em pessoas expostas ao vírus e com risco de complicação da doença.

 

O estudo com duração de seis meses terá início na próxima semana, em sete centros de pesquisa brasileiros. Os pesquisadores da Fiocruz Julio Croda e Margareth Dalcolmo coordenarão os testes no Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, respectivamente.

 

Os testes também serão feitos no Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os voluntários receberão a pílula duas vezes ao dia, durante cinco dias consecutivos.

 

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O objetivo é avaliar a eficiência do medicamento como uma alternativa de profilaxia pós-exposição (PEP), ou seja, se ele é capaz de evitar que pessoas que moram na mesma casa de pacientes com diagnóstico positivo para a Covid-19 desenvolvam quadros graves da doença.

 

 

O molnupiravir atua diretamente em uma enzima necessária para que o vírus faça cópias de si mesmo, inserindo erros no código genético do novo coronavírus, evitando assim que a doença evolua. 

 

Fonte: Metrópoles

Brasil : JOGOS LGBTs
Enviado por alexandre em 06/10/2021 15:13:03

Prefeitura do Recife exige jovens LGBTs em competição esportiva

Premiação dos Jogos do Orgulho incluiu entrada em boates

Prefeitura do Recife promove os Jogos do Orgulho
Evento foi realizado no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães Foto: Daniel Tavares/PCR

A Prefeitura do Recife realizou no último sábado (2) a primeira edição da competição esportiva Jogos do Orgulho. Para participar do evento, foi exigido que todos os inscritos tivessem entre 15 e 29 anos e que pelo menos metade dos atletas de cada equipe se declarasse LGBT.

O objetivo do evento, segundo a prefeitura, foi incentivar a “inclusão ativa dos jovens LGBTQAI+ nas práticas esportivas comunitárias”, além de “reforçar o compromisso do município com a garantia do acesso democrático dos jovens ao esporte e ao lazer.

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Mais de 300 jovens participaram do torneio que contou com as modalidades futsal (masculino e feminino), vôlei (masculino) e queimado (categoria mista). Os prêmios concedidos às equipes vencedoras incluíram entradas gratuitas em boates, vouchers para restaurantes, medalhas e flores.

A competição foi realizada no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, conhecido como Geraldão, na Imbiribeira, por meio da Secretaria Executiva de Juventude (Sejuv), em parceria com o governo do estado e com as secretarias municipais de Direitos Humanos, Assistência Social, Saúde, Mulher e Esportes.

Brasil : GLOBO/PREJUÍZO
Enviado por alexandre em 06/10/2021 15:09:22

Globo amarga prejuízo milionário em 2021

Empresa informou que teve uma "diminuição de R$ 281 milhões em pessoal como resultado das iniciativas contínuas de corte de custos"

Globo registra prejuízo de R$ 114 milhões no primeiro semestre deste ano Foto: Reprodução

Nos últimos meses, a Globo tem se esforçado para “cortar custo”, seja promovendo redução de salários, seja terminando contratos com algumas de suas “estrelas”. Apesar disso, o esforço não foi suficiente para evitar que a empresa tivesse prejuízo no primeiro semestre deste ano.

De acordo com o colunista Guilherme Ravache,do portal Uol, a Globo registrou um prejuízo de R$ 144 milhões nos primeiros seis meses deste ano, um resultado pior que o mesmo período de 2020, quando a ‘perda’ foi de R$ 51 milhões.

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Relatório divulgado pela empresa no início de setembro apontou que a Globo registrou, na primeira metade de 2921, uma “diminuição de R$ 281 milhões em pessoal como resultado das iniciativas contínuas de corte de custos, explicadas principalmente pela diminuição no número de funcionários devido à reestruturação corporativa desde 2019 e o menor custo de elenco”.

No mesmo documento, a Globo afirmou que registrou um “aumento de 48 milhões nas despesas pessoais explicado principalmente por indenizações e também por reajustes salariais anuais do sindicato trabalhista em acordos coletivos de trabalho”.

Além disso, apontou a empresa, “custos e despesas foram 36% superiores ao primeiro semestre de 2020, impactados pelo retorno de eventos esportivos ao vivo e pela amortização de direitos esportivos de R$ 503 milhões, devido ao grande reescalonamento de jogos que afetou todas as competições do futebol brasileiro no ano de 2021”.

Outro ponto que pesou nas finanças da empresa foi o gasto com gravações de programas e novelas, que passaram a adotar protocolos de segurança contra a Covid-19.

Brasil : TÊM QUE APRENDER!
Enviado por alexandre em 06/10/2021 00:05:48

Ativistas europeus têm muito a aprender com indígenas, diz jovem brasileiro que protestou com Greta

Erick Marky (à esquerda) se encontrou com Greta Thunberg (à direita) durante evento sobre mudanças climáticas realizado em Milão, na Itália

Um dos quatro indígenas a participar na Itália de um encontro preparatório para a próxima conferência da ONU sobre o clima, o comunicador brasileiro Eric Marky diz que os ativistas europeus têm muito a aprender com povos nativos brasileiros sobre o tema.

"Eles entendem o assunto de forma muito científica. Nós temos a contribuição da vivência, da ancestralidade no cuidado com a terra, que é o que a Europa precisa entender", afirma Marky, indígena do povo Terena, do Mato Grosso do Sul.

