« 1 ... 682 683 684 (685) 686 687 688 ... 1608 »
Política : LULA PRESO
Enviado por alexandre em 08/10/2019 09:12:47

Gilmar diz que Lula não pode recusar regime semiaberto

Gilmar Mendes: Lula não tem direito de recusar regime semiaberto. Em entrevista, ministro declarou que a Lava Jato tem 'melhores publicitários que juristas' e sugeriu tratamento psiquiátrico ao ex-PGR Rodrigo Janot. 

Gilmar Mendes, em entrevista ao Roda Viva - 07/10/2019  (TV Cultura/Reprodução)

Da Redação da Veja

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, considera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem o direito de recusar a progressão de sua pena ao regime semiaberto, como decidiu a defesa do petista na última semana. Em entrevista ao programa Roda Viva, na TV Cultura, na noite desta segunda-feira 7, Gilmar comentou o caso e estranhou que procuradores da Lava Jato tenham feito o pedido para que Lula deixasse o regime fechado. Para ele, a atitude foi “conveniente” para “aliviar a pressão que existe sobre o tema”.

Questionado pela jornalista Dora Kramer, de VEJA, sobre o posicionamento da defesa de Lula, Gilmar respondeu: “ele [Lula] não tem esse direito, a rigor. A não ser que houvesse uma imposição ou uma condição ilegítima contra a qual ele poderia se insurgir no Tribunal Regional Federal, no Supremo Tribunal de Justiça ou eventualmente até no Supremo Tribunal Federal… ele não tem esse direito. Acredito que há um pouco do recurso de uma retórica [no caso]”, declarou.

“O que me chamou a atenção nesse episódio foi os procuradores oferecerem o regime semiaberto ao Lula. Eles que eram os que usavam o Lula como símbolo. Nunca foram legalista e nunca foram garantistas, mas agora se convenceram. E se convenceram porque é conveniente aliviar a pressão que existe sobre o tema”, completou o ministro.

Gilmar criticou a Lava Jato em outros momentos ao longo da entrevista. “Desde 2014, quando a Lava Jato foi inventada, ela tem melhores publicitários do que juristas. Acho que eles têm mais talento como publicitários do que juristas. Tem algum talento. Eles chantageiam com esse tipo de coisa desde o começo, tentavam constranger o Superior Tribunal Federal”, disse.

Sobre a revelação recente do ex-PGR Rodrigo Janot, que em entrevista a VEJA contou já ter entrado no STF armado com o objetivo de assassinar Gilmar Mendes, o ministro recomendou um “tratamento psiquiátrico”.

“Primeiro senti uma pena enorme das instituições brasileiras. Sou um estudioso e estou nisso há muitos anos. E todos nós vemos na PGR, um nome que todos conhecem, é um ícone, como Zé Paulo Sepúlvuda. Por lá passaram nomes que depois foram inclusive para o STF. Quando a gente imagina que a procuradoria estava entregue em mãos de alguém que pensava em faroeste, isso realmente choca e da pena de ver como nós degradamos as instituições. Em relação a pessoa, eu só posso recomendar um tratamento psiquiátrico”,avaliou Gilmar. 

Política : PROPINAS
Enviado por alexandre em 08/10/2019 09:07:59

Odebrecht fala de acerto do pai com Lula sobre Angola

Negócio em Angola

Marcelo Odebrecht fala em acerto do pai com Lula por negócio em Angola. Ouvido como delator nesta segunda, Marcelo apontou contradições nos depoimentos do pai, Emílio Odebrecht.

Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira (Vagner Rosário/VEJA.com)

Da Veja - Por Conteúdo Estadão

 

O empresário Marcelo Odebrecht afirmou, nesta segunda-feira, 7, que houve acerto de propinas ao PT em favor de Luiz Inácio Lula da Silva, relacionados ao financiamento pelo BNDES de exportação de serviços do grupo em Angola, na África. Ouvido nesta segunda-feira, 7, como delator pelo juiz federal Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, disse que manteve o teor de suas delações e apontou contradições nos depoimentos do pai, Emílio Odebrecht.

O caso dos negócios da Odebrecht em Angola tem Lula como réu em dois processos penais abertos na Justiça Federal, em Brasília, resultado na Operação Janus – deflagrada em 2016 em desdobramento às descobertas da Lava Jato. O principal, que trata do suposto acerto de 40 milhões de dólares de propinas ao PT pela liberação dos recursos pelo BNDES, tem como alvos Lula e Paulo Bernardo – ele foi ouvido na sexta-feira, 4, nesse caso. O outro, é o que apura corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência contra o ex-presidente e Taiguara Rodrigues dos Santos, conhecido como “sobrinho de Lula”.

