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Política : Bolsonaro e Michelle querem R$ 20 mil de indenização após fala de Lula sobre móveis desaparecidos
Enviado por alexandre em 23/03/2024 22:01:28


Jair Bolsonaro ao lado de sua esposa Michelle Bolsonaro. Foto: Sergio Lima

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro, tomaram medidas legais contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando-o de envolvimento no desaparecimento de móveis públicos do Palácio da Alvorada.

Na sexta-feira (22), uma ação foi apresentada no 4° Juizado Especial Civil de Brasília por quatro advogados em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro. Eles buscam uma compensação de R$ 20 mil por danos à imagem devido às alegações de sumiço de móveis do patrimônio público.

O governo de Lula respondeu, afirmando a ausência de controle durante a gestão de Bolsonaro, indicando que a falta de registro levou ao desaparecimento de 261 itens. O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação do governo, explicou que esses itens foram posteriormente localizados pela Comissão de Inventário Anual da Presidência da República.

Política : Datafolha: queda na aprovação foi pequena, mas ajuda governo a ficar mais esperto. Por Miguel do Rosário
Enviado por alexandre em 23/03/2024 22:00:11


O presidente Lula. Foto: Adriano Machado/Reuters

O último Datafolha trouxe alívio para o governo e para os setores sociais que permanecem angustiados com a resiliência do terrorismo reacionário que governou o país entre 2019 e 2022.

Afinal, mesmo acuados judicialmente, por denúncias já amplamente comprovadas, de que fraudaram carteiras de vacinação e conspiraram por um golpe de Estado, os terroristas de ultra-direita ainda tem um notável poder de mobilização.

É profundamente melancólico, quase depressivo, constatar que um grupo político tão radicalmente negacionista e corrompido, ao ponto de não apenas se recusar a se vacinar, mas de usar a influência política da presidência da república para obter certificados falsos de imunização contra a Covid, ainda tem tantos adeptos junto a uma classe média com ensino médio e superior.

Mas nosso papel não é de reclamar, e sim de iluminar, na medida que nossos modestos talentos nos permitem, as razões objetivas, conquanto frequentemente obscuras, que levaram milhões de pessoas a aderirem a uma visão de mundo tão egoísta, cínica e violenta.

O alívio se explica porque o declínio de aprovação, de apenas 3 pontos, para 35% de ótimo/bom, está em linha com o que outros institutos mostraram. Em junho de 2023, Lula tinha 37%, em dezembro, 38%. Não se deve falar em tendência, porque o Datafolha mostrava, até dezembro, uma tendência de estabilidade e melhora da avalição do governo.

Além disso, o próprio presidente Lula já reagiu da forma mais produtiva possível: interpretou o declínio de sua aprovação como um recado do povo para o governo ficar mais esperto, especialmente em relação à inflação dos alimentos.

Conforme veremos na análise a seguir, a base social de Lula é a população de baixa renda, profundamente vulnerável às mais pequenas variações nos preços dos alimentos, sobretudo dos produtos mais básicos, como arroz.

A aprovação atual de Lula – 35% – está acima da média de presidentes da república após 1 ano e três meses, que é de 30%.

Bolsonaro, por exemplo, considerado um “fenômeno” de popularidade, tinha 33% após 1 ano e 3 meses de governo, e manteve durante a maior parte do tempo uma aprovação próxima de 30%, do início ao fim de seu mandato.

É interessante, de qualquer forma, examinar a pesquisa no microscópio, olhando para os números estratificados, especialmente por renda e instrução.

Entre os eleitores mais pobres, com renda familiar até 2 salários, e que correspondem a 57% da população, Lula mantém uma aprovação sólida de 40%. O presidente chegou a ter 45% neste segmento nos três primeiros meses. É normal que o entusiasmo diminua após 1 ano e três meses. Até porque as principais iniciativas do governo ainda não chegaram à maturidade. A inflação de alguns alimentos básicos, como o arroz, gerou uma insatisfação previsível no eleitorado de baixa renda. A boa notícia é que há previsão de queda, para os próximos meses, no preço desses mesmos produtos. No geral, a inflação acumulada segue controlada, indicando que a alta de alguns itens tem sido compensada pela queda em outros.

