O ministro da Educação, Abraham Weintraub, é notório pela falta de modos e o linguajar grotesco, mas ele sabe premiar muito bem os amigos. Nos últimos dias, presenteou a namorada de um de seus assessores com um gordo contracheque. A felizarda foi nomeada para um cargo estratégico no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Vai ganhar mais de R$ 10 mil por mês. Mesmo não tendo as credenciais necessárias para o cargo, a namorada do assessor de Weintraub substituiu uma servidora de carreira, que não tinha uma característica importante para o ministro: a subserviência. Hipocrisia Weintraub, dizem técnicos do ministério, se apresenta como guardião da ética, mas não se furta de usar a máquina pública em proveito próprio. Tanto que usou dois assessores especiais de sua pasta como advogados pessoais para atuar em causas de interesses privados. Auro Hadano Tanaka e Victor Sarfatis Metta ganham cada um, R$ 13,6 mil mensais. Para Weintraub, porém, esse tipo de comportamento, quando é de seu interesse, não fere a ética. Muito menos agraciar um casal de pombinhos que só diz amém a ele.
A Caixa Econômica Federal (CEF) credita nesta segunda-feira (25) novos lotes do Auxílio Emergencial, tanto da primeira parcela, para novos aprovados, quanto da segunda, para quem recebeu a anterior até 30 de abril. Ao todo, o benefício será pago a 7,8 milhões de trabalhadores, segundo o banco. Veja quem recebe nesta segunda-feira: - Segunda parcela: 5,2 milhões trabalhadores inscritos no Cadastro Único ou que se cadastraram através do aplicativo e do site, e que receberam a primeira parcela até 30 de abril, nascidos em setembro e outubro
- Segunda parcela: 1,9 milhão de trabalhadores beneficiários do Bolsa Família, cujo NIS termina em 6
- Primeira parcela: 0,7 milhões de trabalhadores do novo lote de aprovados do benefício, nascidos em agosto
Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Depósito em poupança digital e restrição para saque e transferências Para os beneficiários que vão receber a segunda parcela e não fazem parte do Bolsa Família, os pagamentos trazem mais restrições: todos vão receber por meio de conta poupança digital da Caixa – mesmo quem recebeu a primeira parcela em outra conta. Além disso, a poupança digital não vai permitir transferências inicialmente – apenas pagamento de contas, de boletos e compras por meio do cartão de débito virtual. Transferências para outras contas e saques só serão liberados a partir de 30 de maio. Primeira parcela para novos aprovados A primeira parcela para esse novo grupo será creditada na conta escolhida pelo beneficiário, da forma como receberam os primeiros beneficiários: nas contas da Caixa, na Poupança Social Digital ou em contas de outros bancos. Esses beneficiários também poderão fazer o saque em espécie do auxílio na data da liberação. - 19 de maio (terça): nascidos em janeiro
- 20 de maio (quarta): nascidos em fevereiro
- 21 de maio (quinta): nascidos em março
- 22 de maio (sexta): nascidos em abril
- 23 de maio (sábado): nascidos em maio, junho ou julho
- 25 de maio (segunda): nascidos em agosto
- 26 de maio (terça): nascidos em setembro
- 27 de maio (quarta): nascidos em outubro
- 28 de maio (quinta): nascidos em novembro
- 29 de maio (sexta): nascidos em dezembro
O calendário do pagamento da 2ª parcela do Auxílio Emergencial começou na segunda-feira (18) e seguirá até 13 de junho. O calendário da terceira parcela, que estava prevista para maio, continua sem definição. O calendário da segunda parcela vale apenas para quem recebeu a primeira parcela até 30 de abril. O governo não informou quando vai pagar a segunda parcela para quem receber à primeira depois desta data.
A liberação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril gerou 5 milhões de tuítes e monopolizou o debate político do Twitter, de acordo com levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo mostra que a repercussão do material divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) unificou perfis de direita e de esquerda nas críticas ao presidente Jair Bolsonaro, que representaram 58,4% das interações – para a FGV, este foi o maior volume de tuítes de oposição a Bolsonaro desde o início de abril. Foi o segundo dia com mais tuítes, atrás apenas do dia em que Sérgio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça. Os dados sobre o debate político no Twitter foram compilados ao longo de todo o dia de ontem. A divulgação do vídeo mostrou, ao mesmo tempo, que a base de apoio ao governo Bolsonaro se fortaleceu e se isolou. A FGV calculou que 19% das interações registradas ontem foram favoráveis ao presidente, mas o grupo é cada vez mais dependente de influenciadores digitais que já estão contidos neste grupo. Os números também revelam acirramento da polarização ideológica: apenas 6,5% dos perfis que participaram da discussão não se alinharam ao grupo pró e ao grupo contra o presidente, o menor número de tuítes não engajados politicamente desde março. A base de apoio bolsonarista está mais isolada, pois quase metade das interações feitas pelo grupo ocorre na rede de influenciadores de direita, segundo o monitoramento da FGV. Participam deste grupo os deputados da base aliada e os filhos do presidente, atores de engajamento relevante no Twitter. Por outro lado, a base contra o governo está crescendo na rede social – além de opositores tradicionais, tem recebido a adesão de ex-membros do governo com muito engajamento nas redes, como o ex-ministro Sérgio Moro.
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