Política : UM NOVO NORTE
Enviado por alexandre em 02/01/2020 09:20:00


Brasil dará um salto de qualidade em 2020
Por Xico Graziano, do Poder 360

 

no novo sempre começa com esperança. Desejos pessoais, sonhos, promessas, misturam-se com a realidade. Todos aguardam melhoria de vida.

Afora as ilusões, os fatos indicam que neste 2020 que se inicia realmente o Brasil dará um salto de qualidade. Na economia, na política e na sociedade. O passado não deixará saudades.

Indicadores econômicos atestam que a perversa crise gerada nos anos irresponsáveis de Dilma Roussef está superada. Reconheça-se: Michel Temer cumpriu um papel essencial nessa retomada do crescimento. Com ele se inverteu a curva da desgraça.

Faltava o salto da credibilidade, agora conquistada com a gestão de Paulo Guedes na economia. Sim, o Congresso ajudou, aprovando a reforma da Previdência e outras coisas mais. Ninguém, todavia, pode retirar do ministro Guedes o protagonismo desse processo.

No comércio, na indústria e na construção civil, notícias positivas chegam de todos os ramos, garantindo que empregos e renda crescerão de forma sustentável nas cidades. Nada é pior que a desocupação.

A agropecuária, que tem carregado o país nas costas nestes anos difíceis, continuará assegurando o vigor no campo. E, lá no interior, quando a roça se anima, as cidades se movimentam. Tudo vende mais.

O Brasil estará mais seguro em 2020. Caem fortemente, e surpreendentemente, os índices de criminalidade. Nunca se apreendeu tanta droga, leve ou pesada. Cessaram as invasões de terras. Bandidos foram contidos. Salafrários, em geral, sucumbiram.

Difícil não creditar ao juiz Sergio Moro tais realizações. Sua luta contra a corrupção, desde a Lava Jato, simboliza a nova cara da Justiça e da segurança pública no Brasil. Política vive de símbolos: o ministro Moro simboliza a decência.

Na logística, obras aguardadas há anos começaram a sair do papel; no comércio exterior, acordos negociados há décadas se concretizaram. Tais ações, práticas, indicam que o governo voltou a funcionar. Só isso. Tudo isso.

Podem falar o que quiser, torcer a boca e pigarrear, gostar ou desgostar, mas o grande responsável pela retomada da esperança brasileira se chama Jair Bolsonaro. O Planalto comanda a reorganização do Estado nacional. É mais que governar.

Houve uma mudança de paradigma da política nacional. Desde a redemocratização, quem mandou no país foram os socialdemocratas, liderados pelo moderado PSDB e, depois, pelo radical PT. Intervencionistas ou estatizantes, marxistas ou terceiro-mundistas, católicos ou ateus, várias matizes ideológicas de esquerda exerceram, com maior ou menor sucesso, seu poderio.

Só que o sistema político descambou para a roubalheira generalizada. Pior. Organizada, sistêmica. O conluio entre o público e o privado gerou uma doença nojenta que carcomeu e destruiu as instituições. A esquerda apodreceu na corrupção.

Mais que virar uma página, Bolsonaro abriu um novo livro da democracia brasileira. Claramente alinhado à direita do espectro ideológico, embora militar assumiu a visão liberal do Estado. Privatizar o que for possível, acabar com esdrúxulos regulamentos, retirar privilégios encastelados, abrir a economia.

A questão, óbvio, não se resume ao modelo econômico. Bolsonaro rompeu com a pauta dita progressista do politicamente correto. Enfrenta, sem medo, quase se divertindo, o globalismo ambiental, promove a “guerra cultural”. Defende a família cristã. E invoca Deus.

Bolsonaro faz tudo diferente, quase ao contrário, de seus antecessores. Por isso deixa atônitos os analistas tradicionais da política. Formados, regra geral, na escola do marxismo histórico, tais críticos não compreendem, sofrem por dentro, com o presidente-capitão que está dando certo.

Existem dificuldades, claro, percalços se vislumbram. Tem o STF, o Centrão, a velha mídia. Aliados brigam mais entre si que contra a oposição. As eleições municipais causarão turbulência. Nada grave.

A retomada do desenvolvimento aglutinará forças políticas a favor do governo. Há outras vantagens. Sopram ventos favoráveis de várias partes do mundo. O pós-capitalismo parece preferir a liberalidade ao estatismo.

Mais importante: existe uma curva de aprendizado no poder. Jair Bolsonaro e boa parte de sua equipe assumiram como novatos o mando de governo. Aprenderam lições.

Há exatamente 1 ano, muitos escreveram, ou falaram, temerosos, que um “fascista” no poder iria desgraçar a nação. Puro ranço. Transcorrido 2019, o Brasil está mais próspero, mais feliz, mais esperançoso.

Feliz 2020 para todos!


Derrotas do governo Bolsonaro na agenda do trânsito

Do DPVAT aos radares de velocidade, as derrotas do governo Bolsonaro na agenda de trânsito. Liminar de Toffoli que suspendeu resolução para reduzir preço de seguro é mais um revés do presidente na área.

