Mais Notícias : Prisão de Cunha abre fase de instabilidade para Temer
Enviado por alexandre em 21/10/2016 09:24:18

Prisão de Cunha abre fase de instabilidade para Temer
Postado por Magno Martins
Por diversas razões, há interesse público numa delação do peemedebista

Blog do Kennedy

A prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) abre uma fase de instabilidade política para o governo Temer que pode paralisar ou até ameaçar a sobrevivência da atual administração.

Há dez dias, foi aprovada na Câmara em primeiro turno a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que cria um teto para limitar o crescimento das despesas públicas. O governo Michel Temer se fortaleceu e deu início a uma ofensiva política para aprovar medidas econômicas no Congresso.

Com o impacto da notícia da prisão, a Câmara suspendeu suas atividades ontem. Não votou um projeto que desobriga a Petrobras de ser a exploradora única dos campos de petróleo do pré-sal nem conseguiu fazer sessão do Conselho de Ética. É natural algo assim no calor dos acontecimentos.

A prioridade do presidente Michel Temer, que volta hoje ao Brasil, será evitar uma paralisação do governo, como já vimos em crises que aconteceram na gestão Dilma. Temer deve fazer um apelo aos líderes partidários para que não interrompam as articulações para votar a PEC do Teto e deverá pedir que acelerem os trabalhos.

O melhor escudo contra uma crise política seria resolver ou amenizar a crise econômica. O recomendável seria apresentar logo a proposta de reforma da Previdência. Mas será importante ver os desdobramentos da prisão sobre as atividades do Congresso e do governo daqui em diante.

Há temor no governo de que Cunha faça revelações que derrubem ministros e auxiliares de Temer. Também existe preocupação sobre a versão que Cunha apresentará da relação que teve com Michel Temer quando o atual presidente da República era vice e presidente do PMDB. Nos bastidores, Temer sempre disse estar preparado para combater eventuais ataques de Cunha e afirmou que não haveria nada comprometedor que o ex-presidente da Câmara pudesse revelar a respeito dele. A hora de enfrentar Cunha chegou, trazendo incerteza política para o atual governo.

Para complicar, haverá também uma onda negativa contra peemedebistas e tucanos com uma leva de novas delações _de executivos da Odebrecht, de Fernando Cavendish da Delta e complementos de colaborações da Andrade Gutierrez, por exemplo.

Mais Notícias : A hora e a vez dos jabutis
Enviado por alexandre em 21/10/2016 09:23:36

A hora e a vez dos jabutis
Postado por Magno Martins

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

Os políticos não devem ser os únicos alvos da esperada delação de Eduardo Cunha. Para negociar um acordo, a Lava Jato quer exigir que o ex-deputado entregue as empresas que frequentaram seu movimentado balcão de negócios. A lista é longa e eclética. Inclui bancos, empreiteiras, seguradoras, frigoríficos e grupos de mineração.

O correntista suíço forjou alianças de sangue com boa parte do PIB brasileiro. Com apetite voraz, intermediou lobbies milionários e usou sua influência para ditar a pauta econômica do Congresso. Foi coroado o rei dos jabutis, as emendas exóticas incluídas em medidas provisórias.

De acordo com as investigações, Cunha construiu um gigantesco propinoduto entre as empresas e a política. Assim, engordou seu caixa pessoal e financiou mais de uma centena de campanhas, pavimentando a rota até a presidência da Câmara.

Quem acompanhou a ascensão do dono da Jesus.com sabe onde encontrar alguns fios do novelo. Se os procuradores quiserem, podem começar a puxar pela MP dos Portos, aprovada em maio de 2013. Então líder do PMDB, Cunha peitou o governo e capitaneou uma iniciativa que foi apelidada de "emenda Tio Patinhas".

A alteração favoreceu empresas poderosas como o Grupo Libra, que opera no porto de Santos. No ano seguinte, seus sócios ajudariam a financiar a campanha de Michel Temer à Vice-Presidência da República.

Como bom monarca, o rei dos jabutis sabia agradar os súditos. Sua corte chegou a reunir políticos de diferentes partidos, como PT, PP, PSDB e DEM. "Tinha meia dúzia que participava de tudo, e o resto recebia a ração depois que a MP era aprovada", conta um peemedebista que frequentava o gabinete do novo detento.