Quando olhamos para o próximo estrato de renda, de eleitores cuja família aufere de 2 a 5 salários por mês, que corresponde a quase um terço da população brasileira, entendemos porque os desafios ainda são enormes para o governo Lula, e também porque o bolsonarismo ainda resiste.

Este é um setor muito influente na política, muito mais do que no passado, em virtude da emergência das redes sociais. Na década de 90, até início dos anos 2000, a grande mídia detinha uma hegemonia total sobre o debate público. Hoje não. Alguns setores sociais, com renda e instrução suficientes para dominarem as tecnologias básicas de rede social, estão cada vez mais conscientes de seu potencial para interferir e influenciar os rumos políticos do país. O processo que levou ao impeachment da presidente Dilma representou um teste de força para esses setores, e eles gostaram do gostinho de vitória que desfrutaram.

Desde junho de 2013, o Brasil vive uma espécie de “revolução” da classe média. Este grande movimento de classe média se caracteriza por um ideário fortemente liberal, embora não tão radicalizado como o de Paulo Guedes e seus companheiros de Faria Lima e Insper, o que explica sua preferência por Bolsonaro num primeiro momento. Mas ela é também relativamente progressista do ponto-de-vista dos costumes e no respeito à ciência, o que provocará, por sua vez, uma grande dissidência deste setor, parte do qual voltará a votar na esquerda, vista como mais cosmopolita, progressista e moderna.

O raciocínio acima fica mais claro quando se olha para a classe média superior, com renda familiar entre 5 e 10 salários, que é aquela com poder aquisitivo para comprar carros, frequentar os bares da moda nas grandes cidades, viajar para outros países e participar, em grande estilo, dos debates econômicos e políticos mais exclusivos.

A comparação entre Lula e Bolsonaro é profundamente desvantajosa para o petista, embora o Datafolha confirme o que já tínhamos constatado em outras pesquisas, que é uma recuperação de Lula junto a esta mesma classe média, ao ponto de,  após 1 ano e três meses, a aprovação de Lula nesse estrato (30%) ser muito parecida à de Bolsonaro (33%) no mesmo período. Entretanto, o mal estar da classe média com Bolsonaro, muito forte durante a pandemia, pois o cosmopolitismo deste estrato o afastou naturalmente do terraplanismo científico daquele governo, irá se desfazer. Às vésperas da eleição em 2022, ela vai tampar o nariz e voltará a apoiar fortemente o governo Bolsonaro, fazendo a aprovação deste chegar a 44% entre famílias com renda de 5 a 10 salários.

Esse apoio maciço de Bolsonaro junto a esta classe média é que gera um fenômeno específico, muito peculiar, pois falamos aqui de um setor social com enorme visibilidade pública e presença nas redes sociais. Essa classe média superior dispõe de renda e tempo suficientes para se mobilizar com rapidez e agilidade, além de residir em áreas nobres, com maior acesso às vias principais. Ela consegue, portanto, atender mais facilmente aos convites para participar de manifestações. É muito mais fácil ir à Paulista se você mora ali do lado, num edifício no Jardim Paulista, do que se você reside no extremo sul da cidade, a duas horas de viagem num coletivo desconfortável.

Antes de aceitar a provocação da direita rica e entrar numa batalha de quem mobiliza mais gente, a esquerda devem ficar atenta a essa característica de seu próprio eleitorado.

Outro comparativo importante se refere à instrução. Talvez seja um comparativo ainda mais efetivo. Há muito tempo procuro um setor social que corresponda ao termômetro mais fiel do que chamamos de opinião pública, por isso minha tendência a olhar com tanta atenção para os estratos médios. Mas possivelmente o setor mais representativo de um opinião política mediana da sociedade brasileira seja o eleitor com instrução com formação (completa ou incompleta) até o ensino médio.

