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Regionais : Ex-servidor do TJ de Rondônia é condenado por usar o antigo cargo a fim de 'aliviar a vida' de sentenciado
Enviado por alexandre em 16/06/2020 14:40:08

A condenação foi proferida pela juíza de Direito Michiely Aparecida Cabrera Valezi Benedeti, da 2ª Vara Genérica de Buritis. Cabe recurso

Ex-servidor do TJ de Rondônia é condenado por usar o antigo cargo a fim de 'aliviar a vida' de sentenciado

Porto Velho, RO – A juíza de Direito Michiely Aparecida Cabrera Valezi Benedeti, da 2ª Vara Genérica de Buritis, condenou Carlos André Garcia Lima, servidor demitido do Tribunal de Justiça (TJ/RO), e o apenado Jaime Rodrigues Pires, ambos pela prática de improbidade administrativa.

A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Estado (MP/RO). Cabe recurso da sentença de primeiro grau.

Para obter a condenação da dupla, o MP/RO alegou  que Carlos André Garcia Lima, então servidor do TJ/RO [já demitido], atuando à época na qualidade de chefe de serviço do cartório criminal, “solicitou e obteve, em razão do cargo, de apenados cumprindo pena privativa de liberdade pela Justiça Comum Estadual, vantagem patrimonial indevida, para fim de praticar ato de ofício, violando o dever funcional”.

Já Jaime Rodrigues Pires, apenado que cumpria pena privativa de liberdade por

sua vez, “obteve vantagens e/ou flexibilidade no curso do respectivo processo de execução penal, quais sejam: transferência da respectiva execução de pena para a Comarca de Buritis, sem o deferimento de vaga por parte do juízo, bem como, se beneficiou de certidão elaborada pelo servidor Carlos André atestando o regular cumprimento de pena, mesmo sem nunca ter comparecido para dar continuidade ao cumprimento de sua pena”.

Conduta reiterada

A magistrada disse que “é de conhecimento deste juízo que o requerido Carlos conduzia, no âmbito do cartório criminal deste Juízo, os feitos de execução de pena, e segundo os depoimentos colhidos em audiência (corroborando os indícios apresentados na fase policial) houve, sim, por ele, a concessão de vantagens e flexibilização a vários reeducandos inclusive ao Sr. Jaime o que restou inequivocamente comprovado nos autos”.

Em seguida, anotou: “Ademais, consigne-se que este juízo já julgou outras ações de improbidade propostas contra o requerido Carlos, condenando-o pela prática de fatos relacionados ao exercício indevido da função na condução no cartório criminal de processos de execução penal. No que tange ao elemento subjetivo, a conduta do requerida atentou contra os princípios da legalidade, impessoalidade e, principalmente, da moralidade administrativa”.

E por fim, sacramentou: “Não há como classificar a conduta como mera irregularidade. Importante ressaltar ainda o alto grau de reprovabilidade da conduta se considerada a vontade de enriquecimento ilícito e ou obter outra vantagem patrimonial sobre os apenados. Irrefragável, portanto, a conclusão de que a conduta do requerido foi dolosa e representa ato de improbidade administrativa”.

As sanções imputadas pelo Juízo:

“[...] III- DISPOSITIVO:

Ante o exposto, extingo o feito com o enfrentamento do mérito (CPC/15, art. 487, I), julgo parcialmente procedente o pleito aduzido pelo Ministério Público do Estado de Rondônia para condenar:

a) Carlos André Garcia Lima, pela prática de ato de improbidade administrativa prevista no art. 9º, I e X, da Lei 8.429/92, aplicando-lhe, com fundamento no art. 12 da mesma Lei, as seguintes sanções: a.1) suspensão dos direitos políticos por oito anos; a.2) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; a.3) pagamento de multa civil no valor R$18.000,00 (dezoito mil reais) em favor do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia. Abstenho de decretar a perda da função pública, vez que o requerido já sofreu penalidade de demissão, conforme Processo Autos nº 14582-64.2012.8.22.0021, e Portaria nº 0747/2013-PR, DJ nº 78 de 29/04/2013;

b) Jaime Rodrigues Pires, pela prática de ato de improbidade administrativa prevista no art. 10º, I , na forma do art. 3º, ambos da Lei 8.429/92, aplicando-lhe, com fundamento no art. 12, III da mesma Lei, as seguintes sanções: b.1) suspensão dos direitos políticos por cinco anos; b.2) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Deixo de analisar o pedido liminar, ante a perda de seu objeto. [...]".

