Regionais : A ex-ministra do STJ, Eliana Calmon recebeu R$ 250 mil da OAS
Enviado por alexandre em 24/12/2016 15:30:32


Ricardo Boechat – ISTOÉ

A OAS apoiou - Análises nas prestações de contas de candidatos às eleições de 2014 seguem na Justiça Eleitoral. A ex-ministra do STJ, Eliana Calmon, está sendo investigada por ter recebido doação de R$ 250 mil da OAS, nas eleições de 2014; quando ela disputou e perdeu vaga ao Senado pelo PSD pela Bahia.

Financiamento curioso, já que a ex-corregedora Nacional de Justiça sempre foi crítica ferrenha das construtoras – “os empreiteiros são mandados pelos políticos e pelos grandes executivos das estatais”.

Já Eliseu Padilha aproveitará o período de festas para descansar. Sua família até gostaria que deixasse a função, mas ele não quer. Iniciará 2017 disposto a viajar menos, atitude básica para quem sofre com freqüência de tonturas e pressão alta. Terá ainda que dar explicações na Lava Jato, depois da delação de Claudio Melo.

Quando Padilha emite sinais de fadiga, no Planalto comentam Pedro Parente para o seu lugar. Aliás, o presidente da Petrobras já ocupou a função no passado.

Honra fraca


Carlos Brickmann

A Folha de S.Paulo publicou numa reportagem que merece ser guardada por quem queira entender o Brasil: duas medidas provisórias compradas por R$ 16,9 milhões renderam à Odebrecht R$ 8,4 bilhões.

O cálculo é de Cláudio Melo Filho, alto funcionário da Odebrecht especializado em compras, primeiro grande delator premiado da empresa.

Claro, houve outras compras, mas essas são um belo exemplo: como era barato aprovar medidas legais que dão a uma empresa, ou a um setor, lucros substanciosos, muito superiores aos gastos que exigiram.

Como diz um antigo provérbio, quem se vende por dinheiro se vende por muito pouco.

Temer confirma discurso hoje no rádio e TV


Por iG São Paulo

Na tentativa de reverter baixa popularidade, presidente deverá falar sobre os planos da equipe econômica para que o País supere a crise financeira

O presidente Michel Temer fará neste sábado (24), véspera do Natal, um pronunciamento em cadeia rede nacional de rádio e televisão. De acordo com o Palácio do Planalto, a mensagem foi gravada nesta semana e irá ao ar por volta das 20h30.

O conteúdo exato do pronunciamento não foi confirmado pelo governo, mas o presidente deverá apresentar planos gerais para 2017 e abordar as medidas que sua equipe econômica está adotando para tentar resolver a crise financeira no País.

O objetivo do Planalto, segundo fontes ligadas ao governo, é evitar focar no baixo desempenho da economia e na queda dos indicadores econômicos e, ao mesmo tempo, tentar transmitir uma mensagem de otimismo. Esta é a segunda vez que Temer aparece em cadeia nacional. A primeira vez foi em 31 de agosto, dia do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Ainda sem agenda confirmada, Temer deverá passar a semana na capital federal, de onde sairá para o Rio de Janeiro. Ele passará o réveillon com a primeira-dama, Marcela Temer, e o filho do casal, Michelzinho, na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, onde se localiza o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim) base da Marinha fixada ao sul da Baía de Sepetiba.

Regionais : EUA são mais rigorosos com a corrupção. Dos outros...
Enviado por alexandre em 24/12/2016 15:21:03


EUA são mais rigorosos com a corrupção. Dos outros...


Autoridades brasileiras devem satisfações ao público sobre cooperação

Blog do Kennedy

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou a amplidão da corrupção praticada globalmente por uma empresa multinacional brasileira. Segundo o órgão americano, a Odebrecht pagou US$ 1 bilhão em propinas no Brasil e em outros 11 países.

Ao trazer à luz muita coisa que estava na sombra, a revelação tem um efeito pedagógico importante que o Brasil precisa conhecer e tomar como lição para que não se repita mais.

Um destaque importante é o rito processual legal impessoal e pragmático utilizado na parte americana da investigação. Não houve sistemáticos vazamentos seletivos, como ocorre com frequência no Brasil.

Apesar de os processos aqui correrem em segredo de Justiça, há inúmeros vazamentos ao longo das investigações, como acontece com a maioria das delações negociadas no âmbito da Lava Jato, o que está à margem da lei. A forma de investigação e de divulgação nos EUA é mais cuidadosa e eficiente.

