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Coluna Agricultura : Estudantes mato-grossenses aprendem a fazer adubo orgânico utilizando técnica sustentável
Enviado por alexandre em 18/04/2024 00:37:52


Estudantes da Escola Estadual São Vicente de Paula, em Sinop (MT), estão aprendendo a produzir adubo orgânico para utilizar no cultivo de alimentos pelo Projeto Hortas Escolares, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) e Secretaria Estadual de Estado de Educação (Seduc).

O projeto em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Rotary ensina os alunos a transformar resíduos em fertilizante utilizando gongolos, conhecidos como piolhos de cobra, com base em pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O húmus de alta qualidade contribui para a saúde das plantas e promove a agroecologia.

O método não apenas valoriza a biodiversidade do solo, mas também recontextualiza um animal antes visto como incômodo, demonstrando seu valor na produção agrícola sustentável.
Foto: Ayla Rocha/Arquivo pessoal

O projeto começou no ano passado e, atualmente, conta com a participação de cerca 360 alunos no projeto da horta, coordenado pela professora Silmara de Oliveira Rocha conhecida como Ayla, durante as aulas das disciplinas de Projeto de Vida e Trilha de Química, que fazem parte do novo ensino médio.

"A produção é utilizada 100% na horta, que tem quase 800 metros quadrados. O projeto aqui na escola é bem completo, trabalhamos toda a parte de agroecologia e horta urbana", explicou.

A horta é dividida em quatro partes, sendo uma para o plantio de hortaliças; outra para o cultivo de pepino, vagem, abobrinha; uma área com pés de mamão e melancia e outro setor de plantas medicinais e que também contém uma horta vertical em garrafas pet.

O diretor da Escola Estadual São Vicente de Paula, Raul Gavarone, afirmou que o trabalho tem dado resultados positivos no aprendizado dos estudantes.

"A gente acredita no que a gente ensina. O aluno precisa se sentir parte da escola e os estudantes que participam desse projeto tem frequência e notas maiores. A vida acadêmica dos alunos melhora muito quando se envolvem em um projeto como esse", enfatizou.

A produção da horta é destinada à alimentação escolar da unidade, que atende 1.600 estudantes.

Foto: Ayla Rocha/Arquivo pessoal

"Este projeto desenvolve práticas que enaltecem a agricultura familiar e a sustentabilidade, além de aproximar as crianças e jovens do contato com a natureza e ensinar técnicas de cultivo", 

afirmou o secretário de Agricultura Familiar do Estado, Luluca Ribeiro.

Em 2024, são 300 escolas beneficiadas com o Projeto Hortas Escolares, com investimento de R$ 3 milhões. Cada instituição de ensino recebe R$ 10 mil, um investimento direcionado para a compra de ferramentas, sementes e outros recursos essenciais para cultivar alimentos e ervas medicinais seguindo métodos orgânicos, automatizados e inovadores.

"Esse projeto é resultado de uma parceria de sucesso e está sendo fundamental para garantir não apenas qualidade à produção, mas o despertar do sentimento de pertencimento e participação ativa dos estudantes. A consciência ambiental que isso gera se reflete em sala de aula e em suas casas, certamente", disse o secretário de Estado de Educação, Alan Porto.

Além do trabalho de compostagem, que foi implantado junto com o projeto de hortas escolares, a escola ensina os alunos a fabricarem vasos usando resíduos, como papel, isopor, papelão e tecidos de roupas que iriam para descarte, e argamassa. 

Brasil : Indígenas produzem café premiado sem agrotóxicos e irrigação em Rondônia e Mato Grosso
Enviado por alexandre em 18/04/2024 00:36:24

Robusta amazônico, produzido pelo povo Paiter Suruí, é reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Rondônia. Qualidade do grão cultivado pelos povos Paiter Suruí está diretamente ligado ao reflorestamento e sustentabilidade.


Dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, o povo Paiter Suruí produz um café premiado e reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Rondônia: o robusta amazônico. A qualidade do fruto é resultado dos conhecimentos sobre a floresta e práticas sustentáveis adotadas pelos indígenas.

"O cultivo e a qualidade do nosso café vem da floresta em pé. Para se ter uma ideia, cultivamos sem irrigação, porque o mais importante é a mata",

explica o presidente da Cooperativa Indígena Garah Itxa, Celso Suruí.

De acordo com Celso, 150 famílias estão envolvidas no cultivo do café em 25 aldeias que ficam dentro da TI Sete de Setembro, localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.

Cafezal dentro da Terra Indígena Sete de Setembro. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

Iniciativas como o reflorestamento feito pelos indígenas em seu território, que envolvem o plantio de frutos nativos (técnica conhecida como "agrofloresta") próximo às plantações, é fundamental para garantir o melhor cultivo do grão.

Como surgiram os cafezais?

O presidente da cooperativa explica que o plantio de café não fazia parte da cultura Paiter Suruí: as lavouras foram deixadas por colonizadores que viviam na região antes da demarcação da terra indígena.

A TI Sete de Setembro, que é habitada por indígenas Paiter Suruí, está localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, em uma área de 248.146 hectares. O modo de vida tradicional do povo Suruí está ligado ao uso da floresta e às atividades extrativistas.

O período de colonização da Terra Indígena ocorreu por volta de 1920 até 1980, quando houve a demarcação. A área era habitada por não indígenas que exploraram recursos naturais da região, incluindo a extração ilegal de madeira.

Após o contato com a sociedade não indígena, os Paiter perceberam que esse café que existia em seu território era uma cultura lucrativa que poderia contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade.

Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

 Adubação natural

 Celso Suruí conta que com o início do projeto de reflorestamento dentro do território, a qualidade do café cultivado aumentou, devido à presença de floresta próximo das lavouras.

"Na nossa concepção como Paiter Suruí, não precisamos usar agrotóxico no nosso plantio. A terra onde fazemos o plantio do nosso café é muito rica de adubação orgânica por causa da agrofloresta",

explica Celso Suruí.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o plantio de café próximo à floresta cria um "microclima" (condições climáticas específicas de uma região) que oferece benefícios como: umidade, temperatura adequada e uma diversidade de polinizadores.

Agrofloresta - Terra Indígena Sete de Setembro. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

Separação manual 

Celso Suruí explica que toda a colheita e separação dos grãos é feita de forma manual pelos indígenas dentro das aldeias. Após a colheita, os grãos são levados para o secador estático (equipamento utilizado no processo de secagem de grãos) e ficam na máquina por cerca de 36 horas (1 dia e meio).

O equipamento foi doado em 2023, pela Secretária de Estado da Agricultura (Seagri), antes os grãos ficavam secando por cerca de oito dias em uma área limpa.

Além disso, após o processo de secagem, os grãos são "beneficiados": cascas do café são removidas e os grãos ficam prontos para serem moídos e vendidos. 

Máquina de beneficiamento. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

Qualidade reconhecida 

Em 2019, a qualidade do café produzido nas aldeias do povo Paiter Suruí foi reconhecido pela primeira vez: a indígena Diná Suruí e o companheiro, Yami-xãrah Suruí, foram os campeões da primeira edição do concurso de qualidade dos Robustas Amazônicos, o Tribos.

Segundo especialistas do evento, o café especial que foi premiado, com 89,63 pontos, tem sabores amazônicos, notas de chocolate e castanhas. A qualidade da bebida foi o que garantiu o primeiro lugar.

No mesmo ano, os indígenas foram convidados para uma parceria com uma marca nacional de café: 90% dos grãos colhidos nas aldeias são vendidos para a empresa. O café é vendido em grãos beneficiados e embalados pela própria empresa. Os 10% restantes são divididos entre os indígenas das comunidades.

Atualmente, 150 famílias estão envolvidas no projeto e cultivam café em 25 aldeias que ficam dentro da TI Sete de Setembro, segundo o presidente da Cooperativa Indígena Garah Itxa.