Regionais : Quem é Sara Winter, ex-ativista do Femen e apoiadora de Bolsonaro presa pela PF
Enviado por alexandre em 16/06/2020 10:24:06


Natália Oliveira e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro


A ativista bolsonarista Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) em Brasília, nasceu em São Carlos, no interior de São Paulo, mas passou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro. Seu nome real é Sara Fernanda Geromini. Ela ganhou notoriedade ao participar do grupo ucraniano feminista Femen, em 2013 e 2014, quando chegou a participar de atos contra a realização da Copa do Mundo daquele ano.

De acordo com amigos, Sara veio de uma família humilde, foi vítima de violência doméstica e sexual, e chegou a realizar um aborto. Depois de se tornar católica, Winter abandonou o feminismo e começou a lutar contra o movimento e contra o aborto, no que chama de “militância pró-vida”.

O irmão dela, Diego Giromini contesta os relatos de abuso. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse que Sara não tem contato com a família e busca apenas a fama com seu ativismo.

Em março de 2016, Sara Winter iniciou sua trajetória partidária, se filiando ao PSC (Partido Social Cristão) no Rio de Janeiro. Em 2018, chegou a flertar com o PSL para concorrer ao cargo de deputada federal, mas acabou indo para o DEM. Na disputa, contou com o apoio de setores da Igreja Católica e grupos de militância contra o aborto. Sara recebeu 17.246 votos e não conseguiu se eleger.

Em junho de 2019, a ativista foi nomeada como coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. A aproximação com a ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, responsável pelo cargo ao qual Sara foi nomeada, se deu justamente pela atuação na luta contra o aborto. Em outubro do mesmo ano, ela foi exonerada.

No dia 2, o Democratas decidiu expulsar Sara Winter do partido. O presidente nacional do partido, ACM Neto, disse em uma rede social que Sara não tinha vida partidária atuante no partido e afirmou: “Jamais vamos aceitar na legenda quem prega a violência e prática atos antidemocráticos”.

Atualmente, Winter é líder do grupo 300 do Brasil, que apoia o presidente Jair Bolsonaro e tem feito duras críticas às demais instituições.

O grupo ficou por semanas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, mas o acampamento foi desmontado no sábado por uma operação da Polícia Militar do Distrito Federal. No dia seguinte, o grupo realizou disparos de fogos de artifício contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), simulando um bombardeio.

Sara Winter e manifestantes

A ativista Sara Winter (de máscara) ao lado de manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro

Foto: Instagram/Sara Winter

No dia 27 de maio, Sara Winter já tinha sido um dos alvos da Operação Fake News, da Polícia Federal (PF). Contra ela havia um mandado de busca e apreensão. A investigação apurava um esquema milionário envolvendo empresários e blogueiros para disseminação de notícias falsas e criação e manutenção de perfis falsos nas redes sociais.

Sara teve seu celular e computador apreendidos. A ativista na ocasião gravou um vídeo com ameaças e xingamentos ao ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação. 

No Rio de Janeiro, Sara também é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa para apurar se houve irregularidade na utilização de R$ 25 mil recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas em 2018, o chamado fundo eleitoral. Segundo a Procuradoria da República do Rio de Janeiro, o processo ainda está em fase de produção de provas e não tem qualquer ligação com a prisão realizada nesta segunda.

Nas redes sociais, ela afirma ser perseguida política. Após a prisão, seu pefil informou que ela é a "terceira presa política da ditadura do STF".

