Brasil : LÍNGUA AFIADA
Enviado por alexandre em 04/10/2011 15:57:30



Senador Cassol critica Governo e rebate acusações de adversários

O senador licenciado Ivo Cassol (PP) foi o entrevistado desta quarta-feira (04), do programa A Voz do Povo, da rádio Cultura FM 107,9, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá e retransmitido pela rádio Antena FM 98,3, de Alvorada do Oeste, em cadeia com outra dezena de rádios, por todo o Estado.
No seu estilo “bateu levou”, o senador foi mais uma vez polêmico e o programa teve uma das maiores audiências do ano. Ele avaliou o começo da gestão do Governo Confúcio Moura (PMDB). “Eu sou suspeito pra falar. Eu nunca criei expectativa falsa na população. Havia superlotação na saúde, em nossa gestão, mas não faltavam remédios e médicos. O TFD foi suspenso, falta de esparadrapo a algodão. Isso não me deixa feliz, pelo contrário. Não trabalho com a desgraça alheia”, disse.
Cassol cobrou “quero que o governador cumpra o que prometeu ao povo. Prometeram uma Nova Rondônia, mas o povo vive uma ilusão. Que falta de respeito o secretário do DEOSP ir cavar um buraco pra retirar a cabeça de burro, nas obras no CPA. Secretário, não tem burro enterrado lá, mas sim o CPA não termina por falta de competência”.
Segundo ele, “na Seduc, tem recursos, mas não tem projeto. Essa é a Nova Rondônia! Esse Governo tá gastando muito, pra não fazer quase nada. Antes de assumir, o governador disse que não conhecia boa parte de seu secretariado. Imagine preparar um casamento, sem conhecer a noiva? Não dá certo.Confúcio tinha que mandar pelo menos metade de seu secretariado embora”.
Sobre a sua atuação no Senado, onde prometeu “chutar o pau da barraca”. “Eu disse que se fosse preciso eu viraria a mesa e chutaria o pau da barraca. Não foi preciso, por enquanto. Eu não fiz como senador, como fizeram comigo, quando eu era governador, quando foi a bancada toda pedir a minha cassação, inclusive o Confúcio Moura (PMDB), que era deputado federal. Eu fiz o inverso, eu me integrei na luta com a bancada, por Rondônia. Isso não quer dizer que vamos estar no mesmo palanque nas eleições municipais, mas temos que trabalhar em conjunto, pelo Estado”, disse Cassol.
Segundo ele, a licença que pediu do Senado foi em virtude de questões pessoais. “Vou ser muito claro. Eu sou acostumado no Executivo, mas sei fazer o meu trabalho em várias áreas. A coisa anda muito devagar no Senado, é verdade. Mas, ao mesmo tempo, eu queria dar esse presente ao meu pai, que me educou, me deu as diretrizes. Enquanto isso eu percorria Rondônia, fortalecendo o PP e conversando com a população”, destacou.
O senador acrescentou que “aproveitei esse tempo para viajar, descansar, cuidar das minhas coisas particulares, para pescar e para estar junto de minha família. Quero dizer que não uso um celular, não recebo salário e nada do Senado”.
Em relação à aposentadoria de ex-governadores, Cassol assegurou que não pressionou nenhum deputado a votar contra o projeto do deputado estadual Hermínio Coelho (PSD), que acabava com o benefício.
“Vamos deixar bem claro que são 24 deputados estaduais independentes, eleitos com o voto da população. Em 2003, entrei com uma ADIN para acabar com a aposentadoria para ex-governadores, mas o STF arquivou. Eu não liguei pra deputado, não interferi, o Legislativo é independente. O Valter não me deve a sua eleição, mas aos eleitores. Mas, a Assembleia criou uma lei que só passa a valer após o sucessor de Confúcio sair do cargo”, comentou.
O senador respondeu aos questionamentos da ex-senadora Fátima Cleide, garantindo que não teme perder o mandato, por causa da ação de Cleide nos bastidores.
