Mais Notícias : PSDB e DEM já articulam o pós-Temer
Enviado por alexandre em 26/07/2017 16:53:48

PSDB e DEM já articulam o pós-Temer



O Pós-Temer

O Estado de S.Paulo - Vera Magalhães



O encontro do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é simbólico não pela confirmação de uma aliança PSDB-DEM, mas pela demonstração de que os dois partidos já articulam o pós-Temer, que começa imediatamente, independentemente de o presidente permanecer ou não no posto. Como disse no domingo, o presidente consegue, dia a dia, se tornar invisível.

Maia e Alckmin discutiram, sem ninguém do governo, a necessidade de avançar com uma reforma da Previdência possível, e que tucanos e democratas empunhem esta bandeira. Para isso, dizem aliados de ambos, pouco importa se o presidente ficará no cargo. A negociação se dará sobretudo com Henrique Meirelles (Fazenda) como interlocutor.

Na impossibilidade de o PSDB tomar uma posição definitiva sobre seu dilema pueril de ficar com o governo ou romper, Alckmin vai se afastar dessa discussão.

Maia, por sua vez, empenhado em dissipar a imagem de conspirador, quer ser reconhecido pelo mercado como avalista de que a pauta econômica não ficará refém da política. Avalia, segundo seus aliados, que isso lhe dará legitimidade para assumir caso Temer não aguente o tranco de delações como a de Eduardo Cunha ou de Lúcio Funaro e caia mais adiante.

Caciques do DEM reagiram à versão de que o jantar de segunda-feira selou um eventual apoio a Alckmin no ano que vem. Cientes de que ainda podem ter o presidente da República caso Temer seja afastado, querem deixar essa decisão para o ano que vem. Além disso, vão tentar inflar ao máximo a bola de suas estrelas mais vistosas, como o senador Ronaldo Caiado e o prefeito ACM Neto, para negociar apoio dos tucanos em praças importantes.

Para costurar uma aliança forte caso seja o candidato a presidente do PSDB, Alckmin terá antes de apagar incêndios em sua própria base. O DEM resolveu medir forças com o projeto estadual do vice-governador Márcio França, e ameaça lançar candidato à sucessão do tucano. O único nome de consenso, dizem os democratas, seria João Doria Jr. Pessoas próximas ao prefeito, no entanto, garantem que ele só deixaria a Prefeitura para disputar a Presidência.

Mais Notícias : A república dos sem-vergonha
Enviado por alexandre em 26/07/2017 16:53:08

A república dos sem-vergonha

Postado por Magno Martins

Por José Nêumanne

Sob a égide de Temer, Lula e Cunha, Congresso tenta favorecer corrupção

O historiador cearense Capistrano de Abreu (1853-1927), colega de classe de padre Cícero Romão Batista no seminário de Fortaleza, não ficou famoso por causa disso, mas por uma piada, seu projeto de Constituição, que rezava, categórico: “Artigo 1.º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Artigo 2.º: Revogam-se as disposições em contrário”.

Nenhum de nossos projetos constitucionais teve o poder de síntese dessa chacota, que de tão atual se tornou denúncia. A cada nova legislação este país se torna cada vez mais a “república dos sem-vergonha”. E a sociedade dos otários espoliados. A primeira página do Estado de anteontem registrou: Câmara quer mudar delação premiada e prisão preventiva. E a notícia a que ela se refere, da lavra de Isadora Peron, da sucursal de Brasília, completou: “Também estudam revogar o entendimento de que penas podem começar a ser cumpridas após condenação em segunda instância”.

Na mesma edição deste jornal, que se notabilizou pelas lutas pela abolição da escravatura, pela proclamação da República, contra o Estado Novo e a ditadura militar, os repórteres de política Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho relataram a saga de Vicente Cândido (PT-SP) para promover uma reforma política que inclua um Fundo Partidário de, no mínimo, R$ 3,5 bilhões; o distritão, em que só os mais votados para deputado se elegem; e, last but not least, a “emenda Lula”. Esta merece destaque especial, por impedir que postulantes a mandatos eletivos sejam presos oito meses antes da data marcada para a eleição, mesmo que só venham a ter suas candidaturas registradas oficialmente quatro meses após esse prazo. O nome do presidenciável do Partido dos Trabalhadores (PT), no qual milita Sua Candidez, é usado como marca registrada da emenda por atender ao fato de que Luiz Inácio Lula da Silva acaba de ser condenado a nove anos e meio de prisão e proibido de ocupar cargos públicos por sete anos pelo juiz Sergio Moro, na Operação Lava Jato.