Paiter Suruí recuperam áreas desmatadas com cultivo de frutos nativos dentro de aldeias em Rondônia. Foto: Emily Costa/g1 Rondônia

Na última colheita realizada pelos Paiter Suruí, cerca de 2.000 sacas de café robusta amazônica foram colhidas e vendidas por valores entre R$ 800,00 e R$ 1.200,00, cada.

Durante a Semana Internacional do Café, realizada em novembro de 2023, o pódio do 'Florada Premiada' foi ocupado exclusivamente por cafeicultoras de Rondônia. Entre elas, Celesty Suruí, da aldeia Lapetanha, em Cacoal (RO).

 O que é o café robusta?

 Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados. A qualidade da bebida extraída a partir dessa junção rendeu a ele a primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) para café canéfora sustentável.

De acordo com a Embrapa, foi na Amazônia, especialmente na região Matas de Rondônia, que estes materiais híbridos encontraram condições apropriadas para se desenvolver e tem se destacado na cafeicultura nacional pelo vigor, produtividade e, principalmente, qualidade.

Em janeiro deste ano, o robusta amazônico foi declarado patrimônio cultural e imaterial de Rondônia.

Ciência & Tecnologia : Criação de startups agrícolas são favorecidas por novas práticas ambientais
Enviado por alexandre em 18/04/2024 00:34:58


Plantação de amendoim em São Paulo tratada com o fertilizante à base de arbolina, da Krilltech. Foto: Reprodução/Embrapa

Empresas que oferecem aos produtores rurais técnicas agropecuárias ambientalmente mais amigáveis, como as que permitem a redução do uso de agrotóxicos, estão se expandindo no Brasil. No 'Radar Agtech Brasil 2023', mapeamento anual da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o número de startups ligadas à biodiversidade e sustentabilidade foi de 37 para 83, as da categoria controle biológico e manejo integrado de pragas passaram de 36 para 45 e as de segurança e rastreabilidade de alimentos de 13 para 21, desde o levantamento anterior, de 2022.

"Há um movimento global de busca de práticas que incentivem a sustentabilidade e a conservação ambiental", 

diz o administrador de empresas Cleidson Dias, da Embrapa, coordenador da publicação.

Lançado no final de 2023, o relatório mapeou 1.953 empresas de base tecnológica dedicadas à agropecuária, também chamadas de agtechs. Foram registradas 250 novas empresas, um aumento de 14,7% em relação a 2022.

"Verificamos um crescimento contínuo das agtechs no Brasil, apesar das dificuldades para obter financiamento, algo que ocorre no mundo todo", observa o engenheiro mecânico Felipe Guth, sócio-diretor do fundo de investimento SP Ventures, corresponsável pela elaboração do "Radar 2023".

Imagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP

As agtechs da América Latina receberam US$ 1,7 bilhão de investimentos em 2022, 39% a menos do que em 2021, segundo o relatório "Latin America AgriFoodTech Investment Report 2023", elaborado pela AgFunder, empresa norte-americana de capital de risco, e a SP Ventures. A queda registrada em 2022, explica Guth, se deu em razão de mudanças no cenário macroeconômico global e das diversas ondas da pandemia de Covid-19 ocorridas naquele ano, que afetaram os investimentos em startups de todos os setores. De acordo com o relatório, citado no levantamento da Embrapa, o Brasil foi destino de 45% dos investimentos em 2022, o equivalente a US$ 765 milhões.

Uma das startups ligadas à área de manejo biológico, a Gênica, criada em 2015 em Piracicaba, no interior paulista, pretende lançar dois produtos neste ano. O primeiro é uma solução com uma nova cepa da bactéria Bacillus amyloliquefaciens, que, de acordo com testes feitos pela empresa, é capaz de reduzir em até 80% as manchas foliares causadas por fungos em soja, milho, algodão e feijão, entre outras plantas, contribuindo para o manejo sustentável de doenças em culturas agrícolas.

