Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira pela Revista Nature aponta que, após 6 meses da infecção por Covid-19, os anticorpos contra o vírus tendem a tornar-se mais resistentes. O estudo foi elaborado pela Universidade Rockefeller, de Nova York (EUA).
No total, foram selecionados 87 voluntários, de 18 a 76 anos, já infectados pelo vírus. Cada um deles foi monitorado pelos cientistas ao longo de 6 meses.
Os resultados revelaram que, apesar dos níveis de anticorpos diminuírem com o tempo, as células B ficam ainda mais potentes. Elas têm a função de reconhecer o vírus no organismo e de acionar a resposta imune do indivíduo.
– As respostas de memória são responsáveis pela proteção contra reinfecção e são essenciais para uma vacinação eficaz. A observação de que as respostas das células B de memória não decaem após cerca de 6 meses, antes continuam a evoluir, é fortemente sugestivo de que os indivíduos que são infectados pelo SARS-COV-2 podem apresentar uma resposta rápida e eficaz ao vírus após a reexposição – afirma a pesquisa.
Vacina da Pfizer pode evitar transmissão da Covid-19, diz estudo israelense
Da CNN
Resultados iniciais de um estudo sorológico do Sheba Medical Center, localizado em Israel, mostram que, uma semana após receber a segunda dose da vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19, os níveis de anticorpos dos indivíduos não só aumentaram de 6 a 20 vezes, mas também foram maiores do que os pacientes que já se recuperaram da doença.
“Isso significa que a vacina funciona maravilhosamente”, disse o professor Gili Regev-Yohai, diretor da Unidade de Prevenção e Controle de Infecções do Centro Médico Sheba e chefe do estudo.
“Os resultados do estudo são consistentes com a pesquisa da Pfizer, e até superou as expectativas ... Certamente há motivos para otimismo”, complementou.
De acordo com Regev-Yohai, as descobertas sugerem que os indivíduos que receberem ambas as doses da vacina não só ficarão protegidos da infecção por Covid-19, mas também evitarão se tornar portadores do vírus e, assim, podem ajudar a prevenir a propagação da doença.
O estudo conduzido em Sheba consistiu em 102 indivíduos que receberam duas doses da vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19, das quais 100 apresentaram um aumento significativo nos níveis de anticorpos do patógeno no sangue. Dos dois indivíduos restantes, um era conhecido por ser imunocomprometido.
Israel lidera o mundo em inoculações per capita, tendo ultrapassado a marca de 2 milhões no fim de semana, incluindo mais de 400 mil que já receberam a segunda dose.