Mais Notícias : Bolsonaro diz que colocará ‘no pau de arara’ ministro envolvido em corrupção
Enviado por alexandre em 13/12/2019 08:22:42


Bolsonaro, que é declarado admirador do período militar, reconheceu que existe a possibilidade...

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (12) que colocará “no pau de arara” o ministro que eventualmente tiver comprovado seu envolvimento em casos de corrupção, fazendo referência a um dos instrumentos de tortura usados por agentes da ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985.

Em discurso em Palmas, capital do Tocantins, Bolsonaro, que é declarado admirador do período militar, reconheceu que existe a possibilidade de haver casos de corrupção em seu governo, mas garantiu que eventuais irregularidades não serão toleradas.

“Pode ser que haja corrupção no meu governo? Sim, pode ser que haja. Pode ser que haja e o governo não saiba”, disse Bolsonaro ao criticar governos anteriores, aos quais acusou de corrupção.

“Se aparecer, boto no pau de arara o ministro, se ele tiver responsabilidade, obviamente. Às vezes, lá na ponta da linha, está um assessor fazendo besteira sem a gente saber. Mas isso é obrigação nossa, é dever”, afirmou.

O presidente também voltou a descartar um tabelamento do preço da carne diante da alta recente do produto em consequência do aumento das exportações para a China, e afirmou que países árabes também estão interessados em aumentar a compra de commodities agropecuárias do Brasil.

“O pessoal reclamando do preço da carne. A China está comprando, aumentou o preço no Brasil. Vamos lá: ou apoiamos o livre mercado ou não apoiamos. Tabelar, eu não vou tabelar”, disse Bolsonaro em discurso.

“Isso já não deu certo lá atrás. É uma chance para aqueles que criticam o homem do campo comprarem um pedaço de terra e criar boi. Vai lá para ver a moleza que é”, acrescentou.

Bolsonaro já havia comentado sobre a alta recente do preço da carne esta semana, dizendo que o aumento se deve a uma combinação de entressafra com um elevação das exportações, e apontando para uma queda em breve. As informações são da Agência Reuters.



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Em maio de 2018, um movimento nacional de motoristas de caminhão parou o país. As prateleiras dos mercados ficaram vazias e postos de gasolina, desabastecidos. Após a mobilização, o governo do então presidente Michel Temer (MDB) cedeu e atendeu as demandas dos grevistas. Foi criada uma tabela com preços mínimos para fretes e o preço do diesel baixou por meio de decreto. 

O resultado deste acordo é um dos pontos de descontentamento dos caminhoneiros no momento. Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), acusa o governo de não cumprir o prometido nas negociações e diz que o Ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas, descumpriu a promessa de criar um organismo para fiscalizar o cumprimento da preço mínimo da tabela dos fretes. 

“É hora de dar um basta a essa enrolação e dizer ao governo que a categoria não consegue mais sobreviver, não é possível através do trabalho ter uma remuneração digna”, diz Dahmer.

Como a categoria é atomizada e não tem representação unificada, Dahmer afirma que é difícil prever a adesão à paralisação prevista para a manha da segunda-feira (16). O diretor da CNTTL acredita que há “motivos de sobra” para protestar e que o quadro atual é igual ao que gerou a greve de 2018.

Dahmer afirma que outras três categorias de servidores do Rio Grande do Sul irão participar da mobilização dos caminhoneiros: professores, técnicos de saúde e Polícia Civil. 

Já Ivar Luiz Schmidt, líder do Comando Nacional do Transporte, é contrário ao movimento grevista e diz que a “grande maioria da categoria” também defende sua posição. 

“Percebe-se nos discursos que há uma motivação muito forte ligada à política, então a gente não quer esse tipo de contaminação dentro do nosso movimento de caminhoneiros”, conta Schmidt.

Apesar de ser contrário à paralisação prevista para o dia 16, o líder do Comando Nacional do Transporte defende que os caminhoneiros precisam “cuidar” um dos outros, mas são necessárias outras medidas para beneficiar a categoria. Para Schmidt, os caminhoneiros grevistas querem “ficar sob a tutela do Estado” e o momento atual é de “pedir menos Estado”. 

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, por meio do porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, que uma nova greve de caminhoneiros é uma possibilidade “pequena” e que o Palácio do Planalto acompanha a situação. As informações são do site Sputnik Brasil.

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