Política : VARRER O PT
Enviado por alexandre em 07/10/2020 09:21:55

Bolsonaro só vai decidir financiamento do Renda Cidadã após as eleições

Estado de S.Paulo

O presidente Jair Bolsonaro quer deixar a definição das medidas mais impopulares de financiamento do Renda Cidadã para depois das eleições municipais. A ordem é ficar “quietinho” porque a negociação agora de medidas duras pode atrapalhar a estratégia traçada pelo presidente e seus aliados de “varrer o PT” do Nordeste, segundo apurou o Estadão. 

Segundo um auxiliar, o presidente “está fazendo política”. Mas com a piora dos riscos fiscais e o nervosismo do mercado, há uma corrente de políticos aliados do governo que considera que não vai dar para chegar até as eleições sem apresentar alguma solução e apontar caminhos, mesmo que as medidas não sejam aprovadas imediatamente.

A articulação feita entre o Senado e o governo do presidente Jair Bolsonaro é primeiro negociar a aprovação do projeto e as medidas de compensação para depois colocar no papel, apresentar o relatório e marcar a votação. Em entrevista no Palácio do Planalto, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC Emergencial e do Orçamento de 2021, admitiu que é preciso “gastar mais uns dias” para ter um consenso. A ideia de adiar o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e o uso do Fundeb, fundo que financia a educação básica, foi visto como tentativa de “esconder uma fuga do teto”.

Pelo menos dois motivos estão levando o presidente Jair Bolsonaro a empurrar o anúncio sobre a origem dos recursos e o valor do Renda Cidadã para depois das eleições municipais. O primeiro deles é evitar que a discussão do tema atrapalhe ou interfira na campanha de aliados políticos. Isso porque para bancar um programa mais amplo que o Bolsa Família será preciso fazer cortes em outras áreas, incluindo programas sociais que já existem. O segundo é que, após o pleito, sempre ocorre um rearranjo, mesmo que pequeno, de forças políticas no Congresso, já com foco na escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado. Esses dois movimentos terão impacto e influência na negociação da criação do novo programa. Continue lendo

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O Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, e o PSL, sigla pela qual Jair Bolsonaro se elegeu presidente da República, são os que mais lançaram candidatos às Câmaras Municipais das maiores cidades do país, desbancando legendas até então campeãs na tentativa de obtenção das vagas no Legislativo, como MDB e PSDB.

Republicanos e PSL registram, cada um, cerca de 3.000 candidatos aos Legislativos municipais nas 95 maiores cidades do pais, uma média de mais de 30 por município.

Essas cidades, que incluem 25 das 26 capitais (com exceção de Palmas), formam o grupo daquelas com mais de 200 mil eleitores, que podem ter segundo turno e que abrigam 40% da população do país.

As duas siglas são uma espécie de novatas no clube, já que nas duas últimas eleições municipais não figuraram nem entre as dez que mais elegeram vereadores pelo país. Há quatro anos, a liderança tanto no número de candidatos lançados quanto no número de eleitos foi de PSDB e MDB.

O Republicanos tem como principais candidatos a prefeito neste ano Celso Russomanno, em São Paulo, e Marcelo Crivella, no Rio, ambos contando com a simpatia de Bolsonaro.

O presidente disse que não iria participar das eleições no primeiro turno, mas tem aberto diversas exceções para declarar apoio a aliados.

Na segunda (05), Bolsonaro reforçou publicamente que irá ajudar Russomanno. Nesta terça-feira (06), a família presidencial divulgou em suas redes sociais vídeo em que ele pede voto para uma candidata a vereadora de São Paulo pelo Republicanos, Sonaira Fernandes, ex-assessora do clã. Continue lendo

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