« 1 (2) 3 4 5 ... 22250 »
Regionais : Leite de saquinho retorna aos mercados com propostas de sustentabilidade ambiental
Enviado por alexandre em 18/03/2024 01:11:33


Embalagens plásticas de leite. Foto: Reprodução

Até a década de 90, o leite era frequentemente adquirido em saquinhos nas famosas versões C ou B, que, por sua vez, azedavam rapidamente e necessitavam de fervura antes do consumo.

Com a introdução das embalagens cartonadas, conhecidas como longa vida, os saquinhos foram gradualmente sendo deixados de lado, quase se tornando obsoletos, relegados a padarias de áreas rurais.

Contudo, nos últimos anos, os saquinhos de leite têm demonstrado um retorno discreto, mas constante. Supermercados de alto padrão em São Paulo, como o Mambo e a rede Zaffari, voltaram a comercializar o leite refrigerado em saquinho de 1 litro.

Diferentemente do passado, o leite em saquinho atual é distinto, não sendo mais classificado como A ou B, sendo apenas pasteurizado, natural e livre de aditivos.

Com validade estendida de até dez dias quando refrigerado, não exige fervura prévia. Esse aprimoramento se deve, em grande parte, aos avanços na manipulação e na coleta do leite, assim como à melhoria na logística de transporte, que agora é refrigerada.

Programa Leite das Crianças, do Governo do Paraná. Foto: Reprodução

Para os produtores, a diferença de custo é significativa, já que enquanto uma garrafa plástica custa quase R$ 1, o saquinho fica em torno de R$ 0,04. Essa redução de custos reflete diretamente no valor do leite na prateleira, tornando-o pelo menos R$ 1 mais barato que o engarrafado.

Além da questão financeira, há também uma preocupação ambiental. Consumidores estão buscando alternativas mais sustentáveis, reduzindo o consumo de plástico optando pelo leite em saquinho.

Essa tendência reflete-se também nas empresas, como a Leitíssimo, que visam reduzir a quantidade de plástico utilizado em suas embalagens.

O movimento de retorno aos saquinhos de leite não é exclusivo do Brasil. Países como Europa e Estados Unidos já adotaram essa mudança, motivados pela redução do impacto ambiental.

Estudos mostram que, em comparação com embalagens longa vida e garrafas plásticas, os saquinhos de leite consomem menos recursos naturais e geram menos gases de efeito estufa.

Justiça : Rosa Weber é indicada para assumir o lugar de Lewandowski no Tribunal do Mercosul
Enviado por alexandre em 18/03/2024 01:09:29


A ministra aposentada do STF, Rosa Weber. Foto: Reprodução

O governo Lula selecionou Rosa Weber, ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal (STF), para representar o Brasil no Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do Mercosul.

Ricardo Lewandowski, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, que anteriormente ocupava o cargo, deixou o posto ao assumir a função de Ministro da Justiça e Segurança Pública.

Atualmente, é atribuição do Brasil presidir a instituição em 2024, cabendo a Weber completar o mandato iniciado por Lewandowski.

O ex-ministro do STF, Celso de Mello, elogiou a escolha de Weber para a posição, destacando sua reputação e experiência. “Com essa indicação de alta qualidade, o Brasil reforça de forma significativa o Tribunal Permanente de Revisão, que poderá se tornar, no futuro, um verdadeiro ‘Tribunal de Justiça’ do Mercosul”, declarou em comunicado.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Foto: Reprodução

Rosa Weber deixou o STF em setembro, sendo substituída por Flávio Dino, indicado pelo presidente Lula e aprovado pelo Senado. Com a saída de Dino do Ministério da Justiça, Lewandowski foi designado como novo chefe da pasta.

O tribunal do Mercosul é responsável por resolver disputas entre os membros e as questões relacionadas às normas do bloco. Cada país membro do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) indica um árbitro, enquanto um quinto membro é escolhido em conjunto.

Os árbitros não têm uma agenda diária fixa na sede do tribunal, mas estão disponíveis para atuar quando necessário, recebendo honorários por cada serviço prestado.

Regionais : Rossi quebra recorde histórico de invencibilidade no gol do Flamengo
Enviado por alexandre em 18/03/2024 01:06:58

No último sábado (dia 16), o Maracanã testemunhou um momento histórico no clássico entre Flamengo e Fluminense, válido pela semifinal do Campeonato Carioca.