O advogado de Sara, Bertoni Barbosa de Oliveira, afirma que a prisão "foi exclusivamente pelos fogos de artifícios que foram lançados contra o STF". "No dia e horário dos acontecimentos, Sara Winter estava em casa, nós temos uma montanha de álibis para provar isso. Temos imagens, testemunhas, vizinhança. Essa prisão está sendo injusta. A PF está apenas cumprindo ordens do STF e nós, como advogados, estamos tentando obter acesso ao inquérito para defender nossa cliente. Como sabemos o motivo para qual ela está presa, iremos conseguir derrubar rapidamente esta prisão temporária", disse.

 


Natália Oliveira e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro


A ativista bolsonarista Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) em Brasília, nasceu em São Carlos, no interior de São Paulo, mas passou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro. Seu nome real é Sara Fernanda Geromini. Ela ganhou notoriedade ao participar do grupo ucraniano feminista Femen, em 2013 e 2014, quando chegou a participar de atos contra a realização da Copa do Mundo daquele ano.

De acordo com amigos, Sara veio de uma família humilde, foi vítima de violência doméstica e sexual, e chegou a realizar um aborto. Depois de se tornar católica, Winter abandonou o feminismo e começou a lutar contra o movimento e contra o aborto, no que chama de “militância pró-vida”.

O irmão dela, Diego Giromini contesta os relatos de abuso. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse que Sara não tem contato com a família e busca apenas a fama com seu ativismo.

Em março de 2016, Sara Winter iniciou sua trajetória partidária, se filiando ao PSC (Partido Social Cristão) no Rio de Janeiro. Em 2018, chegou a flertar com o PSL para concorrer ao cargo de deputada federal, mas acabou indo para o DEM. Na disputa, contou com o apoio de setores da Igreja Católica e grupos de militância contra o aborto. Sara recebeu 17.246 votos e não conseguiu se eleger.

Em junho de 2019, a ativista foi nomeada como coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. A aproximação com a ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, responsável pelo cargo ao qual Sara foi nomeada, se deu justamente pela atuação na luta contra o aborto. Em outubro do mesmo ano, ela foi exonerada.

No dia 2, o Democratas decidiu expulsar Sara Winter do partido. O presidente nacional do partido, ACM Neto, disse em uma rede social que Sara não tinha vida partidária atuante no partido e afirmou: “Jamais vamos aceitar na legenda quem prega a violência e prática atos antidemocráticos”.

Atualmente, Winter é líder do grupo 300 do Brasil, que apoia o presidente Jair Bolsonaro e tem feito duras críticas às demais instituições.

O grupo ficou por semanas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, mas o acampamento foi desmontado no sábado por uma operação da Polícia Militar do Distrito Federal. No dia seguinte, o grupo realizou disparos de fogos de artifício contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), simulando um bombardeio.

Sara Winter e manifestantes

A ativista Sara Winter (de máscara) ao lado de manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro

Foto: Instagram/Sara Winter

No dia 27 de maio, Sara Winter já tinha sido um dos alvos da Operação Fake News, da Polícia Federal (PF). Contra ela havia um mandado de busca e apreensão. A investigação apurava um esquema milionário envolvendo empresários e blogueiros para disseminação de notícias falsas e criação e manutenção de perfis falsos nas redes sociais.

Sara teve seu celular e computador apreendidos. A ativista na ocasião gravou um vídeo com ameaças e xingamentos ao ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação. 

No Rio de Janeiro, Sara também é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa para apurar se houve irregularidade na utilização de R$ 25 mil recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas em 2018, o chamado fundo eleitoral. Segundo a Procuradoria da República do Rio de Janeiro, o processo ainda está em fase de produção de provas e não tem qualquer ligação com a prisão realizada nesta segunda.

Nas redes sociais, ela afirma ser perseguida política. Após a prisão, seu pefil informou que ela é a "terceira presa política da ditadura do STF".

O advogado de Sara, Bertoni Barbosa de Oliveira, afirma que a prisão "foi exclusivamente pelos fogos de artifícios que foram lançados contra o STF". "No dia e horário dos acontecimentos, Sara Winter estava em casa, nós temos uma montanha de álibis para provar isso. Temos imagens, testemunhas, vizinhança. Essa prisão está sendo injusta. A PF está apenas cumprindo ordens do STF e nós, como advogados, estamos tentando obter acesso ao inquérito para defender nossa cliente. Como sabemos o motivo para qual ela está presa, iremos conseguir derrubar rapidamente esta prisão temporária", disse.


