Moraes marca novo depoimento de Anderson Torres para o dia 2
Ministro acatou pedido feito pela defesa de Torres
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) realize a oitiva do ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em 2 de fevereiro, às 10h30.
Moraes acatou pedido feito pela defesa de Torres, que solicitou acesso aos inquéritos 4879 (que apura atos antidemocráticos) e 4781 e 4874 (que investiga milícias digitais), como condição para prestar depoimento.
Uma primeira tentativa foi feita na última quarta-feira (18), quando o ex-ministro ficou em silêncio. A defesa então solicitou a remarcação para esta segunda-feira (23), às 10h30, mas o procedimento não foi realizado porque Moraes ainda não havia concedido acesso aos autos.
Como os inquéritos 4781 e 4879 são sigilosos, o acesso deverá ser agendado previamente e será fornecido por meio de cópia digitalizada, com marca d’água identificando o destinatário, que deverá manter o sigilo. No despacho, Moraes destacou que o inquérito 4874, por sua vez, já é público.
Para Mary O'Grady, Supremo brasileiro "está amordaçando seus críticos" sem o devido processo
A colunista Mary Anastasia O’Grady, do jornal norte-americano The Wall Street Journal, defendeu em artigo publicado neste domingo (22) que o Supremo Tribunal Federal (STF) representa uma ameaça ainda maior à democracia que a invasão às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. No texto, a jornalista versa sobre seu receio com a “repressão do Brasil à liberdade de expressão”.
De acordo com ela, o mundo parece não perceber o “perigo iminente à liberdade que agora espreita no Brasil: uma Suprema Corte que está amordaçando seus críticos, congelando seus bens e até mesmo prendendo alguns, tudo sem o devido processo”.
O’Grady reconhece que os eventos de 8 de Janeiro “merecem condenação inequívoca” e que “levar os responsáveis pela destruição de propriedade do governo à Justiça é uma responsabilidade fundamental do Estado”. Entretanto, enxerga “moralização seletiva” no caso.
– A afirmação de que o motim de Brasília é fruto do dia 6 de janeiro de 2021 [data da invasão ao Capitólio, nos EUA] cheira a moralização seletiva. Quando a extrema esquerda vandalizou a Colômbia por meses em 2021, não me lembro dos militantes de Washington, D.C. culpando-a pelos tumultos do verão de 2020 ligados ao Black Lives Matter nos EUA – escreveu.
Ela finaliza sua avaliação citando casos de autoritarismo no judiciário em outros países:
– A Venezuela era uma democracia no início dos anos 2000, quando o homem forte Hugo Chávez assumiu o controle do judiciário, eliminando os direitos das minorias e as proteções legais. Jimmy Carter aplaudiu o chavismo. Tiranos na Bolívia e na Nicarágua copiaram o manual político de Chávez. Hoje, a separação de poderes necessária para a sobrevivência da democracia é incerta em muitos países da região, incluindo Colômbia, Honduras, El Salvador e México – concluiu.
Plano do casal incluía que ela se suicidasse depois
A mulher que matou o marido a tiros neste sábado (21) em um hospital de Daytona Beach, na Flórida, onde ele estava internado em estado terminal, disse à polícia que agiu para atender um pedido dele e que o plano incluía ela tirar a própria vida, segundo informou a imprensa local neste domingo (22).
A polícia identificou a mulher como Ellen Gilland, de 76 anos, e o marido como Jerry Gilland, de 77.
– Como ele estava em estado terminal, eles conversaram e planejaram o que fazer cerca de três semanas atrás – disse o chefe da polícia de Daytona Beach, Jakari Young, segundo emissoras de televisão dessa cidade localizada na costa leste da Flórida.
Ellen Gilland foi presa assim que deixou o quarto do marido no Hospital AdventHealth, onde se entrincheirou após baleá-lo e do qual não saiu por cerca de três horas, de acordo com a polícia.
Young disse que a mulher foi presa por homicídio, mas será o Ministério Público quem ficará a cargo de denunciá-la.
De acordo com um comunicado da polícia divulgado no sábado, oficiais de negociação foram enviados ao hospital quando a morte de Jerry Gilland foi confirmada para persuadir a mulher armada a sair do quarto e se entregar.
Na ocasião, a polícia pediu às pessoas que não se aproximassem do local e a área do Hospital AdventHealth foi evacuada para proteger funcionários e pacientes.
Segundo Young, naquela área para doentes terminais, localizada no 11º andar do hospital, a maioria dos pacientes está ligada a respiradores, o que dificultou muito a evacuação.
Segundo o Channel 9 de Daytona Beach, ainda não se sabe como Ellen Gilland conseguiu escapar dos controles do hospital e entrar com uma arma no centro médico.
Ministro se reuniu, junto com Lula, com os comandantes das Forças Armadas
O ministro da Defesa, José Múcio, declarou que os comandantes das Forças Armadas concordaram em abrir processos para apurar e punir casos de militares que tiveram envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. A declaração ocorreu após a reunião desta sexta-feira (20) entre o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os comandantes.
– Os militares estão cientes e concordam que vamos tomar essas providências. Evidentemente, no calor da emoção a gente precisa ter cuidado para que acusações e penas sejam justas. Tudo será providenciado em seu tempo – declarou.
Múcio disse ainda que, com a reunião de trabalho realizada nesta sexta, Lula buscava recuperar a confiança nas Forças Armadas. O encontro entre Lula e os comandantes ocorreu uma semana depois de o presidente dizer que “perdeu a confiança” em militares da ativa.
– Ele [Lula] tem consciência, e as Forças Armadas também, da atenção que deu às Forças Armadas. E quis renovar essa confiança. Evidentemente não poderíamos ficar nessa agenda última, temos que pensar para a frente, pacificar esse país e governar – destacou Múcio.
O ministro ainda disse acreditar que não houve envolvimento direto das Forças Armadas nos atos realizados no dia 8 de janeiro na capital federal, mas destacou que, se a participação de algum militar individualmente for comprovada, a pessoa responderá como cidadão.
– Eu entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas Agora, se algum elemento individualmente teve participação, ele vai responder como cidadão – completou.
O cadeirante morreu na hora após o violento atropelamento
Um cadeirante que ainda não está identificado foi atropelado e a morte foi instantânea na hora na tarde desta sexta-feira, 20, na Avenida Margarita, mais conhecida como estradão do Jardim Botânico, no bairro da Cidade de Deus, Zona Norte de Manaus.
Um carro em alta velocidade e fazendo ultrapassagens na posta, de acordo com as testemunhas, atropelou o cadeirante com idade aproximada de 40 ano, que estava tentando atravessar sozinho a mais movimentada avenida do referido bairro.
Ainda não há informação sobre modelo, cor e placa do carro, se houve a fuga do motorista que atropelou o cadeirante ou se ele ficou no local para prestar socorro à vítima, apesar da equipe do Samu que compareceu ao local, ter confirmado que a morte foi instantânea.
Várias fotografias e imagens de vídeos gravados por populares mostram a cadeira de rodas completamente destruída e jogada na pista, a uma longa distância de onde estava o corpo da vítima fatal, comprovando com que o atropelamento foi bastante violento.
Uma equipe de policiais militares já havia se deslocado para o local para isolar o local onde o cadeirante morreu e outras informações devem ser divulgadas nas próximas horas, com a identificação do homem que é mais uma vítima do trânsito em Manaus.