Marky foi um dos três brasileiros selecionados para compor a delegação do país no Youth4Climate, encontro que reuniu 400 jovens de 190 países a convite da Itália, anfitriã da pré-COP-26.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, também conhecida como COP-26, será realizada entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro na cidade de Glasgow, na Escócia.

O evento preparatório Youth4Climate ocorreu entre os dias 31 de setembro e 1º de outubro e produziu um documento com medidas consideradas prioritárias pelos jovens para o combate às mudanças climáticas. A ativista sueca Greta Thunberg também esteve presente.

No caminho de volta ao Brasil, Marky conversou brevemente com a BBC News Brasil e relatou um pouco de sua experiência no evento.

Greta Thunberg

Crédito, Getty Images

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Greta Thunberg foi uma das participantes do Youth4Climate, uma pré-conferência da COP-26

'Não estamos sós'

Um dos primeiros pontos que chamou a atenção do comunicador foi como os mesmos problemas se repetem em vários cantos do mundo.

"Eu e os demais indígenas que estávamos lá vínhamos de vários lugares, como América do Norte, América Central, América do Sul e da Índia, e todos relatamos cenários parecidos: desmatamento e exploração ilegal de áreas de preservação que impactam os povos tradicionais", diz.

"E esse processo de exploração acaba interferindo não apenas nos povos tradicionais que vivem nessas regiões, mas em todo o mundo", completa.

Para o representante brasileiro, ouvir os relatos e os pontos de vista dá mais força à necessidade de mudança, além de trazer uma sensação de coletividade. "Sentimos que não estamos sós", aponta.

Durante a Youth4Climate, jovens organizaram protestos nas ruas de Milão

Crédito, AFP

Legenda da foto,

Durante a Youth4Climate, jovens organizaram protestos nas ruas de Milão

Marky também critica o que ele considera uma visão "romantizada" da preservação do meio ambiente — para ele, ideias como "a Amazônia é o pulmão do mundo" ou outros chavões utilizados comumente não transmitem a urgência do problema que vivemos.

"Temos que pensar objetivamente que explorar essas terras traz um impacto direto no aquecimento global e a única saída para nosso futuro é garantir uma produção mais sustentável", afirma.

"Se passarmos a boiada e pensarmos apenas em explorar riquezas agora, possivelmente não teremos um futuro e não vamos mais existir", alerta.

A força dos jovens e dos indígenas

Marky também destacou a importância da participação de uma nova geração nos debates sobre o meio ambiente.

"Me parece que a juventude de hoje está muito mais empenhada em cuidar do planeta, em reverter essa visão do capital como a única forma de sobrevivência e pensar numa maneira mais sustentável de existir", raciocina.

Para ele, também é simbólico o Youth4Climate ter contado com a participação de indígenas.

"Os povos indígenas nunca foram muito convidados a falar sobre mudanças climáticas", diz.

"E talvez a humanidade precise ter uma nova visão e entender que os indígenas podem ser um espelho do que fazer e de como melhorar essa relação com a natureza", sugere.

Os três representantes brasileiros na Youth4Climate (da esqueda para a direita: Eric Marky Terena, Eduarda Zoghbi e Paloma Costa) tiram selfie com Patrizio Bianchi, ministro da Educação da Itália

Crédito, Eric Marky Terena/Arquivo pessoal

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Os três representantes brasileiros na Youth4Climate (da esqueda para a direita: Eric Marky Terena, Eduarda Zoghbi e Paloma Costa) tiram selfie com Patrizio Bianchi, ministro da Educação da Itália

E o Brasil?

Por fim, Marky lamenta o que ele classifica como "falta de ligação com a realidade" e "ausência de soluções palpáveis" das políticas ambientais brasileiras.

"Os próprios órgãos governamentais, como a Embrapa, admitem que, se a gente continuar desrespeitando o meio ambiente, o impacto será grande e nem o agronegócio continuará a produzir", aponta.

"O que será então da agricultura familiar, que é a base da alimentação em muitas cidades e de muitos povos tradicionais?", questiona.

O comunicador vê com preocupação as discussões sobre o marco temporal das demarcações de terras indígenas no Supremo Tribunal Federal (STF) e uma série de projetos de leis que, de acordo com seu ponto de vista, representam "ameaças institucionalizadas".

"E essas movimentações são ameaçadoras não apenas para a preservação do meio ambiente, mas para a humanidade", diz.

Plenário da Youth4Climate

Crédito, AFP

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A Youth4Climate reuniu 400 jovens de 190 países a convite da Itália

Marky usa a própria pandemia de covid-19 como exemplo das repercussões globais de fatos que acontecem num lugar específico do planeta.

"Os primeiros casos dessa doença começaram lá do outro lado do mundo, na China. E vimos o que aconteceu depois", compara.

Para que o meio ambiente seja preservado, o representante brasileiro vê um caminho possível: aliar os saberes ancestrais com o conhecimento científico.

"É fundamental ter esse intercâmbio, algo que de certa maneira já está ocorrendo aos poucos", observa Marky.

Ele conta que alguns participantes do Youth4Climate em Milão mostraram interesse em vir ao Brasil e conhecer mais sobre a realidade local.

"Hoje temos graduados, mestres e doutores que voltaram às terras indígenas e estão assumindo esse papel importante de representação", conta.

"E acho que estamos mais do que preparados para falar sobre preservação ambiental e, quem sabe, até reflorestar as mentes das pessoas", completa.

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