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Política : PT & ÓDIO
Enviado por alexandre em 26/06/2020 09:03:07

O gabinete do ódio foi criado pelo PT, diz Cristovam Buarque

O gabinete do ódio foi criado pelo PT, diz Cristovam

Na live a este blog, há pouco, o ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) afirmou que o Gabinete do Ódio não é cria de Bolsonaro, mas do Governo de Lula, dos radicais serviçais do PT e que foi uma das primeiras vítimas após votar pelo impeachment de Dilma, em 2016. Segundo ele, seu voto no processo do impeachment o fez perder grandes e antigos amigos e muitos eleitores, ser criticado e ouvir repúdios publicamente. Conforme contou, chegou ao ponto em que suas netas foram interpeladas por grupos com cartazes dirigidos a elas com os dizeres “seu avô é golpista”. "Isso, sim, é produto do Gabinete do Ódio instalado pelo PT", afirmou.

“Passei por um abalo emocional grande em razão da decisão que tomei, mas não me arrependo. Vinha falando há anos em responsabilidade fiscal e cheguei a realizar audiências públicas no Senado para discutir o tema. Não poderia agir diferente, seria uma incoerência”, ressaltou.

Cristovam afirmou que a esquerda progressista do país, incluindo ele próprio, não se elegeu em 2018 porque estava na hora de mudar. Ele não considera que Bolsonaro ganhou as eleições que o colocaram na cadeira de presidente da República.

“O Bolsonaro não ganhou, fomos nós que perdemos. O eleitor é sábio. Queria coisa nova e mostrou isso nas urnas”. destacou. “Não votaram para elegê-lo, votaram para que nós não ganhássemos”, acrescentou.

A tese de Buarque, que está sendo divulgada no livro de sua autoria intitulado “Por que falhamos”, que tem repercutido em todo o país, é de que existem 24 erros cometidos pela esquerda progressista brasileira de 1994 até hoje. Dentre esses, ele destaca a falta de união entre os partidos, a negação em admitir os erros do passado, o fato de os governos “não terem deixado um país bom” e a corrupção.

“Tudo de bom que se fez ainda foi muito pouco. Não levou a transformações profundas no país”, frisou. A seu ver, mesmo as transformações provocadas na mesa dos brasileiros com o programa Bolsa Família – criado a partir do programa Bolsa Escola, implantado na sua gestão como governador do Distrito Federal – é considerado muito pouco.

Para o ex-ministro, a mudança do regime ditatorial para o democrático foi um avanço, mas os governos não conseguiram avançar a partir daí. “O ideal seria que tivéssemos construído um projeto de transformações para o Brasil em 20, 30 anos, o que não foi realizado”, disse.

Ele citou como exemplo a Educação. Afirmou que assumiu o ministério, no governo Lula, pensando em preparar o caminho para que em três décadas o país passasse a ter as melhores escolas do mundo e que os filhos dos mais pobres pudessem estudar em escolas tão boas quanto as frequentadas pelos filhos dos mais ricos.

“Entrei no Ministério pensando em ser o ministro que iria erradicar o analfabetismo no país”, disse, ao afirmar que ficou “ao mesmo tempo frustrado e aliviado” com a demissão.

Cristovam ficou pouco mais de um ano no cargo e saiu após ser demitido pelo telefone, por Lula, durante viagem fora do país. “Hoje avalio que fui demitido porque cuidei muito da educação de base, quando os governos preferem cuidar do ensino superior. Acho que a educação de base que é a grande responsável pelas transformações de que falo”.

O ex-senador também reclamou das universidades. Em sua opinião, a comunidade acadêmica brasileira não fez uma discussão crítica sobre a corrupção no país, nas últimas décadas. “Não debatemos esta e outras questões importantes como a gratuidade dos serviços, por exemplo. Ficamos mais ao lado dos trabalhadores sindicalizados do que do povo”, destacou.

Cristovam informou que está participando de vários movimentos de apoio à democracia, fortalecimento das instituições e contrários a Jair Bolsonaro, mas afirmou que acha que o segundo turno nas eleições presidenciais de 2022 vai repetir o pleito de 2018 e dar o candidato do PT com Bolsonaro na disputa final.

Perguntado se vê riscos hoje à democracia ele disse que riscos sempre existem, mas não acha que o presidente tenha condições de dar um golpe nas atuais circunstâncias, até pelas suas características.

“Os ditadores são extremamente carismáticos, possuem inteligência privilegiada e boa dose de brutalidade. Dessas qualidades só vejo em Bolsonaro a brutalidade”, ironizou.

Sobre o ex-ministro Sérgio Moro, Buarque destacou que não vê nele um futuro presidente da República, porque seu eleitorado de raiz é o eleitorado de Bolsonaro.

O ex-senador disse que não viu muitas provas no caso do apartamento tríplex que levou Moro a incriminar Lula e o levar à prisão. Apesar disso, respeitou a posição dele enquanto magistrado, embora não nutrisse simpatia por sua pessoa, mas considerou o maior erro de Moro ter aceitado integrar o governo Bolsonaro.

Cristovam Buarque também falou sobre o novo ministro da Educação, o militar Carlos Alberto Decotelli da Silva. Afirmou que nunca ouviu falar em Decotelli, mas que no atual governo “o fato de ele não ser conhecido é positivo, diante de tanta coisa negativa observada nos ministros anteriores que ocuparam a pasta nesta gestão de Bolsonaro”.

Sua avaliação é de que, com todas as mudanças, o governo mostrou que não tem clareza, nem continuidade ou linha de trabalho, além de não saber escolher bem as pessoas para ocupar os cargos.

“O último ministro (Abraham Weintraub) da Educação saiu passando a impressão de que estava fugindo. A passagem dele pela Educação foi péssima. Mesmo o governo Bolsonaro nunca tendo sido um governo bom, perdeu bastante com esse ministro”, destacou.

Ao falar sobre suas raízes pernambucanas, o ex-senador contou que nasceu no Recife e saiu da cidade aos 26 anos para projetos acadêmicos em outros países. Quando voltou, foi convidado para trabalhar em Pernambuco, mas recusou para passar um período de dois anos em Brasília. “Terminei ficando aqui até hoje”.

E fez elogios a vários políticos pernambucanos como o ex-ministro do Tribunal de Contas da União e ex-deputado, José Jorge Vasconcelos, e o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. “Os dois foram meus contemporâneos de faculdade e são grandes amigos”, frisou.

Segundo ele, José Jorge foi, quando ocupou a Secretaria de Educação de Pernambuco, “o melhor secretário do país”. Buarque também elogiou o ex-ministro da Educação Mendonça Filho, por ter feito a reforma do ensino médio durante sua passagem pelo MEC no governo Temer.

A seu ver, Mendoncinha fez um excelente trabalho. “Pena que tenha sido uma iniciativa pequena em meio às várias necessidades da Educação no país”, comentou.


Falta o batom na cueca para Bolsonaro cair, diz Cristovam

Aos 74 anos, derrotado na reeleição para o Senado em 2018, o ex-ministro e ex-governador Cristovam Buarque, do Distrito Federal, ex-PT e hoje filiado ao Cidadania, tem difundido num livro, recentemente lançado, as raízes dos erros cometidos pela esquerda para a direita chegar ao poder com Bolsonaro, mas do alto da sua sabedoria e experiência não enxerga nenhum crime que possa levar o presidente a sofrer um processo de impeachment. “Enquanto não aparecer o batom na cueca, Bolsonaro não cai”, avalia, nesta entrevista via live pelo Instagram deste blog.

Cristovam bate duro em Bolsonaro, não acredita na recuperação do seu Governo, diz que ele tem um perverso viés autoritário, mas por tudo que já leu não encontra motivos em nenhum dos processos que tramitam no TSE ou no Supremo que levem à sua cassação. O ex-senador também não acredita na possibilidade de um autogolpe como vem se difundindo por ai. “Bolsonaro tem um viés autoritário, mas não o vejo dando um golpe e sendo ditador. Para ser ditador, tem que ter três qualidades: inteligência, carisma e crueldade. Bolsonaro só tem uma: a crueldade”, afirma.

Ao longo da entrevista, Cristovam também revela detalhes da sua demissão por telefone do Ministério da Educação quando estava na Europa, em viagem autorizada pelo ex-presidente Lula. “Eu saí de Brasília, do gabinete de Lula acertado que me encontraria com ele na Índia, mas quando estava lançando meu livro em Portugal recebo um telefonema dele informando que precisava do Ministério para entregar ao Tarso Genro (ex-governador do Rio Grande do Sul). Foi obra do José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil). O PT não queria um ministro para zerar o analfabetismo, mas para cuidar das universidades, do ensino Superior”, desabafou. Abaixo a integra da live.

O senhor conhece Carlos Alberto Decotelli, o novo ministro da Educação?

Não, não conheço. Nunca ouvi falar. Pode ser ruim, mas vindo do Bolsonaro pode ser uma coisa boa, porque os que a gente conheceu não foram bons. Para mim, é uma coisa positiva dele.

É o primeiro Ministro negro do Governo dele, não é?

Tem um que não é ministro, da Fundação Palmares. Mas ministro, acho que é o primeiro, uma característica positiva, no momento em que a gente quer quebrar preconceitos. Quanto ao ponto de vista educacional, não tenho a menor ideia se vai ser bom ou ruim. Eu não sou otimista, não é por causa dele, mas sim por causa do Governo. Acho difícil sair do Governo Bolsonaro coisas positivas para a Educação.

 Foi o senhor que abriu a cota de negros nas universidades?

Não, eu como reitor iniciei, mas quando houve a cota para negros eu não era mais reitor e não era ministro. O que eu fiz, foi a lei que obriga o ensino de história da negritude brasileira nas Universidades. Mas foi o projeto do Paulo Renato, na época do Fernando Henrique. Mas como os projetos demoram, terminou que nós assinamos.

Já é o quarto Ministro da Educação. Essas mudanças são muito ruins?

Sim, são péssimas. Demonstra que esse governo não tem clareza e uma linha. Não sabe escolher quem vai trabalhar. Pegam pessoas que só fazem trapalhadas. Ministro é mais que um técnico, é um político que sabe falar. O próprio Guedes, que é bom técnico, diz coisas que um ministro não pode dizer. Ele pode falar na sala de aula, mas não como ministro na televisão. Ele dá exemplos que desgastam. Então, tudo tem sido muito negativo para o Brasil.

O ministro que saiu, Weintraub, brigou com Deus e o mundo...