“Naquela época, eu tinha uma conta corrente que eu e Palocci administrávamos, e que pertencia ao PT, Lula e que, na verdade, era fruto de um combinado de Lula com meu pai. Quando havia pedidos de valores para ajudar o PT, saia dessa conta corrente.” A conta corrente está registrada na “Planilha Italiano”, que a Lava Jato apreendeu, que era a contabilidade informal de um crédito de R$ 300 milhões que os Odebrecht reservou para pagamentos ao PT.

Odebrecht afirma que na “Planilha Italiano” havia duas “contrapartidas” – que seriam os negócios onde houve cobrança condicional de propinas – o caso do chamado “rebate”, dos negócios em Angola e BNDES, e o Refis da Crise. “Esses dois foram de fato contrapartidas solicitadas, e que geraram créditos.”

No caso do financiamento de Angola, apontou envolvimento do ex-ministro Paulo Bernardo. “A Planilha Italiano era a conta corrente onde havia créditos que eram colocados em função de pedidos, que eram feitos, principalmente através de Palocci. Basicamente por Palocci e, no caso do rebate, por Paulo Bernardo.”

Contradições

Em quase uma hora e meia de depoimento ao juiz da 10.ª Vara Federal, Odebrecht confirmou o que sabia sobre o caso e acusou o pai e o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar de “contradições” ao falarem à Justiça sobre a participação do ex-presidente e o acerto de valores.

“Como a relação de Lula pertencia ao meu pai, eu tinha que referendar esses valores com ele, buscar a autorização dele. Só que agora ele está dizendo em depoimento que nunca conversou com Lula sobre valores.”

Como delator, ele explicou que não teve participação direta nos supostos acertos com o ex-presidente, mas que tanto o pai, como Palocci e outros executivos relataram pedidos de Lula. Afirmou ainda que manteve o teor de sua colaboração premiada – homologada em 2017 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Após depoimento de sexta, no processo principal, defesas dos réus viram “recuo” do empresário.

“Aquilo que eu sabia, era via Alexandrino e meu pai. E os dois têm várias contradições nos depoimentos deles em relação ao que me contaram à época”, afirmou Odebrecht.

“O grande ponto da questão é que tem alguns itens, que eu tinha obtido através de meu pai informação de que ou ele tinha falado com Lula, ou ia falar com Lula e eu autorizava. Mas que basicamente nesse momento, ou ele esqueceu, e está no direito dele, ou ele falava uma coisa comigo e falava com Lula outra. Então isso que precisava esclarecer.”

O delator disse que nunca afirmou ter tratado diretamente com o petista sobre propinas e que isso confirma sua delação. “Sempre deixei bem claro, em todas minhas colaborações, em todos meus depoimentos, sempre, não só o da sexta passada na ação penal do rebate (de Angola), em todas as ações penais em que eu tive, em toda colaboração, eu sempre deixei bem claro que nunca tive relação nem responsabilidade pelas tratativas com presidente Lula.”

Presidente do grupo de 2009 até 2015, quando foi preso pela Lava Jato – cumpriu dois anos de prisão e agora está em regime domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica -, Odebrecht disse que a “relação de Lula pertencia” ao pai, Emílio, mas que referendava valores com ele. “Só que agora ele está dizendo em depoimento que nunca conversou com Lula sobre valores”.

“Respondo pela minha colaboração e pelo o que eu falei. Se pessoas acertaram propinas e disseram que não acertaram, eles é que têm que responder. Posso responder pela minha colaboração.”

Sobrinho

No processo em que Odebrecht foi ouvido nesta segunda-feira, as acusações são relacionadas aos supostos pagamentos feitos para Lula e para o “sobrinho”, relacionados a negócios em Angola. O delator explicou que não teve envolvimento direto com o caso.

“Não tive nenhuma relação com esse assunto da contratação do sobrinho, e o que eu soube, soube depois. Como também não era responsável pela relação com o presidente Lula, nem constava nos meus anexos. Quando veio a denuncia (do MPF, em 2016) eu ainda não tinha fechado o acordo de colaboração, eu apenas citei em um dos meus anexos o que eu sabia dos fatos”, explicou Odebrecht, ao juiz.

