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Brasil : CONTRACEPTIVOS
Enviado por alexandre em 22/06/2022 09:30:59

Contraceptivos masculinos apresentam bons resultados em teste clínico

Ensaios clínicos feitos com dois contraceptivos masculinos em desenvolvimento apontaram resultados promissores: os medicamentos provocaram uma diminuição efetiva de testosterona nos homens e não causaram efeitos colaterais considerados inaceitáveis.

 

O estudo – que ainda será publicado no Journal of the Endocrine Society – contou com testes feitos em 96 participantes saudáveis do sexo masculino. Os medicamentos têm como objetivo suprimir a testosterona, diminuindo assim a contagem de espermatozoides.

 

Os voluntários foram divididos em dois grupos e aleatoriamente designados para receber, por 28 dias, placebos ou duas a quatro pílulas ativas, cada uma contendo 100 miligramas de andrógenos progestogênicos (esteroides sintéticos ou naturais que podem reduzir a produção de testosterona).

 

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Os participantes que ingeriram doses diárias de quatro comprimidos (400 miligramas) apresentaram níveis mais baixos de testosterona do que aqueles que tomaram doses diárias de dois comprimidos (200 miligramas).

 

“As experiências positivas dos homens em ensaios clínicos e altas classificações de aceitabilidade para esta pílula masculina devem servir para excitar o público sobre o fato do controle de natalidade masculino estar potencialmente e amplamente disponível nas próximas décadas”, comentou, em nota, a pesquisadora Tamar Jacobsohn, líder do Programa de Desenvolvimento de Contraceptivos do Instituto Nacional Eunice Kennedy Shriver para Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano.

 

RESULTADOS

 

Após sete dias de consumo da droga ativa, os níveis de testosterona nos homens caíram abaixo da faixa normal. Entre aqueles que tomaram o placebo, os níveis do hormônio sexual permaneceram dentro da faixa normal.

 

É de conhecimento da comunidade científica que a redução dos níveis do hormônio pode causar efeitos colaterais desagradáveis, mas a maioria dos homens se mostrou disposto a continuar usando os contraceptivos. Essa resposta dos voluntários sugere, segundo os autores, que os efeitos colaterais são aceitáveis.

 

Os resultados foram apresentados no Encontro Anual da Sociedade Endócrina Norte-Americana (Endo 2022), realizado em Atlanta, nos Estados Unidos, entre 11 e 14 de junho.

 

 

“O desenvolvimento de um método anticoncepcional masculino eficaz e reversível, que melhora as opções reprodutivas para homens e mulheres, terá um grande impacto na saúde pública ao diminuir a gravidez indesejada e permitir que os homens tenham um papel cada vez mais ativo no planejamento familiar”, aponta Jacobsohn. 

 

Fonte: Metrópoles

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Brasil : CORPO SARADO
Enviado por alexandre em 22/06/2022 09:27:16

O corpo do verão se constrói no inverno, fisiculturista dá as dicas para manter o corpo sarado

É comum aumentar o consumo de calorias e diminuir o ritmo de exercícios nas estações mais frias do ano, mas isso atrapalha os planos de quem quer ter um corpo sarado no verão. A fisiculturista Aline Dahlen, campeã da edição europeia da competição "World Beauty Fitness & Fashion" (WBFF), na categoria "Diva Fitness Model", dá dicas de como manter o shape sarado até mesmo no inverno.

 

A ex-BBB revela como garante constância nos treinos mesmo com temperaturas mais baixas. "Realmente, o frio nos deixa preguiçosos e nos faz querer comer mais. Porém, depois de alguns anos morando em Londres - onde faz frio praticamente o ano todo - me adaptei e consigo ter disciplina na alimentação. A única coisa que aumento é o consumo de cappuccino com leite vegetal, para me manter aquecida", explica.

 

Aline destaca: "O corpo do verão a gente constrói no inverno! Então esse é o momento que não pode sair do foco".

 

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FUJA DAS RESTRIÇÕES

 

A fisiculturista enfatiza que é possível manter o corpo sarado com disciplina, mas fugindo de "dietas malucas". Isso porque os planos alimentares muito rígidos podem causar compulsões alimentares.

 

"Sou contra as dietas muito restritivas. Cada período exige da gente um tipo de alimentação. As pessoas costumam olhar pra mim e pensar que eu nunca como besteiras. Apesar de ovo e batata doce serem minha base, como hambúrguer, batata frita, chocolate, mas no momento certo", adverte.