Sim, saiu muito mal, passando a impressão que saía fugido, para não ser preso. A passagem dele foi péssima. O primeiro também não era bom, mas o último foi pior.

E é uma área vital para o Governo. Lembro que fui secretário de imprensa do governador Joaquim Francisco e o último secretário que ele escolheu foi o de Educação, José Jorge. E eles nem se davam bem. Mas o Joaquim me disse que "não podia errar" na Educação.

E realmente foi um excelente secretário. Foi um dos melhores o Brasil. Aliás, tem duas figuras excelentes em Pernambuco, ele e Everardo Maciel.

O senhor morou no Recife por quanto tempo?

Desde que nasci até 26 anos, quando casei e saí do Brasil. Quando terminei meu tempo na França, Equador e Estados Unidos, voltei para o Brasil e para Recife, graças ao convite de Everardo e Marco Maciel, em 1979. Mas decidi passar um tempo no sul, em Brasília e já estou há 40 anos.

Seu Governo foi de mudanças em Brasília. Instalou pardais, fez obras urbanas...

Foi difícil, mas conseguimos. Não houve nenhuma grande obra, acho que eu não fiz nem viaduto. Mas organizei o trânsito. Duvido que alguém tenha feito mais salas de aula do que eu: duas por dia. Criei programas como o "Bolsa Escola", que depois virou "Bolsa Família", que o Lula não mudou para melhor. Eu acho que mudamos a cultura, até hoje o pessoal se lembra que eu criei a faixa de pedestre. Trânsito é um problema de educação, não de engenharia. Brasília tem trânsito de cidade civilizada.

O senhor foi eleito pelo PT, depois mudou de partido e não conseguiu a reeleição. Aonde o senhor acha que errou?

Estava na hora de mudar, o eleitor é sábio. Eu já estava há tempo demais, eles queriam coisa nova. Durante a campanha, no corpo a corpo, vi um homem de uns 40 anos me olhando e fui lá cumprimentá-lo e ele disse que eu era o melhor candidato. Porém, ele disse que não ia votar em mim. Nas palavras dele: "Cansei de bom ou ruim, eu quero outro". E foi isso que elegeu outros, inclusive Bolsonaro. E acabei escrevendo um livro falando dos motivos de nós, democratas progressistas, perdermos no Brasil. Eu lembro que fui até convidado para uma palestra para falar o porquê de Bolsonaro ter ganhado. Eu aceitei para falar o porquê de termos perdido. São 24 erros. Nós ficamos 26 anos e no final, o que fizemos? Cem milhões sem esgoto, 35 milhões sem água, carimbo de corrupção. E fui criticado porque no meu livro falo de "nós", mas o PT diz "nós, não. Foram os golpistas". E O PSDB diz que a culpa é do PT. Mas a culpa foi de todos e também por isso eu perdi. Mas o PT não entende o erro, acha que o erro é do eleitor. O PT e os outros não querem fazer autocrítica. Por exemplo, na educação, o Ministro Weintraub foi péssimo, mas já pegou de uma gestão ruim que deixamos.

O pernambucano Mendonça Filho fez algo de bom no Ministério da Educação?

Fez, fez a reforma do ensino médio. É pequena para o que gente precisa, mas já foi boa. Criou escolas em horário integral, aumentou os cursos profissionalizantes, entre outros. Fiz discursos a favor dele, e fui criticado, pois o Sindicato dos Professores não quer mudar nada, só aumentar o salário.

 Quais os três principais erros que o senhor aponta no livro?

 O primeiro é o divisionismo. Fernando Henrique assume e o PT vai para a oposição, quando poderia ter se juntado. PSDB e PT são paulistas e a preocupação é eleger o prefeito da capital, não é mudar o Brasil. O PT estava preocupado em quem ia ser o prefeito. Depois, se nós éramos progressistas, deveríamos ter trazido uma utopia, uma proposta nova. Para mim, teria que ser algo que em 20 ou 30 anos o Brasil tivesse as melhores escolas o mundo e os pobres estudando na mesma escola do rico. Eu sabia como fazer. Era substituir o frágil sistema dos municípios pelo da União. Por que a gente não fez todas as escolas federais? Qual é a nossa bandeira? O terceiro erro foi não ter dado liberdade aos intelectuais a fazerem críticas. Fizemos uma Copa ao invés de fazer escolas. As universidades foram engessadas e a culpa é do Lula. Protegeu demais as universidades. E o quarto erro, o mais grave, foi a corrupção. E ainda tem o quinto: deixamos a direita se apropriar dos símbolos como a bandeira e o hino. E também ficamos mais ao lado dos sindicalistas do que do povo.

Por que o senhor não conseguiu ser o ministro realmente foi produtivo, fazer o que o senhor imaginava e sempre sonhou?

Eu defendo que a gente tenha dois Ministérios: um de educação de base e outro de superior. O ministro que se dedica à educação de base cai, como eu caí. O Lula me telefonou e ele precisava também encontrar um lugar para o Tarso Genro. Mas ele me disse que precisava de um ministro para o Superior, pois eu só pensava em base e alfabetização de adultos. E é verdade. Weintraub não cuidou de nada, mas só falava de Superior. O que aparece mais no MEC? O Enem. Porque é o que dá ingresso à Universidade. E Lula, que é um gênio da política, percebeu que as pessoas querem um diploma na parede. E aí ele fez muito no número de alunos, mas na qualidade foi embora. Ele aumentou o número de alunos, mas não aumentou o de formandos, pois as pessoas não tinham uma boa formação de base. Aí o Lula deixou o ensino de base para os municípios, o médio para os governadores e cuidou das Universidades e Escolas Técnicas. Ensino de base não dá voto. O que dá voto é oferecer vaga em Universidade.