É aí, todavia, que está o maior perigo e o maior desafio para o atual governo: construir uma política pública, em primeiro lugar, e uma comunicação, em segundo, que atenda aos interesses e agrade os ouvidos desse estrato.

O eleitor com ensino médio representa 47% do eleitorado, de maneira que ele não apenas é relevante na sociedade como constitui um estrato grande o suficiente para que, numa pesquisa, as margens de erro sejam relativamente pequenas.

Segundo o Datafolha, após um ano e meio de governo, Lula tem aprovação de 29% dos eleitores com ensino médio. Este é um percentual um pouco menor do que possuía Bolsonaro na mesma época. Lula perdeu musculatura nesse estrato, pois chegou a ter 33% em dezembro, ultrapassando Bolsonaro em igual período (32%).

Por outro lado, Lula ainda tem uma modesta vantagem sobre Bolsonaro, ainda olhando para este segmento, no quesito rejeição, pois o ex-presidente tinha 36% de desaprovação entre eleitores com ensino médio, após um ano e três meses de governo, ao passo que Lula, hoje, tem 33% de desaprovação.

Conclusão

Essa pesquisa Datafolha não é ruim para o governo, ainda mais considerando a maneira pragmática com que Lula costuma interpretar pesquisas. Em entrevista recente ao SBT, Lula declarou que encara o declínio de sua aprovação com humildade e autocrítica: “é sinal de que não estamos trabalhando tanto como deveríamos”, disse ele. Em seguida, o presidente convocou reunião ministerial para avaliar o que o governo precisa fazer para reduzir o preço dos alimentos básicos, o que seria uma das razões para a queda na aprovação.

De fato, uma queda pequena na avaliação nas pesquisas pode ser de grande utiilidade para o governo, na medida em que, não sendo relevante o suficiente para atiçar a oposição, atua como uma pedra quente sob os pés da administração, para que ela não descanse, não fique parada, e intensifique os esforços para acelerar o crescimento econômico do país.

Os dados econômicos permanecem sólidos. A arrecadação fiscal bateu recorde no primeiro bimestre, sem que a carga tributária tenha aumentado, o que, juntamente com a queda nos juros (e estes seguem caindo, felizmente), libera orçamento para o governo executar políticas públicas mais audaciosas. Ao cabo, a melhor pesquisa do governo serão meia dúzia de índices econômicos e sociais, como a taxa de desemprego, a renda média do trabalho, a inflação e o crescimento do PIB. Se estes permanecerem positivos, nem importa tanto, ao menos para o país, qual seja a aprovação do poder executivo, porque o importante é o povo, e não o governo, estar feliz.

Abaixo, alguns outros gráficos que podem lhe interessar:

Originalmente publicado em O Cafezinho

Política : Após criticar Bolsonaro, Lula coloca visitas a Janja sob sigilo
Enviado por alexandre em 22/03/2024 00:31:49

Em 2023, o petista fez 1.339 pedidos de sigilo de 100 anos

Lula e Bolsonaro Foto: EFE/Sebastiao Moreira

Durante a campanha eleitora de 2022, o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou Jair Bolsonaro (PL) por utilizar o direito de colocar algumas informações sob sigilo.

Lula chegou a usar a derrubada dos sigilos de Bolsonaro como promessa de campanha e foi um de seus primeiros atos na Presidência.

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– Qualquer pessoa podia saber o que acontecia no nosso governo. Agora, o Bolsonaro, não. O Bolsonaro dizia que não tem corrupção, mas decreta sigilo de 100 anos para qualquer denúncia contra ele. Decreta sigilo de 100 anos para o filho, para os amigos, para o Pazuello. Nada dele é investigado. Toma aqui 100 anos, para quando ele não existir mais – disse Lula em junho de 2022.

Agora, como presidente do país, o petista já usou este direito 1.339, colocando informações diversas sob sigilo de 100 anos.