 

O goleiro Rossi, do rubro-negro carioca, se tornou protagonista ao estabelecer um novo recorde para o clube ao ficar 960 minutos consecutivos sem sofrer um gol em jogos oficiais.

 

O feito de Rossi supera a marca anteriormente detida por Cantareli, que havia permanecido 959 minutos invicto entre novembro de 1978 e fevereiro de 1979. A quebra desse recorde histórico ocorreu durante o embate contra o Fluminense, a partir do minuto 40 do segundo tempo.

 

Veja também

 

Manchester United elimina Liverpool da Copa Inglaterra em um jogo emocionante com sete gols

 

Com faixas, atletas apoiam Anderson Melo após ataques homofóbicos no vôlei de praia

 

O período registrado não inclui acréscimos ou partidas amistosas, sendo exclusivamente contabilizado em competições oficiais. Os jogos de pré-temporada realizados nos Estados Unidos em janeiro deste ano não foram considerados para o estabelecimento deste novo recorde.

 

O último gol sofrido por Rossi remonta à rodada final do Campeonato Brasileiro de 2023, quando foi vazado aos 25 minutos do primeiro tempo na partida contra o São Paulo, resultando em uma derrota de 1 a 0 para o tricolor paulista no Morumbi.

 


 

Rossi emerge como uma figura de destaque na defesa do Flamengo, contribuindo de forma significativa para a série de jogos sem sofrer gols do rubro-negro. Sua conquista não apenas evidencia seu talento individual, mas também ressalta o esforço coletivo da equipe.

 

Fonte:O Globo
 

LEIA MAIS

Coluna Mulher : Conheça os 14 primeiros sintomas de gravidez semana a semana
Enviado por alexandre em 18/03/2024 01:05:43

Durante a gestação, acontecem muitas mudanças no corpo feminino

Os sinais (que podem ser vistos) e sintomas de gravidez (que podem ser sentidos) podem surgir nas primeiras semanas após a concepção, como também, podem passar despercebidos, já que depende de cada mulher.

 

Por isso, o Dr. Márcio Alcântara, ginecologista e diretor do Hospital Regional Unimed, elencou os 14 primeiros sinais e sintomas de gravidez, que, nesse post, também chamaremos de eventos iniciais da gravidez, separados por semanas.

 

Veja também

 

Menstruar ou não menstruar? Saiba os prós e os contras

 

Mulheres sofrem mais microagressões no ambiente de trabalho e têm aposentadorias menores

 

DESCOBRINDO A GRAVIDEZ

 

14 primeiros sintomas de gravidez (semana a semana) - Tua Saúde

 

De acordo com o Dr. Márcio, se tratando da gravidez, os eventos iniciais são inespecíficos e, às vezes, se apresentam em pequena intensidade, podendo até ser confundidos com outras situações clínicas, como: náuseas nas patologias infecciosas, digestivas ou de alteração do equilíbrio; atraso menstrual; sensação de inchaço; aumento de peso; e a mastalgia (dores mamárias) que se apresenta na segunda fase do ciclo.

 

Quando o óvulo é fertilizado e o embrião se implanta na parede uterina, a mulher pode apresentar algumas queixas inespecíficas, como cólica abdominal, mamas mais sensíveis, aumento da libido e alterações no muco vaginal. Porém, o mais comum, são os primeiros sintomas de gravidez surgirem apenas entre a 5ª e 6ª semana da gestação. Segundo o Dr. Márcio, “Neste período, muitas mulheres apresentam a sensação de mamas aumentadas, doloridas e até as temidas náuseas, alterações hormonais típicas do período”, esclarece.

 

No segundo mês, com mais de 60 dias de atraso da menstruação, os primeiros sintomas ainda podem persistir, acrescidos a pigmentação nos mamilos e nas genitais e a formação de uma linha mais escura na divisão central do abdômen, conhecida por linea nigra ou linha alba.

 

14 SINTOMAS DE GRAVIDEZ INICIAIS

 

Hemocord | Quais são os primeiros sintomas de gravidez?