Radar móvel usado pela Polícia Federal Foto: Arquivo O Globo

O Globo - Por Marco Grillo
 

BRASÍLIA — Ao suspender nesta terça-feira em caráter liminar uma resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que reduzia os valores pagos pelos proprietários de veículos para a obtenção do seguro DPVAT, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, impôs mais uma derrota ao governo do presidente Jair Bolsonaro na agenda de flexibilização de regras no trânsito, uma das bandeiras defendidas pelo presidente (confira no infográfico abaixo). Há duas semanas, a Justiça do Distrito Federal já havia determinado a volta dos radares móveis nas rodovias federais, após Bolsonaro suspender em agosto o uso dos equipamentos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Durante o ano, o projeto de Bolsonaro que altera o Código de Trânsito Brasileiro também sofreu resistência no Congresso. O relator da proposta na comissão especial que analisa a matéria já derrubou parte das medidas defendidas pelo presidente, como o aumento de 20 para 40 pontos do limite para perder a carteira, o que foi substituído por uma escala com três limites de pontuação, e o fim da multa para quem não utilizar cadeirinha adaptada para crianças. 


As derrotas do Governo em 2019

Redução no DPVAT

Uma resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) previa reduções de 68% no valor pago pelos proprietários de carros e de 86% para motos para o seguro obrigatório DPVAT, que indeniza vítimas de acidentes. O ministro Dias Toffoli, do STF, porém, suspendeu a resolução em caráter liminar.

Fim do DPVAT

Antes disso, em novembro, Bolsonaro assinou uma medida provisória que acabava com o DPVAT a partir de janeiro de 2020. No início deste mês, no entanto, a maioria dos ministros do STF votou para suspender a medida. O relator, Edson Fachin, argumentou que seria preciso aprovar uma lei complementar.

Redução de radares fixos de velocidade

Sob o argumento de que há uma "indústria da multa", o governo federal não renovou contratos que garantiam o funcionamento dos equipamentos nas estradas federais. Após um acordo na Justiça, porém, terá que instalar mais de mil radares fixos.

Suspensão de radaresmóveis nas rodovias

Em agosto, Bolsonaro determinou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deixasse de usar os radares estáticos, móveis e portáteis nas rodovias. A medida, no entanto, também foi revogada por decisão da Justiça Federal do Distrito Federal.

Projeto de trânsito

O governo Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto que flexibiliza regras do Código de Trânsito Brasileiro. Parte das medidas, porém, já foi barrada pelo relator da comissão especial que analisa a matéria, como a ampliação de 20 para 40 o limite de pontos necessários para que ocorra a suspensão do direito de dirigir.

A liminar de Toffoli foi tomada em uma ação proposta pela Líder, empresa responsável pelo consórcio que administra os recursos arrecadados com o seguro. O deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), presidente da sigla, ex-aliado e atual adversário de Bolsonaro, é sócio da Excelsior, uma das companhias que integram o consórcio. Em uma transmissão ao vivo no Facebook após a edição da MP, Bolsonaro argumentou que os interessados poderiam contratar um seguro, mesmo sem a obrigação legal.

A nova resolução previa reduções de 68% no montante pago pelos proprietários de carros de passeio e táxis (caindo de R$ 16,21 para R$ 5,21) e de 86% para motos (passando de R$ 84,58 para R$ 12,25). No recurso ao Supremo, o consórcio argumentou que as mudanças não vieram acompanhadas de cálculos que justificassem os preços, classificados pela seguradora como “irrisórios”. A empresa acrescentou que a norma configurava “retaliação” contra a decisão do STF de barrar a extinção do seguro.

Os novos valores haviam sido apresentados na última sexta-feira e oficializados em edição do Diário Oficial na segunda. Na sexta, a titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Solange Vieira, afirmou que a redução no preço pago pelos proprietários era possível porque a Líder havia acumulado R$ 5,8 bilhões em um fundo. Ela acrescentou que havia uma “arrecadação em prêmios acima da necessária para o pagamento das indenizações”. Os valores são usados em caso de acidentes. Parte dos recursos (45%) é direcionada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nota, a Líder informou que os recursos de que dispõe são resultados de “ações de eficiência da administração e do ostensivo combate às fraudes”. A seguradora disse também que, com o valor atual pago pelos proprietários, é possível que um projeto de lei avance no Congresso estipulando o aumento da indenização máxima de R$ 13.500 para R$ 25 mil. A nota acrescenta que já há propostas tramitando neste sentido. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) declarou que “decisão judicial se cumpre”.

Na decisão de ontem, Toffoli também acrescentou que o objetivo da medida provisória suspensa pela Corte era “semelhante” ao que foi pretendido com a edição da norma com os novos valores — o presidente do STF citou um texto no site da Susep que anunciava a medida. “Por essas razões, entendo que a Resolução CNSP nº 378/2019 esvazia a providência cautelar deferida por essa Suprema Corte nos autos da ADI nº 6.262/DF, razão pela qual compreendo ser o caso de sua suspensão”, finalizou Toffoli.

Além de extinguir o DPVAT, a MP estabelecia que a seguradora repassasse ao Tesouro Nacional a diferença “entre os recursos acumulados nas provisões técnicas do balanço do consórcio e o valor necessário para o pagamento das suas obrigações”.

Já a resolução suspensa ontem, também permitia a abertura do mercado a partir de 2021, possibilitando que outras empresas oferecessem o seguro, hoje operado somente pelo consórcio que tem a Líder à frente. O Conselho que aprovou a medida agora revogada é formado por representantes dos ministérios da Economia e Justiça, do Banco Central, Susep e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Originalmente, a relatoria da ação sobre o DPVAT havia sido distribuída para o ministro Alexandre de Moraes. Como o Judiciário está em recesso, o processo ficou a cargo de Toffoli. O presidente considerou que havia urgência no assunto, já que a resolução entraria hoje em vigor.

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