O senhor foi candidato a presidente, e se dizia que o senhor só falava em Educação, o chamado samba de uma nota só. Isso atrapalhou sua campanha?

 Prejudicou, mas não foi isso que me derrotou. Eu disputava com Lula no auge, Alckmin e ainda tinha Heloísa Helena. Eu era de um partido pequeno, que não abraçou minha candidatura, eu não tinha tanto carisma quanto os outros e acho que foi isso. Agora, fui o único que apresentou um programa de governo. Foram 45 capítulos. Mas o vetor da transformação é a Educação, não a Economia.

Ser demitido por telefone do Ministério fora do Brasil, na Europa, foi o maior golpe que o senhor sofreu na vida pública?

Sinceramente, não. Aliás, quando fui demitido senti um "frustroalívio". Eu queria ficar na história como o ministro que erradicou o analfabetismo. Mas o grave é que eu estava indo me encontrar com Lula na Índia. Ele disse para eu continuar a viagem como ex-ministro, mas não aceitei. Mas a demissão não me traumatizou. Era claro que o governo do Lula ia se meter em coisas complicadas. Muita gente diz que na hora de decidir, o Zé Dirceu falou que era para me tirar. Mas hoje não me importo.

Falando agora dos dias atuais, o Brasil corre risco de uma ruptura institucional?

 Sim, Bolsonaro tem um viés autoritário, mas não o vejo dando um golpe e sendo ditador. Para ser ditador, tem que ter três qualidades: inteligência, carisma e crueldade. Bolsonaro só tem uma: a crueldade. Ele não tem carisma, por exemplo, para ter o exército com ele. O exército dele são os eleitores que deram 57 milhões de votos. E a principal razão é que nós perdemos esses votos, não foi ele que ganhou. E o detalhe é que só o PT conseguiu um bom número de votos e acho que vai conseguir de novo. Para mim, o segundo turno em 2022 será entre PT e Bolsonaro. Mas nada impede que haja uma ruptura. Basta um Major de uma PM juntar um grupo e dar continência ao Bolsonaro, está feito o estrago. Mas não vejo a possibilidade de golpe estrutural. Não há líder nas Forças Armadas. 

 Quem seria o candidato do PT?

Não sei, o melhor é Haddad.

O senhor vê chances de o Governo Bolsonaro dar certo?

Não. Era ótimo que desse. Nomear um ministro negro foi um gesto. Parar de falar besteira naquele muro foi um gesto, vai ver ele está aprendendo. O meu temor é que fique nessa instabilidade o tempo todo. Essa desorganização preocupa.

 Quem seria hoje um anti-Bolsonaro?

Não tem. Por isso acho que vai ser PT contra Bolsonaro de novo, a não ser que Moro ganhe força. Mas nós não temos unidade, cada um pensa no seu candidato. Ciro é um desses. E não aceitamos os nossos erros. A gente não vai ganhar se não falar a verdade ao povo. E a gente não tem um programa. Unificar para derrubar Bolsonaro não basta. Temos que saber o que fazer no dia seguinte. Eu defendo federalização e Ciro defende repetir Sobral, município por município. E a gente não se senta para se entender.

 Sérgio Moro pode ser anti-Bolsonaro?

Acho difícil. O eleitorado dele está ligado a Bolsonaro. Mas ele errou muito logo ao ser ministro. Não falo sobre a Lava Jato. Não vejo muita prova para incriminar Lula, mas eu disse que o Moro está errado, eu já não estou acreditando na democracia. Eu respeitei o Moro como juiz. Mas eu nunca quis nem aparecer numa foto com ele. Mas quando foi para o Ministério, perdeu toda a credibilidade. Ele prendeu Lula e depois foi trabalhar para o adversário de Lula. Ele desmoralizou a Lava Jato e a Justiça em torno dele. Agora suponha que no segundo turno seja Bolsonaro e Moro. Não é hora de perguntar onde nós erramos? (risos).

O senhor acha que os pedidos de impeachment contra Bolsonaro vão dar em alguma coisa?

Vai ser difícil, só se aparecer um batom na cueca. Queiróz pode ser um homem bomba, mas não sabemos. Agora, eu vi uma propaganda da Dilma defendendo o impeachment, mas na época dela dizia que era golpe. Eu votei a favor da saída dela, mas foi um constrangimento moral. Perdi amigos e etc.

O senhor acha que isso pesou na sua derrota na última eleição?

Nas pesquisas que eu fiz, não. Eu perdi mais votos por ter sido do PT do que ter votado pela saída da Dilma. Mas eu sofri muito com o Gabinete do Ódio. Não esse, o antigo. Pegaram uma foto minha, usando o nome das minhas netas e escreveram "meu avô é golpista". Não sei quem foi que mandou, mas fala-se de um deputado ou deputada do PT. E esse grupo na campanha de 2018 foi muito forte.  Na verdade, o Gabinete do Ódio não é cria do Bolsonaro, foi inventado pelo PT, por Lula e seus asseclas. Eu fui a primeira vítima do Gabinete do Ódio do PT pelo fato de ter votado a favor do impeachment. O que fizeram contra mim e minha família foram de uma brutalidade terrível, uma selvageria.

