"Merece respeito", disse. Jair Bolsonaro é esperado na Vila Belmiro no sábado para o clássico Santos x São Paulo; campanha de torcedores na internet repudiou a presença do político. José Carlos Peres e Jair Bolsonaro (Facebook/ Reprodução/ Alan Santos/PR/VEJA) Da Redação da Veja O presidente do Santos, José Carlos Peres, espera respeito da torcida durante a visita de Jair Bolsonaro, presidente da República que é esperado em jogo do clube no próximo sábado. Bolsonaro deve assistir ao clássico entre Santos e São Paulo às 17h, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. “Quem está vindo é a figura do Presidente da República e merece o respeito e educação do Santos, que é um clube universal e o maior do Brasil no âmbito internacional”, disse Peres ao site Gazeta Esportiva. Membros da Polícia Federal e do serviço de inteligência do governo estiveram na Vila na tarde desta quinta-feira para alinhar a chegada do presidente. Uma simulação foi feita para evitar qualquer incidente. Jair Bolsonaro estará na Baixada Santista durante o feriado da Proclamação da República, em ato no Forte dos Andradas, no Guarujá. Partiu dele a decisão de aproveitar a oportunidade para ir ao estádio. “Se Deus quiser, no sábado, estarei na Vila Belmiro assistindo ao jogo Santos e São Paulo. Como é torcida de um time só, que é lei em São Paulo, estaremos torcendo para o Santos. No futuro, se a torcida do São Paulo me convidar, estarei torcendo para o São Paulo”, disse Bolsonaro, em live no Facebook. O técnico Jorge Sampaoli, avesso ao governo do presidente brasileiro, não gostou da notícia e espera não ter nenhum contato direto com o presidente antes ou depois do clássico. Parte da torcida do Santos se mobilizou nas redes sociais e criou a #BolsonaroNaVilaNão. O assunto chegou a ser o mais comentado no Twitter em todo o Brasil na última quarta. As duas maiores organizadas do clube – Torcida Jovem e Sangue Jovem – também repudiaram em nota a presença do presidente. (Com Gazeta Press)
Bolívia Jeanine Áñez afirma que ex-presidente não pode concorrer em novo pleito por quarto mandato ser inconstitucional. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/via Agência Brasil Foto: Arquivo/Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil Por AFP A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, disse nesta quinta-feira 14 que o ex-presidente Evo Morales, que está asilado no México, “não está habilitado” a se candidatar a um quarto mandato nas próximas eleições, após a anulação das eleições de outubro por irregularidades. “Evo Morales não está habilitado para um quarto mandato, por isso foi toda essa convulsão (..), dom Evo Morales e dom Álvaro García não estão habilitados para um quarto mandato”, enfatizou em coletiva de imprensa. O partido do ex-presidente, o Movimento Ao Socialismo (MAS) “tem direito de participar nas eleições gerais”, esclareceu, recomendando “que vá buscando candidato”. Morales, que governou a Bolívia há quase 14 anos, foi habilitado por uma polêmica sentença do Tribunal Constitucional em 2017 para candidatar-se a um quarto mandato, ao considerar que era “um direito humano”. A decisão foi adversa a um referendo nacional, que lhe havia negado um ano antes essa possibilidade a Morales. Diante das objeções de que foi proclamada sem o quórum regulamentar, o mesmo tribunal avaliou na segunda-feira a eleição de Áñez, com uma interpretação jurídica que contempla um apoio “mínimo constitucional” em um contexto de crise política, para evitar que o país tenha um prolongado vácuo de poder, segundo o analista Carlos Borth. A jornalistas, Áñez acrescentou: “Que eles (Mesa e García) fossem submetidos a todas as instituições do país são dois pontos à parte, mas o que nós queremos agora é transparência, é independência de poderes, que (o tribunal) atue de acordo com as normas”. Na mesma linha, o ex-candidato presidencial Carlos Mesa, que pediu eleições no tempo “mais curto possível”, disse que Morales não pode ser habilitado como candidato, pois cometeu um “delito”. “O senhor Morales é autor de um grave delito que é passível a uma sanção penal e a fraude foi cometida contra o país, mas em particular contra mim”, disse Mesa, que reivindicava seu direito a um segundo turno, antes de as eleições serem anuladas pelo próprio Morales, após um relatório da OEA que encontrou “graves” irregularidades no processo eleitoral.
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