Política : CIDADANIA
Enviado por alexandre em 22/01/2021 09:05:31


Idosos ensinam o que é cidadania aos gestores públicos











Por Fernando Castilho

Hilda Cândida da Silva, idosa de 108 anos de Rio das Flores (RJ), abriu mão de ser uma das primeiras vacinadas contra a Covid-19 na sua comunidade. Quando a equipe de enfermagem esteve na casa dela para aplicar a vacina ela disse “não” e deixou claro que o motivo não foi por medo, mas sim, pela generosidade de pensar no próximo.

Em São José do Egito, Paulo Jucá,(foto) secretário de Saúde, “furou a fila” e recebeu a vacina sem fazer parte dos grupos prioritários. Na foi um gesto isolado. No município de Itabi (SE), o prefeito Júnior de Amynthas (DEM), de 46 anos, recebeu uma das 31 doses do imunizante que foram destinadas para a região.

No município de Pombal (PB), Abmael de Sousa Lacerda, conhecido como Dr. Verissinho (MDB), prefeito do município furou a fila e se vacinou. Também em Candiba (BA), o prefeito Reginaldo Prado (PSD), mesmo sem fazer parte do grupo prioritário se vacinou. Em Natal, o prefeito Álvaro Dias (PSDB), só não se vacinou após a reação, ele anunciou a desistência.

A família de Dona Hilda, deve estar sentindo um orgulho imenso pelo gesto de altruísmo de sua matriarca. Na sua comunidade, ela e outras cinco idosas estavam relacionadas para receber a Coronavac. Mas apenas ela abdicou da proteção.

O gesto da centenária brasileira nos remete a pergunta: E o que deve estar sentido, hoje, a família de Paulo Jucá, Júnior de Amynthas e Dr. Verissinho? Assim como a família de Álvaro Dias pela fraqueza de comportamento ao tentar se beneficiar de uma vacina quando não tinham o direito, agora?

Talvez suas esposas, filhos e apoiadores até encontrem justificativa para o gesto desses digníssimos “fura-las”. No meio de tanta corrupção perpetrada por políticos essa decisão talvez até seja comemorada no clã familiar. Um pequeno delito como esse? O que há de grave? Podem se justificar.

Mas a questão continua perturbadora: se esse tipo de político é capaz de passar na frente de uma pessoa em uma crise sanitária, o que não será capaz de fazer com o dinheiro do contribuinte. Clique aqui e confira a matéria na íntegra.

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