Política : É DIA 4 E PRONTO
Enviado por alexandre em 26/06/2020 08:58:49

Centrão quer a eleição dia 4 de Outubro e não abre mão

Câmara vai manter eleição dia 4, garante Sílvio Filho

Em entrevista ao Frente a Frente, o deputado Sílvio Costa Filho confirmou o sentimento do presidente nacional do seu partido, o Republicanos, Marcos Pereira (SP), e dos demais partidos que integram o Centrão, de que a Câmara dos Deputados não seguirá o Senado na decisão de mudar a data da eleição municipal.

“Vamos manter a eleição em 4 de outubro”, garantiu o parlamentar, adiantando que não há nada que justifique que o quadro da pandemia que o Brasil vive mudará em 40 dias, de 4 de outubro para 15 de novembro, como aprovou o Senado.

A entrevista vai ao ar durante o programa, que começa às 18 horas pela Rede Nordeste de Rádio, tendo como cabeça de rede a Rádio Hits 103,1 FM, no Grande Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no botão Rádio acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio no play store.








Centrão barra eleição em novembro

Não vai ser fácil a Câmara aprovar a mudança da data da eleição tão fácil e de forma tão rápida como se deu no Senado, que já deu o seu aval, em dois turnos, num único dia de votação, para o primeiro turno em 15 de novembro e o segundo turno em 29 de novembro. Com raríssimas exceções, os senadores fizeram o jogo do presidente da Casa, David Alcolumbre (DEM-AP), que agiu para agradar ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz Roberto Barroso, que também continua batendo ponto no Supremo Tribunal Federal.

Pressionado por prefeitos, o bloco conhecido como Centrão já anunciou que vai barrar o adiamento.  O deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), vice-presidente da Câmara e um dos principais líderes do Centrão, já avisou ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) que não dará os votos necessários e que tem o aval do presidente Jair Bolsonaro nessa articulação. O discurso oficial dos parlamentares contrários à mudança é que nada garante que postergar o julgamento das urnas em 42 dias fará com que a pandemia seja controlada nesse período.

Na prática, porém, a resistência tem outro motivo: muitos calculam que jogar as eleições para 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, beneficia a oposição. Prefeitos argumentam que adiar a corrida eleitoral favorece os adversários porque dá mais tempo para que candidatos rivais se organizem e façam campanha, ainda que de forma virtual. A avaliação é a de que, como a pandemia dificulta o debate político, quem já está no cargo leva vantagem. Partidos como Progressistas e Republicanos, integrantes do Centrão, já se manifestaram contra a nova data das disputas municipais e o PL também tende a seguir esse caminho.

Diante do impasse, o DEM está dividido e o MDB liberou a bancada para votar como bem entender. O MDB é o partido que filiou o apresentador José Luiz Datena, que, pelo atual calendário, terá até terça-feira para anunciar se concorrerá ou não à sucessão do prefeito Bruno Covas (PSDB) ou se será vice na chapa do tucano. A lei obriga que pré-candidatos apresentadores de rádio e TV se afastem dos programas até o próximo dia 30. Até agora, Datena vem dando sinais de que não entrará no páreo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu dificuldades para o adiamento das eleições. "Não há consenso. A única certeza é que a gente precisa dialogar mais sobre isso e espero que a gente consiga organizar essa votação", disse. "Precisamos manter a data das eleições municipais para podermos avançar o mais rápido possível na pauta das reformas. Ao postergar as eleições, fatalmente o Congresso demorará mais para atacar sobretudo os temas econômicos", escreveu no Twitter o deputado Marcos Pereira (SP), que comanda o Republicanos.

Prefeitos reagem – O Centrão dá as cartas do poder na Casa porque controla aproximadamente 200 dos 513 votos. Para que o adiamento das disputas seja aprovado é necessário o apoio de 308 deputados, em duas votações. Sem o aval do Centrão, no entanto, a proposta corre o risco de ser derrubada. Maia ainda não marcou a sessão virtual para apreciação do texto. Para Jonas Donizete, presidente da Frente Nacional de Prefeitos, o assunto é muito polêmico. "A entidade não tem uma posição fechada porque os prefeitos estão muito divididos. Quem vai para a reeleição é a favor de manter a data de 4 de outubro. Só esperamos que a Câmara decida rapidamente", afirmou Donizete, que é prefeito de Campinas e filiado ao PSB.

Prorrogação – O Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro quer criar, não pode participar das eleições deste ano porque ainda não conseguiu as assinaturas necessárias para sair do papel. O presidente afirmou que não se envolverá na campanha, mas a ideia é que seus aliados apoiem candidatos do Centrão. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi (Progressistas) disse que esticar o prazo da campanha faria com que a saúde da população fosse submetida a maior risco ainda. "Se ninguém sabe o que vai acontecer, não temos garantia nenhuma", observou Aroldi, ao defender o adiamento das eleições para 2022.