O delator voltou a contar que o diretor da Odebrecht em Angola Ernesto Bayard o comunicou, após os acertos, que havia a solicitação de apoio. “O que eu soube foi que por volta de 2011, que o Ernesto Bayard me alertou, que houve pedido de Lula, não sei se a meu pai ou Alexandrino para que nós pudéssemos subcontratar o sobrinho dele em Angola.”

Odebrecht disse também que tempos depois Alexandrino também relatou novo pedido para ajuda ao “sobrinho”. “Não tinha falado nada, porque não tinha me envolvido.”

Marcelo foi questionado se confirmava a denúncia do MPF de 2016, inicial do processo, que vinculava o empresário à negociação com Lula para pagamento de R$ 20 milhões por meio da contratação da empresas Exergia, de Taiguara, em troca do financiamento do BNDES. O delator disse que é falso.

Odebrecht disse que a denúncia do caso, que o coloca como responsável direto pelos acertos e pagamentos a Lula e ao sobrinho, segundo o Ministério Público, gera uma situação “injusta”. “Ocorreu quando não tínhamos fechado a colaboração. Portanto, foi o que o Ministério Público conseguiu angariar sem a nossa colaboração.” Ele disse que tentou alertar a Procuradoria sobre o fato dele não estar envolvido.

“Não sei em relação a todos os fatos, mas o meu envolvimento não houve. E a gente, ao meu modo de ver, corroborou isso com vários depoimentos de outras pessoas. Mas o Ministério Público manteve a denúncia e meu envolvimento, o que criou uma situação ao meu modo de ver injusta.”

Defesa

O advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin Martins, disse na última sexta que os depoimentos de Marcelo e de Emílio, somados, deixam claro que “o ex-presidente não praticou nenhum ato ilícito que foi imputado a ele nessa ação.”

“Não há como sustentar vínculo com o ex-presidente. Se ocorreu algum fato ilícito, não tem qualquer participação de Lula”, disse Zanin.


Fraudes contra entidades de previdência complementar

Operação Greenfield: MPF denuncia 26 pessoas

Operação Greenfield: Ministério Público Federal denuncia 26 pessoas por fraudes contra planos. Além das penas de prisão, os procuradores pedem pagamento de R$ 3,1 bi em danos e a devolução dos produtos dos crimes, calculados em R$ 1 bi.

Postalis foi um dos fundos afetados pelos crimes investigados pela Operação Greenfield (VEJA.com/Divulgação)
Da Veja - Por Agência Brasil

 

A força-tarefa da Operação Greenfield denunciou 26 pessoas em três novas ações penais que investigam fraudes ocorridas entre 2009 e 2014 contra três entidades de previdência complementar, de acordo com informações divulgadas pela Procuradoria da República no Distrito Federal nesta segunda-feira 7.

Os crimes contra a Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Petros (Plano Petros do Sistema Petrobras) e Postalis (Instituto de Previdência Complementar) foram viabilizados por meio de aportes no Fundo de Investimentos e Participações (FIP) Multiner.

Segundo a procuradoria, diretores dos fundos de pensão, em parceria com executivos do Multiner, agiram para aprovar aportes milionários no fundo por meio da superavaliação da empresa, uso de laudos falsos e a minimização dos riscos envolvidos nos financiamentos realizados.

Os acusados vão responder por gestão fraudulenta e desvio de recursos em proveito próprio ou de terceiros. Além das penas de prisão, os procuradores pedem pagamento de 3,1 bilhões de reais em danos moral e social e a devolução dos produtos dos crimes, calculados em cerca de 1 bilhão de reais.

Política : NA DIANTEIRA
Enviado por alexandre em 07/10/2019 08:40:23

PSL e PT lideram em recursos públicos em 2020, ano eleitoral

O PSL partido do presidente Jair Bolsonaro terá R$ 359 milhões em 2020, juntando os fundos Partidário e Eleitoral. O PT, terá R$ 350 milhões. O MDB, R$ 246 milhões. A sexta-feira (04) seria a data-limite de modificação da lei para o próximo pleito.

O cálculo leva em conta as bancadas atuais e o Fundo Eleitoral com R$ 2,5 bilhões estabelecido na proposta de Orçamento a ser analisada pelo Congresso. Em 2018, o montante foi de R$ 1,7 bilhão.

Os congressistas queriam que todas as emendas orçamentárias de bancadas pudessem ser usadas para aumentar o fundo eleitoral. Bolsonaro vetou esse trecho ao sancionar a lei 13.877. Ficou valendo o limite atual, de 30% das emendas.