Apesar disso, devem ser responsabilizadas todas as instituições utilizadas nessa cadeia global de corrupção. Bancos americanos e suíços foram usados nessas operações. Paraísos fiscais também. Devem ser cobradas satisfações e implementadas punições a instituições que serviram de ponte para a corrupção em escala planetária.

É importante a cooperação entre países para investigar a corrupção. No entanto, os Estados Unidos veem a corrupção dos outros como uma ameaça à segurança nacional deles. Na indústria militar, por exemplo, empresas americanas não são santas. Por razões de segurança nacional, os EUA sempre alimentaram ilegalmente com armas e dinheiro aliados pelo mundo que, no final das contas, atendem aos interesses americanos.

A lavagem de dinheiro no planeta serviu a propósitos diversos, que se confundiram, como corrupção e terrorismo, por exemplo. Ou seja, os EUA agem como polícia do mundo em relação à corrupção dos outros. Mas, apesar de uma lei rigorosa anticorrupção, não usam o mesmo critério em relação à corrupção deles, sobretudo quando essa corrupção se confunde com o que julgam a defesa da segurança nacional dos Estados Unidos.

Há um ingrediente geopolítico, com fortes reflexos econômicos, que deve ser levado em conta. Empresas multinacionais brasileiras como a Odebrecht competiam com companhias americanas na África, na América Latina e até mesmo dentro dos EUA, como, por exemplo, em Miami.

É necessário que o Brasil e suas autoridades deem satisfação aos seus cidadãos a respeito da forma como cooperam com os Estados Unidos, que são ferozes na defesa dos seus interesses porque não têm complexo de vira-lata, como diria Nelson Rodrigues.

O Brasil precisa defender os seus interesses também. Facilitar e direcionar processos contra grandes empresas multinacionais brasileiras, como é o caso da Petrobras, assim como outras grandes companhias nacionais, poderá ser danoso ao país no médio e longo prazo. Uma derrocada de empresas multinacionais brasileiras não interessa ao Brasil, mas aos seus adversários no mercado global.

Na crise de 2008/2009, vimos uma ação do governo americano para evitar a quebra de bancos que tinham sido responsáveis pelo começo da confusão com o chamado subprime. Houve punições, mas também uma preocupação em manter de pé bancos fundamentais para a economia americana, que hoje se recuperou e está crescendo de forma significativa.

Suíça sequestra US$ 100 milhões da conta da Odebtecht


Folha de S.Paulo - Bela Megale e Mario Cesar Carvalho

A Suíça sempre teve a fama de lavar mais branco o dinheiro sujo da corrupção. Agora o país quer trocar o estigma de complacente com criminosos com o de implacável com desvios. O Ministério Público de lá sequestrou cerca de US$ 100 milhões (R$ 327 milhões) que a Odebrecht tinha em contas secretas usadas para pagar propina no Brasil e em 11 países.

O valor será usado para abater a multa de cerca de R$ 700 milhões que a empreiteira e a Braskem, o braço petroquímico do grupo, se comprometeram a pagar no país europeu para encerrar cerca de 60 processos criminais.

A Odebrecht movimentou US$ 212 milhões na Suíça por meio de empresas de fachada entre 2008 e 2014, segundo documentos suíços.

Os US$ 100 milhões que ficarão na Suíça superam os US$ 80 milhões bloqueados no escândalo da Fifa.

A Odebrecht reconheceu para as autoridades suíças que lavou dinheiro e não tomou as medidas para evitar que recursos que estavam no sistema bancário de lá fossem usados para pagar propina.

A legislação daquele país obriga toda empresa que abre conta a se comprometer que tomará as medidas para evitar o pagamento de suborno.

O acordo com as autoridades suíças foi assinado na quarta (21), mesmo dia em que o grupo selou negociação com autoridades dos EUA.

O acerto com a Suíça fala em compensação de fundos, mas não cita o valor de cerca de US$ 100 milhões, apurado pela Folha com pessoas que participaram da negociação.

Continue lendo: Suíça sequestra US$ 100 milhões das contas da Odebrecht..

Odebrecht pode desaparecer na América Latina


Agência Brasil

Pelo menos sete países da América Latina anunciaram hoje (23) que vão investigar o suposto pagamento de propina de executivos da empreiteira brasileira Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato, em troca de vantagens em contratos públicos.

