Regionais : Brasil desperdiça 18 milhões de litros de sangue ao ano por preconceito
Enviado por alexandre em 19/06/2017 10:06:29


Se Marcel Proust, Alan Turing, Andy Warhol, Kevin Spacey, Mario de Andrade, Marco Nanini ou Elton John fossem doar sangue em um hemocentro brasileiro, eles seriam barrados pelo mesmo motivo: manter relações sexuais com homens. No Brasil, homens homossexuais só podem fazer doação sanguínea se passarem um ano sem transar com outro homem.

A restrição representa um desfalque considerável nos estoques de sangue. Em 2014, apenas 1,8% da população brasileira doou 3,7 milhões de bolsas. É bastante sangue, mas é pouca gente – ideal da ONU é que 3 a 5% da população de uma nação seja doadora. Mas só conseguiríamos chegar nesse ideal de 3% se o número de brasileiros que vão regularmente aos hemocentros dobrasse. Ainda é pouco.


E tem muita gente que quer engordar essa pequena parcela de voluntários. De acordo com o IBGE, 101 milhões de homens vivem no país e, do total, 10,5 milhões é homo ou bissexual. Levando em consideração que cada homem pode doar até quatro vezes em um ano, com a restrição dessa parcela da população, são desperdiçados 18,9 milhões de litros de sangue por ano.

Para o Ministério da Saúde, os 12 meses de abstinência sexual fazem parte de um conjunto de regras sanitárias para proteger quem vai receber a transfusão de possíveis infecções – até 2004, homens que fazem sexo com homens (HSH) eram proibidos de doar sangue.

A Portaria nº 2712, de 12 de novembro de 2013, segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde(OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS) sobre a restrição de HSH, de que todas as amostras de sangue sejam analisadas e de que os doadores sejam de baixo risco. O Ministério e a Anvisa afirmam que orientação sexual não deve ser usada como critério para seleção de doadores e que as regras não são discriminatórias. Mas a realidade dos hemocentros não é bem assim.

Em 2014, o tio do jornalista João Teixeira* estava internado na UTI do Hospital 9 de julho, em São Paulo, e a família foi procurada para doar sangue. João, doador frequente desde os 17 anos, foi o único barrado no momento da entrevista. Ao responder que mantinha relações sexuais com homens, a médica disse que o sangue não seria aceito pelo fato dele ser gay. Perplexo, explicou que estava em um relacionamento sério há mais de um ano e que sempre usava preservativo. A resposta foi estarrecedora: “Você é uma exceção entre os gays, a maioria é promíscua e se você estivesse doente, também não ia querer um sangue ruim”. Desde então, João nunca mais doou sangue.

O designer Alexandre Macedo, de 42 anos, passou por uma situação parecida. Tentou doar sangue a pedido do Hospital Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, no bairro paulistano Jabaquara, em retribuição aos cuidados que sua mãe recebera enquanto estivera na UTI. Alexandre, que estava em um relacionamento monogâmico há mais de 10 anos, ouviu que não estava qualificado por ser gay e não poder doar.

“Sou um ótimo candidato: tenho peso, altura, boa saúde, não tenho tatuagens, piercings, fui cobaia de testes do PREP (medicamento de profilaxia pré-exposição ao HIV) há 5 anos no Hospital das Clínicas, sou doador universal. É muito decepcionante saber que estou apto e que por uma regra que leva em consideração quem você transa, não poder mais “, afirma. Ele conta que esse foi o primeiro episódio direto de preconceito que sentiu na vida. Desde então, Alexandre nunca mais doou sangue.

Outro forte candidato à doação é Alexandre Salomão, de 40 anos. Por também ser doador universal e estar com o mesmo parceiro há mais de 12 meses, o publicitário atendeu ao pedido de um banco de sangue que estava com os estoques baixos, mas durante a triagem foi considerado inapto. Salomão acredita que a restrição é tosca, ultrapassada e que sua orientação sexual foi tratada como no auge da aids nos anos 1980 – como um “câncer gay”.

Ele conta que muitos de seus amigos omitem que mantém relações homossexuais para conseguir doar. “O gay é obrigado a mentir a vida inteira. Mente para os amigos, mente no trabalho, mente para família. É injusto ter que passar por isso e mentir para um desconhecido sobre a orientação sexual, ainda mais por uma causa tão nobre quanto a doação de sangue. Não quero mais mentir”. Desde então, Salomão nunca mais doou sangue.

Ao contrário de João e dos dois Alexandres, Vinícius De Vita, de 22 anos, estava solteiro quando foi ao banco de sangue. O estudante foi impedido de doar com a justificativa de que teve relações sexuais com mais de três parceiros no último ano. Ele estava acompanhado de uma amiga e um amigo, ambos solteiros e heterossexuais, que também tiveram mais de três parceiros nos 12 meses anteriores à doação. Os dois puderam doar, Vinícius não. “Entendo a questão da janela imunológica e acredito que não se pode ignorar que temos riscos maiores para várias DTSs. Mas não é apenas proibindo a doação que se resolve o problema. Falei que era gay e me olharam com desconfiança, me senti mal, mega estigmatizado”. Desde então, Vinícius nunca mais doou sangue.

O Ministério da Saúde diz que mantém a restrição por motivos científicos

O número de novos casos de aids no Brasil se mantém estável nos últimos 10 anos – são 20,5 casos para cada 100 mil habitantes. A cada ano, o país registra 40,6 mil novos casos da doença. De 1980 a junho de 2015, 65% dos infectados eram homens e 35%, mulheres. De acordo com o boletim Epidemiológico de HIV, apenas 0,4% da população brasileira é portadora do vírus.