 

Após a fecundação – momento em que o espermatozoide se encontra com o óvulo na trompa e quando ocorre a implantação do embrião no útero -, as mulheres passam por inúmeras alterações hormonais e transformações que podem incluir:

 

1. Atraso menstrual
2. Cólica abdominal
3. Mamas sensíveis e aumentadas
4. Aumento da libido
5. Alterações no corrimento vaginal
6. Náuseas, enjoos e vômitos
7. Vontade frequente de urinar
8. Aumento do sono
9. Constipação intestinal
10. Alterações do paladar e aversão a cheiros fortes
11. Cansaço frequente
12. Alterações de humor
13. Sangramento vaginal
14. Abdômen inchado

 

OS PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ SEMANA A SEMANA

 

Minha gravidez é de risco? Como saber? – Pro Exame

 

Primeira semana
Alteração na cor do corrimento vaginal e cólica abdominal.

 

Segunda semana
Mamas sensíveis, aversão a cheiros fortes, alterações de humor e cansaço mais frequente.

 

Terceira semana
Pequeno sangramento vaginal (pouco comum).

 

Quarta semana
Atraso da menstruação, enjoos e vômitos.

 

Quinta semana
Cólica abdominal e inchaço – Aumento das mamas – Náuseas, enjoos e vômitos – Vontade frequente de urinar.

 

Sexta semana
Constipação intestinal – Aumento do cansaço e sono – Alterações no paladar – Aversões a odores e cheiros.

 

COMO CONFIRMAR A GRAVIDEZ?

 

NUK - Bebê a caminho: conheça os primeiros sinais da gestação

Fotos: Reprodução

 

A evidência mais forte de uma gravidez é, sem dúvidas, o atraso menstrual, associado a uma vida sexual ativa e sem contracepção.

 

Vale ressaltar, ainda, que os sintomas de gravidez podem variar entre as mulheres e a cada gestação. Ou seja, uma mesma mãe, por exemplo, na primeira gravidez pode sentir alguns sintomas e na seguinte apresentar outros ou nenhum sintoma, variando em intensidade, frequência, época e duração.

 

Por isso, o Dr. Márcio Alcântara pontua que o método mais eficaz para confirmar a gravidez é o exame de sangue Beta hCG, de preferência quantitativo, em torno do 5ª dia de atraso da menstruação. Ele explica ainda que, mesmo antes do atraso menstrual, este exame pode dar positivo, já que, após a fecundação, a implantação intrauterina (dentro do útero) já acontece com maior exatidão 10 dias após a relação sexual.

 

O ginecologista faz um alerta para os casos em que o exame pode inicialmente dar positivo e, em seguida, acontecer algum sangramento vaginal. “Nesses casos, provavelmente, ocorrerá a perda do feto e a posterior negativação do exame. Por isso, o ideal é realizar o Beta hCG com 5 dias de atraso da menstruação, em torno da 5ª semana de gestação, contando-se a partir do 1º dia da última menstruação. Em alguns casos, principalmente quando acontece o sangramento vaginal, pedimos para as pacientes repetirem o beta para confirmação da gravidez“.

 

Outro meio bastante utilizado, entretanto com resultados menos confiáveis para confirmar a gestação, é o exame de urina, que, assim como o exame de sangue, busca a fração beta do hormônio hCG.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatAppCanal e Telegram

 

A partir da 5ª semana de gestação, já é possível realizar o ultrassom transvaginal para confirmar a gravidez. Porém, segundo o Dr. Márcio, o melhor é realizar o exame contando 7 semanas do primeiro dia da última menstruação. “Nesse período já conseguimos ouvir os batimentos cardíacos do embrião, além de confirmar se a gravidez é intrauterina (dentro do útero) ou é ectópica (gestação fora do útero), além de verificar se será feto único ou gestação múltipla“, pontua.

 

Fonte: Unimed

LEIA MAIS

Ciência & Tecnologia : Comida 2.0: como a indústria de alimentos usa a tecnologia para ficar mais sustentável
Enviado por alexandre em 18/03/2024 01:04:39

Horta vertical de lúpulo em Madri, na Espanha: plantas chegam a sete metros de altura

Ainda em estágio pré-industrial, a fazenda vertical pretende entregar, quando estiver em plena produção, quatro safras desse lúpulo sustentável por ano, reduzindo o risco de as fabricantes de cerveja ficarem sem o produto por secas, altas temperaturas ou geadas, cada vez mais frequentes com a mudança climática.

