Educação : EXEMPLO
Enviado por alexandre em 13/09/2011 09:57:23



Instituto Dom Barreto no Estado do Piauí é o segundo melhor Colégio do Brasil, revela prova do ENEM um orgulho para o povo nordestino

Localizada em um Estado em que 21,14% da população é considerada analfabeta, segundo o Censo 2010, o Instituto Dom Barreto, no Piauí, é a escola com o segundo melhor desempenho no ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2010.

O instituto obteve uma média total de 754,13 no exame do governo, apenas 7,5 pontos abaixo do Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, primeiro colocado na classificação. O Dom Barreto teve uma pontuação 75% maior do que a última escola piauiense no ranking, a unidade escolar Oscar Gil Castelo Branco, com nota de 432,8.

Com mensalidades que variam entre R$ 592 e R$ 696, o Dom Barreto é mais barato do que os outros centros de ensino que lideram o ranking. Estudar no Colégio São Bento, por exemplo, sai por R$ 2.000 mensais, três vezes mais do que o instituto piauiense. Já o Vértice, terceiro lugar no ranking, cobra R$ 3.000 de seus alunos.

O Dom Barreto foi fundado há mais de 60 anos, e seus diretores afirmam que o modelo de ensino é diferenciado - daí o bom desempenho no Enem. O instituto dá aulas para crianças no ensino infantil (a partir de um ano e oito meses), para o ensino fundamental e o ensino médio.



No total, são cerca de 3.300 alunos que estudam por até 8h diárias, de segunda a sábado. A fila de espera do colégio registra uma média de 15 a 20 alunos por vaga. Segundo a direção da escola, dos 136 alunos que prestaram o vestibular, 90% foram aprovados em universidades públicas.

Marcela Rangel, coordenadora do Instituto, afirma que o destaque da escola sempre é motivo de orgulho para os professores, alunos e também para o Estado.

- É o reconhecimento de muito trabalho, do trabalho dos professores, do esforço dos alunos. Isso ajuda para o histórico do instituto também. E isso é motivo de mais cobrança, sem dúvida. Isso acaba aumentando a nossa autoestima, sem falar que o Piauí aparece no cenário nacional.

A escola marcou 681,2 pontos em ciências da natureza, 728,1 em ciências humanas e 656,5 em linguagem e códigos, 717,9 em objetivas, além de 790,3 em redação. No entanto, o ponto forte dos alunos é matemática, área onde o Dom Barreto alcançou média de 805,8 - a nota mais alta dentre as matérias.


Estudantes participam de atividade no Instituto Dom Barreto

Marcela conta que a meta é sempre tentar formar alunos que possam sonhar e conquistar uma boa faculdade. Para isso, o Dom Barreto costuma viajar para outros Estados com o objetivo de conhecer os métodos de outras escolas reconhecidas no país.

- Nós fazemos o trabalho de ir para várias capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, para conhecer as escolas e ver o que elas têm de diferente para que possamos trazer para a nossa.

Para evitar distorções, consideramos o corte de 50% ou mais de participação dos alunos no Enem como forma de comparar escolas em situação parecida. A recomendação vem do ministro da Educação, Fernando Haddad, que sugeriu ser "coerente" comparar escolas dentro da média nacional de participação. Os dados do Enem são de 2010, os últimos divulgados pelo MEC (Ministério da Educação). As notas das escolas tipo EJA (Ensino de Jovens e Adultos, o antigo supletivo) não foram divulgadas.

Livros

Um aspecto que chama a atenção é a quantidade de livros que os alunos leem durante o mês: são pelo menos 15. Rawlinson Medeiros, professor de física, explica que como os estudantes estão no colégio há bastante tempo, não é uma tarefa complicada.

- Como eles começam bem cedo [na escola], então são ensinados a aumentar a carga de materiais. Eles passam oito horas por dia na instituição, o que faz com que eles estudem mais, até mesmo em casa, revisando o conteúdo. Isso equivale também para as provas surpresas que são aplicadas para medir como estão as aulas, como está sendo o aproveitamento dos alunos e sempre temos resultados positivos.



Medeiros deixa em destaque que a maioria dos professores começou na escola como aluno.

- A escola investiu nisso, oferecendo cursos, especialização e até mestrado. Alguns professores têm doutorado. Pelo menos 90% começaram aqui na escola. Sem falar que eles confiaram muito no meu potencial.

Futuro

O ex-aluno Eduardo Filho, de 19 anos, que estudou no Instituto de 1995 até 2010, passou no vestibular para engenharia civil na UFPI (Universidade Federal do Piauí) e conta que o estudo é o grande diferencial.

- É um ensino que não nivela o ensinamento por baixo, além de ter uma carga de conteúdo acima da media. A escola conta com uma das melhores equipes de matemática do Piauí. O foco é puxado para as matérias de exatas, justamente para dar o diferencial no raciocínio lógico e como são as três matérias que têm a média abaixo das demais, eles puxam mais mesmo.


Eduardo, que passou em três cursos, disse que nunca foi destaque entre os melhores alunos da sala dele, mas que conseguiu uma boa posição no resultado do vestibular.

- Passei em direito, mas não me identifiquei. Então vi que o que eu queria mesmo era engenharia civil. Os professores criam uma intimidade com o aluno que chega a ser de amizade mesmo, uma proximidade que permite um aproveitamento melhor do conteúdo.

Fonte;teens180.com

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