Fonte: Super Interessante

Regionais : Três são presos usando drone para entregar drogas e celulares dentro de presídio
Enviado por alexandre em 19/06/2017 08:39:33

Três são presos usando drone para entregar drogas e celulares dentro de presídio

Prisão foi feita do lado de fora da Casa de Prisão Provisória de Palmas. Objetos seriam usados em plano de fuga, segundo informou a Polícia Civil.

Três jovens foram presos e um menor apreendido tentando lançar drogas, celulares e serras para dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas. O detalhe é que eles estavam usando um drone para entregar os objetos aos presos, no pátio da cadeia. A ação deles foi frustrada na noite deste sábado (17).

A prisão foi feita pela Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc) e agentes do serviço de inteligência do sistema penitenciário em uma área de mata que fica entre a rodovia TO-050 e o muro da CPP. Segundo a Polícia Civil, os objetos que estavam sendo lançados faziam parte de um plano de fuga que estava sendo monitorado.

Conforme o delegado Guilherme Rocha Martins, os quatro suspeitos foram detidos no momento em que estavam lançando o drone. Com eles foram encontradas três porções de maconha, vários telefones móveis, sendo alguns minicelulares, e serras de ferro.

Os suspeitos que têm mais de 18 anos foram levados para a central de flagrantes e autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Depois, o homem foi levado para a própria CPP e as duas mulheres para a cadeia feminina de Palmas. O menor foi entregue ao conselho tutelar.

palmasonline

Política : BOLADA PARTIDÁRIA
Enviado por alexandre em 19/06/2017 08:36:21


Partidos no Brasil nadam em grana: PT, PSDB e PMDB embolsaram mais de R$ 636 milhões

Bolada Partidária

No Brasil, partidos recebem 60% a mais em relação a partidos na França

Do Diário do Poder

O Fundo Partidário já distribuiu mais de R$ 2,1 bilhões aos 35 partidos brasileiros desde que os eleitos no pleito de 2014 tomaram posse. Em 2015, o valor distribuído aos partidos chegou a R$ 8,45 por voto obtido nas urnas ou 60% mais que os € 1,42 (R$5,26) pagos na França, berço da democracia moderna. A principal diferença, porém, não é o valor, mas os requisitos de desempenho eleitoral para pôr a mão na grana. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Na França, os partidos precisam ter 1% dos votos em 50 circunscrições para receberem dinheiro e mais € 37 mil/ano (R$137 mil) por deputado.

Por aqui, antes mesmo de disputar uma eleição os partidos já recebem, mas a divisão é de acordo com a bancada na Câmara dos Deputados.

Campeões nas urnas, em 2014, PT, PSDB e PMDB embolsaram mais de R$ 636 milhões do Fundo, quase o orçamento do STF para 2017.

Criados depois de 2014 e, portanto, sem eleger sequer um deputado, Rede, PMB e Novo receberam R$ 10,6 milhões desde a fundação.

Policial : MASSACRES
Enviado por alexandre em 19/06/2017 08:32:42


Verbas para presídios não foram usadas pelos Estados afetados

Estados que tiveram massacres não usaram verba para presídios

Renata Mariz, O Globo

Palco de massacres recentes que deixaram 130 mortos neste ano, Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte ainda não apresentaram projetos finalizados de criação de vagas em presídios com uso dos recursos liberados em dezembro pelo governo federal. Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, que precisa aprovar as propostas, apenas três estados têm projetos sob análise: Alagoas, Pará e Pernambuco.

As demais unidades da Federação, aponta o relatório, ainda estão elaborando os projetos ou em fases anteriores, como definição do montante de recursos a serem usados. Cada estado recebeu cerca de R$ 32 milhões, que foram descontingenciados do saldo do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) por decisão da Justiça, especificamente para abertura de vagas no sistema carcerário. Houve também repasse de mais R$ 13 milhões para compra ou aluguel de equipamentos para as unidades prisionais.

Apesar dos dados oficiais, o secretário de Roraima, Ronan Marinho Soares, afirma que já recebeu aval do Depen para fazer um presídio novo em Boa Vista com 400 vagas. Ele destacou que o processo foi mais rápido porque o estado usou um projeto do próprio governo federal, que disponibiliza plantas arquitetônicas padronizadas. No acompanhamento do Ministério da Justiça, porém, a obra consta como "elaboração de projeto", status que antecede a situação "em análise no Depen" para aprovação ou não.

Justiça : PF EM AÇÃO
Enviado por alexandre em 19/06/2017 08:28:53


Crime: organizações deixam rombo de R$ 123 bi
O Estado de S. Paulo

Por Alexa Salomão, Daniel Bramatti e Marcelo Godoy

Em quatro anos, a Polícia Federal deflagrou 2.056 operações contra organizações criminosas que provocaram prejuízos estimados em R$ 123 bilhões ao País. Os números revelam que o maior rombo não é o apurado pela Lava Jato, mas o causado pelas fraudes nos fundos de pensão investigadas na Operação Greenfield, que alcançam R$ 53,8 bilhões ou quatro vezes o valor de R$ 13,8 bilhões desviados pelo esquema que agiu na Petrobrás.

Esse quadro é o resultado da conta feita pelos investigadores federais com base em valores de contratos fraudulentos, impostos sonegados, crimes financeiros e cibernéticos, verbas públicas desviadas e até mesmo danos ambientais causados por empresas, madeireiras e garimpos. Tudo misturado ao pagamento de propina a agentes públicos e políticos.

Os dados são da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), da PF, e foram obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

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