Brasil : A AGRICULTURA
Enviado por alexandre em 20/05/2020 00:01:16

Em meio à pandemia, um setor está comemorando bons resultados

Em meio à pandemia do novo coronavírus e à forte recessão, um setor está comemorando bons resultados: a agricultura. A renda agrícola deve chegar ao recorde de R$ 595 bilhões em 2020, uma alta de 19% em relação ao ano anterior, conforme projeção da consultoria MB Agro.

Os agricultores brasileiros estão sendo favorecidos pela resiliência da demanda por alimentos e pela valorização expressiva do dólar. Boa parte das produtos agrícolas são exportados ou tem seus preços atrelados à moeda americana. 

As cotações das commodities agrícolas em reais explodiram desde o começo do ano. A alta foi de 23% na soja, 38% no milho, 35% no café e 27% no arroz. Também subiram os preços das carnes – 9% no frango, 25% no suíno e 29% no boi.

As exceções ficam por conta do algodão e do etanol, setores bastante afetados pela pandemia, por causa do fechamento das lojas de vestuário e da redução do consumo de combustíveis. O preço do algodão em reais caiu 4,8% desde o início do ano, enquanto o etanol subiu apenas 2,9%. 

“A agricultura é o único setor da economia brasileira que deve ter desempenho positivo neste ano, amenizando um pouco a forte crise provocada pandemia do novo coronavírus”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. 

A consultoria projeta alta de 1,5% do PIB agrícola neste ano, enquanto o PIB do país cairia 7,8%. Na média, os economistas ouvidos pelo boletim Focus estimam queda de 5,1% no PIB. Para o ministério da Economia, o tombo na atividade econômica será de 4,7% – a maior da história do país.



O governo federal sancionou, com vetos, a lei que cria linha de crédito para auxiliar micro e pequenas empresas durante a crise do novo coronavírus. O texto foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (19).

Eis a íntegra da lei.

O valor dos empréstimos será de até 30% da receita bruta anual da empresa em 2019. O montante máximo do benefício é de R$ 108 mil para microempresas e de R$ 1,4 milhão para pequenas empresas.

Bolsonaro vetou a carência de oito meses para o pagamento do empréstimo. De acordo com o presidente, o período sugerido pelo Congresso Nacional geraria um “risco à própria política pública, ante a incapacidade de os bancos públicos executarem o programa com as condições apresentadas pelo projeto”.

Com a sanção, a lei entra em vigor imediatamente e os vetos do presidente serão analisados pelo Congresso Nacional.

A lei também cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que concede crédito mais acessível às microempresas com faturamento bruto anual de até R$ 360 mil, e empresas de pequeno porte, cujo faturamento anual é de até R$ 4,8 milhões.

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