Política : O PACTO
Enviado por alexandre em 13/08/2020 08:29:07

Governo e Congresso retomam por pacto federativo para remanejar orçamento

Em reunião no Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Congresso fecharam o entendimento de que a saída para abrir espaço no Orçamento sem furar o teto de gastos é a retomada do debate sobre o pacto federativo e da agenda das privatizações.  

De acordo com relatos, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se comprometeu a pautar a proposta que, em suma, vai determinar nova divisão de recursos entre União, estados e municípios, e também avançar na discussão sobre a privatização dos Correios.

Segundo participantes do encontro, Alcolumbre disse que, hoje, o Senado ainda não tem condições de se debruçar sobre a desestatização da Eletrobrás, uma vez que ao menos 40 senadores são contra a proposta. 

A avaliação de quem participou da reunião no Alvorada foi a de que o encontro serviu para que Bolsonaro fizesse um gesto ao ministro da Economia, Paulo Guedes, no dia seguinte à debandada de integrantes da equipe econômica. Como fez de público, o presidente usou o encontro para afirmar que respeita o teto de gastos. 

“Agora, são todos pelo teto”, disse um dos presentes, pouco depois do pronunciamento de Bolsonaro na frente do Alvorada. 

Ainda de acordo com relatos, Bolsonaro teria descartado a possibilidade de prorrogação do decreto de calamidade pública, que se encerra em 31 de dezembro deste ano.



Michel Filho

Ricardo Barros, novo líder de Jair Bolsonaro na Câmara, é um figura notória. Clássico parlamentar do centrão, ele tem problemas com a Justiça.

No início do ano passado, o Ministério Público Federal, em Brasília, o denunciou por improbidade administrativa ao identificar ilegalidades em oito processos de compra por dispensa de licitação na época em que ele era ministro da Saúde de Michel Temer, em 2017.

Na mais grave das suspeitas, de acordo com o MPF, Barros autorizou o pagamento de R$ 19 milhões a uma empresa contratada para fornecer medicamentos que não o fez.

Barros liberou o repasse, segundo os procuradores, mesmo depois de ser informado de que ela não possuía os lotes informados e tampouco era cadastrada pela fabricante das mercadorias para fornecê-las.

“As investigações apontaram que o favorecimento das empresas partiu do ex-ministro Ricardo Barros, que determinou que todos os processos de compra por ordem judicial passassem por seu crivo direto”, informou o MPF na ocasião.

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