Cármen Lúcia deve decidir sobre liberdade de Sara Winter


Gabriela Coelho Da CNN, em Brasília
15 de junho de 2020 às 19:34 | Atualizado 15 de junho de 2020 às 19:36
Sara Winter

Sara Winter, líder do movimento conhecido como "300 do Brasil", durante ato a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro



A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, foi sorteada para relatar um habeas corpus apresentado pela defesa da ativista Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, em inquérito que apura manifestações antidemocráticas. 

Segundo a defesa, Sara tem feito uso do seu direito "inalienável" de expressão e faz uso frequente das redes sociais para manifestar suas opiniões, sem medo de represálias e de censuras.

“Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, este direito implica a liberdade de manter as suas próprias opiniões sem interferência e de procurar, receber e difundir informações e ideias por qualquer meio de expressão independentemente das fronteiras”, diz a defesa. 

Leia também:

PGR diz que '300 do Brasil' organiza ações que violam Lei de Segurança Nacional

Quem é Sara Winter, ex-ativista do Femen e apoiadora de Bolsonaro presa pela PF

Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa nesta segunda pela PF, que também cumpriu mandado de prisão de outras cinco pessoas investigadas. A prisão é temporária – vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.

Sara Giromini é líder do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo se define como militância organizada de direita e foi responsável por um acampamento, com cerca de 30 pessoas, montado na Esplanada no início de maio e desmobilizado no último fim de semana.

No último sábado (13), integrantes deste grupo participaram de ato em que manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF.


 

Regionais : Traficantes do Rio distribuem medicamentos nas favelas
Enviado por alexandre em 16/06/2020 10:17:05


Nick Paton Walsh , Jo Shelley, Roberta Fortuna e William Bonnett, da CNN


O coronavírus se espalha de forma raivosa pelas bordas do Rio de Janeiro, ou seja, pelos morros e favelas administradas por gangues de traficantes de drogas, onde a polícia não ousa ir a não ser em ataques armados.

A ausência de ajuda do estado – o presidente Jair Bolsonaro prometeu esmagar os criminosos “como baratas” – levou à intensificação do trabalho das gangues. Nos mesmos locais onde antes vendiam drogas com armas em punho, traficantes agora também pressionam o toque de recolher, o distanciamento social e a distribuição de alimentos para os mais necessitados.

“Tememos o vírus, não Bolsonaro”, disse Ronaldo, membro de uma gangue que, como a maioria das pessoas entrevistadas, solicitou o anonimato ou deu um nome falso. “Não podemos contar exatamente quantos já morreram. Os hospitais matam mais do que se você ficar em casa e se cuidar.”

Favela no RJ

Os jovens traficantes, e não as equipes médicas do governo, são os que incentivam medidas contra o coronavírus na favela

Foto: Jo Shelley/CNN

Uma quadrilha de traficantes concedeu à CNN acesso a uma das comunidades mais pobres e socialmente isoladas do Rio, para ilustrar como lidou com a Covid-19. É uma área inacessível para os serviços de saúde pública. Álcool em gel, remédios e dinheiro são parte de um sistema que os membros das gangues estavam ansiosos para nos exibir. O Brasil é atualmente o segundo país em número de infecções por coronavírus, só atrás dos Estados Unidos, e onde os casos ainda dobram a cada duas semanas.

Quatro jovens descem de suas motos e começam a descarregar grandes sacos plásticos da traseira de uma caminhonete. O primeiro pacote de compras vai para uma manicure que está desempregada há quatro meses. O segundo para uma vendedora ambulante.

“As coisas estão ficando muito difíceis", disse a vendedora informal, que pediu anonimato. Ela diz que está tentando montar uma barraca na comunidade, mas não há ninguém para comprar seus produtos.

“Pelo menos estou tentando”, contou. “As crianças e muitas pessoas estão ficando doentes. A comida que eles dão ajuda muito a gente."