Insegurança – Até mesmo no Supremo Tribunal Federal (STF) há divergências sobre a conveniência de se estender a campanha. Nos bastidores, dois magistrados revelam que seria melhor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não entrar nesse debate político, deixando tudo a cargo do Congresso. O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, observou, porém, que a votação no Senado acolheu sugestão encaminhada pela Corte após recomendação de médicos. "Não era uma vontade política nossa, mas apenas o encaminhamento de um entendimento uníssono de todos os médicos, cientistas, epidemiologistas infectologistas que pudemos ouvir", argumentou Barroso. "Todos recomendaram a conveniência de se adiar as eleições por algumas semanas, pela convicção de que em setembro, a curva já estará decrescente", afirmou. Será?

Vergonha – Bem recebido pelos que vivem na informalidade, o programa federal de uma ajuda de R$ 600 durante a pandemia beneficiou quem não tinha direito, numa prova de que não existe o menor controle nem fiscalização. A prova está na descoberta do Tribunal de Contas de Pernambuco, que fez um cruzamento de dados, junto com a Controladoria Geral da União (CGU), e identificou que 15.061 servidores públicos de Pernambuco receberam o auxílio emergencial. A quantia, paga de forma irregular a esses profissionais, foi de R$ 10,4 milhões. O levantamento foi divulgado ontem. De acordo com o presidente do TCE, Dirceu Rodolfo Melo Júnior, parte dos servidores identificados recebeu o dinheiro automaticamente, por ter cadastro ativo no Bolsa Família ou CAD Único. Outros 5 mil servidores solicitaram voluntariamente.

CURTAS

FRAUDE? – “Os servidores podem ter sido vítimas de fraude ou podem ter recorrido ao auxílio. Identificamos um perfil diversificado, de médicos, advogados, copeiros que fizeram solicitação”, afirmou presidente do Tribunal de Contas do Estado. Para os servidores que não tinham cadastro, segundo ele, foram pagos R$ 2,8 milhões, sendo R$ 1,1 milhão na primeira parcela e R$ 1,7 milhão na segunda parcela. Servidores de 20 municípios do Estado são responsáveis pelo recebimento de 40% do total pago a servidores públicos. Os funcionários atuam nas cidades de Pesqueira, Petrolina, Garanhuns, Saloá, Limoeiro, Caetés, Passira, Escada, Brejo da Madre de Deus, São José do Belmonte, São Caetano, Caruaru, Ibimirim, Paranatama, Paulista, Terezinha, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabrobó.

VERSÃO DE GEL– A propósito das críticas ao seu silêncio, assim como dos deputados José Queiroz e Erick Lessa, diante da decisão do governador Paulo Câmara de decretar lockdown em Caruaru, o deputado Tony Gel (MDB) explicou que tem tido uma postura de respeito e não de omissão quanto às medidas governamentais. "Não interfiro em decisões respaldadas em critérios técnicos e científicos", afirmou. Segundo ele, o Governo do Estado vem colaborando na medida do possível com Caruaru, tendo já melhorado e ampliado o setor de atendimento aos pacientes com Covid-19 do hospital Mestre Vitalino. "O Governo ampliou as vagas de UTI no Vitalino e fez parcerias com hospitais peculiares", disse o parlamentar.

LIVE COM MARÍLIA – A série de lives pelo Instagram deste blog sobre o “Debate Recife” envolvendo os pré-candidatos a prefeito da capital será encerrada, hoje, com Marília Arraes, do Partido dos Trabalhadores. Foram três semanas, sempre às segundas e sextas-feiras, tendo sido entrevistados todos postulantes, com exceção de Patrícia Domingos, do Podemos, que não aceitou o convite e de João Campos, do PSB, que sequer deu uma satisfação ao convite a ele formulado pela minha equipe. A live de Marília será no mesmo horário das demais, às 19 horas. Se você não segue ainda o Instagram do blog vai lá e adiciona: @blogdomagno.

Perguntar não ofende: Na mudança da eleição, sem saber como estará a pandemia no final do ano, qual importância fará um mês e pouco na data da eleição?

Política : E O FUTURO?
Enviado por alexandre em 25/06/2020 08:51:14

O futuro em jogo é a guerra contra um vírus mortal
Por Carlos Sinésio

Os prejuízos causados pelo novo Coronavírus no mundo são incalculáveis, como tanto se sabe. Entretanto, um dos setores mais prejudicados e que continua mergulhado em incertezas é o da Educação. O problema é seríssimo e preocupa. Isso porque tudo o que temos, precisamos e vivemos num mundo cada vez mais tecnológico carece de estudos e de pesquisas a cada dia mais avançadas e que não podem sofrer interrupção.

No Brasil, o problema é ainda bem mais acentuado. Aqui não há uma estrutura capaz de superar tamanhos prejuízos com mais rapidez e eficiência, como ocorre em países mais desenvolvidos e que investem muito bem nessa área, tão imprescindível ao desenvolvimento humano e ao bem-estar das pessoas.

A educação de excelência é o que garantirá um futuro melhor para todas as sociedades. Disso ninguém deve mesmo duvidar. Assim, nesse mar de incertezas que cerca o setor, é o futuro que está em jogo. Parte dos prejuízos pode até ser recuperada com o tempo, mas há coisas que dificilmente se superam na sua integralidade.

Com a pausa imprevisível e imprevista nas atividades escolares e universitárias, houve uma quebra de ritmo, uma ruptura no ensino e nas pesquisas que não se remenda facilmente. Quem observa as mudanças na vida de alunos e professores, até na própria família, pode perceber isso claramente.

