Trânsito Legal : Exame prático reprova um em cada três candidatos; baliza é a maior vilã
Enviado por alexandre em 26/12/2015 19:06:33

Exame prático reprova um em cada três candidatos; baliza é a maior vilã

Em vez de ficar na sala de espera, junto com os demais candidatos que assistiam televisão, a professora municipal Jaqueline Góes Moreira, 30 anos, estava em pé, andando de uma ponta a outra em frente à entrada de um galpão na Ribeira, onde é realizado o exame prático de direção do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) em Salvador. Ela estalava os dedos e mordia os lábios, enquanto aguardava o chamado do instrutor para fazer a baliza. A tensão tinha justificativa: no último dia 7, era a quarta vez este ano que ela se submetia à avaliação. Segundo o órgão, 1/3 dos candidatos são reprovados no teste prático para a primeira carteira de motorista na categoria B. Até novembro deste ano, 257.033 candidatos fizeram a prova prática, dos quais 95.633 foram considerados inaptos. Já no mesmo período do ano passado, de 236.757 que também fizeram a prova, 75.887 não passaram. Jaqueline, infelizmente, foi reprovada. “Estou pensando seriamente em desistir”, declarou. Para o coordenador de Segurança e Educação para o Trânsito do Detran-BA, Eliezer Cruz, o fator psicológico é a maior causa para a reprovação no exame prático. “O candidato sabe bem a teoria, vai bem nas aulas práticas, mas chega ansioso para o exame prático e acaba cometendo erros que normalmente não cometeria”, disse o Cruz. Dentre os elementos da reprovação, a baliza (momento em que o candidato estaciona entre dois protótipos) é responsável pela a maioria das reprovações. “Primeiro pelo grau de dificuldade, mais do que a condução que exige a troca de marchas e a meia embreagem”, argumentou. Cruz afirmou que o órgão não tem números que mostrem onde os candidatos mais erram. Há mais de 17 anos trabalhando como instrutor de trânsito, Washigton Lázaro apontou os erros cometidos pelos candidatos por causa do nervosismo. “Descontrolar e interromper o carro, não sinalizar corretamente ou não fazer uso da sinalização, ultrapassar a faixa de retenção, na parada obrigatória”, enumerou Lázaro. Os motivos apontados por Cruz e por Lázaro são confirmados por quem já tentou por mais de uma vez a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “Fiz as três vezes e perdi. As três neste ano. Minha questão é o psicológica. Mas algo diferente em relação a outras provas. Daquele galpão sai muita gente chorando e a gente fica impactada”, disse a estudante de Direito Temille Batista de Souza, 28. Na primeira vez, ela não fez muito bem a baliza, mas chegou a fazer o exame de rua – foi quando freou bruscamente após uma pessoa atravessar. “E o examinador do Detran assumiu o volante”, contou Temille. As duas outras tentativas, ela bateu no protótipo na baliza. “Mas não desistirei, pois pretendo fazer o concurso da Polícia Militar e a habilitação é obrigatória”, disse. “Já fiz quatro vezes. Na primeira, perdi na baliza, na segunda, perdi no exame de rua, na terceira e quarta perdi novamente na baliza. Fiquei muito nervosa, não me sentia segura em nenhum momento”, relatou a também estudante de Direito Catiucha Melina Peixoto, 34. “Em vários momentos vi o examinador pisar no freio dele. Eu, no lugar dele, não me passava”, lembrou bem-humorada. Catiucha disse que, após o Carnaval, fará tudo de novo. A jornalista Acássia Filgueiras, 36, foi vencida quatro vezes pelo nervosismo. “Numa das situações, o instrutor pôs um copo de café em cima do painel e fiquei com medo de derramar o café nele. Fiquei tensa demais. Aí ele me reprovou porque estava com a velocidade abaixo da permitida. Em outra situação, não tinha controle nas reduções e passava muito rápido pelo quebra-molas”, contou. “Pensei em desistir. Aí, meu professor da auto da escola me encorajou e fiz tudo de novo e passei”, contou Acássia. Somente na quarta tentativa, a técnica em edificações Janaína Teixeira Santos, 25, foi aprovada no teste de rua. “Por mais que você passe com louvor na prova teórica e nas aulas práticas de rua, você saber que está sendo avaliado muda tudo. Só o examinador entrar no carro que as minhas pernas tremiam e começava a transpirar sem parar”, contou. “Dessa vez, fiquei menos nervosa que antes. Orei bastante e consegui completar a prova toda sem errar nada”, emendou Janaína, aprovada no último dia 7.