A clientela de Cunha era maior e mais ampla que o cartel de empreiteiras do petrolão. As referências à companhia aérea Gol, citada em seu pedido de prisão preventiva, parecem ser apenas um aperitivo do que ainda está por vir

Mais Notícias : Para o Supremo impeachment é pagina virada
Enviado por alexandre em 21/10/2016 09:22:48

Para o Supremo impeachment é pagina virada
Postado por Magno Martins

O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido da defesa da ex-presidente Dilma Rousseff para anular a votação do impeachment pelo Senado em 31 de agosto.

Agora, a ex-presidente pode fazer muito pouco. Os recursos estão praticamente esgotados. A decisão de Teori Zavascki foi liminar. Ou seja, será preciso a confirmação do plenário do Supremo Tribunal Federal.

Mas a maioria dos 11 ministros do STF deverá manter a tendência de deixar a cargo do Congresso a decisão final sobre esse tema. Ou seja, para o Supremo, o impeachment é página virada.

A respeito da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o governo Temer faz dois discursos. Nos bastidores, integrantes da administração peemedebista demonstram apreensão com uma tentativa de vingança de Eduardo Cunha contra o presidente Michel Temer e ministros, sobretudo do PMDB.

Para consumo público, o discurso é o seguinte: o governo manterá a sua rotina normal e não teme eventual delação do ex-presidente da Câmara. Temer pediu aos articuladores políticos que mantivessem a previsão de votar a PEC do Teto em segundo turno na semana que vem na Câmara. E o governo deverá acelerar a divulgação da proposta de reforma da Previdência.

Mais Notícias : Evangélicos pedem ajuda a Temer para construir templos
Enviado por alexandre em 21/10/2016 09:21:21

Evangélicos pedem ajuda a Temer para construir templos
Postado por Magno Martins

Líderes evangélicos pediram que o governo Temer faça a interlocução com bancos públicos e privados para que as igrejas consigam linhas de financiamento para a construção de templos. “Queremos ser tratadas como clientes comuns, sem preconceitos nem privilégios”, diz o bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil e fundador da Sara Nossa Terra. Hoje, diz, quando tentam pegar empréstimos, as instituições não aceitam.

A demanda de Rodovalho é que o governo ajude na articulação com os conselhos de administração dos bancos. “Ainda não se tem confiança na igreja como cliente. Apresentamos nosso patrimônio como garantia e não aceitam.”

O bispo da Sara Nossa Terra, que tem cerca de 3 milhões de fiéis, discutiu o pleito com o presidente Michel Temer e com o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), em julho, ainda durante o governo interino. (Painel - Folha de S.Paulo)

Mais Notícias : Dirigentes petistas não comemoram a prisão de Cunha
Enviado por alexandre em 21/10/2016 09:18:48

Dirigentes petistas não comemoram a prisão de Cunha
Postado por Magno Martins

Folha de S.Paulo - Catia Seabra

Dirigentes petistas não comemoraram a prisão de um dos principais responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em Belo Horizonte, nesta quinta (21), o presidente do PT, Rui Falcão, condenou o que chama de excesso de prisões e defendeu que as pessoas tenham direito à presunção da inocência.

Falcão negou que esteja preocupado com a hipótese de que a prisão de Cunha venha a chancelar uma eventual detenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Excesso de prisões só consolida a ideia de que estamos ingressando num estado de exceção. As pessoas devem ter direito à presunção de inocência e ao devido processo legal. E o excesso de prisões, sobretudo as prisões cautelares, com objetivo de obter delações, não preocupam o PT. Devem preocupar todo povo brasileiro. Hoje é o Eduardo Cunha. amanhã, poder ser qualquer um de nós", afirmou Falcão.

Na entrevista à Rádio CBN, Falcão disse não haver razão para que Lula seja preso. Sua preocupação é, repetiu, com a "violação do Estado de Direito".

"Ele [Lula] sofre processos injustos e manipulados. Não há razão de preocupação", reafirmou ele, acrescentando que sua preocupação é também com a crise econômica, e "o presidente [Michel Temer] viajando e formando uma maioria na base toma lá dá cá".

Outros dirigentes do PT afirmaram que não se alegram com o que chamam de um endosso à violação dos direitos no país.

Um desses petistas disse não se alegrar com a "desgraça alheia" e que a prisão de Cunha acentua o erro de avaliação cometido por ele e pelo hoje presidente Michel Temer ao apostar no afastamento de Dilma como instrumento de interdição da Operação Lava Jato.

Publicidade Notícia