 

O custo de produzir um quilo de lúpulo nesta horta digital ainda é mais alto. Salta de algo entre € 15 e € 20 (entre R$ 82 e R$ 109) numa plantação normal para € 30 (R$ 163). Mas ali gastam-se 95% menos água e 20% menos energia, que vem de fontes renováveis.

 

A plantação vertical visitada pelo GLOBO em Madri ilustra como inovações turbinadas por máquinas inteligentes estão ajudando a indústria de alimentos e bebidas no mundo a se tornar mais eficiente e sustentável, condições determinantes para alcançar os principais mercados consumidores de um planeta que precisará alimentar cada vez mais gente.

 

Veja também

 

Quais são as cores da Páscoa e o que elas significam?

 

É normal ficar sem vontade de fazer sex# no casamento? Entenda

 

DEMANDA CRESCENTE, OFERTA AMEAÇADA

 

Um relatório do banco suíço UBS mostrou que, até 2050, serão mais 2 bilhões de habitantes no planeta (atualmente já somos mais de 8 bilhões), elevando em 60% a demanda por comida. Ao mesmo tempo, a mudança climática vai dificultar a produção de alimentos, e a procura de água excederá a oferta em 40% já em 2030. Mesmo assim, os humanos ainda desperdiçam 1,3 bilhão de toneladas de alimentos por ano.

 

Estes desafios estão obrigando a indústria de alimentos e bebidas a avançar em uma nova revolução tecnológica. Começou com investimentos de US$ 135 bilhões (R$ 674 bilhões) em 2018 e vai chegar a 2030 com US$ 700 bilhões (R$ 3,5 trilhões) aportados em inovações, alta de 15% ao ano.

 

A Ekonoke, por exemplo, já recebeu investimentos da AB InBev — fabricante de marcas de cerveja em todo o mundo, que no Brasil controla a Ambev —, em parceria com Coca-Cola, Colgate-Palmolive e Unilever, e pela cervejaria Estrella Galícia.

 

— É a combinação entre ciência e tecnologia, levando a uma planta mais resistente e que poderá ser cultivada em qualquer parte do mundo — diz Inés Sagrario, CEO da Ekonoke, resumindo os resultados da fazenda vertical de Madri.

 

PARCERIAS INOVADORAS

 

Vendedora usa sombrinha para proteger alimentos à venda no Ceasa do Rio. Calor extremo tem gerado maior perda de produtos, assim como aumento dos preços — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

 

A principal estratégia é digitalizar linhas de produção para produzir itens mais baratos com menos recursos naturais. Por trás das inovações estão grandes grupos e startups. Na Espanha, grande produtora e exportadora agroalimentar, o movimento está a todo vapor.

 

— Competitividade, eficiência e sustentabilidade são elementos-chaves para quem quer manter a liderança no mercado. A Ekonoke, por exemplo, está liderando mudanças no cultivo do lúpulo com nossa tecnologia usando menos recursos naturais e obtendo mias eficiência — diz José Ramón Castro, diretor-geral da Siemens Digital Industries para Espanha e Portugal.

 

Em Múrcia, no sudeste da Espanha, a Blendhub especializou-se em alimentos em pó, como carne, leite, peixe, frutas e vegetais, a partir de uma técnica de secagem. Com esses ingredientes são preparadas duas mil receitas, e as fórmulas ficam armazenadas em computação em nuvem.

 

Dessa forma, fica mais fácil produzir perto de quem vai consumir alimentícios industrializados de forma automatizada, por máquinas guiadas pelas receitas. Já são sete hubs em quatro continentes, incluindo países populosos como Índia e Tailândia.

 

A empresa trabalha para grandes companhias do ramo, como Nestlé e Cargill, mas também com pequenas empresas desenvolvendo novos produtos. Já são 10 toneladas de alimentos em pó vendidos por ano e faturamento de € 50 milhões (R$ 272 milhões).

 

CALOR EXTREMO GERA PERDA DE ALIMENTOS E AUMENTO DOS PREÇOS NO CEASA DO RIO

 

— Estamos planejando novos hubs, incluindo o Brasil. com parceiros e investidores locais. Operando perto das fontes de ingredientes e dos consumidores finais, já conseguimos reduzir em 30% o preço de um produto, eliminando custos da cadeia — diz o dinamarquês Henrik Kristensen, acrescentando que a empresa tem patentes em 80 países e começou a coletar dados como rastreabilidade dos ingredientes, preços, fornecedores, distâncias logísticas, tempo e custos de transporte, para trazer ainda mais eficiência e confiabilidade à operação.