Congressistas que migrarem de partido até a última sessão do ano levarão mais recursos para a sigla de destino. Deputados podem mudar se expulsos ou se houver fusão de legendas e eles não gostarem. Senadores são livres para mudar.

Houve 3 fusões de partidos neste ano. O Patriota juntou-se ao PRP, o PC do B ao PPL e o Podemos, ao PHS. O Podemos estava adequado à cláusula de desempenho, que tem por objetivo reduzir o número de siglas no Congresso, exigindo 1,5% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados. Os outros partidos livraram-se de punições graças à fusão. Continue reading


O presidente Jair Bolsonaro fala ao telefone no Palácio do Planalto, em Brasília Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo 23-7-19

Enquanto nos Estados Unidos as regras do governo federal preveem o armazenamento de relatórios de cada ligação entre o presidente americano e outros chefes de Estado, no Brasil contatos dessa natureza são registrados “exclusivamente para consumo interno do gabinete presidencial”, segundo informou o Palácio do Planalto.

Os procedimentos para essas ligações não são regidos por uma legislação específica, mas pelas normas gerais de telecomunicações, política nacional de inteligência e pelo programa de segurança da informação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Questionada se há gravação do áudio ou transcrição dos telefonemas, a Presidência disse apenas que as comunicações “seguem protocolos de segurança previamente definidos e não passíveis de divulgação”.

Informou também que, “ainda que armazenadas em qualquer formato, as comunicações presidenciais (como as de todo cidadão) estão revestidas de sigilo inviolável —exceto se necessárias para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”.

Por isso, explicou o Planalto, não se aplica a necessidade de classificação das informações nos termos da Lei de Acesso à Informação. Continue reading

Política : REFORMULAÇÃO
Enviado por alexandre em 07/10/2019 08:32:39

Caixa pode perder o monopólio de operar o FGTS

O Globo - Por Geralda Doca e Luciana Casemiro

 

O governo quer aproveitar a MP que libera os saques do FGTS para promover uma ampla reformulação do Fundo. A principal delas é a quebra do monopólio da Caixa como operadora do FGTS, permitindo o acesso aos recursos a bancos privados . Esse dinheiro é usado no financiamento a projetos de infraestrutura, saneamento e habitação, em geral com taxas abaixo das cobradas no mercado.

Em 2018, a Caixa desembolsou R$ 62,3 bilhões em crédito para esses setores. A mudança já foi incorporada ao texto da MP pelo relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), após acordo costurado entre Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O parecer será lido em Comissão Mista do Congresso amanhã e prevê que a Caixa continuará exercendo o papel de custodiante dos depósitos das contas vinculadas, recebendo os depósitos e fazendo a gestão do passivo, mas os bancos concorrentes terão acesso direto às verbas do Fundo para aplicar os recursos. Hoje, eles podem usar esse dinheiro como agentes financeiros.

No entanto, como a Caixa é o único operador, o banco estatal é intermediário nos repasses. Por isso, as instituições precisam cumprir o manual operacional da Caixa, o que desestimula a oferta de crédito. Atualmente, há dois agentes financeiros do FGTS: a Caixa, com 93% da verba, e o Banco do Brasil, com 7%.

Ampliação do saque

O acesso dos bancos privados a esses recursos, se aprovado, será regulamentado pelo Conselho Curador do FGTS. A partir disso, eles poderão estabelecer regras e modelos de negócio próprios. Hoje, os bancos privados financiam imóveis, em sua maioria, com dinheiro da poupança.

Como o rendimento do FGTS é menor que o da caderneta, os empréstimos com recursos do Fundo são mais baratos. O uso destes pelos bancos privados abre espaço para que eles ofereçam crédito a juros menores também.

Se a mudança for aprovada, isso não vai representar um retorno ao modelo de gestão descentralizada das contas do Fundo que vigorou até os anos 1990, com participação de dezenas de bancos.

Viu isso? Redução do número de vagas com carteira assinada faz desigualdade crescer e voltar a nível de 2007

Mas representará uma perda de receita para a Caixa. O banco cobra uma taxa de administração de 1% para gerir o ativo do Fundo, o que correspondeu a receita de R$ 5,1 bilhões em 2018. Em agosto, o ativo total do FGTS estava em R$ 549,7 bilhões, sendo o saldo com operações de crédito de R$ 365,2 bilhões.

