Policial : ESFAQUEADOR
Enviado por alexandre em 01/11/2019 08:09:37

Adélio diz que desistiu de matar Bolsonaro
Veja - Por Thiago Bronzatto

 

O ex-servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira desistiu de matar o presidente Jair Bolsonaro. Desde quando foi preso em flagrante, em setembro de 2018, o autor do atentado em Juiz de Fora, Minas Gerais, vinha reafirmando que um dia iria concretizar a sua missão de executar o seu adversário. Em depoimento prestado à Polícia Federal nesta quinta-feira, 31, o esfaqueador disse que mudou de planos e que agora “não pensa mais em atentar contra a vida do presidente Jair Messias Bolsonaro”. Ele também afirma que poupará o ex-presidente Michel Temer, que também estava na sua mira.

Adélio Bispo foi ouvido pelo delegado da PF Rodrigo Morais Fernandes na condição de testemunha dentro da penitenciária de segurança máxima de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O ex-servente de pedreiro foi questionado a respeito do conteúdo de uma carta enviada a Bolsonaro por um companheiro de cela. Na correspondência, o iraniano Farhad Marvizi dizia que o esfaqueador não havia desistido de matar o presidente e que outras pessoas teriam ajudado a concretizar o ataque durante as eleições do ano passado.

Para esclarecer os fatos, a PF decidir ouvir as versões de Marvizi, Adélio e outras testemunhas do presídio federal. O ex-servente de pedreiro esclareceu que esteve por 27 dias com o iraniano na ala de saúde da penitenciária. Nesse período, Marvizi tentava convencer o esfaqueador a “delatar um possível mandante do crime que praticou”. Segundo Adélio, o iraniano sugeria “a participação de políticos” como “Aécio Neves, Dilma (Rousseff) e (o ex-presidente) Lula”. Em seu depoimento, o ex-servente de pedreiro afirmou que nunca mencionou qualquer nome e “reafirmou que agiu, sozinho, sem apoio de ninguém”.

Adélio também negou que tenha recebido meio milhão de reais para executar Bolsonaro e que mantinha qualquer relação com membros de organização criminosa antes de realizar o ataque em Juiz de Fora. Ele também afirmou que só teve contato com integrantes de facções após ter sido preso.

Em seu depoimento, o ex-servente ainda lamentou que tenha recebido diversas cartas de desconhecidos, repudiando o atentado, e disse que “nunca respondeu a nenhuma delas”. Adélio garante que só deseja uma coisa agora: “Sair do sistema prisional e voltar a ter uma vida normal”.


Morte do pastor: testemunhas começam a ser ouvidas

Justiça começa a ouvir testemunhas da morte do marido de deputada. Filhos de Flordelis são acusados de matar o pastor Anderson do Carmo.

Reprodução: Deputada federal Flordelis e o marido, pastor Anderson do Carmo, que foi assassinado

Da Agência Brasil

 

A juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, ouviu hoje (31), 22 testemunhas de acusação no processo em que Flavio dos Santos Rodrigues e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filhos da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ), 58 anos, são acusados de matar o pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar. O crime ocorreu na casa da família, na madrugada do dia 16 de junho, após o pastor retornar para casa, de carro, em companhia da mulher. Anderson foi atingido por mais de 30 tiros na garagem da casa do casal, no bairro de Pendotiba, em Niterói (RJ), por volta das 3h30, quando retornou ao carro para apanhar algo que tinha esquecido e morreu momentos depois de chegar ao hospital. Ele era casado há 25 anos com Flordelis e tinha 41 anos quando foi assassinado.

A audiência de instrução e julgamento começou com o depoimento de Wagner Andrade Pimenta, mais conhecido como Mizael, filho afetivo da deputada Flordelis e uma das 22 testemunhas de acusação. Ele pediu para aguardar em local isolado até que fosse chamado à sala de depoimentos. Seu advogado, Reinaldo Pereira dos Santos, disse que a medida era necessária para preservar a integridade física de Mizael, acusado de participação no assassinato em uma carta supostamente escrita pelo réu Lucas dos Santos de Souza.

A parlamentar, em entrevista, explicou que recebeu a cartqaa das mãos da mulher de um preso. Na correspondência, ainda de acordo com o advogado, Lucas revela que Mizael teria oferecido a ele um emprego e um carro em troca de um “susto” no pastor Anderson do Carmo.

O advogado de Mizael, Reinaldo dos Santos, disse à juíza Nearis Arce que, a partir da divulgação da carta, que supostamente atribui a participação do seu cliente como mentor intelectual do crime, achou melhor acompanhá-lo. "Para que as provas que efetivamente constam do inquérito sejam validadas, até porque a autoridade policial já tem um entendimento relacionado à veracidade dessa carta supostamente escrita pelo réu Lucas. É basicamente não deixar que ele sofra alguma sanção ou corra o risco de ser indiciado”, explicou o advogado.

Dois filhos da parlamentar estão presos: Lucas, de 18 anos, filho adotivo, (que teria ajudado a comprar a arma), e Flávio, de 38 anos, e filho de sangue de Flordelis, que assumiu ter atirado seis vezes contra o padastro. 

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