Política : ENQUADRADO
Enviado por alexandre em 11/09/2020 08:51:16

Bolsonaro diz que autorizou supermercados por preços dos alimentos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (10), em Brasília, que autorizou a notificação feita pelo Ministério da Justiça aos supermercados que questionava o aumento do preço dos alimentos da cesta básica.

“André Mendonça (ministro da Justiça) falou comigo e perguntou: posso botar a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para investigar? Perguntar para os supermercados porque o preço subiu? Falei, pode e ponto final. Ao chegar à resposta pode ser que o errado somos nós e o governo toma uma providência e ponto final”.

O presidente ressaltou como já fez em outras ocasiões, que não tem intenção de tabelar preços.

“Ninguém quer tabelar nada, ninguém quer interferir em nada, isso não existe. A gente sabe que uma vez interferindo, tabelando, isso desaparece da prateleira e a mercadoria aparece no mercado negro muito mais caro, já tivemos experiência disso no Brasil.”

Bolsonaro citou a retirada da tarifa de importação para até 400 mil toneladas de arroz como uma das providências que o governou. Ele também disse que conversa com os ministros sobre como fazer para o “dólar não subir tanto”. O dólar tá alto, facilita as exportações. Tenho conversando sempre com ministro, presidente do Banco Central, o que podemos fazer para o dólar não subiu tanto, legalmente, obedecendo as regras do mercado, tudo isso nós fazemos.

Além disso, o presidente relatou que nas conversas que teve com os representantes do setor de supermercados, ouviu que a margem de lucro seria “reduzida o máximo possível”.

— Foi uma conversa muito saudável, falaram que eles não são os vilões. A margem de lucro deles vai ser reduzida o máximo possível para colaborar, porque a economia tem que pegar. O Brasil tem que dar certo.

Para integrantes da bancada evangélica, o presidente Jair Bolsonaro vai sancionar o projeto que anistia igrejas e templos do pagamento milionário de dívidas, nesta sexta-feira (11).

Em visita ao Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, de acordo com relatos, Bolsonaro prometeu a sanção a políticos religiosos – mesmo com a pressão de vetar por causa dos custos.

Oficialmente, o governo ainda não divulgou o impacto da medida. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, o perdão da dívida pode totalizar R$ 1 bilhão, referente a multas aplicadas pela Receita Federal pelo não pagamento de contribuições que incidem sobre a remuneração de pastores e líderes.

Embora as igrejas tenham imunidade no pagamento de impostos, pela regra atual, elas não estão livres de todos os tributos, como a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). 

O presidente chegou a sinalizar que poderia vetar o trecho do projeto de lei que concede um perdão milionário a igrejas e templos. Isso após a assessoria jurídica do Palácio do Planalto e a equipe econômica assim aconselharem. No entanto, de ontem para hoje, a bancada evangélica no Congresso Nacional, forte aliada de Bolsonaro, começou a pressionar o presidente da República que voltou a insistir com o Ministério da Economia pelo aval.

Nesta quarta-feira, Bolsonaro esteve reunido no Planalto com os ministros da Economia, Paulo Guedes, o da Advocacia Geral da União, José Levi, e parlamentares da Frente Evangélica, interessados na sanção do texto. Juntos, eles construíram os argumentos da nota técnica que baseiam a decisão do presidente.

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