 

Aline afirma que às vezes nosso corpo precisa de um pouco de 'porcaria' para reagir bem aos estímulos. "É preciso ajustar os alimentos de acordo com a sua necessidade. Até porque, quando nos proíbem de comer coisas gostosas, ficamos com mais vontade. A dica é: pode comer açúcar, mas não pode estar no seu cardápio. Tem que ser em quantidade reduzida e em dia de exercício. Como de tudo, e ainda sim consigo me manter sarada para os campeonatos", complementa.

 

Dahlen destaca que quem quer manter o corpo sarado não precisa se preocupar com a temporada de festas juninas. "Quem for aproveitar as festas juninas pode comer pinhão, pipoca, amendoim - sem óleo sal! - e milho verde sem manteiga. Para quem gosta de bebida alcoólica, você pode trocar o quentão por uma taça de vinho. Assim você pode curtir a festa sem medo e sem passar vontade", afirma a ex-BBB.

 

COMO CONQUISTAR O CORPO SARADO

 

Conseguir um corpo natural e sarado é uma tarefa que demanda empenho para muitas mulheres, exigindo uma rotina de exercícios e alimentação saudável. Aline ressalta que para ela não é diferente, e tudo vem com muita dedicação.

 

"Se eu disser que não é um grande esforço estarei mentindo. Ele é grande, mas vem acompanhado de uma recompensa: ver meu corpo respondendo a todo sacrifício. A primeira dica que dou para as minhas seguidoras é: corpo bonito é aquele que você se sente feliz. Quando a gente encontra prazer no que faz, seja pelo processo em si, pelo resultado estético ou pela saúde, deixa de ser sacrifício e vira prazer. Temos de nos amar mais e nos cuidar sempre", reforça.

 

Conforme Aline, a dedicação é maior em períodos de preparação para campeonatos de fisiculturismo, onde o corpo sarado é o principal atributo. Ela revela o que modifica em sua rotina de exercícios durante esse processo.

 

 

"O que muda é a quantidade de comida e a intensidade dos treinos. Pode ser mais cardio, mais comida, ou ao contrário. Depende do que preciso melhorar no meu corpo. É uma arte, uma alquimia. O corpo é uma massinha de modelar, o resultado da 'obra' pode ser lindo ou desastroso, e isso vamos entendendo e aprendendo com o tempo. Cada corpo responde da sua maneira", finaliza. 

 

Fonte: Terra

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Brasil : AMOR TÓXICO
Enviado por alexandre em 21/06/2022 09:30:57

Relações amorosas saiba identificar sinais de um comportamento tóxico

Dizem que o amor é cego. Isso pode explicar por que é tão difícil para as pessoas que sofrem abusos identificarem que estão em um relacionamento tóxico. Muitas vezes, é apenas quando a saúde mental já está abalada que elas se dão conta da situação em que se encontram.

 

Por isso, saber reconhecer os sinais de um relacionamento que não é saudável é o primeiro passo para evitar problemas psicológicos e danos à saúde mental. Se qualquer tipo de violência, seja ela física, verbal, psicológica, moral, sexual ou financeira, estiver presente na relação, pode-se caracterizá-la como tóxica ou abusiva.

 

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IMPACTOS NO EMOCIONAL

 

De acordo com a psicóloga Natália Morandi, entre os danos causados por uma relação tóxica estão a perda da confiança, insegurança, ansiedade, quadros depressivos e queda na autoestima. Esses sintomas podem prejudicar outros tipos de relações, como as familiares, e até a vida profissional.

 

Natália aponta que casos de comportamentos tóxicos entre casais podem ser mais comuns do que se imagina, pois a vítima se vê envolvida emocionalmente e a capacidade de discernimento acerca da situação pode ser prejudicada.

 

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“Exceto em situações em que há violência física, muitas vezes os sinais não são claros à vítima, principalmente no começo do namoro onde tudo parece perfeito”, justifica.

 

Quais são os sinais?

 

A psicóloga destaca que uma das principais características de um parceiro tóxico é a habilidade de manipular o outro.

 

“Muitas vezes, a vítima é envolvida com manifestações exageradas de afeto, mimos e gestos românticos, o que vai gerando uma dependência emocional, sentimento de culpa, confusão e incerteza em momentos que surgem situações de violência emocional”, explica Natália.

 

Além da manipulação, outros sinais podem ajudar a identificar uma pessoa tóxica:

 

1- Comunicações agressivas

 

A psicóloga lembra que brigas e desentendimentos podem acontecer em qualquer relacionamento, porém quando estão presentes comunicações agressivas, manipulações, controle excessivo, desconfiança e dificuldade de se responsabilizar por parte do problema, é preciso acender o sinal de alerta.

 

Como saber se você está em uma relação tóxica - e por que é importante sair  dela - BBC News Brasil

 

“Tais situações podem aumentar a insegurança e a ansiedade da vítima, que procurará formas de se entender, se reconciliar, e até mesmo aceitar condições em que não se sente confortável ou evitar assuntos para não gerar mais brigas”, explica.

 

2- Não assumir erros e responsabilidades

 

A psiquiatra Aline Sabino e a psicóloga Natália afirmam que um comportamento tóxico clássico é culpar o outro quando algo não vai bem.

 

“Para quem está iniciando um relacionamento é importante observar se a pessoa tem dificuldade de se responsabilizar pelo que faz e pedir desculpas. Além disso, é importante perceber se ela costuma depositar no outro os motivos de seu insucesso, culpando terceiros o tempo todo”, indica Natália.

 

3- Isolamento e apatia

 

O excesso de crítica, ciúmes e controle do parceiro pode levar a vítima a se sentir intimidada e em constante alerta para evitar novos conflitos.

 

As especialistas explicam que, em alguns casos, a pessoa passa a evitar manter contato com seus grupos sociais e deixa de praticar atividades de lazer que antes eram importantes para o seu bem-estar. Assim, ela se isola e fica na companhia apenas do parceiro(a).

 

Conheça 10 razões que prendem as pessoas em relacionamentos tóxicos -  Psicólogos Berrini

Fotos: Reprodução

 

Como prevenir?

 

Para evitar ser vítima de uma relação tóxica, Aline recomenda ter atenção a pequenos detalhes ainda no começo da relação. São eles:

 

-A pessoa sutilmente critica ou demonstra não gostar dos seus amigos;

-Se mostra ciumento e/ou controlador sobre suas roupas, maquiagem, cabelo ou sobre a maneira como você fala com outras pessoas;

-Quando você quer fazer algo que gosta, a pessoa ridiculariza ou não demonstra interesse.

 

Natália salienta que todo relacionamento pode ter seus desafios e ajustes ao longo do tempo. No entanto, uma relação saudável deve ser leve e agradável.

 

 

“Quando os pontos negativos superam as coisas boas da vida a dois e não há apoio e respeito às individualidades do outro, deve-se redobrar a atenção. Lembrando que quando há sofrimento emocional significativo em um relacionamento amoroso, é importante buscar acompanhamento psicológico”, explica. 

 

Fonte: Metrópoles

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Brasil : NEURODIVERSIDADE
Enviado por alexandre em 21/06/2022 09:28:23

O que é e como as redes sociais têm ajudado em diagnósticos

Muita gente não conhece ou não conhecia até pouco tempo atrás a palavra neurodiversidade. Mas o termo, usado para descrever as enormes e diversas diferenças existentes no cérebro humano, tem se popularizado cada vez mais.

 

Parte disso se deve a redes sociais como TikTok, Twitter e Clubhouse, que têm proporcionado espaço para que pessoas possam falar sobre suas diferenças neurológicas.

 

E não só isso: para muitos, as redes sociais têm sido para muitos a prova que faltava para se darem conta de que são neurodivergentes.

 

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Isso ocorreu principalmente durante a pandemia, quando pessoas com os chamados "cérebros diversos" puderam encontrar comunidades e pessoas na internet com as quais poderiam se relacionar.

 

O conceito de neurodiversidade aponta que a mente pode funcionar de diversas maneiras, e que essas diferenças são apenas variações naturais do cérebro humano. Ou seja, condições como ouvir vozes ou autismo são diferenças em um espectro, e não problemas específicos a serem resolvidos.

 

Lawrence Fang, diretor do projeto de neurodiversidade da Universidade Stanford (EUA), define esse conceito da seguinte maneira: "É só uma forma de descrever que nossos cérebros são diferentes e, como qualquer ser humano, não será bom em tudo."

