Regionais : As respostas de presidentes partidários aos que pedem mais verba para campanha
Enviado por alexandre em 22/09/2020 14:51:20


Eleições no Brasil

Por Lauro jardim/O Globo

Os presidentes de partidos se queixam de que dispõem de pouco dinheiro para investir nas candidaturas competitivas deste ano. Ainda mais tendo, obrigatoriamente, que destinar 30% para mulheres.

No PDT, a quem coube o valor de R$ 103 milhões, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, já tem frase pronta a quem vem chorar por recurso:

—Não sou banqueiro.

O partido tem cerca de 1 mil candidatos a prefeitos e 25 mil a vereador.

O PSB tem R$ 109 milhões de fundo, com cerca de 1,2 mil candidatos a prefeito e 35 mil a vereador. Como Lupi, o presidente da legenda, Carlos Siqueira, também tem resposta pronta às reclamações por mais dinheiro nas campanhas:

— De onde eu tiro?

As eleições de 2018 ficaram marcadas, entre outros delitos, pelas candidaturas fakes de mulheres que, segundo a polícia e o Ministério Público, serviam de fachada para levar dinheiro do fundo eleitoral e repassar ao comando das legendas.

A divisão de recursos ainda tem de levar em conta a aplicação imediata dos incentivos às candidaturas de pessoas negras ainda nas eleições municipais deste ano, determinada por Ricardo Lewandowski. Quanto a esse critério, porém, presidentes partidários ainda apostam numa reversão em plenário.



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Nomes conhecidos nos corredores do Congresso Nacional nas duas últimas décadas, ex-deputados federais e até um ex-senador – derrotados nas urnas em 2018 – tentam voltar a um mandato eletivo este ano. Um sinal de que a vida como político vai aquém do que qualquer empresa ou emprego.

Esses políticos com pretensões mais modestas, agora são candidatos a vereadores em suas cidades.

Um nome bem comentado é do ex-deputado e ex-senador Lindbergh Farias, que não alcançou sua reeleição para o Senado em 2018 e é uma aposta do PT para puxar votos na corrida para a Câmara Municipal do Rio.

Também não eleito senador no Rio em 2018, Chico Alencar, do PSOL, que permaneceu por 20 anos em Brasília em quatro mandatos de deputado, segue o mesmo caminho: tentará se eleger vereador. É outro considerado um puxador de voto para seu partido.

Cinco vezes deputado Federal, Givaldo Carimbão não foi bem sucedido na tentativa do sexto mandato em 2018. Agora, concorre a vereador pelo MDB, em Maceió. É uma aposta do partido para carrear votos para a legenda.

De tradicional família política no Amapá, a ex-deputada por quatro mandatos Janete Capiberibe, do PSB, não se elegeu para o Senado em 2018. Agora, é candidata a vereadora. O marido, o ex-governador João Capiberibe, disputa a Prefeitura de Macapá.

Ex-deputado, o cantor gospel Irmão Lázaro, que já integrou o Olodum, é outro nome na disputa para vereador, em Salvador. Foi candidato a senador em 2018, mas não foi eleito. É filiado ao PL.

Vice na chapa de Fernando Pimentel na disputa pelo governo de Minas em 2018, a comunista Jô Moraes, do PCdoB, vai tentar uma vaga na Câmara. Ela cumpriu três mandatos como deputada federal.

Cinco vezes deputado federal, o petista Fernando Ferro – não reeleito para a Câmara em 2018 – agora quer ser vereador, em Recife.

O prazo limite para registro de candidatura é até o dia 26.

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