As medidas foram tomadas em reação à divulgação de documentos nos quais o Departamento do Estado dos Estados Unidos confirmou que a Odebrecht pagou mais de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 3,3 bilhões, em propina a funcionários de governos em 12 países.

As informações foram divulgadas na quarta-feira (21) após a confirmação de que anúncio de que a empreiteira assinou acordo de leniência com autoridades do Estados Unidos, Suíça e do Brasil simultaneamente.

Peruano nega propina

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, negou ter recebido dinheiro quando era presidente do Conselho de Ministros no governo do ex-presidente Alejandro Toledo, que ocupou o cargo entre 2001-2006. Kuczynski disse que apóia a investigação sobre as denúncias.

"Eu posso garantir que não recebi nada, nem sei de nada. Obviamente, deve-se investigar tudo isso e sou a favor de uma profunda investigação", disse.

Diante das novas denúncias, a procuradoria do Peru decidiu reabrir uma investigação na qual Kuczynski foi acusado de favorecer a Odebrecht em uma concessão pública durante o período em que ocupou cargo no Conselho de Ministros.

Equador investigará propina

O governo do Equador anunciou que pediu ao Ministério Público que investigue supostos pagamentos de propina pela Odebrecht no país. Uma das principais obras feitas pela empreiteira foi a construção do metrô da capital, Quito.

Em 2008, o atual presidente, Rafael Correa, expulsou a Odebrecht do país sob a alegação de que houve irregularidades da usina hidrelétrica de San Francisco, financiada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Colômbia cancelará contratos

Por meio do secretário de Transparência da Presidência da República, Camilo Enciso, a Colômbia anunciou que vai cancelar todos os contratos nos quais ficar comprovada que a Odebrecht pagou propina.

"No momento em que for demonstrado de maneira clara que houve pagamento de subornos, o estado colombiano não duvidará de nenhuma maneira em tomar as decisões necessárias para terminar de maneira unilateral seus contratos e para evitar que a Odebrecht continue tendo negócios no país", disse Enciso.

Argentina pede informações a investigadores

Na Argentina, o órgão responsável pelo combate à corrupção informou que pediu informações à força-tarefa de investigadores da Lava Jato para obter informações mais detalhadas sobre as denúncias de que US$ 35 milhões foram pagos em propina para funcionários públicos entre 2007 e 2015, fato que teria ocorrido durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner.

Oposição da Venezuela vai apurar denúncias

Na Venezuela, parlamentares oposicionistas ao governo do presidente Nícolas Maduro afirmam que vão investigar as denúncias por meio da Comissão de Controladoria do Parlamento.

As suspeitas são sobre supostos pagamentos de propina a funcionário do governo de Maduro e do ex-presidente Hugo Chavez.

Panamá anuncia punição

O governo do Panamá prometeu processar e punir integrantes do governo, que teriam recebido mais US$ 59 milhões em propina. O Ministério Público local informou que pedirá informações aos Estados Unidos sobre o caso.

México abre investigações

O governo mexicano e a Pemex, estatal petrolífera, informaram que abriram investigação para apurar o suposto pagamento de aproximadamente US$ 10 milhões para que a Odebrechr fosse beneficiada em contratos da estatal.

O outro lado

Ao assinar o acordo de leniência com autoridades dos Estados Unidos, Brasil e Suíça, a Odebrecht divulgou nota à imprensa na qual pede desculpas e diz que "se arrepende profundamente da sua participação nas condutas que levaram a este acordo e pede desculpas por violar os seus próprios princípios de honestidade e ética."

No comunicado, a Odebrecht diz que "permanecerá cooperando com as autoridades e adotará as medidas adequadas e necessárias para continuamente aprimorar seu compromisso com práticas empresariais éticas e de promoção da transparência em todas as suas ações."

Logomarca da Odebrecht está ferida de morte


Blog do Josias

O acordo de leniência que permite à Odebrecht reacender suas fornalhas, voltando a firmar contratos com o Estado, não põe fim aos problemas da construtora. Ao contrário. A confissão dos crimes apenas conduz a encrenca a uma nova fase. Empreender é como desenhar sem borracha. E Odebrecht virou o outro nome de corrupção. Impossível apagar o seu rastro pegajoso. Para que o grupo sobreviva, a família controladora talvez tenha de amargar o constrangimento de enterrar sua logomarca. Subsidiárias como a Brasken também pedem razão social menos tóxica.

Juntas, as delações dos 77 ex-executivos da Odebrecht —incluindo o patriarca Emílio e o herdeiro Marcelo –resultarão em algumas dezenas de inquéritos. Que se transformarão em denúncias. Que serão convertidas em ações penais. Que tramitarão durante semanas, meses, anos a fio entre os escaninhos do Judiciário e as manchetes. Ainda que se transformasse na mais limpinha das organizações empresariais, a nova Odebrecht não resistiria a tamanha exposição negativa.

Imaginando-se cheia de vida, a Odebrecht estará jurada de morte se não trocar de nome. E de práticas, naturalmente.

Política : OURO PRETO
Enviado por alexandre em 23/12/2016 22:00:57


Registrada chapa para Mesa Diretora da Câmara de Ouro Preto
A disputa pela presidência da Câmara municipal de Ouro Preto do Oeste que estava sendo travada nos bastidores como uma verdadeira guerra entre os dois grupos políticos liderados de um lado o vereador reeleito Serginho Castilho (PRP) e do outro lado o vereador J. Rabelo (PTB), ambos com seus triunfos e apoios dos caciques da política local leia-se o atual prefeito Alex Testoni (PSD) e o deputado estadual Marcelino Tenório (PRP).

O vereador Serginho Castilho, tido como franco favorito em levar a peleja em face de ter o apoio do Alex e Marcelino, já tinha mandado encomendar o terno para a posse e conseqüentemente ser urgido presidente da Casa de Leis, mas como em política tudo é possível até mesmo nada o nobre edil terá que repensar em sua pretensão de ser o comandante do Poder Legislativo municipal a partir do dia primeiro de janeiro de 2017 data para posse e eleição da mesa diretora para o biênio 2017/2018. Agindo de forma calma e sem alarde o vereador eleito J. Rabelo foi ganhando espaço com uma promessa simples e que está em voga “renovação”, e para isso foi formado um grupo de vereadores eleitos composto por: Delisio Fernandes (PSB), eximinio articulador, Eudes Venâncio (PRP), tido como fiel da balança pela sua posição firme no conceito palavra e o jovem Jeferson Silva (PMDB), uma espécie de pacificador e não menos articulado, com isso o quarteto conseguiu a adesão do jovem vereador eleito Bruno Brustolon (PSDC) que até então era o voto “minerva”, fato este que gerou inúmeras especulações sobre a conduta do jovem edil que se mostrou até o presente momento firme em sua convicção. Diante do quadro desenhado o outro grupo que tem: Serginho Castilho (PRP), Edis Farias (PSD), Ivone Vicentin (PMDB) e Celso Coelho (PRP), sendo que este pode a qualquer momento declarar o seu apoio ao vereador eleito J. Rabelo.

Em contato com a reportagem o prefeito Alex Testoni, afirmou ao estilo “mineiro”, que em momento algum quis interferir na eleição da mesa diretora e saiu pela tangente. “Só quero terminar bem o meu mandato de prefeito no dia 31 de dezembro e quem for o presidente da Câmara espero que trabalhe em prol da população”. Já o prefeito eleito Vagno Panisoly (PSDC) segundo uma fonte fidedigna não vem se envolvendo diretamente na disputa, mas não esconde a sua torcida pelo vereador eleito J. Rabelo o que pode levar a ter problema na futura composição da Casa de Leis com vereadores experientes e considerados “raposas políticas”. Caso seja a única chapa inscrita, a eleição poderá ocorrer por aclamação.

Vereador eleito J. Rabelo encabeça a chapa como candidato a presidente da Câmara municipal

Registro da chapa
Fonte: Alexandre Araujo/www.ouropretoonline.com

Brasil : PROFISSÃO PERIGO
Enviado por alexandre em 23/12/2016 20:30:13


Biólogos e engenheiros armados na 'tropa de elite' do Ibama; Rondônia é alvo de ação

Após quatro dias de operação na mata contra madeireiros e garimpeiros, na semana passada, o GEF (Grupo Especializado de Fiscalização do Ibama) listou, em relatório, a destruição de quatro escavadeiras e seis caminhões, a apreensão de munição e ouro –e a libertação de um curió.

A preocupação com um passarinho em meio a arriscadas incursões de helicóptero em terras indígenas com armas dá a medida da diferença entre o GEF e uma força tática policial tradicional.