“De maneira nenhuma. Ele deveria era ter tido votos, ela não teve. Teve somente a metade dos votos que obtive. Foi senadora por oito anos, mas não teve trabalho para mostrar e a população a rejeitou nas urnas. Eu tenho processos, tenho, mas como cidadão, vou me defender, em todas as instâncias, para buscar os meus direitos. A ex-senadora e o PT tentam me tomar o mandato, pois foram incompetentes de vencer nas urnas”, desabafou.
Ivo Cassol esbravejou quando respondeu á Cleide, que disse que ele não fez nada de bom pelo Estado. “Por isso ela não foi reeleita, por isso não teve voto. Ela enxerga e não quer ver. Pagamos em dia, readmitimos os servidores, fizemos obras e muito mais. Ela deveria era falar sobre as denuncias do deputado Hermínio, que apontou falcatruas na prefeitura e nem ela, nem o PT, fizeram nada”, enfatizou.
Em relação á sua segurança pessoal, Cassol ficou irritado ao responder às acusações do deputado Hermínio, de que até o seu cachorro teria seguranças. “O deputado primeiro tinha que ter respeito por ele mesmo. Ele não se dá ao respeito. Se ele tivesse feito um décimo do que fiz, não precisaria andar com segurança. Ele anda com dois seguranças, talvez porque ele anda em casas de jogos e isso é contravenção, ele quer se proteger. Eu fiz muito por Rondônia, quem teve culhão pra fazer fui eu, por isso, acho que é justo eu andar com seguranças. Eu tenho 12 seguranças, que não usam viaturas e nem celulares do Governo”, completou.
Para Cassol, “enquanto critica eu ter segurança, o Hermínio aprova a isenção de R$ 1 bilhão de isenção de impostos para as usinas, gerando empregos fora de Rondônia e prejudicando o Estado. Com esse valor que eles deram para as usinas, daria pra contratar e pagar os salários de 2.000 policiais militares, por 20 anos”.
Ivo Cassol negou que tenha deixado um Estado endividado. “O governador mesmo teve que se auto corrigir, precisando fazer um decreto ratificando o que disse. Falta nessa “Nova Rondônia” é gestão, é conhecimento. Faça um consulta ao Tribunal de Contas do Estado, que verificarão que é mentira. Até débitos de precatórios, eles somam como nossa. Essa dívida foi gerada pelo PMDB, quando governou o Estado”, assegurou.
Ele comentou sobre a proposta de CPI na Caerd. “Podem investigar, fazer CPI da Caerd, na Saúde, em tantos outros setores que estão capengando. Não temo investigação, se houve erros, metam a ‘taca’. Olha a situação do Estado: falta até papel nas delegacias, podem fazer CPI na Segurança. Façam uma faxina completa logo”, alfinetou.
Sobre a terceirização da frota da segurança, Ivo Cassol disse que “agora, depois da cobra morta, todo mundo quer bater a foto. Quando começou o serviço, o preço era diferente, pois o valor dos veículos era outro. Agora, para se fazer um novo contrato, com os carros desgastados e mais baratos, é claro que houve uma redução. A terceirização da frota gera sim agilidade e economia aos cofres públicos”.
Ele anunciou que o empresário Ivan Rocha deverá ser o pré-candidato do PP, junto com o médico Amado Raahal. “Também tem o ex-governador João Cahulla (PPS), que poderá ser pré-candidato, nosso grupo tem bons nomes”, afirmou.
Para finalizar, Cassol rebateu ao vereador Claudio Carvalho (PT), que o acusou de ser mentiroso e de ter superfaturado as obras de saneamento de água e esgoto da capital.
“O vereador mente. Basta verificar os documentos que ele enviou para o Ministério das Cidades, somente por ser ano eleitoral. Se é tão paladino da Justiça, porque não apura a denúncia apontada pelos deputados Hermínio e Ribamar, de que existiria uma quadrilha na prefeitura? Ele come na mesma panela? Ele não abre a boca contra os desmandos e as inúmeras obras paradas na capital. É um demagogo”, finalizou.

Fonte: Rondonoticias

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