 

Fang diz acreditar que pode ser mais difícil para algumas pessoas reconhecerem ou aceitarem as diferenças que acontecem no cérebro. "A diversidade de gênero é algo que pode ser facilmente identificado, assim como a diversidade étnico-racial, porque se pode enxergá-la. Mas a neurodiversidade é algo que não pode ser visto na maior parte do tempo."

 

Pessoas consideradas neurodivergentes podem ter variações cognitivas como transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), autismo (espectro de transtornos que geralmente se manifestam em dificuldades no convívio social, comportamento repetitivo e, em alguns casos, ansiedade e TDAH), dislexia (transtorno de aprendizagem que dificulta leitura e escrita) ou dispraxia (transtorno neurológico de coordenação motora que envolve dificuldade em pensar e movimento planejado, segundo associação de especialistas no tema).

 

Há três tipos principais de TDAH, e seus efeitos podem variar de uma pessoa para outra: desatento, hiperativo/impulsivo e um misto de ambos. Em geral, esse transtorno é diagnosticado na infância, mas há cada vez mais adultos que descobrem vivenciar esse tipo de neurodivergência.

 

Blogueira e empresária, Rach Idowu explica seu TDAH: "O tipo desatento de TDAH pode significar que você exibe sintomas ou características como ser facilmente distraído e desatento a detalhes, procrastinação, desorganização e memória ruim. (...) O tipo hiperativo-impulsivo de TDAH mostra traços de impulsividade e facilidade de interromper as pessoas. Eu tenho um tipo misto de ambos. E também sou muito criativa e boa em resolver problemas".

 

As experiências entre pessoas neurodivergentes podem variar.

 

Alguns podem ser sensíveis a ambientes que causam sobrecarga sensorial. Outros podem processar informações de maneira diferente, enquanto alguns podem não conseguir ler expressões faciais ou podem ter dificuldade em identificar números e palavras.


MOVIMENTO DA NEURODIVERSIDADE


De acordo com o programa Neurodiversidade no Trabalho, da Universidade Stanford, entre 15% e 20% da população mundial é considerada neurodiversa. O restante seria classificado como neurotípico.

 

Durante a década de 1990, houve um movimento que conscientizou sobre a neurodiversidade e abraçou a inclusão de todas as pessoas com possível neurodivergência.

 

O termo neurodiversidade foi cunhado pela socióloga australiana Judy Singer em sua tese de 1998 para promover a igualdade e a inclusão de "minorias neurológicas".

 

Hoje, a neurodiversidade é vista como um movimento de justiça social e se popularizou ainda mais. Pesquisa e educação são cada vez mais importantes na forma com que certas deficiências e condições neurológicas são vistas.

 

DIAFNÓSTICO COMPLICADO


Esse movimento crescente ajudou a aumentar a conscientização sobre a neurodiversidade, mas muitas pessoas ainda lutam para serem diagnosticadas e apoiadas.

 

Rosie Thomas tem 33 anos e vive em Berlim. Ela foi diagnosticada com TDAH em 2020 durante a pandemia de covid-19. Mais tarde, decidiu se tornar tutora, e hoje trabalha para apoiar outras pessoas como ela.

 

"Por três décadas, eu literalmente pensei que era como uma marciana total. Eu achava que ninguém mais era como eu", disse Thomas à BBC. "Eu era acompanhada por um psiquiatra, que disse que todas essas coisas com as quais eu estava lutando eram sintomas de depressão. Eu sabia que não estava depressiva e agora sei que eram exemplos de disfunção executiva".


A disfunção executiva refere-se à gama de dificuldades cognitivas, emocionais e comportamentais que geralmente ocorrem após lesão nos lobos frontais do cérebro.

 

Rosie viu um vídeo no TikTok de uma mulher de 40 anos com TDAH que descreveu sintomas que ressoaram em sua cabeça.

 

Ela pesquisou no Google "TDAH em mulheres adultas" e descobriu que correspondia à maioria dos traços de caráter descritos.

 

Foi então que se auto-diagnosticou como tendo TDAH. "Eu li e chorei. Foi como ler meu diário."

