Regionais : Em depoimento, sargento do trisal revela que ele e a esposa, também militar, estão em tratamento psiquiátrico
Enviado por alexandre em 30/11/2021 23:20:00


Sargentos Nery e Aldine – Foto: arquivo pessoal

Por Gleydison Meirelles

No final da manhã de segunda-feira, 29, o sargento da Policia Militar do Acre, Erisson Nery, o sargento do trisal, acusado de efetuar quatro disparos de uma pistola .40 contra o acadêmico de medicina Flávio Endres de Jesus Ferreira na madrugada do ultimo domingo, 28, se apresentou na Delegacia Geral de Polícia Civil no município de Epitaciolândia.

Na companhia de advogados, Erisson Nery ficou quase duas horas em depoimento à delegada Carla Ivane de Britto. Por algumas vezes o interrogado “usou do seu direito constitucional de permanecer em silêncio”.

Sobre a madrugada da confusão, Nery disse que viu no momento em que sua esposa Alda Radine foi agrdida por Flávio Endres e que por isso reagiu, mas foi seguro pelos seguranças do estabelecimento. Disse ainda que viu que o homem que agredira sua esposa estava indo embora com outras pessoas que o retitavam do local e que após se desvencilhar dos seguranças foi em busca de Flávio.

Nery relata ainda que sacou a arma e que deu voz de parada ao acadêmico e mandou que este deitasse no chão, mas que foi agredido por um grupo de pessoas que estavam com a vitima e foi ai que disparou. O militar disse ainda que não lembra de quantos disparos efetuou, mas que ficou com medo de morrer por conta das agressões e por isso atirou.

Em um trecho do depoimento, Erisso Nery disse: “que está afastado de suas funções como policial militar, em razão de atestado médico psiquiátrico expedido pelo médico psiquiatra José Roberto B. Leite, desde a data de 27/10/2021, após sua comandante identificar alguns sintomas característicos de depressão”.

Disse ainda que: “em razão do encaminhamento ao psiquiatra e por indicação do próprio medico as duas armas que estavam em seu poder, uma pistola e um revolver foram recolhidos pelo comando do Batalhão”, O militar disse também que: “está fazendo uso de três medicamentos de uso controlado, Paroxetina, Torval e Clonazepan”, revelando ainda que no dia dos fatos havia ingerido bebidas alcoólicas (quatro canecas de chopp).

Em outro trecho do depoimento, Erisson Nery argumentou que não foi alertado pelo médico que não deveria ingerir bebidas alcoólicas quando fizesse o uso dos medicamentos, que não não leu a bula dos medicamentos e “que no seu atestado médico não há a recomendação de que não faça uso de bebidas alcoólicas”.

Em outro trecho do depoimento do acusado, ele foiquestionado se sua esposa Alda Radine está afastada de suas funções de policial por razão de tratamento de saúde, mas o militar disse que ela está de licença especial, comum aos servidores públicos, mas acrescentou que Alda Radine: “está realizando tratamento psiquiátrico e psicológico, bem como está fazendo uso de medicamentos prescritos pelo médico”, enfatizando ainda que: “a arma de sua esposa Alda também foi recolhida, sendo uma pistola da corporação”.

Nery afirmou em depoimento que as esposas, Alda Radine e Darlene Oliveira não sabiam que ele estava armado. Ele não disse nada sobre a origem da arma.

Erisson Nery recebeu voz de prisão logo após concluir seu depoimento e lhe foi apresentado o mandado de prisão em seu desfavor expedido pelo jízo da Comarca de Epitaciolândia. Ele realizou exame de corpo de delito e passou por audiência de custódia onde foi mantida a sua prisão. Ainda no final da tarde de segunda-feira, 29, ele foi encaminhado para o quartel do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Rio Branco onde está à disposição da Justiça.


Juiz mantém prisão preventiva de sargento que vai para a Capital esperar conclusão do caso

Momento em que a viatura saiu com destino à Capital acreana com o Sargento Nery, que ficará preso preventivamente no Quartel Ambiental ou Bope – Foto/captura

O sargento da Polícia Militar, Erisson Nery, principal acusado de tentar matar um acadêmico de medicina na cidade de Epitaciolândia, foi ouvido no fórum de Epitaciolândia em audiência de custódia pelo juiz, Gustavo Sirena, que iria resolver se manteria o militar sob custódia preventivamente.

A audiência durou pouco mais de uma hora o magistrado optou pela continuação da prisão preventiva do sargento. Erisson Nery foi transferido ainda nesta segunda-feira (29), tão logo terminou a audiência.

O militar poderá ficar sob custódia no Quartel Ambiental ou no Bope da Capita acreana. Sua prisão preventiva poderá ter tempo indefinido, mas, os advogados de defesa já comentaram que irão pedir o relaxamento para que o sargento responda em liberdade.

O caso tomou repercussão após vídeos serem divulgados em grupos de redes socais, onde mostra o acadêmico baleado no chão e ainda sendo agredido pelo militar. Depois, mostra sua esposa também sargento e sua companheira com a arma utilizada na tentativa de homicídio.

Momento da chegada do Sargento Nery para sua audiência de custódia, onde o juiz determinou a continuidade de sua prisão preventiva – Foto/Captura

O acadêmico de medicina, Flávio Andress, de 30 anos, foi baleado pelo menos três vezes ficando em estado crítico. Na mesma noite, foi transferido para a Capital onde passou por cirurgia e a equipe de médicos conseguiram evitar sua morte.

Milagrosamente, Flávio conseguiu sobreviver e se encontra fora de perigo de morte. Foi informado que seu estado de saúde é considerado bom e sua recuperação bem vista pelos médicos.

Durante a manhã desta segunda, familiares e amigos estiveram em frente da delegacia de Epitaciolândia, promovendo um ato pacífico pedindo severidade no caso. Novas provas em vídeos e depoimentos estão sendo analisadas e poderão ser inseridas no processo.

https://www.oaltoacre.com/juiz-mantem-prisao-preventiva-de-sargento-que-vai-para-a-capital-esperar-conclusao-do-caso/

 

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia