Policial : PF EM AÇÃO
Enviado por alexandre em 19/08/2020 01:43:48

Em dois anos, PF apreende 11 toneladas de cocaína

Cocaína era transportada por meios aéreos, rodoviários e marítimos, segundo PF — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Desde as investigações até a deflagração da Operação Além Mar nesta terça-feira (18), a Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de 11 toneladas de cocaína. Ao todo, quatro organizações criminosas participavam do esquema, que envolvia transporte da droga por meios rodoviários, aéreos e marítimos.

Antes da deflagração, nesta terça (18), as investigações policiais levaram a prisões de envolvidos e apreensões de drogas nos municípios de Canapi (AL), Barueri (SP) e nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e no porto de Rotterdam, na Holanda.

Ao longo de 2019, 104,5 toneladas de cocaína foram interceptados por agentes da PF em todo o país, somando diferentes ações e grupos criminosos.

Até às 11h, 90 dos 139 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Dos 50 mandados de prisão, 27 foram cumpridos até o mesmo horário.

Com mandados da 4ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco, a PF também apreendeu, até às 11h, 46 veículos, três embarcações e oito aeronaves. Os aviões e helicópteros estavam nos estados de São Paulo, Pará, Pernambuco e no Distrito Federal. Até o mesmo horário, policiais federais haviam apreendido R$ 314.867,00 em espécie. O valor é a soma de quantias apreendidas em vários estados.

Criminosos trocaram aviões por helicópteros

A primeira fase de atuação dos grupos criminosos ocorria com o transporte de cocaína pela fronteira entre Brasil e Paraguai, nas cidades de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, por meio de helicópteros.

“Diferentemente de outros esquemas de tráfico, que utilizam aviões privados e se submetem a toda a fiscalização do espaço aéreo brasileiro, a organização partiu para o uso de helicópteros, que são menos suscetíveis a esse sistema de fiscalização, mas tem menos autonomia do que os aviões”, disse a delegada federal responsável pelas investigações, Adriana Vasconcelos. Continue lendo


Justiça determinou sequestro de helicópteros dentro de operação da PF contra tráfico de drogas — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Justiça Federal em Pernambuco determinou, nesta terça-feira (18), o sequestro de sete aviões, cinco helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis urbanos e rurais ligados aos investigados por uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Também foi ordenado o bloqueio judicial do valor de R$100 milhões.

A Operação Além-Mar cumpre 139 mandados de busca e apreensão e outros 50 de prisão, sendo 20 preventivas e outras 30 temporárias, em 12 estados e no Distrito Federal. A PF apontou que, mesmo diante da pandemia de Covid-19, o esquema criminoso não foi interrompido, tendo sido apreendidos entre os meses de março e julho mais de 1,5 tonelada de cocaína.  

Caminhões foram apreendidos pela Polícia Federal em megaoperação contra tráfico de drogas nesta terça-feira (18) — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Uma equipe da PF foi vista na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, nesta manhã. Além de Pernambuco, são cumpridos mandados em Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Para, Paraíba, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

A PF investiga quatro organizações criminosas que atuavam para exportar toneladas de drogas para a Europa via portos brasileiros, especialmente através Porto de Natal.

Uma delas era sediada na cidade de São Paulo e é acusada de trazer cocaína para o Brasil através da fronteira com o Paraguai, levando por transporte aéreo até o estado. Outra, que atuava a partir de Campinas, recebia a droga internalizada no território nacional para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa.

Um dos bens que teve o sequestro determinado pela Justiça Federal em megaoperação da Polícia Federal foi uma fazenda — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A terceira quadrilha, segundo a Polícia Federal, era estabelecida no Recife e formada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão. Esse grupo criminoso era responsável pela logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos contêineres.

A quarta organização criminosa, estabelecida na região do Braz, na cidade de São Paulo, era uma espécie de banco paralelo, segundo a PF. A investigação aponta que ela disponibilizava uma rede de contas bancárias titularizadas por empresas fantasma, de fachada ou em nome de “laranjas”, para movimentação de recursos de origem ilícita. Continue lendo

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