A entrada de bancos privados nesse segmento reduzirá o volume de ativos gerido pela Caixa, logo, a taxa de administração vai incidir sobre um volume menor de dinheiro. Além disso, a MP do FGTS prevê reduzir a taxa cobrada pela Caixa.

O relator definiu um teto provisório de 0,3%, podendo chegar a 0,4% incluindo outros gastos. A concorrência de bancos privados no nicho da Caixa tende a reduzir ainda mais essa taxa de administração, acredita o deputado.

Guimarães: impacto sobre mais pobres

Desde sexta-feira, quando tomou conhecimento da inclusão na MP da quebra do monopólio da Caixa, o presidente do banco, Pedro Guimarães, já falou com 50 deputados e dez senadores. Guimarães estará hoje e amanhã no Congresso para explicar o efeito da medida.

— O ministro da Economia, Paulo Guedes, me ligou na sexta-feira, dizendo que também não é intenção do governo a quebra do monopólio da Caixa como operador. A MP foi feita para instituir o saque imediato e o saque-aniversário do FGTS, não com esse objetivo — afirma Guimarães

Segundo ele, a quebra do monopólio do banco terá impacto sobre as populações mais pobres do Norte e Nordeste do país:

— Nos dez anos do Minha Casa Minha Vida, a participação dos bancos privados é quase inexistente. Essas instituições estão presentes preponderantemente no Sul e no Sudeste, enquanto a Caixa está em 97% dos municípios brasileiros. Em 711 cidades só existe a Caixa. Isso quer dizer que o financiamento nas proximidades dos grandes centros até pode ficar mais barato, mas a 300 quilômetros de Manaus, o crédito vai ficar mais caro.

O QUE MUDA COM A MP DO FGTS
 
Fim do monopólio e redução de taxas de administração

O texto acaba com o monopólio da Caixa como agente operador do FGTS. Ou seja, outros bancos poderão operar os recursos do Fundo e serem remunerados por isso. A medida prevê que a taxa de administração dos recursos do Fundo, hoje em 1% do total de ativos, seja reduzida.

Valor de saque maior e isento de tarifa para transferência

A proposta do relator amplia o valor de saque imediato da contas do FGTS de R$ 500 para um salário mínimo para quem tem na conta saldo de até um mínimo. Além disso, isenta os trabalhadores que não são clientes da Caixa de tarifa para transferir o valor sacado do FGTS para outro banco

Ampliação do valor do imóvel financiado via FGTS

A MP permite financiar imóveis acima de R$ 1,5 milhão, fora do Sistema Financeiro Habitacional. E prevê redução da taxa cobrada pela Caixa no uso dos recursos do FGTS no crédito habitacional de R$ 3 mil para R$ 200. O texto limita os subsídios ao Minha Casa Minha Vida a 50% do resultado auferido anualmente

Fim de multade 10% e redução de subsídio à habitação

A medida provisória acaba, a partir de janeiro, com a multa adicional de 10% paga pelas empresas nos casos de demissões sem justa causa, para compensar as perdas causadas pelos planos Verão e Collor. Já a multa de 40% paga pelas companhias ao trabalhador, nesse tipo de demissão, foi mantida

Guimarães diz que a Caixa está aberta a discutir a taxa de remuneração para a qual a MP também propõe redução. Mas que não foi procurado até o momento para essa discussão.

Procurada, a Febraban, que reúne os bancos, não quis se manifestar.

A MP do FGTS estabeleceu critérios para os saques do Fundo, o chamado saque emergencial, limitado a R$ 500 por conta, e o saque aniversário, com retiradas anuais. No parecer, Motta também prevê a ampliação do valor do saque emergencial para o trabalhador que tiver até um salário mínimo por conta na data da sanção da lei.

Fim da multa de 10%

Neste caso, o trabalhador poderá sacar tudo. Se o saldo for superior a um mínimo, o máximo liberado continuará sendo de R$ 500.

O impacto previsto por Motta com a liberação adicional de recursos é de mais R$ 3 bilhões na economia, além dos R$ 40 bilhões previstos inicialmente com o saque limitado a R$ 500.

— Há o compromisso de sanção do presidente (Jair Bolsonaro) de que todas as contas que tiverem até um mínimo poderão ter seus recursos liberados na totalidade — disse Motta.

A MP acabará a partir de janeiro com a multa de 10% sobre as demissões sem justa causa, criada em 2001 para ajudar a pagar a indenização das perdas dos planos econômicos. O texto permitirá ainda que o FGTS financie imóveis com valores acima de R$ 1,5 milhão , fora do Sistema Financeiro da Habitação.