A ambulante conta que seu sogro morreu em abril de Covid-19. Segundo ela, o homem parecia estável, até que foi transferido para o hospital, onde morreu um dia depois.

“Até agora, não mandaram pra gente um relatório completo sobre o que aconteceu, só que era Covid-19", disse. “Demorou duas semanas para ele ser enterrado."

A moça conta que agora tem um tio doente e internado depois de pegar o vírus.

ruas favelas RJ

As ruas estão mais silenciosas do que o normal, mas ainda assim os únicos servidores do governo que chegam aqui são policiais em ações armadas

Foto: Jo Shelley/CNN

A ajuda médica está disponível na comunidade e as hospitalizações são raras.

“Médicos da comunidade estão ajudando voluntariamente os doentes", afirmou Ronaldo. “As pessoas que têm dinheiro podem ter assistência. Outros simplesmente não podem."

A comunidade local às vezes ajuda a pagar os enterros, diz Ronaldo.

“O isolamento estava indo bem aqui, mas agora até o presidente – em suas próprias palavras – está desprezando isso", lamentou. “Mas a gente não pode facilitar. Vimos muita morte. A gente sabe que não é uma coisa pequena."

Enquanto ele falava, dois adolescentes jogavam sinuca nas proximidades. Muitos aqui violam as regras de distanciamento social, como fazem os moradores da orla abaixo do morro.

“É complicado impor quarentena às pessoas", disse Ronaldo.

Os traficantes de drogas – jovens armados com velhos rifles semiautomáticos, M4s de cano curto e, no caso de Ronaldo, uma pistola Glock adaptada a um rifle – ficaram tão especialistas em Covid-19 como são de narcóticos.

Quando perguntados se aceitariam uma das duas milhões de doses de hidroxicloroquina que os Estados Unidos concordaram em enviar ao Brasil (apesar de a droga ser considerada ineficaz contra a Covid-19 e talvez perigosa pela Organização Mundial da Saúde), Ronaldo responde:

“Eu não acho que a hidroxicloroquina ajuda. É besteira. Tudo o que vem do exterior para o Brasil já foi contaminado.”

Dona Neia

Incapaz de trabalhar como cabeleireira por causa do coronavírus, Neia começou a fabricar e vender máscaras

Foto: Jo Shelley/CNN
 
As ruas parecem ocupadas apesar do toque de recolher. Os bares estão fechados, mas os negócios se adaptaram à pandemia.

Neia, cabeleireira até o início da pandemia, passou a fazer máscaras, que vende pela janela da frente, o que lhe permite ficar dentro de casa. Vende por R$ 10 o conjunto de três máscaras, mas não cobra de crianças.

“Eu tenho mais medo do vírus do que de qualquer outra coisa aqui", confessou. “Um idoso que morava ao lado da minha casa morreu. As pessoas em geral estão respeitando o isolamento.”

O crime muitas vezes separa essa comunidade do resto do Rio. A polícia invade regularmente a área, como parte da repressão de Bolsonaro às favelas – ele disse que um policial que não mata não é um policial de verdade. O aumento dessas operações mortais vem sendo condenada por defensores dos direitos humanos.

O ataque mais recente perto dessa favela ocorreu no início de junho e deixou pelo menos sete mortos. Os sinais de que outro ataque pode estar a caminho estão por toda parte: uma grande pedra bloqueia uma rua e o som de fogos de artifício sai de um telhado – um aviso de que um vigia viu algo estranho, e a polícia pode estar voltando. 

Comida favelas RJ

Daniel, que vende comida, diz que a morte está por toda a favela

Foto: Jo Shelley/CNN

Quase todo mundo com quem conversamos tinha uma história de morte ou infecção por coronavírus para contar. Daniel, que tem uma barraca de comida de rua, contou histórias de mortes que ouvira enquanto preparava pastéis.

“Hoje morreu uma garota que mora aqui perto”, relatou, acrescentando que um amigo dele com diabetes e problemas cardíacos também morreu repentinamente em casa. A rua em que ele vive já teve dois óbitos.

