Regionais : Em cinco meses, Bolsonaro já pagou a deputados mais em emendas que em 2019
Enviado por alexandre em 31/05/2020 13:37:23


Em cinco meses, o governo federal liberou mais emendas parlamentares que nos 12 meses de 2019. Já foram pagos R$ 6,86 bilhões — cerca de R$ 1 bi a mais que o montante registrado em todo o ano passado, que somou R$ 5,74 bi. O valor é, inclusive, o mais alto desde 2016. O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), liberou mais recursos públicos que o ex-presidente Michel Temer (MDB).

Diferentemente do ano passado, 2020 tem sido marcado pela crise de saúde pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 27 mil pessoas no país. Dessa forma, cerca de 79,39% das emendas foram destinadas à área da Saúde, o equivalente a R$ 5,4 bilhões.

Desse total, a maior parte (38%) foi encaminhada à atenção básica, que recebeu R$ 2 bilhões. A segunda área que mais recebeu emendas foi assistência hospitalar (27%), ou seja, R$ 1,5 bilhão. Os dados fazem parte de um levantamento com base no Portal da Transparência, plataforma com dados de gastos, receitas e prestação de contas, organizados pela Controladoria Geral da União (CGU).

Os outros destinos da verba pública foram para encargos especiais, com R$ 466,3 milhões; segurança pública, que recebeu R$ 240,1 milhões; assistência social, com R$ 225 milhões e, por último, saneamento básico, com R$ 169,5 milhões.

Já as bancadas mais atendidas foram as de São Paulo (R$ 214,2 milhões), Ceará (R$ 180,9 milhões), Bahia (R$ 126,9 milhões) e Maranhão (R$ 125,5 milhões). Continue lendo



delegado cavalcante

Estado de S.Paulo

Na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), o “gabinete do ódio” instalado no Palácio do Planalto se espalhou pelos Estados. As células mais avançadas desse grupo ideológico – revelado pelo Estadão em setembro do ano passado – mantêm a militância digital inflamada e atuam no Ceará, no Paraná, em Minas Gerais e em São Paulo. Numa espécie de franquia, cada núcleo regional conta com assessores lotados em gabinetes da Câmara dos Deputados e em Assembleias Legislativas para movimentar páginas de disseminação de fake news e linchamentos virtuais de adversários do governo.

Um dos núcleos mais estruturados, o “Endireita Fortaleza” tem amigos até na assessoria especial do presidente Jair Bolsonaro, no terceiro andar do Planalto. A célula não foi alvo da operação da Polícia Federal na quarta-feira passada, mas entrou na mira das investigações pelo grau de engajamento nas redes sociais e por ligações com figuras influentes do governo.

O fundador do “Endireita Fortaleza”, o cearense Guilherme Julian, trabalha no gabinete do deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), o Hélio Negão, e tem cargo comissionado com remuneração mensal de R$ 6,1 mil. Fiel escudeiro de Bolsonaro, o parlamentar ainda emprega o cearense Henrique Rocha, colega de Julian na mesma célula. Na movimentação de páginas e grupos de ataques a líderes regionais, Julian e Rocha atuam em parceria com assessores lotados em gabinetes da Assembleia. Cely Duarte e Manuela Melo trabalham para o deputado estadual Delegado Cavalcante (PSL/foto).

No Planalto, a célula cearense conseguiu empregar José Matheus Sales Gomes, que há sete anos criou, em Fortaleza, a principal página do grupo no Facebook, a “Direita Vive 3.0”. Antes batizada de Bolsonaro Zuero, a página atualmente tem 620 mil seguidores. Com salário de R$ 13,6 mil, José Matheus foi nomeado assessor especial da Presidência, em janeiro de 2019, depois de chamar a atenção do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) – filho do presidente e comandante do “gabinete do ódio” – pelo engajamento nas redes sociais. Também ligado à organização de Fortaleza, Mateus Matos Diniz recebe R$ 10,3 mil mensais como comissionado. Continue lendo


Regina Duarte

O governo federal teria a intenção de fechar a Cinemateca, órgão responsável pela memória do cinema nacional, atualmente gerido pela ex-atriz global, Regina Duarte. A informação foi publicada pelo jornalista Ricardo Feltrin, do portal Uol.

A decisão teria ocorrido no final da tarde da última sexta-feira (29), em Brasília, durante reunião entre os representantes da secretaria especial da Cultura e Audiovisual e da direção da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp). Segundo Feltrin, o governo teria proposto a rescisão pura e simples do contrato com a fundação. O acordo, no entanto, vai até 2021.

Caso de fato o local seja fechado, o destino de Regina Duarte é incerto. A ideia seria nomeá-la para algum cargo DAS (Direção e Assessoramento Superior) no valor de R$ 15 mil mensais.

Sem plano para a memória audiovisual brasileira

Conforme apuração do colunista, os representantes da Acerp rejeitaram o rompimento do contrato e já acionaram o conselho administrativo para tomar medidas judiciais para cobrar uma dívida de cerca de R$ 11 milhões que o governo tem com a entidade (ainda referente a 2019).

Com o fechamento da Cinemateca, a fundação Roquette Pinto seria obrigada a demitir cerca de 150 funcionários — quase todos técnicos, e alguns com 40 anos de casa. Com os recursos esgotados, a associação não teria como pagar os valores de rescisões trabalhistas.

O governo ainda não teria apresentado nenhuma proposta sobre o que faria com as centenas de milhares de filmes e gravações que estão no acervo da Cinemateca.

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