Há três meses, parte dos alunos de escolas públicas e privadas está assistindo apenas a vídeoaulas, única maneira possível, no momento, de se ensinar e aprender e não dar o ano por perdido. Sem aulas presenciais, as vídeoaulas podem suprir parte das necessidades.

Entretanto, alunos de universidades públicas, por exemplo, e de muitas outras escolas das redes municipais e estaduais não estão tendo sequer essa oportunidade. O pior é saber que muitos não assistem as aulas em casa porque não dispõem de computador ou de rede de internet adequada. Lamentável!

Além dos prejuízos no aprendizado, existem perdas de efeito psicológico causadas, sobretudo, em crianças e jovens com mais dificuldade de compreender o atual contexto provocado pela Covid-19. Imagine, por exemplo, um jovem que vai fazer vestibular e acha que não conseguirá a vaga desejada numa universidade pública porque não teve aulas presenciais. Prejuízo emocional na certa.

Enquanto não se definem os cronogramas de aulas presenciais para as redes públicas e privadas, as principais universidades públicas de Pernambuco (UFPE, UFRPE e UPE) avisam que aulas presenciais integralmente para seus 64 mil alunos da graduação só mesmo em 2021. O quadro é tão sério que das 69 universidades federais do País, apenas nove estão oferecendo vídeoaulas.

Essas incertezas e indefinições ainda vão exigir muito trabalho dos profissionais e dirigentes da Educação, até encontrarem saídas menos dolorosas e possíveis para se resolver a situação.

O polêmico e incompetente ministro da Educação, Abraham Weintraub, está sendo defenestrado do cargo por não ter feito nada, além de criar confusões e prejudicar o País. Quem sabe isso não ajuda as autoridades a encontrar os caminhos para se colocar, de forma segura, alunos e professores novamente na sala de aula? O Brasil precisa e clama por isso.

*Jornalista

Projeto de Jaboatão é selecionado pela Opas

Uma iniciativa desenvolvida por equipes da Unidade de Saúde da Família (USF) Santa Felicidade, em Jaboatão dos Guararapes, para mapear pacientes suspeitos ou confirmados para a Covid-19, foi classificada na primeira etapa do prêmio “APS Forte para o SUS: No Combate à Pandemia”.

Desenvolvida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e pelo Ministério da Saúde, a premiação tem como objetivo valorizar e divulgar experiências que tragam soluções para atender a população durante a emergência sanitária. Jaboatão foi a única cidade do Nordeste selecionada para apresentar o trabalho durante uma live organizada pela Opas e que irá ao ar, amanhã, às 17h.

O trabalho elaborado no município do Jaboatão aplica a ferramenta tecnológica de geolocalização do Google Earth para acompanhar pacientes suspeitos ou confirmados para o novo coronavírus, permitindo visualizar de forma rápida no gráfico territorial a distribuição dos casos, diferenciados por sua classificação clínica.

O mapeamento é baseado no monitoramento dos pacientes, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, permitindo alertar à equipe e à gestão municipal quanto à distribuição territorial da doença, além de viabilizar o planejamento de ações específicas e o monitoramento ágil dos pacientes em microáreas da cidade.

Outro ganho da ferramenta é a utilização de uma tecnologia pré-existente e gratuita, que, somado aos esforços da rede de saúde municipal, contribuiu para o ágil monitoramento e acompanhamento territorial de casos da Covid-19.

Política : RETORNANDO
Enviado por alexandre em 25/06/2020 08:44:47

Bolsonaro retoma viagens pelo Brasil

Desgastado pela pandemia do novo coronavírus e pelas investigações envolvendo a família, o presidente Jair Bolsonaro tentará conter a deterioração da sua imagem, com a entrega de obras públicas. A primeira agenda com essa meta será em viagem a Penaforte (CE), para participar da inauguração de um trecho de obra da transposição do Rio São Francisco.

A chegada das águas do manancial ao estado deve garantir segurança hídrica à região e, principalmente, diminuir drasticamente os problemas relacionados ao abastecimento de água potável no Ceará e em outros estados, como Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Dessa forma, ao promover a entrega do empreendimento, Bolsonaro passará a imagem de que concluiu aquilo que os governos do PT não conseguiram terminar em quase 10 anos de obras, o que pode aumentar a popularidade no Nordeste, região em que ele menos recebeu votos em 2018.

O compromisso político torna-se ainda mais emblemático por se tratar da primeira viagem oficial de Bolsonaro ao Ceará desde que ele assumiu o Palácio do Planalto. Sendo assim, o presidente também poderá saber se a renda emergencial do auxílio de R$ 600 contribuiu, de alguma forma, para melhorar a avaliação do governo. Políticos da base já disseram ao mandatário que o coronavoucher é tratado como o “dinheiro do Bolsonaro” pelos moradores do Nordeste.

Na avaliação de parlamentares do estado, a cerimônia será um marco tanto para os cearenses quanto para Bolsonaro. “A importância é imensa. Sempre tivemos dificuldades com recursos hídricos e sabemos que, a qualquer momento, pode faltar água de novo”, comentou o deputado federal Vaidon Oliveira (Pros). “Acredito que é um momento de felicidade para todos e será muito importante para o presidente, mesmo porque, todo governo gosta de fazer inauguração e, no fim, isso é o que fica”. Continue lendo


CNN Brasil

A carta apresentada ao comitê de ética do Banco Mundial que pede a suspensão da nomeação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub ao cargo de diretor-executivo serve apenas como uma nota desagravo e expõe a opinião da maioria dos colaboradores do órgão, informou à CNN uma fonte ligada à liderança da Associação de Funcionários. O pedido, assinado pela associação, não tem força para barrar a nomeação.

