Política : OS DESAFIOS
Enviado por alexandre em 14/09/2020 15:00:23

Eleição desafia hegemonia do PSDB e ressurgimento do PT

Poder360

Os partidos têm até quarta-feira (16) para definir os candidatos às eleições de 2020. Daqui a dois meses, 147,9 milhões de eleitores devem eleger prefeitos e vereadores em 5.568 municípios. Mas 38% dos votantes (54,4 milhões) concentram-se em apenas 96 cidades: as 26 capitais e 70 municípios com mais de 200 mil eleitores – o G96.

É onde a batalha eleitoral será para valer. Em todas as cidades com mais de 200 mil eleitores há 2º turno quando nenhum candidato a prefeito obtém, pelo menos, 50% mais 1 dos votos válidos.

O PSDB é a legenda que conseguiu manter maior presença nesses grandes centros. Tem sob o seu comando 30 municípios do G96. O MDB (ex-PMDB) segue em 2º lugar, com 15 prefeituras. Siglas como PSB, DEM e PSD aparecem em seguida, com 7 cidades cada.

O PT está nos grotões. A sigla havia conquistado 25 cidades do G96 em 2008. Nesta eleição não governa nenhum desses municípios. No último pleito, em 2016, o petista Marcus Alexandre foi eleito para a capital do Acre, Rio Branco. Mas renunciou ao cargo em 2018 para disputar o governo estadual. Acabou perdendo. Agora, a busca é para se reerguer e reconquistar o comando de grandes prefeituras.

O Aliança pelo Brasil, legenda que Jair Bolsonaro quer criar, não conseguiu a tempo o registro no TSE para lançar candidatos. Bolsonaristas filiados a outros partidos tendem a colar sua imagem no presidente para ganhar capilaridade eleitoral. Bolsonaro atingiu o maior patamar de aprovação desde o início do governo. Pode influenciar o voto do eleitor mais conservador.

Leia aqui uma tabela mais ampla, com o número de prefeitos de cada partido nas 26 capitais + 70 cidades com mais de 200 mil eleitores.

CALENDÁRIO ELEITORAL

O Brasil tem 5.570 cidades. Mas apenas 5.568 vão eleger prefeitos e vereadores em novembro de 2020.

Brasília (capital federal), onde há 2 milhões de eleitores, não elege prefeito nem vereadores (há 1 governador e deputados distritais).

Em Fernando de Noronha (PE) o caso é similar. A ilha pernambucana é considerada um distrito do Estado. Não tem prefeito e o número de eleitores é pequeno – pouco mais de 2.700. O governador pernambucano nomeia um administrador para cuidar da região.

O 1º turno da eleição será em 15 de novembro e o 2º turno no dia 29 do mesmo mês. Antes, seria realizada em outubro, mas foi adiada por causa da pandemia de covid-19.


Esplanada dos Ministérios, em Brasília

CNN Brasil

O presidente Jair Bolsonaro avisou a auxiliares e aliados que desistiu de recriar o Ministério da Segurança Pública neste ano e que avalia até mesmo extinguir algum dos atuais 23 ministérios, por causa das restrições orçamentárias do governo.

A informação foi confirmada por três fontes próximas ao presidente, sendo dois auxiliares da ala militar que dão expediente no Palácio do Planalto e um aliado político que costuma frequentar semanalmente o Palácio da Alvorada.

Segundo essas fontes, Bolsonaro tem dito que um dos ministérios que avalia extinguir é o do Turismo. Nesse caso, a ideia seria transferir as funções da pasta para o Ministério da Cidadania e para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).  

Segurança Pública

Em junho, Bolsonaro havia admitido em entrevista que poderia recriar o Ministério da Segurança Pública, hoje vinculado à pasta da Justiça, até o final deste ano. Ele chegou, inclusive, a fazer essa promessa à chamada “bancada da bala” do Congresso.

O coordenador da bancada, deputado Capitão Augusto (PL-SP), afirmou que ainda não foi comunicado oficialmente da decisão, mas disse que já esperava. “Esperávamos para outubro. Como o governo não chamou mais, achávamos que não sairia mesmo”, comentou.

O último ministério criado por Bolsonaro foi o das Comunicações, em junho deste ano. A pasta ganhou a maioria dos cargos comissionados que estavam disponíveis. Na sexta-feira (11), uma lista dessas nomeações foi publicada no Diário Oficial da União.

A proposta orçamentária da União para 2021 prevê que o governo só poderá gastar livremente, as chamadas despesas discricionárias, cerca de R$ 96 bilhões. Isso equivale a 6% do Orçamento, que projeta despesa total de R$ 1,5 trilhão. Procurado, o Planalto disse que não comentaria.

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