Medo de fracassar: Para o psiquiatra e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Irismar Reis de Oliveira, o candidato perde por causa do medo de fracassar. “É o indivíduo que acha que vai ter dificuldades nas relações sexuais, ou numa prova prática de trânsito, e acaba tendo. Ele teme diante de uma performance. Então, esse temor faz com que a performance seja prejudicada”, explicou. De acordo com o psiquiatra, a psicoterapia cognitiva pode ajudar o indivíduo a identificar comportamento catastrófico. Para lidar com o nervosismo, o psiquiatra explica que a terapia ensina técnicas para tal situação. “São técnicas para relaxar e corrigir os pensamentos catastróficos”, disse. Nesse caso, são sessões de terapias curtas. Há casos em que as sessões são extensas — ocorre quando a terapia aponta o medo patológico, nesse caso, a fobia. “O indivíduo com fobia tem pensamentos distorcidos relacionados com o objeto temido. Se tem uma fobia social, ele deixa de ir para uma festa porque acha que vai gaguejar e pensa que as pessoas vão achá-lo estranho, por exemplo”. “Tem aquele que tem fobia de elevador, que acha que o elevador vai cair ou vai ficar parado e ficar sem ar”, explicou o psiquiatra, comparando as situações com quem tem medo patológico do trânsito.

Investimento total para primeira CNH é de quase R$ 2 mil: Quase R$ 2 mil. Este o valor que o candidato investe para ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O primeiro passo é ir ao Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), onde há um posto do Detran, e comprar o laudo, que custa R$ 143. É necessário apresentar o CPF, RG e comprovante de residência, originais e cópias. O segundo passo é pagar R$ 253 para o exame médico e o psicoteste. No laudo, com validade de um ano, fornecido pelo SAC, constam os telefones das clínicas conveniadas. Em seguida, é a hora de escolher a autoescola. Em média, o candidato terá que desembolsar entre R$ 1.350 e R$ 1.400, para as aulas teóricas e práticas. Primeiro, são 45 horas de aulas teóricas. Depois, o candidato faz a prova eletrônica na autoescola.Para isso, paga mais R$ 80. São três tentativas. Em seguida, faz a prova de legislação, primeiros-socorros, mecânica e meio ambiente. Passando, retorna à autoescola e paga R$ 40 para fazer 25 aulas práticas. Só então o candidato faz a prova prática no centro de avaliação do Detran, na Ribeira.

Obrigatoriedade de simulador vai aumentar custo a partir de janeiro: A partir de janeiro de 2016, cinco aulas serão obrigatórias no simulador de direção, durante as aulas práticas, conforme exigência da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “Ainda não há uma definição dos custos do simulador. Acho que teremos um reajuste de 15% a 30%”, declarou Antônio Oliveira, coordenador da Autoescola Veja. Se o reajuste for 30% de R$ 1.350 – mínimo cobrado pelas autoescolas –, o valor saltará para R$ 1.755.

As autoescolas irão locar o simulador — o custo estimado é de R$ 50 mil. “Além disso, teremos um custo com professores capacitados nas áreas de informática e de trânsito. Qualquer custo que venha, seremos obrigado a repassar, mesmo correndo o risco de perder clientes” disse Oliveira, para quem os simuladores não traduzem a realidade de situações vividas pelos motoristas.

Justiça em Foco : Tempo gasto na troca de uniforme pode ser computado na jornada de trabalho
Enviado por alexandre em 26/12/2015 19:03:34

Tempo gasto na troca de uniforme pode ser computado na jornada de trabalho


Um funcionário de uma empresa de industrialização de carne bovina conseguiu no Justiça o direito de incluir o tempo gasto na troca de uniforme na jornada de trabalho.No entendimento do juiz substituto Camilo de Lelis Silva, que julgou o caso na 1ª Vara do Trabalho de Ituiutaba, o fato de ser obrigatório o uso de uma vestimenta específica permite considerar a contagem de tempo trabalhado. O magistrado considerou que utilização dos uniformes é uma necessidade dos serviços executados pelo trabalhador.Na sentença, ele explicou que, quando o empregador impõe uma obrigação, deve conceder tempo para que o empregado possa cumpri-la. A empresa foi condenada a integrar na jornada o tempo de 32 minutos, para fins de pagamento de eventuais horas extras. Esse período havia sido acordado pelas próprias partes em audiência, considerando o tempo de passagem na catraca da portaria da empresa e o batimento do ponto (20 minutos na entrada) e na saída (12 minutos).

Regionais : Ex-presidiário é morto a facada em Ouro Preto do Oeste; Esposa é a principal suspeita
Enviado por alexandre em 26/12/2015 12:04:33


O crime aconteceu por volta das 01h30, da madrugada deste sábado (26), na Rua Celson Carminati, bairro Jardim Aeroporto II, em Ouro Preto do Oeste. De acordo com a Polícia, a esposa da vítima ligou para o 190 e informou que havia esfaqueado seu amásio no pescoço e que ele estava precisando de uma ambulância. Depois de alguns minutos, a mesma mulher ligou e falou que seu marido havia ido para o hospital em seu próprio veículo.



