Política : SÃO FALSAS
Enviado por alexandre em 25/11/2019 08:35:26

Fichas de apoio pela internet são falsas diz, secretário geral

Secretário da Aliança pelo Brasil diz que fichas de apoio na internet são falsas. Admar Gonzaga alerta que a coleta de assinaturas para criar nova sigla ainda não começou

Admar Gonzaga Neto é atualmente advogado de Bolsonaro Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
O Globo - Por Amanda Almeida

 

Aliado de Jair Bolsonaro, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga divulgou vídeo, neste domingo, em que informa que a Aliança pelo Brasil, partido que o presidente da República e seu grupo político pretendem criar, ainda não começou a recolher assinaturas de apoiamento. O aviso é dado porque, segundo ele, há fichas falsas para cadastros de apoiadores circulando em redes sociais.

Gonzaga é o secretário-geral da Aliança pelo Brasil, que foi lançado na semana passada. Ao GLOBO, o ex-ministro do TSE disse que o grupo ainda cumpre "formalidades" e passará a recolher assinaturas nas próximas semanas.

- Já estão pedindo dinheiro e botando ficha falsa, como se houvesse uma campanha de apoiamento. Nosso cadastro de apoiadores será feito em momento posteriores e vai ser via oficial, pelo nosso site. Nós pretendemos usar a biometria - diz Gonzaga, reforçando que qualquer ficha de apoio ao partido em circulação hoje é falsa.

No vídeo distribuído nas redes, com um minuto e meio, Gonzaga diz que as fichas falsas foram produzidas por "pessoas que não querem o nosso sucesso".

- Vocês terão toda a segurança de que nossos apoiadores serão aqueles que são realmente nossos aliados - finaliza.

Bolsonaro optou por tentar criar um partido depois de romper com o presidente do PSL, Luciano Bivar, no início do mês passado, quando disse a um apoiador, na porta do Palácio do Alvorada, que o deputado federal está "queimado". Bolsonaro ainda pediu ao homem, que pediu para gravar um vídeo com ele, que "esquecesse" o PSL.



Delfin: privatizações, caminho para a reeleição de Bolsonaro

Delfin Neto: privatizações são o caminhao para a reeleição de Bolsonaro. Segundo ex-ministro, muitos políticos têm medo que governo tenha êxito e consiga se reeleger em 2022, o que dependeria do enxugamento do estado.

Foto : Roosewelt Pinheiro/Arquivo Agência Brasil

Do IG - Por, Cristiano Noronha, da ISTOÉ

Antônio Delfim Netto, ex-ministro, ex-deputado e decano da economia brasileira, orbita o poder há décadas e faz questão de alertar sobre os caminhos que entende como certeiros para o Brasil na direção do crescimento sustentável.

Um dos principais responsáveis pelo “milagre” econômico que proporcionou desenvolvimento acelerado entre os anos de 1968 a 1973, durante a ditadura militar,  Delfim Netto soube se afastar da imagem manchada pelo autoritarismo do regime ao qual fez parte e ajudou a manter, conseguindo, posteriormente, aproximar-se de governos ideologicamente distintos em relação à ditadura.
Segundo ex-ministro, muitos políticos têm medo que governo tenha êxito e consiga se reeleger em 2022, o que dependeria do enxugamento do estado

Antônio Delfim Netto, ex-ministro, ex-deputado e decano da economia brasileira, orbita o poder há décadas e faz questão de alertar sobre os caminhos que entende como certeiros para o Brasil na direção do crescimento sustentável .

Um dos principais responsáveis pelo “milagre” econômico que proporcionou desenvolvimento acelerado entre os anos de 1968 a 1973, durante a ditadura militar,  Delfim Netto soube se afastar da imagem manchada pelo autoritarismo do regime ao qual fez parte e ajudou a manter, conseguindo, posteriormente, aproximar-se de governos ideologicamente distintos em relação à ditadura.

Ao longo de sua trajetória, a paternidade de uma ideia – teve outras, mas essa certamente o guindou ao posto de guru — fez com que todos compreendessem a importância de deixar crescer o bolo para depois dividi-lo .

Otimista por convicção e princípio, Delfim foi e segue sendo um atávico defensor do crescimento econômico como saída para todos os males.

Resguardado, ele busca costurar uma teia de teorias que, juntas, podem elucidar a complexa equação que mistura geração de empregos, resgate da indústria, incremento das exportações, estímulo aos investimentos e garantia de um mercado de ações ativo para firmar o chamado ciclo positivo da economia .

Aos 91 anos, ele acha que as mudanças propostas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes , são mais ambiciosas “do que aquelas que qualquer um tenha imaginado até hoje”. As mudanças estruturais que Guedes está propondo dentro do plano “Mais Brasil” têm o condão de organizar a economia.

Para o ex-ministro, as transformações propostas por Guedes comportam “ambições” maiores em relação às que ele próprio sugeriu no programa “Ponte para o Futuro”, posto em prática pelo ex-presidente Michel Temer em 2016 como forma de recuperar a economia.

Delfim acredita que o atual governo, no entanto, em que pese os bons técnicos disponíveis na equipe econômica, não conseguirá repetir os resultados do milagre . "O mundo era outro, as circunstâncias eram bem diferentes", ressalva.

O ex-ministro entende que a política executada por Guedes, obedecendo os fundamentos do corte dos gastos públicos lançados pelo governo anterior, já está surtindo efeitos positivos.

"No setor público, o ajuste fiscal caminha razoavelmente", diz ele, que continua mais ativo do que nunca, não apenas como professor emérito da Faculdade de Economia e Administração (FEA), da Universidade de São Paulo (USP), mas também como consultor de grandes empresas.

Para ele, a redução da taxa de juros , que atinge o mais baixo patamar da história (5% ao ano), pode atrair novos investidores. "Somos um País com estabilidade, com projetos que têm taxas reais de retorno de 7% a 8% ao ano, por 25 ou 30 anos, quando o mundo está com taxas de juros negativas".

Delfim recomenda que o atual governo negocie melhor com o Congresso os avanços propostos por Guedes e fixe regras para que flua melhor a atração de investimentos por meio das privatizações , leilões e projetos de parcerias-público-privadas — fundamentais para o crescimento da economia, segundo ele.

Para facilitar as privatizações , a sugestão é o “fast-track”, uma lei delegada na qual o Congresso entrega ao Poder Executivo as condições de produzir esse processo de atração de capitais.

"O fast-track seria uma via rápida a ser aprovada pelo Congresso para conceder ao governo mais poderes para a venda de estatais", explica.

Delfim só teme que isso não seja possível porque boa parte da classe política "guarda muito medo de que o governo Bolsonaro tenha êxito e assim se reeleja em 2022”.

Ele compreende que os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, tenham dado grande contribuição para a aprovação da reforma da Previdência, mas lembra que o País precisa de muito mais do que isso.

"O investimento está esmagado . Para 2020, ele será de 0,3% do PIB, quando o ideal seria chegarmos a um investimento de 4% ou 5%". Nesse ritmo, diz Delfim, "o Brasil está em pleno subdesenvolvimento acelerado."

Confira a entrevista aqui: Privatizações são o caminho para reeleição de Bolsonaro ...

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