Mais opções: Caixa estuda linha de financiamento habitacional com juros fixos, sem correção

O deputado vai também estabelecer um limite ao subsídio do programa Minha Casa Minha Vida. Atualmente, não há teto para uso dos recursos do Fundo, e a MP vai limitar a 50% do resultado auferido pelo Fundo no ano anterior, para preservar seu patrimônio.

A MP foi editada em julho e recebeu 134 emendas. A intenção de Motta é votar o texto na Comissão Mista na quarta-feira. Ele disse que quer acelerar os trabalhos para evitar “sustos” e dar prazo para que o texto seja apreciado pelo plenário da Câmara e do Senado com tranquilidade. A MP perde a validade em 25 de novembro.


Previdência: o que propõe a PEC paralela

O que propõe a 2ª parte da reforma da Previdência, conhecida com PEC paralela.

Foto/fonte: Brasil247

Da Folha de S. Paulo

 

A segunda parte da reforma da Previdência, conhecida como PEC (Proposta de Emendas à Constituição) paralela, reúne alterações defendidas por senadores na versão aprovada pela Câmara.

O que propõe a PEC paralela: 

Cria mecanismo para facilitar o ajuste nos gastos previdenciários de estados e municípios;

Governadores e prefeitos poderiam aderir à reforma com o aval das Assembleias Legislativas por meio de uma lei ordinária, em vez de criar, discutir e aprovar uma proposta própria;

Equipe de Guedes é favorável à inclusão de estados e municípios da reforma da Previdência;

Ideia é do relator no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), com o argumento de que a cisão evitaria atrasos na votação na Casa;

R$ 100 bi de economia para a União é esperada com a PEC paralela. 

Política : OS VETOS
Enviado por alexandre em 07/10/2019 08:23:22

Bolsonaro a maior média de vetos derrubados desde 1988

Predidente Jair Bolsonaro tem maior média de vetos derrotados pelo Congresso desde 1988. Parlamentares rejeitaram total ou parcialmente oito alterações do presidente e retomaram a redação original das leis.

Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo
O Globo - Natália Portinari e Daniel Gullino

 

O início do governo Jair Bolsonaro tem sido marcado por um elemento de atrito com o Congresso que seus antecessores enfrentavam em menor medida: a derrubada de vetos. Dos 33 vetos do presidente analisados pelos congressistas nos primeiros nove meses, oito (24%) foram rejeitados total ou parcialmente, maior média desde 1988.

A derrubada de vetos significa que parlamentares rejeitaram as alterações do presidente e retomaram a redação original das leis. Esta é uma prerrogativa do Congresso, mas, desde a promulgação da Constituição, era pouco usada.

Contrariando Bolsonaro, os parlamentares, por exemplo, tornaram crime compartilhar notícias falsas, estipularam pena de prisão para juízes que abusem de sua autoridade e regulamentaram o comércio de queijos artesanais



Onyx leva pastor de carona em avião da FAB

Ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) leva pastor de sua igreja de carona em avião da FAB em viagem ao Rio Grande do Sul.

Foto/fonte: casacivil.gov.br

Folha de S. Paulo - Painel
Por Daniela Lima

 

O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) levou um pastor da igreja que frequenta, a Sara Nossa Terra, a uma viagem oficial para Porto Alegre, em avião da FAB.

O pastor Gerônimo Martins acompanhou o ministro em diversos compromissos no dia 22 de setembro. A agenda oficial incluía palestras Associação Comercial de Porto Alegre e na Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS.

Onyx costuma ir aos sábados na Sara Nossa Terra, em Brasília. Gerônimo, que já ministrou cursos ao lado do bispo Rodovalho, presidente da agremiação, atua em igrejas da capital, inclusive a que é frequentada pelo ministro.

A Casa Civil já tem um pastor da Sara, Leandro Lima, como assessor especial de Onyx. A proximidade dos religiosos com o político irritou membros da congregação.

No início do governo, Bolsonaro distribuiu um cartilha de normas éticas que recomenda que somente o ministro e a equipe que o acompanha usem aviões em viagens oficiais.

Procurada, a assessoria de Onyx afirmou que, “na referida data, além de palestras realizadas em entidades empresariais, o ministro cumpriu agendas políticas em Porto Alegre. O referido passageiro acompanhou o ministro nessas agendas e sua ida não resultou em nenhuma despesa adicional para a União”.

« 1 ... 682 683 684 (685) 686 687 688 ... 1608 »
Publicidade Notícia