O segundo é uma solução com a bactéria Priestia megaterium, validada com apoio do pesquisador Fernando Andreote, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), que favorece a disponibilidade de água para as plantas e aumenta a eficiência de uso de fósforo e nitrogênio. "Os resultados no campo foram promissores durante veranicos [períodos quentes e secos que podem ocorrer no outono e no inverno] de até 20 dias", diz o engenheiro-agrônomo Marcos Petean, presidente da empresa.

Metade (56,9%) das agtechs brasileiras estão na região Sudeste, como a Gênica, mas foi no Norte que elas mais se expandiram: passaram de 28 para 116 empresas identificadas. Em 2023, a participação dessa região no total de empresas saltou de 1,5% para 5,9%, superando o Centro-Oeste (5,8%) e o Nordeste (5,2%).

Imagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP

"Uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas [Sebrae] permitiu que a equipe da Embrapa levantasse mais startups ativas que podem não ter sido mapeadas em anos anteriores", explica Dias. Segundo ele, o crescimento no número de agtechs na região Norte pode ser também o resultado de programas como o Inova Amazônia, do Sebrae, que oferece mentorias e bolsas para que o empreendedor se dedique ao desenvolvimento de sua startup – o valor pode chegar a R$ 39 mil para um período de seis meses.

A Bioplazon, de Manaus, no Amazonas, foi uma das empresas mapeadas pelo "Radar 2023" e selecionadas no edital de 2022 do Inova Amazônia. Criada por ex-alunos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ela desenvolveu uma espuma rígida feita de resíduos do processamento da mandioca e do açaí para produzir copos de bioplástico. "Criamos um processo que separara o amido, a fibra e a celulose da massa da mandioca e as fibras dos caroços de açaí ", conta o químico Igor Araújo Pinto, diretor da empresa. "Aproveitamos até 80% dos resíduos, fornecidos por produtores rurais próximos a Manaus."

Instalada na Incubadora de Bionegócios e Tecnologias da Amazônia (inBioTa), a Bioplazon prepara um teste de mercado com um protótipo de copos para café ou sorvete de 50 mililitros (mL) e 200 mL. Eles serão oferecidos aos visitantes do aquário marinho do Rio de Janeiro. Se o resultado for positivo, Pinto pretende começar a vender os copos ainda este ano.

Copo feito de resíduos do processamento de açaí (à dir.) e mandioca, da Bioplazon. Fotos: Reprodução/Embrapa e Eduardo Cesar/Revista Pesquisa FAPESP

Destino de novos investimentos 

O "Radar Agtech 2023" identificou três grupos de empresas que devem atrair investimentos no futuro próximo: as agfintechs, que oferecem serviços de crédito e facilitam a criação dos chamados marketplaces, plataformas digitais que reúnem produtores e compradores; as climatechs, que criam tecnologias capazes de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa; e as agbiotechs, voltadas a produtos biológicos que ajudam no combate a pragas e aumentam a produtividade.

A Krilltech, assim com a Gênica, é uma agbiotech. A empresa foi criada no Distrito Federal por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Embrapa e produz fertilizantes à base de arbolina, uma nanopartícula que estimula a fotossíntese. Composta principalmente de carbono, nitrogênio e hidrogênio, a nanopartícula age no metabolismo primário das plantas, incentivando a produção de energia.

Imagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP

"Em testes com alface, tomate e pimentão na Embrapa Hortaliças, a arbolina levou a um aumento de produtividade de até 20%", relata o químico Marcelo Olieira Rodrigues, da UnB, diretor da startup.

"Utilizar a tecnologia em estágios iniciais da cultura permitirá que as plantas se desenvolvam de forma mais robusta e, consequentemente, se tornem mais resistentes às variações do ambiente", observa Rodrigues. A patente da tecnologia é dividida entre a startup, a Embrapa e a UnB.