Entre as informações que são sigilosas está a agenda da primeira-dama, Janja da Silva, além de assuntos como as comunicações diplomáticas sobre o ex-jogador Robinho, condenado na Itália por estupro. A lista dos militares do Batalhão de Guarda Presidencial que estavam de plantão no dia 8 de janeiro de 2023 também estão protegidas por sigilo.

Somente em seu primeiro ano do terceiro mandato, Lula fez sete pedidos de sigilo a mais que seu antecessor. Questionada, a Controladoria-Geral da União (CGU) defendeu que o recurso deve ser adotado em alguns casos e disse que gestão passada “utilizava o sigilo centenário indevidamente”.

Política : Lula descarta evento com pastores e resiste a diálogo com evangélicos
Enviado por alexandre em 22/03/2024 00:30:09


O presidente Lula. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula tem rejeitado o apelo de ministros para fazer um gesto a evangélicos para buscar apoio do setor religioso. O petista recebeu uma série de sugestões de auxiliares, mas diz que não quer substituir o ex-presidente Jair Bolsonaro para o eleitorado desse segmento.

Ministros já sugeriram que o Lula promovesse um evento ou encontro com pastores, um grupo de governo para dialogar com evangélicos ou lançar um programa com políticas públicas específicas para os religiosos. O presidente negou todas as solicitações.

O petista argumenta nos bastidores que deseja se aproximar de evangélicos mostrando que eles também serão beneficiados pelos avanços do governo nas áreas sociais e econômicas. Ele alega que o Estado é laico e não deve fazer uso político da fé.

Lula durante encontro com evangélicos em 2022. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Para Lula, o maior problema não é a disposição para dialogar com o setor, mas uma resistência das próprias lideranças evangélicas, que não desejam uma aproximação. Em reunião ministerial na última segunda (18), o presidente criticou o uso da religião como “instrumento político” e uma manipulação do eleitorado evangélico.

“Um país em que a religião não seja usada como um instrumento político de um partido ou de um governo. Que a fé seja exercitada na mais plena liberdade das pessoas que queiram exercê-la. A gente não pode compreender a religião sendo manipulada da forma vil e baixa como está sendo neste país”, afirmou na ocasião.

O ministros têm sugerido medidas de aproximação com o segmento após pesquisa Genial/Quaest mostrar que o trabalho de Lula tem 62% de desaprovação entre evangélicos, número que era de 56% em dezembro de 2023 e ultrapassa a média geral da população, que é de 46%.

Política : Datafolha: Reprovação de Lula vai a 33% e aprovação despenca
Enviado por alexandre em 22/03/2024 00:20:10

Entre os evangélicos, reprovação ao governo do petista subiu de 38% para 43%,


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EFE/ Andre Borges

A reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cerca de um ano e três meses de gestão, subiu, de 30% em dezembro para 33% na pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (21). Já a aprovação caiu de 38% para 35%.

A avaliação regular continuou em 30%. Não sabem ou não responderam são 2%, mesmo número do levantamento anterior.

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O Datafolha realizou a sondagem nestas terça-feira (19), e quarta-feira (20). O instituto fez 2.002 entrevistas com eleitores de 147 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Entre os evangélicos, a reprovação ao governo Lula subiu de 38% para 43%, enquanto a aprovação oscilou de 26% para 25%. Os que consideram o governo regular caíram de 34% para 30%.

O levantamento mostra também que 44% dos entrevistados acreditam que o governo Lula tem mais vitórias do que derrotas, enquanto 42% consideram o contrário.

No segmento com renda de dois a cinco salários mínimos, a avaliação negativa de Lula foi de 35% para 39%. Já na faixa de cinco a dez salários, esta avaliação subiu de 38% para 48%.

Para 58% dos eleitores entrevistados, o presidente da República fez menos do que poderia no governo. Já 24% consideram que Lula cumpriu o prometido, e 15%, que superou expectativas.

*AE

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