Política : PGR CONTRA
Enviado por alexandre em 17/09/2021 09:38:25

CPI pediu buscas no MS, mas PGR foi contra

PGR argumentou que ação poderia interferir em documentos sigilosos que não têm a ver com a CPI


Mesa diretora da CPI quis realizar buscas no Ministério da Saúde Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Além da Precisa Medicamentos, a cúpula da CPI da Covid-19 também quis que a Polícia Federal realizasse buscas e apreensões no Ministério da Saúde, mas a Procuradoria-Geral da República se manifestou contra a ação. Com isso, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu mandados apenas para endereços da Precisa.

A comissão de trabalho no Senado alegou que era necessário haver acesso a documentos do Ministério, em especial os relacionados à área de logística, da qual Roberto Dias era diretor. Dias é acusado de pedir propina no contrato da Covaxin.

Leia também1 PF faz buscas na sede da Precisa Medicamentos, alvo da CPI
2 Renan volta a pedir convocação de Braga Netto na CPI da Covid
3 CPI: G7 'se divide' sobre convocar ex-esposa de Bolsonaro
4 CPI dá 48h para Saúde explicar suspensão de vacina para jovens
5 Ministro da CGU rebate acusação de Aziz e dá recado ao senador

Em sua justificativa, a PGR afirmou que a ação poderia comprometer informações “sigilosas e sensíveis” que não têm a ver com a investigação em andamento na CPI.

– Se deferida a medida em tela, de forma precipitada, informações sensíveis e sigilosas, que não dizem respeito ao objeto da CPI, podem ser indevidamente capturadas, e prejudicar o interesse público da função exercida naquele ministério – escreveu a procuradoria.

CONTRATO DA COVAXIN
Conforme apurado pela CPI, o contrato que seria firmado entre o Ministério da Saúde e a Bharat Biotech previa a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, ao custo de R$ 1,6 bilhão para o governo. Este mesmo contrato é alvo de suspeitas pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União e da Polícia Federal.

A comissão investiga se houve pressão política para a liberação e a compra do imunizante – que, segundo o TCU, seria a vacina mais cara já negociada pelo governo durante a pandemia.

Os valores não chegaram a ser pagos e o contrato foi extinto.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia