O inquérito ainda está nas mãos do Ministério Público Federal
Nesta terça-feira (26), a Polícia Federal concluiu o inquérito que investigava um suposto crime de importunação de baleia e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi indiciado pelo crime. Seu advogado, Fabio Wajngarten, que teria filmado o passeio de jet-ski do político também não foi indiciado.
O caso estava nas mãos da PF em São Sebastião, no litoral paulista, mas o Ministério Público Federal também está com o inquérito nas mãos e poderá decidir por oferecer denúncia contra eles, arquivar ou solicitar diligências complementares.
Nos primeiros três meses de 2024, 46 militares pediram demissão das Forças Armadas, conforme publicações no Diário Oficial, sendo 21 oficiais do Exército Brasileiro e 25 da Força Aérea.
Entre os oficiais que solicitaram desligamento, estão tenentes, capitães e até mesmo dois majores, muitos deles formados por academias renomadas como a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e o Instituto Militar de Engenharia (IME).
As razões citadas para as demissões abrangem desde insatisfações com a remuneração até críticas aos métodos de gestão e progressão de carreira dentro das Forças Armadas. Oficiais apontam baixos salários e um sistema de avaliação de desempenho considerado ultrapassado e subjetivo como fatores que contribuem para o descontentamento.
Reclamações sobre a existência de uma “hereditariedade” nas Forças Armadas, na qual familiares de oficiais de alta patente teriam vantagens no acesso a posições e cargos de destaque, também são levantadas.
Além disso, desafios específicos enfrentados pelo setor médico, como uma elevada carga de trabalho e interferências dos comandos nas decisões médicas, têm contribuído para as saídas.
A maioria dos oficiais que solicitaram demissão são jovens com potencial para uma longa trajetória militar, sugerindo que as razões para as saídas vão além de questões pontuais, envolvendo considerações sobre valores e práticas institucionais.
Jornal criticou os esforços para desmoralizar a luta contra a corrupção
“Revisionismo sem vergonha”. É dessa forma que o jornal O Estado de S.Paulo enxerga as investidas de políticos, juízes e empresários alvos da Lava Jato para “desmoralizar a luta contra a roubalheira”. Em editorial publicado nesta segunda-feira (25), o veículo de imprensa avaliou que o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência “deu ânimo” aos interessados em “distorcer os fatos” e limpar seus nomes.
– A volta de Lula da Silva à Presidência certamente deu ânimo adicional aos petistas para distorcer os fatos. Afinal, o chefão petista, aquele que alhures disse que “o mensalão nunca existiu”, vive a alardear que a Lava Jato não passou de uma “conspiração” dos EUA para, por meio do então juiz federal Sergio Moro, tido por Lula como “capanga” dos norte-americanos, “destruir a indústria de óleo e gás deste país”. Nada menos – apontou o jornal.
O Estadão considera que o programa Especial 10 Anos da Lava Jato transmitido pela TV Brasil é um “documento histórico”; não por retratar a maior ação de combate à corrupção no Brasil com imparcialidade, mas por mostrar a ansiedade do PT “por reescrever a história do período em que as entranhas corruptas do lulopetismo ficaram expostas para todo o país”.
– Com uma hora e meia de duração, o tal programa da TV Brasil dedicou somente 1 minuto e 53 segundos à corrupção na Petrobras, e apenas para tratá-la como “pontual”, segundo um sindicalista entrevistado. O resto do tempo foi usado para desancar a Lava Jato. (…) Esse é o padrão do PT. Nem Lula, nem os petistas jamais admitiram a corrupção desvendada pela Lava Jato, malgrado as provas irrefutáveis dos desvios de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos entre as maiores empreiteiras do país e a Petrobras. Convenientemente, os erros e abusos cometidos pela força-tarefa da Lava Jato foram usados pelos detratores da operação para desqualificá-la como um todo, como se crimes confessos jamais tivessem sido praticados – acrescentou o periódico.
Para o editorial, o discurso revisionista “contaminou até a atuação do Supremo” Tribunal Federal (STF), que “outrora chancelou não uma, mas quase todas as ações da Lava Jato que ora pretende desmoralizar, como se os erros cometidos por alguns membros da força-tarefa tivessem o condão de contaminar a operação em todas as suas dimensões, sobretudo sua dimensão fática”.
O texto faz questão de lembrar ainda que milhões de reais desviados foram devolvidos ao Tesouro e à Petrobras, e que é “preciso recolocar as coisas nos seus devidos lugares”.
– Quem quiser acreditar na fábula lulopetista de que o PT e seu chefão foram perseguidos por um poderoso consórcio golpista que envolveu até o FBI, que acredite, pois questões de fé não se discutem. Já quem preza a verdade factual, sem a qual não há democracia, certamente espera que a Lava Jato encontre seu melhor lugar na história – conclui o jornal.
Deputado se manifestou por meio das redes sociais, nesta segunda-feira
Nesta segunda-feira (25), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para criticar publicações que tentaram vincular o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à morte da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e o motorista dela, Anderson Gomes.
Eduardo exibiu posts e destacou que “o ódio a Bolsonaro deixou a esquerda cega”.
– O ódio a Bolsonaro deixou a esquerda cega, a ponto de advogarem publicamente para que um dos acusados de mandar matar Marielle seguisse no comandando o caso – disse o parlamentar.
O evento só foi possível porque o vereador Rinaldi Digilio custeou a locação do espaço
Nesta segunda-feira (25), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu o título de cidadã paulistana das mãos do vereador Rinaldi Digilio (União Brasil). A entrega da honraria foi feita no Theatro Municipal de São Paulo, no centro da capital paulista.
A festividade foi alvo de ações na Justiça, com uma deputada do PSOL conseguindo uma decisão para impedir a realização do evento no local. Para não cancelar o evento, Digilio precisou pagar a locação do prédio com seus próprios recursos, fazendo um empréstimo bancário.
Várias personalidades políticas estiveram presentes, entre elas o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), a vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP), vereadores da capital e deputados estaduais e federais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também esteve presente e fez questão de dar uma palavra, elogiando a forma como sua esposa se envolveu com questões sociais, passando pelo discurso histórico que ela fez durante a sua posse, em janeiro de 2018.
– A melhor primeira-dama do Brasil, melhor e mais bonita. Falo com coração e com emoção (…) Passamos por momentos difíceis e continuamos passando – declarou.
Digilio também pôde discursar, fazendo questão de citar que foram dois anos tentando aprovar a homenagem na Câmara Municipal de São Paulo, enfrentando muita resistência por parte dos vereadores de esquerda que, mesmo após a aprovação, tentaram impedir a entrega da honraria.
O vereador fez questão de citar a história da ex-primeira-dama e do quanto ela enfrentou e ainda enfrenta perseguições, tanto ela, quanto os demais integrantes da família Bolsonaro.
Agradecida, Michelle relembrou como se envolveu com libras e doenças raras, citando ainda projetos que foram criados com seu apoio durante o governo de Jair Bolsonaro para auxiliar essas comunidades, mas foram descontinuados pelo atual presidente.
Por fim, ela pediu ao vereador, que é pastor da Igreja Família Global, que fizesse uma oração por ela e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.