Formado por nove fiscais do Ibama, todo o grupo tem curso superior. Há biólogos, engenheiros florestal e de pesca, um publicitário e um oceanógrafo que cursou doutorado na Alemanha. Em comum, o idealismo pela proteção ambiental.

"Temos uma massa crítica e, ao mesmo tempo, uma equipe com lado operacional e técnico", afirma Roberto Cabral, 47, coordenador do GEF e ex-professor biologia de uma escola de ensino público em Juiz de Fora (MG).

"Não estamos só prendendo o garimpeiro. Entendemos a questão da degradação, qual a legislação que está sendo afetada."

Embora já estivesse previsto desde a década de 1990, o GEF só foi criado em 2014. A seleção se deu internamente, por meio de um curso de 45 dias no estilo "pede pra sair" –quem não passava nos testes físicos e de resistência acabava eliminado.

O objetivo era padronizar as operações e aumentar a segurança dos fiscais em campo, principalmente depois que o Ibama foi autorizado em 2008, por meio de decreto, a destruir equipamentos usados para crimes ambientais achados em áreas protegidas.

O grupo é acionado para as missões mais espinhosas em áreas protegidas ao longo do arco do desmatamento da Amazônia Legal, a imensa faixa de terra que vai do Maranhão a Rondônia.

Numa operação padrão, eles são transportados de helicóptero até áreas de difícil acesso com presença de madeireiros e garimpeiros, muitas vezes armados e escondidos na mata fechada. A comunicação é precária, e a logística dificulta o envio rápido de reforço ou socorro médico.

No incidente mais grave, em outubro de 2015, Cabral foi baleado por um tiro de espingarda de caça na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão. Os sete estilhaços de chumbo se alojaram no braço direito, no ombro e no tórax.

Em outro incidente, um helicóptero do Ibama levou um tiro no sul do Pará. A bala atravessou a fuselagem e se alojou no banco traseiro, a 5 cm da cabeça do piloto.

"A gente não está lidando com pessoas que apenas cometem uma irregularidade ambiental. São bandidos, criminosos", diz Cabral. "Várias vezes, a gente ouve: 'Ah, são trabalhadores'. Trabalhador não rouba meio ambiente."

Além da ameaça de tiros, os integrantes sofrem com o esforço físico. Caminhadas longas pelo calor úmido da floresta são comuns, e o peso do equipamento, que inclui colete a prova de balas, é de pelos menos 12 kg. Ao menos três deles precisaram ser operados após romper ligamentos.

MUDANÇA DE VIDA

Os integrantes, todos homens, não têm dedicação exclusiva ao GEF nem recebem a mais por participar no grupo. Espalhados pelo país, trabalham na maior parte do ano em funções como fiscalização de lagosta, no Nordeste, e tratamento de animais silvestres resgatados, no Sudeste.

Mesmo sendo voluntária, a participação no grupo armado não ocorreu sem conflitos pessoais internos para os integrantes, quase todos vindos de ambientes mais pacifistas, como cursos de biologia.

Um dos agentes, que trabalhou por 16 anos em ONGs de educação ambiental, disse que demorou um pouco a se acostumar com o uso de armas. Nos últimos anos, perdeu amigos ambientalistas, que acusam o Ibama de estar se militarizando.

"Nunca pensei que ia pegar em arma, falar alto, algemar uma pessoa, mas não sofro mais com isso", afirmou o engenheiro florestal de 44 anos, não identificado por questão de segurança. "Não é pelo diálogo que você vai cessar o crime ambiental."

Outro membro do GEF, formado em biologia, também acredita que a dissuasão é necessária para preservar o meio ambiente. "A educação ambiental só funciona até os dez anos de idade."

Os resultados que mais orgulham o GEF foram as ações contra a extração ilegal de madeira em terras indígenas do Maranhão. Somente neste ano, foram destruídas 32 serrarias no Estado, em ações coordenadas com o Ministério Público e a Polícia Federal, resultando no desmantelamento de toda a cadeia.

Por outro lado, há operações frustrantes. Recentemente, o GEF perseguiu por cinco dias madeireiros na Terra Indígena Cachoeira Seca (PA), que conseguiram escapar derrubando árvores na estrada para obstruir a passagem dos agentes.

Internamente, o Ibama faz um balanço positivo do GEF, cujo efetivo deve ser dobrado em 2017, com a realização de um novo curso interno. "O ideal seria ter 30 pessoas, para ter uma equipe operando, uma de prontidão e outra treinando", diz Cabral.

