Política : OS RATOS
Enviado por alexandre em 20/01/2020 08:10:48

Ex-governadores são alvos de processos que somam R$ 2 bi

Em uma década, metade dos Estados brasileiros e o Distrito Federal tiveram governadores implicados em suspeitas de crimes, relacionados aos seus mandatos e suas campanhas eleitorais. São 26 ex-mandatários atualmente investigados, denunciados ou condenados por casos de corrupção. Somados, os valores das ações ou investigações das quais são alvo ultrapassam a cifra de R$ 2 bilhões. 

Na avaliação de juristas, as investigações no plano estadual ganharam impulso com o avanço do trabalho dos órgãos de controle federais nos Estados e no DF. O caso mais recente é o do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba, denunciado (acusado formalmente) por participação em organização criminosa responsável por prejuízo de R$ 134 milhões aos cofres estaduais. Sua defesa diz que não há provas das acusações, e que Coutinho é inocente. 

Sete ex-governadores já foram condenados, entre eles o emedebista Sérgio Cabral (RJ) e o petista Fernando Pimentel (MG). Só do Rio de Janeiro, quatro ex-governadores integram a lista: Cabral foi condenado por corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão de divisas. Ele já foi sentenciado em 12 ações criminais a penas que somam 122 anos. Luiz Fernando Pezão (MDB) é réu em processo que apura o recebimento de quase R$ 40 milhões em propinas. A defesa de Pezão tem sustentado que as acusações não procedem.

Anthony e Rosinha Garotinho são réus em ação por corrupção, peculato e organização criminosa. Os dois foram presos  provisoriamente em outubro do ano passado, mas atualmente respondem em liberdade. Eles negam as irregularidades. Continue reading


Apesar de sofrer resistência no Congresso, a reforma administrativa que está sendo desenhada pelo governo terá o apoio de boa parte da população. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa encomendada ao Datafolha por fundações ligadas à iniciativa privada. O estudo, publicado pela Folha de S.Paulo explica que 88% dos entrevistados acreditam que servidores de mau desempenho devem ser demitidos.

A avaliação do trabalho dos servidores públicos é uma das principais propostas da reforma administrativa do ministro da Economia, Paulo Guedes. E, segundo o Datafolha, conta com o apoio de 91% dos entrevistados na pesquisa que foi feita a pedido da Aliança – instituição formada pela Fundação Lemann, pela Fundação Brava, pelo Instituto Humanize e pela República.org. Outros 88% ainda dizem que, se constatar um trabalho ruim, essa avaliação deve provocar a demissão dos mais servidores.

A proposta, porém, pode acabar com uma das premissas do funcionalismo público atual: a estabilidade dos servidores. Por isso, está sendo questionada pelo serviço público e também por parte dos parlamentares que terão que aprovar a reforma administrativa de Guedes.

A pesquisa do Datafolha reflete essa problemática, pois o índice dos que apoiam a demissão dos maus servidores cai quando se fala na estabilidade. Apenas 39% dos entrevistados disseram que essa é uma questão que pode ser revista, enquanto 58% avaliaram que os servidores precisam da garantia da estabilidade para fazer um bom trabalho. Segundo os servidores, a estabilidade está relacionada a um bom desempenho porque garante o caráter técnico do funcionalismo, que, com isso, não pode ser alterado de acordo com a linha ideológica do governo em questão.

A pesquisa do Datafolha foi realizada em maio do ano passado e ouviu 2.086 pessoas em todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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