“Tem menos movimento nas ruas", disse. “Eu lavo minhas mãos aqui o tempo todo. Uso álcool em gel nas mãos, máscaras e limpo muito a barraca."

Ela conta que os traficantes proibiram os restaurantes de colocar mesas.

“O vírus está no controle aqui. Até os traficantes estão com medo. Não é possível controlar todo mundo."

As motocicletas giram de um lado para o outro, algumas carregando jovens armados, outras levando meninas adolescentes para passear. As ruas fervilham de atividade. Às vezes parece um mundo antes do isolamento.

Mas os moradores dizem que as ruas estão bastante vazias. Os bares, dizem eles, normalmente teriam música e o tráfico de drogas seria mais prevalente.

Áreas como essas serão uma preocupação duradoura para os profissionais de saúde, à medida que a pandemia se espalha. O governo saberá pouco sobre como o vírus se disseminou nessas comunidades. Os moradores daqui podem viver separados dos bairros mais ricos do Rio, mas muitos trabalham lá e podem espalhar o vírus.

De repente, os fogos de artifício estalam novamente, e um olheiro teme que a polícia esteja a caminho.

(Este texto foi traduzido da CNN Internacional, clique aqui para ler o original em inglês)

Regionais : Ouro Preto comemora 39 anos de emancipação política-administrativa
Enviado por alexandre em 16/06/2020 09:50:39

Ouro Preto comemora 39 anos de emancipação política-administrativa

 

O município de Ouro Preto do Oeste comemora neste dia 16 (terça-feira)) 39 anos de emancipação política-administrativa. A história do município envolve a colonização no Estado de Rondônia, que teve o seu inicio no final da década de 60, na época, o governo federal através do Ministério da Agricultura incentivou a ocupação da Amazônia legal, no qual técnicos do então Instituto Brasileiro de Reforma Agrária–Inbra (hoje transformado em INCRA) executou no então Território Federal de Rondônia nove projetos de assentamentos.  

No ano de 1970, o Inbra iniciou o Projeto Integrado de Colonização Ouro Preto (Picop) assentando 500 famílias migrantes, o plano inicial previa a capacidade de atender cerca de 2 mil famílias, no ano de 1973 já contava com mais de 3 mil famílias, instaladas em áreas individuais de 100 hectares nos anos seguintes o Picop recebeu uma demanda grande, surgindo na pequena vila de Ouro Preto, as primeiras habitações.  

O nome de Ouro Preto segundo relatos de técnicos do Inbra foi em razão da existência de um tipo de solo roxo escuro, predominante da região que eles denominaram ouro preto modal. O acréscimo de Do Oeste foi necessário para diferenciar do outro nome já existente no Estado de Minas Gerais. O núcleo urbano cresceu em ritmo acelerado transformando-se em distrito do município de Ji-Paraná, em 30 de janeiro de 1978, através do decreto nº. 81.772 com nome de Ouro Preto. 

A Lei nº 6.921, de 16 de junho de 1981, assinado pelo então presidente da República general João Batista Figueiredo instituiu o município de Ouro Preto do Oeste que até então era um distrito de Ji-Paraná. Atualmente cerca de 34 mil habitantes (sendo 29.597 eleitores) residem nas zonas urbana e rural do município, Rondominas, distante 45 quilômetros, é o único distrito, mas a área geográfica de Ouro Preto do Oeste já foi maior, dando origem aos demais municípios que compõem a região central do Estado (Vale do Paraíso, Mirante da Serra, Nova União, Teixeirópolis e Urupá).  

Conhecida como a Bacia Leiteira, do qual o município é um forte produtor quando já chegou a produzir 230 mil litros de leite por dia, hoje este índice caiu pela metade, concentra a instalação de laticínios que industrializam produtos para o consumo interno e exportação para todo o país.  

