Mais Notícias : Cientistas: Covid-19 será ameaça global por dois anos
Enviado por alexandre em 07/04/2020 09:46:28


O Globo 

À medida que China, Coreia do Sul e Cingapura veem casos novos de Covid-19 emergirem, em sua quase totalidade importados, cresce o temor de uma segunda onda da pandemia. Cientistas estão convencidos que o vírus continuará a ser uma ameaça global por muito mais tempo, num período que pode chegar a dois anos, segundo algumas previsões. Mas a gravidade de novas ondas em cada país dependerá das medidas de contenção que eles tomarem agora, alertam especialistas.

O Brasil, que está só no início da subida da primeira onda, ainda não consegue fazer testagem em massa, que tem tido êxito global. E as medidas de isolamento social para aqueles que podem ficar em casa, defendidas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e governadores, enfrentam a resistência de parte da população e do presidente Jair Bolsonaro. Sem isolamento severo e testes, mostram todos os países que baixaram a curva de ascensão da epidemia, é impossível conter o coronavírus.

Uma projeção do grupo "Covid-19 Brasil", que reúne universidades brasileiras e acertou todas as análises até agora, diz que o Brasil tem hoje, na verdade, 82 mil pessoas infectadas e não 12.056 como indica o governo. As novas projeções levam em conta a estrutura etária da população com base nos dados do IBGE.

Confira a íntegra aqui: Coronavíruspara cientistas, vírus continuará a ser uma ...



Coronavírus: UTI aérea vira salvação para cidades no AM

Do UOL

O avanço do coronavírus no interior do Amazonas se tornou uma preocupação para autoridades de saúde dos municípios pobres e isolados pela floresta Amazônica. Sem estrutura para tratar pacientes com dificuldades respiratórias, as cidades precisam contar com UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) aéreas, que estão levando os suspeitos e doentes para a capital, Manaus.

Desde o início do surgimento dos casos de covid-19 no estado, seis pacientes já foram levados em uma UTI aérea para receber atendimento. Um dos que precisaram do serviço foi o comerciante e pescador esportivo Geraldo Sávio, 49. Ele foi levado de Parintins (cidade a 366 km de Manaus) em estado grave para a capital amazonense, onde ficou internado por quatro dias na UTI, mas acabou morrendo no dia 24.

O presidente do Cosems (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde) do Amazonas, Januário da Cunha Neto, admite que o cenário das cidades amazônicas é preocupante para enfrentamento da covid-19. "Nós não estamos preparados para lidar com os casos mais graves", diz.

Segundo ele, a maioria dos municípios não tem equipamentos para garantir suporte ventilatório a uma insuficiência respiratória grave. Além disso, há ainda hoje uma dificuldade para comprar produtos usados no atendimentos nas unidades de saúde.

"Temos problema sobretudo em relação à aquisição de equipamentos de proteção individual e os insumos necessários. Está muito difícil comprar. O mundo todo nesse momento está interessado na mesma coisa. A gente está fazendo racionamento do uso desses equipamentos. Não seria o cenário ideal; mas precisamos para poder garantir pelo menos por mais tempo", explica.

Para tentar conter a chegada do coronavírus, os municípios fortaleceram a atenção básica e montaram uma espécie "barreira sanitária nos portos, aeroportos e rodovias para que as pessoas que sejam oriundas de áreas comprovadamente de circulação do vírus não possam adentrar."

No caso de Parintins, a prefeitura decretou toque de recolher. 

"Muitos municípios já decretaram estado de calamidade e outros optaram pelo lockdown [bloqueio de emergência que impede a saída das pessoas] e estão completamente fechados por 15 dias", afirma Januário.

Diante desse cenário, o presidente do Cosems afirma que é fundamental que a população tenha consciência de que o distanciamento social é a melhor forma de prevenir a doença. "Essa é barreira mais eficiente para evitar a transmissão", alerta.

Estado tem três aviões 

O secretário-executivo adjunto de Atenção Especializada ao Interior da Secretaria de Saúde do Amazonas, Cássio Espírito Santo, afirma que o estado tem de três modelos de aeronaves que são utilizadas conforme a distância do município onde está o paciente.

Cada aeronave leva todo aparato para realizar os atendimentos — equipamentos, insumos e profissionais —, com capacidade para transportar até dois pacientes.

"Temos um jato, um avião para pista pequena e um hidroavião, para atender às diversas realidades dos nossos municípios. E, através de um sistema de regulação, esses pacientes são informados e removidos para a capital. A ambulância vem na própria pista, retira o paciente e leva para a unidade de saúde de destino", disse.

Até ontem, o Amazonas registrou 532 casos da covid-19, com 19 mortes. O número de registros chama a atenção em relação aos vizinhos, já que o número de infectados supera a soma de todos os demais seis estados da região Norte. O estado é o quarto do país em número total de pessoas com casos de covid-19.

Segundo relatório divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave está em um nível "muito alto considerando o histórico do Estado".

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