CURIÓ

O curió libertado pelo GEF estava numa fazenda usada como base de apoio para o helicóptero durante operação na Terra Indígena Sete de Setembro (MT/RO).

O dia havia sido especialmente tenso. Índios paiter-suruís aliciados pelos garimpeiros impediram que os agentes queimassem a maior parte do equipamento. Para evitar o confronto, tiveram de abortar a operação.

A "tolerância zero" contra crimes ambientais é marca registrada de Cabral, que começou no Ibama de forma voluntária, percorrendo feiras aos domingos para localizar pássaros silvestres à venda e, depois, ajudando na recuperação de animais machucados.

"Pode não fazer diferença para o meio ambiente como um todo, mas é uma diferença e tanto para o curió", diz.

"Posso dar liberdade a esse animal e vou deixá-lo em cativeiro, preso pro resto da vida? Não. Tenho o poder de mudar a vida daquele animal, restituir a liberdade. Vou sempre soltar o curió."

FOLHA DE SÃO PAULO

Regionais : Política sem a irreverência de Lúcia Tereza, Ariquemes terá 4 deputados, posse em Candeias
Enviado por alexandre em 23/12/2016 20:27:30

Luto – A alegria e descontração da deputada estadual Lúcia /Tereza (PP-Espigão) não fazem mais parte do dia a dia na Assembleia Legislativa (Ale). A morte, que é o caminho natural do ser humano levou a professora brincalhona, extrovertida e fumante inveterada. Foi traída na noite da última quinta-feira (22) com uma forte dor no braço, que na verdade era um aneurisma.



Tristeza – Conhecida na Ale por todos pela sua felicidade com a vida, mesmo tendo o querido Tião, seu marido com sérios problemas de saúde há anos. Ele sempre esteve ao lado do companheiro de todos os momentos. A partir do retorno do recesso parlamentar não mais teremos a professora Lúcia na tribuna do Parlamento Estadual. A Casa do Povo certamente ficará triste, desolada com a falta da deputada Lúcia.



Coerência – Apesar da liberalidade social as participações de Lúcia Tereza na função parlamentar sempre foram exemplares, tanto nas comissões permanentes, onde ela presidia a da Educação, sua área, como na tribuna, pois sempre foi sensata e coerente. Lúcia foi eleita deputada em 2014 com 11.652 votos, mais de 80% dos votos válidos em Espigão. Ela é a primeira mulher eleita prefeita na Amazônia em 1982, pelo município que ela amava: Espigão do Oeste.



Ariquemes – A partir do próximo dia 28 Ariquemes será o município mais importante do interior, no item representatividade na Assembleia Legislativa (Ale). Na oportunidade será empossado o novo deputado, Geraldo da Rondônia (PSC-Ariquemes), na vaga deixada pela deputada Glaucione Rodrigues PMDB, que foi eleita prefeita de Cacoal em outubro último. Além de Geraldo, Ariquemes tem Saulo Moreira (PDT), Alex Redano (PRB) e Adelino Follador (DEM).



Porto Velho – Na atual legislatura a capital tem a predominância na Ale, onde conta com seis deputados. A bancada portovelhense é composta por Aélcio da TV (PP), Hermínio Coelho (PDT), Jean Oliveira (PMDB), Jesuíno Boabaid (PMN), Léo Moraes (PTB) e Ribamar Araújo (PR). Talvez seja a maior desde a primeira legislatura, que foi presidida por José Bianco, que já foi governador, senador e prefeito de Ji-Paraná.



Respigo

O corpo da deputada Lúcia Tereza está sendo velado no barracão da Igreja Católica de Espigão. O sepultamento ocorre às 16h no Cemitério Municipal +++ O sindicalista Anderson da Silva Pereira, do PV é o primeiro suplente da coligação e assumirá a vaga aberta com a morte de Lúcia Tereza. Anderson preside o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores de Rondônia-Singeperon, obteve 9.015 votos nas eleições de 2014 +++ A posse do prefeito eleito de Candeias do Jamari, Chico Pernambuco (PSB) e do vice, Luís Ikenohichi-DEM será no próximo dia 1º, na Câmara de Vereadores, às 15h. O público está sendo convidado pela Câmara Municipal para prestigiar a solenidade.

WALDIR COSTA/RONDONIADINAMICA

Publicidade Notícia