No setor agrícola, é destaque na produção de café, feijão e milho, o município já foi o maior produtor de mamão da região norte do país. Ouro Preto do Oeste fica distante 330 quilômetros da capital Porto Velho o seu primeiro administrador foi o ex-deputado federal, estadual e ex-prefeito de Ariquemes Francisco Sales, o primeiro prefeito eleito com o voto direto foi engenheiro agrônomo Expedito Rafael Góes Siqueira (1983 a 1989), depois Joselita Araújo (1989 a 1993), Agmar de Souza Gomes o Piau (1983 a 1996) que faleceu em acidente automobilístico na BR 364 sentido Ji-Paraná em novembro de 1996, Carlos Magno Ramos (1987 a 2004), e durante os anos de 2005 à 2008 se revezaram no Poder o prefeito Irandir Oliveira de Souza (cassado pela Justiça) o seu vice Braz Resende,o Alex Testoni administrou o município por 8 anos (2009 à 2017) atualmente quem administra o município é o empresário do ramo de panificação Vagno Gonçalves Barros eleito em outubro de 2016. 

Ouro Preto do Oeste vem se tornando num importante pólo industrial, ideal para receber investidores de agroindústria e empresas de transformação e agregados.

No turismo Ouro Preto do Oeste, tem nas suas belezas naturais a vocação para o “turismo ecológico”, com trilhas abertas nas reservas que cercam a cidade o grande destaque é o Parque Chico Mendes com o Morro da Embratel, o local é considerado o melhor da região Norte do país para a pratica do “paraglider”. Ouro Preto possui uma das maiores Reserva Biológica do Brasil. Outros pontos merecem destaques: Vale das Cachoeiras localizada numa área de 113 hectares, 63% da qual de reserva legal, na tríplice fronteira entre os municípios de Teixeirópolis, Nova União e Ouro Preto do Oeste. A Cachoeira do Rio Mandi, a mais alta de Rondônia, com queda d’água livre de 32 metros de altura. O vale é formado por pelo menos mais 10 cachoeiras menores com queda d’água livre de 3 a 10 metros de altura, onde se pode ver macacos, capivaras, veados e várias espécies de aves, entre outros animais silvestres. Rancho Coqueiral localizado na BR 364 sentido Jaru, distante 5 km do centro da cidade local de beleza rara, Graúna Resot Hotel localizado na encosta do Morro da Embratel, Parque Recreativo Tocari e o Hotel Fazenda Ouro Park localizado à 16 km do centro da cidade.

Sobre Ouro Preto do Oeste

Área Total: 1.978,0 km²

População de homens de Ouro Preto do Oeste: 18.709 habitantes


População de mulheres de Ouro Preto do Oeste: 19.232 habitantes


População urbana de Ouro Preto do Oeste: 28.208 habitantes


População rural de Ouro Preto do Oeste: 9.733 habitantes


O número de habitantes do censo do IBGE 2010 em Ouro Preto do Oeste é de 37.941.

































 

Alexandre Araujo/ouropretoonline.com

 

Pesquisa: Roberto Gutierrez

 

 

Regionais : Governador Marcos Rocha manda barrar a entrada de ex-secretário de Saúde no Palácio Rio Madeira
Enviado por alexandre em 16/06/2020 08:52:33

O ex secretário estadual da Saúde, Wiliams Pimentel, teve a sua entrada proibida na tarde de hoje no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, onde na oportunidade estava representando o senador Confúcio Moura(PMDB), presidente da comissão de fiscalização do Senado Federal, instituída para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos no combate ao Covid 19.

Pimentel ao chegar na solenidade em que o ministro interino da Saúde, general Pazuelo, estava participanto, recebeu a notícia pela equipe do cerimonial do Governo do Estado, de que seu nome não constava na lista de convidados.

O que impressiona é falta de traquejo político por parte do governador Marcos Rocha, que na época em que o senador Confúcio Moura, foi governador do Estado de Rondônia, fez parte do primeiro escalão do governo e foi colega do então secretário estadual da saúde Wiliams Pimentel.

Pimentel que foi representar o senado Confúcio Moura teve que voltar e ficou sem participar da solenidade.

A equipe do Governo deveria no mínimo, por questão de respeito ao senador Confúcio e ao ex secretário, ter franqueado a sua entrada para que pelo menos assistisse a solenidade, coisa que não ocorreu, coisas da "política".

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