 

Rosie Thomas foi diagnosticada com TDAH quando já era adulta, mais especificamente durante a pandemia de covid — Foto: ROSIE THOMAS/BBC

 

Fang, da Universidade Stanford, explica que o processo de diagnóstico formal varia muito ao redor do mundo e pode ser bastante caro. Por isso, muitas pessoas não seguem esse caminho formal, mas o especialista ressalta que há benefícios significativos ao se procurar ajuda profissional.

 

"A preocupação potencial aqui é que às vezes há sites que diagnosticam pessoas com base no que os parâmetros dizem, mas, na verdade, não é tão simples assim quanto um diagnóstico de site."


"Por exemplo, as pessoas no espectro do autismo às vezes têm comportamentos estereotipados, como comportamentos repetitivos, e isso pode ser confundido com os comportamentos obsessivos no transtorno obsessivo-compulsivo".

 

"Se você tem um diagnóstico incorreto, então você está basicamente seguindo o caminho errado e é por isso que é mais útil - se você suspeitar ou se alguém suspeitar - ter um diagnóstico com um especialista em neurologia", diz ele.

 

"Pessoas no espectro do espectro de autismo, por exemplo, às vezes têm comportamentos estereotipados, como ações repetitivas, mas elas podem ser confundidas com os comportamentos obsessivos do transtorno obsessivo compulsivo."

 

Segundo Fang, "se o diagnóstico é feito de maneira incorreta, então a pessoa basicamente envereda por um caminho incorreto (de tratamento, por exemplo)". Por isso, afirma o especialista, se você tem alguma suspeita disso sobre si mesmo ou sobre outra pessoa, busque atendimento neurológico especializado.

 

APOIO NAS REDES SOCIAIS


Mas esse tipo de diagnóstico e acompanhamento médico não é acessível para muita gente em diversas partes do mundo.

 

E por causa desses obstáculos, muitas pessoas como Rosie Thomas estão recorrendo às redes sociais em busca de ajuda.

 

É o caso de Lyric Holmans, uma mulher de 35 anos que vive no Texas (EUA) e se autodiagnosticou com autismo.

 

Youtuber e blogueira de estilo de vida e neurodiversidade, ela diz à BBC que descobriu estar no espectro aos 29 anos por meio de comunidades de redes sociais.

 

Ela deu início à hashtag #AskingAutistics (#PerguntandoaAutistas, em tradução livre) para ajudar pessoas a tirarem dúvidas sobre esse transtorno.

 

Holmans afirma que essa hashtag é importante porque permite se perguntar praticamente tudo que se queira saber para pessoas com experiências diferentes de autismo.

 

"A identidade é invisível, especialmente se não existe uma linguagem para explicar essa experiência de vida", diz. "É realmente muito difícil quantificar essas experiências se não há nenhuma imagem de pessoas como você."


Segundo ela, a cada pergunta feita, logo diversas pessoas começam a interagir entre si, a compartilhar experiência, a se ajudar e a ajudar os outros a pedirem ajuda.

 

É MAIS DIFÍCIL PARA MULHERES


Ainda que as redes sociais estejam tornando mais fácil para as pessoas obterem apoio, as mulheres ainda são menos propensas a serem formalmente diagnosticadas.

 

Muitas vezes, médicos e outros profissionais de saúde mental ignoram ou não sabe identificar corretamente seus sintomas.

 

No caso de testes de autismo, por exemplo, Fang explica que "os homens tendem a ter um comportamento mais estereotipado, mais repetitivo, algo que menos vistos nas mulheres. E isso torna os homens muito mais fáceis de se identificar".


Em sua pesquisa, o pesquisador da Universidade Stanford encontrou muito mais "camuflagem" nas mulheres do espectro em comparação com os homens.

 

Camuflagem (ou mascaramento) é o uso de estratégias para disfarçar características autistas e compensar dificuldades sociais associadas a elas. Essas estratégias podem ser usadas de forma consciente ou não.

 

Quando se trata de TDAH, Fang diz que há mais mulheres que são do tipo desatento e mais homens que mostram mais o tipo hiperativo-impulsivo.

 

Em ambientes escolares, por exemplo, Fang observa: "Se você passar nos testes (de sala de aula) e ficar quieto, os professores não se importam, eles acham que você está bem".

 

"Estudantes hiperativos e impulsivos são tachados de 'encrenqueiros', e é por isso que chamam a atenção."

 

ESTIGMA 


Embora possa ser mais difícil diagnosticar mulheres, também há um estigma em admitir e falar sobre neurodivergência.