 

A sustentabilidade é uma obrigação para o setor na União Europeia (UE), que desde o ano passado tem como meta reduzir o consumo de energia em quase 12% nos países-membros.

 

Em Sevilha, a unidade da Coca-Cola Europacific Partners, engarrafadora com maior receita da marca de bebidas no bloco, monitora em tempo real o uso de energia e água por um sistema digital nas 12 linhas de produção. O monitoramento digital garantiu, mesmo com a expansão da produção, a redução do consumo dos dois insumos entre 20% e 22% desde 2019.

 

‘CÉREBRO DIGITAL’

 

Na Deoleo, maior produtora de azeite do mundo, localizada em Córdoba, toda a produção foi digitalizada, permitindo dar ao consumidor informações de rastreabilidade do produto.

 

A companhia espanhola elevou sua eficiência, integrando laboratórios e fábricas por meio de uma espécie de “cérebro digital”. Com mais dados, a empresa conseguiu cortar a emissão de 2.353 toneladas de CO2 em 2022, queda de 66% em relação a 2021.

 

Deoleo, maior produtora de azeite de oliva do mundo, usa tecnologia digital para rastrear produção — Foto: Divulgação

Fotos: Reprodução

 

No Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, esse movimento também começou, mas o país ainda investe pouco na industrialização dos produtos in natura, o que poderia elevar o valor agregado das exportações do país, apontam especialistas.

 

— No Brasil, quem não aderir, seja pequena ou grande empresa, será penalizado nas gôndolas pelo consumidor — afirma Paulo Silveira, fundador e CEO do FoodTech Hub Latam, ecossistema de inovação do setor de alimentos.

 

MAIS INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS NO BRASIL

 

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o investimento do setor em inovação subiu de R$ 15,3 bilhões em 2020 para quase R$ 20 bilhões no ano passado.

 

Glaucia Maria Pastore, cientista de alimentos da Unicamp, afirma que o Brasil já poderia ter avançado mais na eficiência do setor e na oferta de produtos com maior qualidade nutricional ampliando a industrialização no campo. Ela cita que atualmente chega a sobrar arroz, rico em fibras e carboidratos, que poderia se transformar em creme ou farinha, por exemplo.

 

— O país também perde ao não industrializar alguns tipos de plantas, que servem como alimento, mas também têm propriedades medicinais — diz a pesquisadora.

 

Em Curitiba, a Bühler, fabricante de equipamentos para empresas de alimentos, está desenvolvendo sistemas de inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT) que corrigem erros na fabricação de comestíveis em série.

 

Hoje, isso ainda é feito por humanos com a ajuda de sensores. A Bühler também desenvolveu equipamentos com motores mais eficientes, que reduzem em até 50% o consumo de energia.

 

— Estamos trabalhando para que o consumo de água seja reduzido em cada processo — diz Frederico Goulart, diretor da Bühler Brasil.

 

REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS

 

A M. Dias Branco, dona das marcas de massas e biscoitos Adria e Piraquê, é uma das brasileiras que iniciou a digitalização das operações e estuda como aplicar a IA na correção das nas linhas. Já teve ganhos de eficiência de 5% a 15% e, para acelerar a absorção de novas tecnologias, faz parcerias com startups.

 

— Criamos há três anos um plano de automação e digitalização. Temos 17 fábricas, com muitas linhas de produção. Esses planos nos ajudam a decidir qual linha automatizar no curto e médio prazo — diz Sidney Leite, diretor técnico e de Operações da M. Dias Branco.

 

A JBS, multinacional brasileira líder global em carnes, recorre à economia circular para responder à cobrança crescente sobre sustentabilidade. Cerca de 99% dos resíduos do processamento de gado são reaproveitados, sendo transformados em biodiesel, gelatinas, sabonetes e couro para revestimento de móveis, vestuário e acessórios.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatAppCanal e Telegram

 

Novas fábricas já são inauguradas com coleta de águas pluviais, uso de veículos elétricos no trânsito interno e geração de energia solar nos estacionamentos, o que ajuda a cumprir metas de sustentabilidade.

 

Fonte: O Globo

LEIA MAIS

« 1 (2) 3 4 5 ... 22250 »
Publicidade Notícia