Política : APÓS A CRISE
Enviado por alexandre em 27/01/2020 08:16:39

Sérgio Moro indica alinhamento com Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo

O Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, apresentou ontem, mais números relacionados ao combate ao crime organizado e sugeriu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro. A manifestação, feita em seu perfil do Twitter, veio depois de uma crise envolvendo ele e o mandatário sobre a possibilidade de remoção da área de Segurança de suas atribuições.

Nos posts da rede social, Moro também defendeu a transferência de chefes de facções a presídios federais - uma medida tomada em sua gestão que desagrada alguns governadores de Estado e seus respectivos secretários de Segurança Pública.

"Seguindo a orientação do PR Jair Bolsonaro, estamos sendo firmes com o crime organizado, isolando as lideranças em presídios federais. Em 2019, ingressaram mais criminosos nos presídios do que saíram. Em 2018, havia sido o oposto...", escreveu.

"342 criminosos perigosos foram transferidos aos presídios federais em 2019. Ao final do ano, eram 624, recorde histórico. Pela lei anticrime, todas as conversas com visitantes são gravadas, o que reduz a possibilidade do envio de ordens para a prática de crimes lá fora", acrescentou, citando a norma que entou em vigor na quinta-feira.

A crise entre Moro e Bolsonaro foi chegou ao fim na última sexta-feira, quando o presidente recuou da ideia de desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, depois de uma forte reação contrária de quem interpretou a medida como uma forma de esvaziar a atuação do ex-juiz da Lava Jato no governo.

Para aliados de Moro, Bolsonaro quis dar uma "alfinetada" nele por sua participação no programa Roda Vida, da TV Cultura, na segunda-feira. Para assessores do presidente, o ministro não defendeu Bolsonaro com a "ênfase esperada" durante o programa. O nome de Alberto Fraga - ex-deputado federal, amigo e interlocutor do presidente - apareceu em primeiro lugar na bolsa de apostas para assumir a nova pasta

A possibilidade de desmembrar o ministério foi levantada na quarta-feira, quando os secretários estaduais de Segurança conseguiram uma reunião com o presidente e apresentaram uma série de demandas, inclusive a recriação de um ministério exclusivamente para cuidar da área de segurança.

Após a reunião, Bolsonaro anunciou publicamente apenas essa sugestão - a mais polêmica - o que foi interpretada pelos secretários como um endosso do presidente à ideia.

A ação de Moro de transferir presos perigosos a presídios federais é uma medida que causa descontentamento de alguns governadores. O chefe da administração do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), critica desde março a transferência de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para Brasília.

"Soubemos da compra de casas, terrenos e comércios por integrantes de facções criminosas para morar no DF e proximidades. É inadmissível aceitar a instalação do crime organizado na capital da República", escreveu Ibaneis na época.


Aliados e desafetos de Bolsonaro disputam eleitores do presidente em SP

Nomes como Joice Hasselmann (PSL) e Marco Feliciano (sem partido) disputam eleitorado de direita na capital paulista.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) em depoimento à Comissão das Fake News
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

O Globo - Por Silvia Amorim

A falta de um candidato do presidente Jair Bolsonaro na eleição municipal de São Paulo está levando a uma pulverização de pretendentes a prefeito no campo conservador da capital paulista. Eles estão de olho no espólio eleitoral de Bolsonaro — o partido do presidente, o Aliança pelo Brasil, não deverá lançar candidatos. Três milhões de eleitores (44%) votaram no presidente no primeiro turno na cidade e agora, dois anos depois, passam a ser alvo da cobiça de candidaturas de direita.

Já são quatro os nomes desse campo político que se colocaram na disputa para prefeito: a deputada Joice Hasselmann (PSL), o ex-secretário municipal Filipe Sabará (Novo), o deputado Marco Feliciano (sem partido) e o deputado estadual Arthur do Val, Mamãe Falei (sem partido).

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