 

Idowu diz que depois de revelar publicamente que é neurodivergente, muitas pessoas de todo o mundo entraram em contato com ela.

 

Além de receber mensagens de mulheres, ele também fez com que muitos homens negros se apresentassem para dizer que se sentiam neurodivergentes. "Algumas pessoas ficam muito envergonhadas com o estigma associado ao TDAH."

 

"Eu estava na ComicCon no ano passado. Eu estava falando no palco e então alguém veio até mim. Acho que eu estava com 40 e poucos anos, e eles disseram: 'Fui diagnosticado depois de ler seu blog; sou autista.'"


Rach também foi diagnosticada durante a pandemia e considerou as redes sociais ferramentas essenciais de enfrentamento à condição.

 

"Muitas pessoas, homens, mulheres de todas as idades, descobriram que tinham TDAH durante a pandemia", diz ela "Eu tinha 26 anos na época e, na verdade, em um documentário que assisti na Netflix, havia um homem adulto falando sobre suas lutas com o TDAH e sobre quantos medicamentos para TDAH mudaram sua vida."

 

PERSPECTIVA POSITICA 

 

Algo que o movimento da neurodiversidade promove é o autocuidado.

 

Campeã olímpica Simone Biles tem falado bastante sobre sua experiência com neurodivergência como forma de conscientização — Foto: BBC/GETTY IMAGES

Fotos: Reprodução 

 

À medida que a conscientização sobre a saúde mental aumentou nos últimos anos, houve também mais debate e conhecimento sobre os cuidados de saúde atingindo também as pessoas neurodivergentes. Isso pode ser um fator que explica por que as mídias sociais foram prolíficas como ferramenta de comunicação.

 

Fang concorda que houve um grande desenvolvimento na maneira como nos sentimos sobre essas condições. "Isso é definitivamente diferente de 20 anos atrás, quando você não usava as mídias sociais. Hoje, o estigma de doenças mentais e doenças neurodivergentes diminuiu."

 

Todos com quem a BBC falou disseram como a conscientização e a compreensão de suas realidades ajudaram a melhorar sua qualidade de vida.

 

Algumas figuras proeminentes também falaram sobre seus próprios diagnósticos.

 

O empresário Elon Musk, da Tesla e da SpaceX, disse no programa de comédia americano Saturday Night Live que está no espectro do autismo. A ginasta olímpica americana Simone Biles, vencedora de quatro medalhas de ouro olímpicas, falou abertamente sobre ter TDAH.

 

Outro exemplo é a modelo, atriz e cantora Cara Delevingne, que tem falado extensivamente sobre dispraxia e TDAH.

 

Esses relatos de famosos podem fazer mais pessoas pensarem sobre suas experiências e, por sua vez, a se perguntarem: "Eu sou neurodivergente?"

 

Fonte: G1 
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Brasil : PALMADAS NÃO
Enviado por alexandre em 21/06/2022 09:25:34

Palmada na infância impacta saúde mental na vida adulta, diz estudo

Você era daquelas crianças que recebia palmadas dos pais toda vez que aprontava? De acordo com um estudo da Universidade Católica Australiana, a palmada recorrente na infância está associada a um maior risco de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, em jovens adultos.

 

A pesquisa analisou dados de 8,5 mil pessoas, com idades entre 16 e 24 anos. Entre os voluntários, as mulheres e os homens que apanharam na infância eram quase duas vezes mais propensos a apresentarem transtornos depressivos e de ansiedade.

 

Autor principal do trabalho, o professor Daryl Higgins considerou as conclusões preocupantes. “O castigo corporal ou físico tem efeitos negativos na saúde mental e parte do motivo é que ele tende a estar acompanhado de experiências de abuso e/ ou negligência”, apontou o médico em entrevista ao portal 9news.

 

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CASTIGO FÍSICO

 

De acordo com a pesquisa, 61% dos voluntários sofreu castigos corporais quando era criança em ao menos quatro ocasiões. Atualmente, punições físicas estão proibidas em 62 países do mundo, incluindo o Brasil.

 

A Lei da Palmada define punições para castigo físico (ação punitiva ou disciplinar aplicada com emprego de força física que resulte em sofrimento físico ou lesão) ou tratamento degradante (aquele que humilha, ameaça gravemente ou ridiculariza).

 

Fonte: Metrópoles

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