O médico clínico geral Jean Negreiros, diretor geral do Hospital de Base (HB), de Porto Velho, foi o entrevistado desta segunda-feira (01/08) do programa A Voz do Povo, da rádio Cultura FM 107,9, comandado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.

“O HB hoje não tem superlotação, hoje está organizado e estamos trabalhando para melhorar ainda assim o atendimento. Tínhamos quatro salas cirúrgicas, hoje são nove em funcionamento e ampliamos o número de leitos de UTI, com mais 10 novas unidades”, disse.

Negreiros informou que a grande maioria dos traumas ocorridos em Porto Velho, são tratados no HB. “Os pacientes são levados ao João Paulo II, e depois encaminhados ao Hospital de Base. São em média 30 a 35 cirurgias ao dia e pelo menos um terço dessas cirurgias é ligada ao trânsito”, completou.

Segundo Negreiros, ao assumir o comando do HB “tínhamos mais de 1.200 pacientes na fila para cirurgias de alta complexidade. Muitos pacientes aguardavam cirurgias cardíacas há anos. Encontrei pouco medicamento na farmácia, apenas um aparelho antigo de raio-X funcionando, servidores desestimulados, hospital com dificuldades de limpeza, com problemas de diagnóstico e, infelizmente, a maioria dos serviços terceirizados”.

Para tentar controlar o fluxo de pacientes nas unidades de saúde do Estado, a Secretaria estadual de Saúde vai criar a Central de Regulação, mecanismos de triagem e controle dos encaminhamentos de pacientes. “Com esse serviço, o paciente ao sair de seu município, antes vai passar por uma triagem para saber o seu destino. A central de regulação vai saber onde tem vaga de UTI e onde ele vai ser atendido mais perto da sua cidade”, informou.

Ele destacou a implantação da parceria com o Hospital de Câncer de Barretos, que vai utilizar um espaço dentro do próprio HB, antes de construir sua unidade própria na capital. “Em cerca de 60 dias, o atendimento vai começar a ser feito, para atender aos muitos pacientes que saem de Rondônia para buscar atendimento oncológico em São Paulo”, acrescentou.

O diretor também destacou que o HB passa por obras de melhorias e já teve o aumento dos leitos de UTI, ampliação do centro cirúrgico e troca dos aparelhos de raio-X.

Ele disse que uma empresa de fora de Rondônia, vai ser contratada para fazer uma média mensal de 250 cirurgias ortopédicas ao dia. “Meu estilo é andar no hospital, conversar com os pacientes e funcionários. Nesse trabalho, identificamos os problemas e apontamos as soluções”, finalizou.