O levantamento da Embrapa registrou também um aumento no número de empresas com ao menos uma mulher como sócia, segundo dados fornecidos pelo Sebrae. A participação feminina passou de 28,7% em 2022 (520 startups) para 36,4% (711) em 2023, mas ainda não há uma análise ampla sobre esse aumento.

"No cenário de investimentos e programas para mulheres empreendedoras, diversas iniciativas têm surgido para fornecer suporte financeiro e capacitação", analisam os autores no levantamento. A criação de fundos de capital de risco para startups lideradas por mulheres, além de prêmios, encontros e grupos organizados focados na participação feminina no agro, também são iniciativas destacadas no documento. 

Relatório

DIAS, C. N. et al. Radar Agtech Brasil 2023: Mapeamento das startups do setor agro brasileiro. Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens: Brasília e São Paulo, 2023.


*O conteúdo foi originalmente publicado pela Revista Pesquisa Fapesp, escrito por Sarah Schmidt

Brasil : Cidades da Amazônia estão há oito anos entre as 20 piores no ranking de saneamento básico do Brasil
Enviado por alexandre em 18/04/2024 00:33:48

Porto Velho, Macapá e Santarém são os piores municípios no ranking de saneamento básico do país

A capital de RondôniaPorto Velho, é a pior da Amazônia Legal no ranking de saneamento básico divulgado pelo Instituto Trata Brasil no dia 20 de março. Entre as 100 maiores cidades do país, a capital rondoniense não está sozinha, pois o pódio do ranking é ocupado por mais duas cidades amazônidas: Macapá (AP) e Santarém (PA). 

Em Porto Velho, por exemplo, o esgoto continua sendo um grande desafio: em relação ao levantamento realizado no ano passado pelo Trata Brasil, a coleta cresceu apenas 4,73% pontos percentuais no município em um ano, passando de 5,16% para 9,89%. Segundo o Instituto, há 10 anos Porto Velho sempre se apresenta nas piores colocações dentre as 100 maiores cidades do país.

O percentual de Macapá, também referente ao esgoto, é de apenas 8,05%. Veja o ranking abaixo:

Esgoto à céu aberto na região central de Porto Velho (RO). Foto: Taísa Arruda/g1 Rondônia

Ranking do saneamento 2024

O recorte abaixo é referente às capitais da Amazônia Legal que figuram no ranking de serviço de saneamento básico nas 100 maiores cidades do país divulgada pelo Instituto Trata Brasil. A ordem é dos piores indicadores para os melhores:

Posição Município UF Atendimento de ÁguaAtendimento de EsgotoTratamento de EsgotoPerdas na DistribuiçãoInvestimento médio per capita (R$/hab.)
100° Porto Velho
RO 41,79%9,89%1,71%77,32%37,47
99°Macapá
AP54,38%8,05%22,17%71,43%41,48
98°Santarém**PA48,8%3,81%
9,13%40,23%34,30
97°Rio BrancoAC53,5%
20,67%0,72%56,59%30,02
93
Belém
PA95,52%19,88%2,38%35,1%106,92
88
São Luís
MA
92,76%54,28%20,59%55,93%45,83
86
Manaus
AM
99,49%26,09%21,79%55,44%
115,66
50
Cuiabá
MT
100%75,33%49,59%
58,99%
472,42
26
Palmas
TO
97,93%89,96%
64,48%
31,74%
200,78

**Santarém não é capital, mas faz parte do recorte regional expressivo. 

Fonte: Instituto Trata Brasil

De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil, os índices mais aceitáveis estão nas regiões Sul e Sudeste.


Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Os municípios de Porto Velho (RO), Macapá (AP), Manaus (AM) e Belém (PA) estão há oito anos entre os 20 piores no ranking do sistema de saneamento básico brasileiro em um ranking de 100 cidades analisadas. Os dados foram produzidos pelo Instituto Trata Brasil, e analisaram as metas de universalização do sistema de saneamento básico do país. De acordo com a pesquisa, o Norte e o Nordeste do país não possuem sequer tratamento para 35% do esgoto gerado.