O texto ressalta ao comitê de ética falas de teor preconceituoso e racista ditas por Weintraub ao longo de sua passagem pela pasta da Educação, com destaque a uma publicação nas redes sociais em que o ex-ministro ironizou os chineses, os acusando de “dominação mundial” e os responsabilizando pelo surgimento da Covid-19.

O argumento apresentado pela Associação dos Funcionário é de que o Banco Mundial não pode admitir um diretor-executivo que desrespeite o compromisso de diminuição da desigualdade, proposto pela organização na data da fundação em 1944.

Por sua vez, a nomeação de Abraham Weintraub só pode ser suspensa por Paulo Guedes, o ministro da Economia que tem poder para indicar o representante do Brasil no órgão. Outra possibilidade seria um eventual desrespeito às regras de conduta do banco, depois da posse no cargo.

Houve um episódio parecido, em 2012, quando César Guido Forcieri foi indicado a um cargo de diretor, pela Argentina. Na época da nomeação, ele era suspeito de fazer parte de um esquema de corrupção, no seu país de origem, que passou a ser investigado em 2014.

Weintraub deixou o Ministério da Educação na quinta-feira (18) e chegou aos Estados Unidos dois dias depois – quando teve a exoneração publicada no Diário Oficial da União (DOU). Continue lendo

Política : COM CALMA
Enviado por alexandre em 24/06/2020 08:35:47

Bolsonaro vai escolher novo ministro da Educação com calma

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que conversou nesta terça-feira (23), com Jair Bolsonaro, continua liderando os cotados para ser ministro da Educação, mas o presidente ainda não bateu o martelo porque precisa fazer consultas e considerar opções como Sérgio Sant’Ana, ex-assessor especial do MEC, que produziu o “milagre” de não sair “queimado” da gestão de triste memória de Abraham Weintraub.

Bolsonaro saiu bem impressionado da reunião com o secretário do governo Ratinho Júnior, mas quer saber mais sobre Renato Feder.

Bolsonaro não quer repetir no MEC escolhas das quais se arrependeu, de pessoas que não conhecia, como Sérgio Moro e Nelson Teich.

O presidente orientou seus articuladores a manterem partidos e políticos longe das conversações para a escolha do novo ministro da Educação.

Se a qualificação de Renato Feder “enche os olhos” do presidente, Sérgio Sant’Ana preenche ‘requisitos ideológicos’ caros ao bolsonarismo. A informação é do Diário do Poder.



A Câmara aprovou nesta terça-feira (23), por 353 votos a 125, o texto principal do projeto de lei que muda o Código Brasileiro de Trânsito. Entre outras medidas, a proposta aumenta a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de cinco para dez anos e vincula a suspensão do direito de dirigir por pontos à gravidade da infração. Ainda falta a análise dos destaques ao texto principal. Acompanhe ao vivo no final do texto.

O relatório de Juscelino Filho (DEM-MA) fez mudanças para vencer resistências ao projeto. Uma delas foi no trecho que aumentava a pontuação necessária para que a CNH fosse suspensa. O deputado do DEM manteve a ampliação da pontuação, mas incluiu gradações e pesos diferentes para cada infração de trânsito.

A oposição tentou adiar a análise da proposta. Ainda falta de mais de 20 destaques, boa parte deles para suprimir os trechos que aumentam a validade da CNH e que ampliam o limite de pontos até o documento ser suspenso.

Além disso, partidos da oposição criticam o fato da matéria não ter relação com a crise do coronavírus e que isso quebra o acordo construído de votar no sistema remoto somente textos de combate à doença e seus efeitos.

A matéria é considerada prioridade para o presidente Jair Bolsonaro e o governo contou com o apoio do Centrão para aprová-la.

A deputada Christiane Yared (PL-PR), da frente parlamentar pelo trânsito seguro e que já coordenou o grupo, criticou o projeto. “Embora a sociedade acredite que o projeto 3267/2019 possa ser um avanço em modernidade para o trânsito brasileiro, estamos preocupados com a flexibilização das leis em um país onde o judiciário é permissivo, e raras às vezes pune infratores que cometem crimes de trânsito”, disse.

Eleita pela primeira vez em 2014 com a plataforma de segurança no trânsito, a deputada ficou conhecida por ter perdido um filho em uma tragédia automobilística em 2009. O ex-deputado paranaense Luiz Fernando Ribas Carli Filho foi condenado, há um ano, por causar a morte do filho da parlamentar.

Também nesta terça-feira (23), ainda foram votados dois destaques. A emenda do deputado Cléber Verde (Republicanos-MA), que atribuía aos municípios o registro de bicicletas elétricas ou com motor, assim como a habilitação de seus condutores, mais foi rejeitada.

Assim como o destaque do Cidadania que pretendia retomar, no texto, a obrigatoriedade de uso de farol baixo em qualquer tipo de rodovia, e não somente naquelas de faixa simples.

O plenário volta a deliberar sobre as mudanças no Código de Trânsito nesta quarta-feira (24). Com informações da Agência Câmara de Notícias.

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