A proibição de prender quem avoque sua condição de candidato é a mais abjeta das propostas do nada cândido (claro, impoluto) relator, mas não é a que produzirá, se for aprovada pelo Congresso Nacional, mais prejuízos, em todos os sentidos, para a cidadania. As medidas cinicamente propostas pelo “nobilíssimo” parlamentar produzem, em conjunto, um despautério que provocaria a aceleração do enriquecimento dos partidos e de seus representantes, em particular os dirigentes, sob a égide de um sistema corrupto e que trava a produção e o consumo, empobrecendo a Nação. O financiamento público das milionárias campanhas eleitorais legaliza a tunga ao bolso furado do cidadão.

Ex-sócio do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que não sai do País para não ser preso pela Interpol, Sua Candura-mor, o deputado ecumênico, integra o lobby a favor da legalização dos cassinos e foi um dos idealizadores da campanha de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara. A reforma ressuscita uma ideia que nunca pareceu ter muito futuro e sempre foi apregoada pelo presidente Michel Temer: o distritão. Trata-se da volta do tílburi ao Vale do Silício, pois reduz a pó as tentativas vãs de tonificar a democracia, dando mais força aos partidos, e estimula o coronelismo partidário, usando falsamente a modernização, confundindo-a com voto distrital.

O Estado noticiou que o patrimônio de Cândido aumentou nove vezes nos últimos nove anos (descontada a inflação no período). Neste momento, em que as arenas da Copa do Mundo da Fifa em 2014 – de cuja lei foi relator – têm as contas devassadas por suspeitas de corrupção e um juiz espanhol mandou prender o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, o eclético parlamentar achou um parceiro no Senado: o relator da reforma política e líder do governo Temer na Casa, Romero Jucá (PMDB-AP).

Enquanto Cândido e Jucá providenciam a engorda dos cofres partidários para garantir as campanhas perdulárias, que vinham sendo feitas à custa de propinas milionárias, a comissão especial da reforma do Código de Processo Penal (CPP) batalha pelo abrandamento da legislação de combate à corrupção no Brasil.

A reforma do CPP, que é de 1941, foi aprovada no Senado em 2010. Na Câmara ficou esquecida até o ano passado e foi desengavetada durante o mandarinato do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso em Curitiba. O presidente da comissão especial que discute as mudanças na Casa, deputado Danilo Forte (PSB-CE), que apareceu recentemente na lambança de Temer ao tentar atravessar a adesão dos dissidentes do PSB ao DEM, discorda de presos fecharem acordos de delação premiada com procuradores.

Forte também considera que é preciso punir juiz que desrespeite as regras da condução coercitiva, que deveria ser empregada apenas se uma pessoa se negar a prestar depoimento. O presidente da comissão especial parece até ter inspirado sua ideia na recente decisão de Nicolás Maduro, que ameaçou de prisão os juízes que o Parlamento da Venezuela – de maioria oposicionista e contra a Constituinte que ele quer eleger no domingo, no modelo da pregada por Dilma – escolheu para a Suprema Corte.

A reforma política de Cândido e Jucá e as mudanças no CPP propostas por Forte, aliado de Temer, evidenciam tentativas de adaptar as leis eleitorais e penais do País aos interesses pessoais de chefões políticos encalacrados nas operações, Lava Jato entre elas, inspiradas em convenções da ONU, da OEA e da OCDE contra a roubalheira geral, importadas por Fernando Henrique e Dilma e agora ameaçadas pelos que defendem a impunidade de quem for flagrado. Esse “acordão”, que denota fraqueza e sordidez, põe o Brasil, já na contramão da prosperidade, também na trilha oposta da luta contra o roubo. Aqui a vergonha empobrece o portador.

*Jornalista, poeta e escritor

Mais Notícias : Alô, indecisos
Enviado por alexandre em 26/07/2017 16:52:01

Alô, indecisos

Postado por Magno Martins

O Globo

Para garantir que a Câmara dos Deputados rejeite a denúncia apresentada pela procuradoria-geral da República (PGR), o presidente Michel Temer está ligando para cerca de 80 deputados que se mantêm indecisos sobre o voto. A lista de parlamentares foi preparada pelo vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP).

“O presidente Temer está ligando para uns 80 deputados”, disse Beto Mansur.

Temer disse a interlocutores que já conseguiu reverter "uns 20 votos" com os telefonemas. A intenção do Palácio do Planalto é derrotar a denúncia e mostrar que Temer ainda tem uma base aliada formada por cerca de 280 ou 300 deputados.

O governo está confiante porque cabe à oposição reunir 342 votos para que seja aceita a denúncia contra Temer. A legislação prevê que uma denúncia em ação penal contra o presidente seja autorizada por ao menos 2/3 dos deputados, o que representa 342 votos.

A oposição admite que não tem todos os votos necessários, mas afirma que Temer também não tem mais a mesma força política do início de seu governo, no ano passado.

Segundo aliados, Temer está animado com a lista de parlamentares. O problema, porém, é que muitos integrantes da listagem estão viajando, longe de Brasília. O Congresso está de recesso e só retoma os trabalhos na próxima terça-feira.

Mais Notícias : Padilha: Governo tem “absoluta certeza” de vitória
Enviado por alexandre em 26/07/2017 16:51:01

Padilha: Governo tem “absoluta certeza” de vitória

Postado por Magno Martins

Do G1

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo tem “absoluta certeza” da vitória na votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.

A sessão está marcada para a próxima quarta-feira (2). Os deputados vão decidir se admitem ou rejeitam a denúncia de corrupção passiva contra Temer, apresentada no final de junho pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Temos certeza que vamos rejeitar no plenário, como foi rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça, o pedido de abertura de processo crime contra o presidente da República. Isso nós temos absoluta certeza que acontecerá”, disse o ministro.

Cabe ao plenário da Câmara autorizar ou não o STF a processar o presidente. A denúncia da PGR tem por base delações dos executivos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS. São necessários os votos de 342 dos 513 deputados para que seja autorizada a tramitação da denúncia no Supremo.

Questionado sobre os mapas com votos de deputados feitos por parlamentares aliados a Temer, que indicaram cerca de 220 a 250 votos a favor do presidente, Padilha preferiu não arriscar prognósticos.

“O placar? Problema da oposição, que tem que colocar 342 votos no plenário”, declarou.

Antes do recesso, a denúncia passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A partir da liberação de emendas e da distribuição de cargos, o governo teve o apoio de líderes de partidos da base, que promoveram uma série de trocas de titulares do colegiado.

Deputados indecisos ou que votariam a favor da denúncia foram substituídos por parlamentar que se posicionaram contra a acusação. As mudanças garantiram a vitória dos governistas, com a derrubada do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava o prosseguimento da acusação.

Política : RABO DE CAVALO
Enviado por alexandre em 25/07/2017 23:23:16


Desaprovação de Michel Temer chega a 94%, segundo pesquisa Ipsos

Levantamento mensal apresenta aumento de um ponto percentual na insatisfação brasileira sobre governo de Michel Temer. Foto: Beto Barata/PR

Pesquisa Ipsos realizada entre os dias 1º e 14 de julho aponta recorde no nível de reprovação ao governo do presidente Michel Temer e soma 94% de insatisfeitos. O levantamento mostrou aumento de 1% na rejeição ao presidente em comparação com a pesquisa de junho.

Além de Temer, a pesquisa questionou os entrevistados sobre diversos políticos com alto nível de reprovação. Ex-deputado cassado e preso, Eduardo Cunha teve 93% de reprovação e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi rejeitado por 90% dos entrevistados.

Na sessão de “Avaliação de líderes” o ex-presidente condenado Lula recebeu reprovação de 68%, enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, obteve 67%. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ficou com 53%, o prefeito de São Paulo, João Doria, obteve 45% e o juiz federal Sérgio Moro teve apenas 28%.

O levantamento acontece mensalmente desde 2005. Para o mês de julho, a Ipsos ouviu 1.200 pessoas de 72 municípios brasileiros em todas as regiões. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.

DIÁRIO DO PODER

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