A presidente executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, não está surpresa ao ver o Norte e o Nordeste permanecendo em posições de precariedade nos serviços. Ela diz que o poder público não tem se comprometido com a pauta e não percebe que as consequências podem ser graves.

"A gente tem cinco capitais na Região Norte, três na região Nordeste que tem menos de 35% de tratamento de esgoto. Então a gente está falando aí de uma região amazônica, por exemplo, e região Nordeste que é muito focada em turismo, com um prejuízo grande à natureza por conta de todo esse esgoto bruto sendo lançado nos rios e mares", 

lembra Luana Pretto.

Confira o ranking das 100 cidades:

Seu navegador não oferece suporte ao visualizador de PDF<br /> <a href="/images/p/42570/Tabela-Completa-Ranking-do-Saneamento-de-2024-TRATA-BRASIL-GO-ASSOCIADOS.pdf">Baixe o arquivo PDF aqui</a>

De acordo com a pesquisa, os índices mais aceitáveis estão nas regiões Sul e Sudeste. Piracicaba (SP) e Bauru (SP) são exemplos de cidades com 100% de coleta de esgoto.

Mas o cenário nem sempre é favorável. O levantamento revela que nas regiões Norte e Nordeste apenas 31,78% da população têm acesso ao serviço de esgoto.

Na opinião da advogada especialista em direito ambiental Paula Fernandes, é importante reconhecer os avanços para que também sirvam de modelo e espelho para localidades ainda atrasadas com relação às metas estabelecidas. Mas ela também destaca a importância de criar metas que possam ser alcançadas num contexto de uma política de atraso no atendimento à população.

"A gente espera que todos contribuam, todos os atores envolvidos contribuam por cumprimento, mas de modo geral acredito que às vezes a gente coloca ali uma meta muito audaciosa e as formas de cumprimento, as estratégias, os processos, as etapas, eles acabam não acompanhando o desafio de maneira proporcional",

avalia.

Marco legal do saneamento 

Com as metas definidas pelo Marco Legal do Saneamento (Lei Federal 14.026/2020), o país tem como propósito fornecer água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90%, até 2033. 

Desta forma, a diretora executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, acredita que o Ranking do Saneamento 2024 liga um alerta, seja para as capitais brasileiras, como também para os municípios nas últimas posições, para que possam atuar pela melhoria dos serviços e priorizar o básico.

*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Brasil 61, escrito por Lívia Azevedo

Regionais : Pintor é condenado a 5 meses de prisão por furtar comida e produtos de higiene
Enviado por alexandre em 18/04/2024 00:30:09


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Imagem representativa. Foto: Akira Onuma/Agência Câmara de Notícias

O pintor Marcelo da Silva Nunes, de 36 anos, foi detido em Americana (SP) no dia 18 de janeiro deste ano sob acusação de tentativa de furto de alimentos e produtos de higiene no valor de R$ 81,61. Menos de três meses depois, em 9 de abril, foi condenado a cinco meses e 13 dias de reclusão em regime fechado, devido a antecedentes criminais.

Segundo o Uol, a sentença, dada pelo juiz André Carlos de Oliveira, considerou o regime fechado devido às condenações anteriores de Marcelo, que incluem furto de um par de tênis em 2012 e cinco barras de chocolate em 2021.

Um dia antes de sua sentença, o herdeiro Fernando Sastre de Andrade Filho, teve seu segundo pedido de prisão preventiva rejeitado pela Justiça. Ele dirigia um Porsche em alta velocidade, causando a morte de um motorista de aplicativo. Embora testemunhas relatassem que ele havia consumido bebida alcoólica, a defesa alegou que é prematuro julgar as causas do acidente.

Apesar das circunstâncias diferentes, Marcelo permaneceu preso devido à impossibilidade de pagar a fiança de R$ 1.412, enquanto o Sastre foi liberado após pagar uma fiança de R$ 500 mil.

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