Enquanto os PM’s se dirigiam para a ocorrência, avistaram um veículo Saveiro Cross, de placas OHU-5578, colidido no muro de uma residência e no interior do carro estava a vítima, identificada como Diego de Oliveira Pena, de 26 anos, sangrando muito.



Uma guarnição do Corpo de Bombeiros rapidamente chegou no local e conduziu a vítima ao HM, onde não resistiu ao ferimento e acabou morrendo na sala do pronto socorro.



Na casa onde ocorreu o crime, os PM’s encontraram alguns papelotes de droga e marcas de sangue espalhadas pelo chão. A esposa da vítima não foi encontrada.



Diego de Oliveira já cumpriu pena por Roubo e Formação de Quadrilha.





Matéria:www.comando190.com.br

Regionais : Governo expulsa 288 servidores por corrupção
Enviado por alexandre em 26/12/2015 11:52:06

Governo expulsa 288 servidores por corrupção



O governo federal expulsou 288 servidores envolvidos em corrupção entre janeiro e novembro deste ano – o equivalente a 26 exclusões por mês num universo de 577 mil trabalhadores. O número é 12% inferior aos 329 funcionários públicos que foram banidos pelo mesmo motivo nos primeiros 11 meses de 2014.

No total do ano passado, levando em consideração o intervalo de janeiro a dezembro, a corrupção foi a causa de 363 expulsões, abaixo das 380 registradas em 2013. Foram 315 em 2012 e 361 no primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff.

O balanço consta no banco de dados da Controladoria-Geral da União, que divulga mensalmente os desligamentos no Executivo federal.

Ministro interino da CGU, Carlos Higino estima que uma parcela mínima dos servidores demitidos por desvios seja efetivamente punida.

"Fizemos um levantamento, até 2008 ou 2009, e pouco menos de 3% eram mandados para a cadeia. Acredito que esse percentual se mantenha até hoje, por uma questão de celeridade dos processos no Judiciário", diz.

A série histórica mostra que os ministérios que mais expurgam força de trabalho por malfeitos nos primeiros 11 meses de cada ano são: Trabalho e Previdência Social, seguido por Fazenda e, logo atrás, Justiça. O roteiro se repetiu em 2015. (Da Folha de S.Paulo - Gabriel Mascarenhas)

Urgente : Economistas: 2016 ainda difícil, mas em recuperação
Enviado por alexandre em 26/12/2015 11:49:42


Do Jornal do Brasil - Pâmela Mascarenhas

A economia brasileira em 2016 deve sofrer o impacto de questões políticas que travam a atividade, mas não deve repetir o desempenho de 2015, acreditam professores de Economia consultados pelo JB. O cenário econômico vai começar a respirar e, se questões como a CPMF forem resolvidas e boas surpresas surgirem, como uma alta nas exportações, haverá alguma recuperação. No setor de energia, da mesma forma, a situação não deve piorar, mas a melhora esperada deve ficar para 2017.

Carlos Frederico Leão Rocha, professor do Instituto de Economia da UFRJ, acredita que o pior já passou. "Espero que nesse ano [2016] a gente vá conseguir cumprir a meta de 0,5% do superávit primário. Seria um cenário positivo", explica.

De acordo com ele, o nível de atividade econômica vai continuar baixo em 2016, a não ser que haja alguma surpresa, que poderia vir, por exemplo, pelas exportações. "Não creio que o governo vá ousar na parte do investimento, ainda que o [ministro da Fazenda] Nelson Barbosa talvez gostasse de ousar um pouco, mas acho que não vai. Se tiver alguma boa notícia, será pelo lado das exportações", comentou Rocha.

Francisco Lopreato, professor de Economia na Unicamp, destaca, inclusive, que o grande problema da economia brasileira é a questão política. Perspectivas melhores virão conforme o cenário político for destravado. "A situação [política] de hoje já não é a mesma de dois meses atrás. Está ficando mais claro que o impeachment é cada vez mas difícil. Mesmo parecendo que [a situação do governo] é mais complicada, não vai ser tão simples fazer impeachment", argumenta o professor.

No setor de energia, da mesma forma, a situação não deve piorar, mas a melhora esperada ficará para depois. Luciano Losekann, professor de Economia na UFF e membro do grupo de Economia da Energia, destaca que a tempestade já chegou, e ainda não está certo como vai ser possível sair dela.

A situação da Petrobras merece atenção. A superação da crise envolve uma redefinição da empresa que leva um tempo para ser concluída. Na parte do setor elétrico, o mesmo cenário. "A situação não piora, mas a perspectiva de melhora ainda demora."

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